Autor do projeto que exige a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pelo Congresso Nacional, o deputado federal Rogério Marinho (PSDB) foi um dos convidados para debater o assunto no Seminário “Educação, Família e Desafios Curriculares”. O evento foi realizado nesta sexta-feira (03), pelo Movimento Unidos pela Educação (Mupe), na Câmara Municipal de São Paulo.
“O BNCC tem uma visão ideológica e parcial da história e dos fatos sociais. Temos uma preocupação de que a Base não vai mostrar a visão plural da sociedade sobre os mais variados assuntos, como deveria ser”, disse o deputado Rogério Marinho em entrevista a imprensa.
O Mupe foi criado este ano a partir de pais de alunos de escolas religiosas. O movimento busca apoio e visibilidade para mudar o documento, que considera “ter estrutura marxistas” e desrespeitar o ensino religioso.
Em entrevista ao Estadão, a advogada Solange Santos, 45 anos, uma das fundadoras do Mupe, disse que a “base afronta as famílias por ter viés marxista, traz valores distorcidos que vão contra nossa sociedade. O documento só fala em luta de classes. O marxismo está presente até em Química”.
Para Rogério, as duas primeiras versões apresentadas até agora pelo Ministério da Educação do BNCC possuem falhas. “É um Frankenstein pedagógico, com total viés ideológico. O que está em jogo aqui é o futuro de 50 milhões de brasileiros. Precisamos tratar a educação com a importância que ela merece para o nosso país”, disse o parlamentar.