Número de protestos de cotas condominiais cresceu mais de 200% em cinco anos; medida tem eficácia de 25,2% na recuperação de valores
A inadimplência condominial no Brasil atingiu níveis recordes nos últimos anos, forçando síndicos e administradoras a adotarem medidas mais rigorosas de cobrança, como o protesto em cartório. De acordo com dados do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil (IEPTB), o número de protestos por dívidas condominiais saltou de 4.885, em 2020, para 15.320 em 2024, um aumento de mais de 200%.
A tendência de crescimento permanece em 2025: somente no primeiro trimestre, já foram registrados 6.266 protestos de cotas atrasadas. O protesto permite que o débito seja registrado em cartório a partir do primeiro dia útil após o vencimento, sem necessidade de aprovação prévia em assembleia. Para isso, é necessário apresentar a ata de eleição do síndico e a convenção do condomínio.
Em valores, os protestos movimentaram R$ 29,6 milhões em dívidas em 2024, dos quais R$ 7 milhões foram recuperados, resultando em uma taxa de efetividade de 25,2%.
“A inadimplência condominial é um reflexo direto das dificuldades econômicas enfrentadas pelas famílias brasileiras. Na Cerus, acreditamos que a transparência na gestão e a comunicação eficiente com os condôminos são essenciais para minimizar os impactos financeiros e manter a harmonia nos empreendimentos”, afirma Luciano Macedo, CEO do Cerus, instituição financeira especializada em soluções para condomínios.
Para o executivo, a gestão proativa, aliada à tecnologia e à empatia no relacionamento com os moradores, é o caminho para manter a saúde financeira dos empreendimentos diante de um cenário desafiador.
