Quando estamos conversando com nosso parceiro ou com algum amigo, muitas vezes não estamos de fato ouvindo o que a pessoa está falando. Estamos pensando no que temos que fazer no resto do dia, no que faríamos se estivéssemos na situação da pessoa, entre outros. É surpreendentemente difícil apenas escutar e estar atento à outra pessoa e ao que ela esta dizendo
No livro A Revolução Mindfulness (Editora Alaúde), a autora Sarah Silverton mostra como a Atenção Plena, técnica milenar de meditação, pode ajudar você a prender a atenção na conversa que esta ocorrendo aqui e agora, escutando o parceiro de forma plena e por completo, através de um exercício de ouvir.
Exercício de Ouvir com Atenção Plena
Reveze com seu parceiro os papeis de falante e ouvinte (máximo de cinco minutos cada) e cronometre o tempo.
- Antes de começar, estabilizem-se e equilibrem-se, focando a respiração
- Quando você for o ouvinte, apenas ouça, sem comentar, responder ou conversar. Você pode indicar que esta prestando atenção com contato visual e outros sinais não verbais. Observe suas próprias sensações corporais, pensamentos e emoções – em particular, seu próprio impulso para falar ou sua mente vagando.
- O falante para quando seu tempo acaba. O ouvinte relata (feedback) ao falante tudo o que ouviu e entendeu durante a escuta atenta. Os relatos podem ser sobre o que vocês viram ou ouviram.
- Troque de papel depois de dedicar alguns momentos à respiração plenamente atenta
- Depois de falar e escutar, reflita:
- Como foi ser apenas ouvido, sem medo de ser interrompido ou de precisar se justificar?
- Para o ouvinte, como foi apenas ouvir, trazendo toda a sua atenção para a outra pessoa?
- Durante o relato (feedback), houve alguma surpresa?
- Seu ouvinte conseguiu obter informações sobre você por meio de sinais não verbais, como sua linguagem corporal, expressões faciais ou tom de voz?
Quando você era o ouvinte, pode ter notado que estava pensando no que o falante deveria ter feito ou no que você faria nessa situação. Ouvir sem atenção integral pode nos levar a apensar que sabemos o que fazer e que podemos começar a dizer à outra pessoa como administrar seu problema, ou mesmo começar a agir para resolvê-lo. Já não estamos tentando entende-la; em vez disso, começamos automaticamente a agir como se fôssemos nós naquela situação.