Práticas como pintura, desenho, cerâmica e artesanato fortalecem a saúde mental, estimulam a criatividade e ajudam a reduzir os efeitos do estresse diário
Créditos: MesquitaFMS/iStock
Em um cenário em que o estresse e a ansiedade estão cada vez mais presentes na rotina de muitas pessoas, as atividades artísticas se tornam um recurso importante para o cuidado emocional. O simples ato de pintar, desenhar ou modelar a argila estimula a concentração, acalma os pensamentos e favorece o contato com sentimentos.
Pesquisas em saúde mental mostram que não é o resultado da obra que importa, mas o processo criativo em si. Ao se dedicar a uma atividade manual, o cérebro ativa áreas ligadas ao prazer e à regulação das emoções, promovendo bem-estar de forma natural.
Pintura e desenho
Entre as práticas mais comuns, está a pintura, que permite explorar cores e traços como forma de expressão emocional. Psicólogos apontam que a escolha das tonalidades tem impacto direto no estado de espírito: cores vibrantes podem trazer energia e motivação, enquanto tons suaves ajudam a tranquilizar a mente.
O desenho segue a mesma linha, funcionando como um espaço de liberdade e autodescoberta. Cada traço pode representar um pensamento ou uma emoção, tornando-se uma ponte entre o mundo interno e o externo.
Cerâmica e artesanato
Trabalhar com argila, bordados ou outros tipos de artesanato oferece benefícios semelhantes à prática de mindfulness. O contato direto com os materiais exige atenção plena, afastando preocupações e conduzindo a mente ao momento presente.
A sensação de criar algo do zero também fortalece a autoestima e a autoconfiança. Ao concluir uma peça artesanal, há a percepção de conquista e capacidade, aspectos que ajudam a enfrentar períodos de desânimo ou de sobrecarga emocional.
Cores, materiais e estímulos para o cérebro
O universo artístico envolve muito mais do que a visão. Texturas, cheiros e até sons produzidos durante o processo estimulam diferentes áreas do cérebro, criando uma experiência sensorial completa. Essa multiplicidade de estímulos reforça os efeitos positivos da prática, tornando-a uma ferramenta ainda mais rica no cuidado da saúde mental.
Materiais básicos já possibilitam uma prática terapêutica no dia a dia. Pincéis, tecidos e até mesmo tinta de tecido oferecem possibilidades diversas de experimentação. Com eles, é possível personalizar roupas, criar estampas e produzir objetos únicos, transformando o processo criativo em um momento de prazer e relaxamento.
Esse contato com a arte, mesmo em versões simples, ajuda a criar pausas na rotina e a estabelecer um espaço de autocuidado. Mais do que o resultado estético, importa a experiência de criar com as próprias mãos.
Criatividade como recurso terapêutico contínuo
Inserir atividades artísticas na rotina pode se tornar um hábito de cuidado emocional de longo prazo. A arte permite desacelerar, dar forma a sentimentos e redescobrir o prazer da criação. Seja em ateliês de arteterapia ou em casa, o efeito é semelhante: relaxamento, autoconhecimento e fortalecimento da autoestima.
Em tempos de pressa e excesso de estímulos, dedicar algumas horas à criatividade pode representar mais do que um passatempo. É, acima de tudo, uma forma de equilibrar corpo e mente, transformando cores, texturas e formas em um caminho para o bem-estar.








