Funkeiros são um dos assuntos mais falados da web; psicólogo ressalta que relacionamentos modernos são “líquidos”
O reality show “A Fazenda 13” transmitiu uma polêmica que reverbera na web e não sai das trends de assuntos mais falados: a possível relação extraconjugal dos participantes MC Dynho e Sthe Matos. Internautas comentam cenas em que mostram ambos dormindo na mesma cama e trocando carícias. Fora da Fazenda, os dois eram comprometidos: Sthe Matos é noiva e Dynho Alves era casado com a funkeira MC Mirella.
Na internet, a digital influencer e cantora MC Mirella se pronunciou revoltada com a situação. A artista pediu o divórcio nesta segunda-feira (22) e foi alvo de críticas negativas por parte de internautas, fato que abalou emocionalmente Myrella. O caso continua alvo de discussões na web, mas a fragilidade dos relacionamentos modernos já é um tema pautado há décadas por filósofos, sociólogos, psicólogos e psicanalistas.
Em um trecho do seu livro Amor Líquido, o sociólogo e filósofo Zygmund Bauman denota a fragilidade dos laços humanos contemporâneos. O psicólogo André Barbosa, especialista em comportamento, compartilha da mesma ideia de Bauman e constata que os relacionamentos estão se tornando cada vez mais frágeis, onde as pessoas até mesmo evitam “discutir a relação”.
Ainda falando sobre infidelidade, o psicólogo alerta: “quem quer trair, vai trair. Não adianta você querer controlar a vida do outro 24 horas”. Segundo André Barbosa, para construir relações saudáveis, antes de amar o parceiro, é necessário ter amor próprio e autocontrole:
“ame-se o suficiente para dar conta de seguir em frente caso te deixem para trás”, declara o psicólogo André Barbosa.
O psicólogo e escritor Dr. André Barbosa é formado em psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), especializado em terapia cognitivo-comportamental pela UniChristus, graduado em Administração e Marketing pela Estácio e em Business Communication pela Universidade de Cambridge no Reino Unido.
Também é autor de 6 livros sobre depressão, comportamento, qualidade do sono e desafios emocionais, ciúmes e transtorno de personalidade boderline. Já foi colunista no Jornal Tribuna do Ceará. Além disso, é professor do curso de Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental da IEMB e professor de inteligência emocional da MEGE.
Nas Redes Sociais, André Barbosa é dono dos perfis @opsicologo, com mais de 290 mil seguidores, e @freudofficial, com mais de 760 mil.
Neurocientista Fabiano de Abreu detalha o cérebro humano no relacionamento
Amor, paixão, relacionamento, são vocábulos que estão na ordem do dia e sobre os quais todos têm uma opinião ou um conselho. No entanto, como em tudo na vida, a ciência pode explicar e desmistificar os processos por detrás dos nossos sentimentos e reações. O PhD, neurocientista, neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu ajuda a compreender as diferenças que ocorrem a nível cerebral alertando que a química do nosso corpo não nos deixa mentir.
“Detalhar como o cérebro funciona no relacionamento não é tão simples, pois depende não só do sentimento da pessoa, como também de outros fatores como a personalidade e inteligência. Estes também interferem em como o cérebro funciona no relacionamento. Portanto, qualquer receita de bolo para este título estaria equivocada. Mesmo assim, vou selecionar alguns fatores que possam vir a acontecer em diferentes casos no relacionamento. “, reflete.
Abreu explica que a ciência ajuda a compreender melhor todo o processo que ocorre quando nos apaixonamos, quando amamos ou quando simplesmente nos forçamos a uma relação que já não nos satisfaz.
“Estudos mostraram que quando olhamos para o rosto de quem estamos apaixonados, um número limitado de áreas no cérebro estão especialmente envolvidas em sua ativação, independentemente do sexo. Entre elas encontram-se estruturas corticais e subcorticais: córtex insular, córtex cingulado anterior, hipocampo, partes do córtex estriado e núcleo accumbens”, explica,”Já ouviu dizer que a paixão é passageira? Porque é uma emoção com prazo de validade e de alta intensidade. A paixão ocasiona estados de hipermotivação, perda da razão, estresse, dependência, obsessão e compulsões.”
Mais cientificamente Abreu garante que, “Dependendo do gênero, diversas regiões do cérebro estão relacionadas à paixão, entre elas, o córtex pré-frontal e as demais que estão localizadas nas regiões do núcleo da base e do sistema límbico. O neurotransmissor envolvido é a famosa dopamina, responsável pela sensação de recompensa.
Fibras dopaminérgicas, via feixe prosencefálico medial, se projetam da área tegmental ventral (VTA) do mesencéfalo para o núcleo accumbens. O córtex pré-frontal também exerce a função de fornecer feedback para a VTA diretamente ou pelo núcleo accumbens. Todas essas estruturas se comunicam com o hipotálamo para iniciar as respostas neuroendócrinas e viscerais de recompensa.”
Mesmo as alterações que muitas vezes associamos a quem está apaixonado como a falta de apetite ou o humor têm a sua explicação.
“Com o aumento da dopamina, há uma diminuição da serotonina, neurotransmissor relacionado ao apetite e ao humor. Por isso que muitos apaixonados emagrecem. Estudos já provaram a redução de serotonina no estado inicial de paixão e o mesmo acontece em pacientes com distúrbios obsessivo-compulsivos.
A obsessão está relacionada ao vício, a dopamina é viciante, por isso usuários de drogas tornam-se dependentes, pois este neurotransmissor está relacionado também com a sensação de êxtase com o uso de drogas. Há um aumento do cortisol, hormônio relacionado ao sistema imunológico no combate ao estresse, euforia, ansiedade.”, refere o neurocientista.
Uma vez que deixamos de falar de paixão e começamos a falar de amor, as reações químicas que ocorrem a nível cerebral são distintas.
Ao amar, “vamos falar do hormônio oxitocina, também liberado no parto ou no sexo. Ele está relacionado a vínculos mais duradouros. Assim como a vasopressina, este hormônio aumenta a pressão sanguínea, por isso amar faz bem.
Ambos os hormônios são produzidos no hipotálamo e armazenados na hipófise para serem descarregados na corrente sanguínea. Principalmente durante o sexo, em homens e nas mulheres durante o parto e na amamentação.”, indaga
Da mesma forma que quando o sentimento acaba e nos forçamos por variadas razões a continuar numa relação que perdeu o sentido, o nosso cérebro se reprograma de maneira diferente.
“O cérebro age diferente e a neurociência pode identificar, até mesmo analisando o comportamento. No romance, quando apaixonados, regiões como o córtex pré-frontal, região da cognição, raciocínio lógico e consciência e a amígdala cerebral, região dos instintos e situações de medo, são “desativados”. Esta região é inibida desregulando a capacidade de discernimento. Com o tempo essas alterações se invertem e aos poucos volta-se à “consciência” e o tempo varia de acordo com a personalidade do indivíduo, inteligência e com diversos fatores externos que possam causar desilusão, por isso, não tatue o nome da namorada e cuidado com as loucuras impensáveis da paixão., explica.
Como refere Abreu, “Quando racionalizamos os prós e os contras de forma consciente e concluímos que algo no parceiro(a) não se encaixa, predomina então o instinto de sobrevivência no sistema límbico ativando a ansiedade para que possamos resolver a pendência que é se livrar daquela pessoa. Quando isso não acontece, a ansiedade aumenta e envolve constantemente a amígdala cerebral que, com o passar do tempo, se não resolver, coloca a pessoa em um sentimento de infelicidade causando disfunção generalizada em diversos neurotransmissores.
Todo esse circuito neuronal envolve não só comportamentos como expressões que revelam a insatisfação conjugando diversas regiões do cérebro como o córtex cerebral, sistema límbico e o núcleos da base.”.
Em jeito de conclusão, Fabiano de Abreu aconselha:”Seja honesto e sincero com o seu parceiro(a), a ciência hoje em dia releva cada gesto, expressão e comportamento.”.
No decorrer da nossa vida adquirimos vários relacionamentos. Sejam eles familiares, de amizade, no trabalho, fraternos ou amorosos. Por sermos seres extremamente sociáveis, nos cercamos dos mais variados tipos de relação. Por isso, e sendo assim, sabemos que manter bons laços com pessoas queridas acaba sendo uma tarefa difícil. Principalmente no que se refere aos relacionamentos amorosos, manter uma relação diária com uma pessoa que deseja dividir a vida pode ser um dos relacionamentos que mais exigem dedicação.
Não à toa falado constantemente nas músicas, filmes, séries e livros, os relacionamentos amorosos são, de fato, enigmáticos. Todavia, essa face de complicação e complexidade que esse tipo de relação tem não deriva somente dos desafios em si, mas também pela enorme importância que ele desempenha na vida de uma pessoa. Alguém que quer ter ou tem um relacionamento amoroso pretende manter laços duradouros que se estendam para a vida toda. Juntos, o casal pretende compartilhar a vida e, apesar de todos os desafios que se encontram no meio do caminho, desejam fazer dar certo.
Segundo Patrícia Resende Fernandes, terapeuta sistêmica e facilitadora de consciência, “talvez por não se ter a consciência necessária, as pessoas atribuem aos relacionamentos amorosos um caráter de dificuldade. Manter um bom relacionamento pode ser fácil, a partir do momento que se tem clareza de algumas questões e haja escolha verdadeira de se criar um relacionamento incrível”. Para tanto, se faz necessário em primeiro lugar, mudar os pontos de vista.
Para a terapeuta, “os pontos de vista é o modo como vemos as coisas. É tudo o que acreditamos como verdade. E é ele que cria a nossa realidade. Por vezes, ele é tão fixo que gera bloqueios e limitações na nossa vida”. Olhar para coisas de um modo sempre fixo e estático impede de vermos as situações e as pessoas como realmente são, o que gera conflitos e desgastes nas relações.
Vale ressaltar, que a nossa mente é dividida em duas partes: o consciente e o subconsciente. O primeiro é a nossa razão. É aquele que tem ideias, que planeja, que nos ajuda a tomar as nossas decisões e ocupa somente 5% da nossa mente; já o segundo, com 95% de dominação, armazena os nossos padrões de comportamento que adquirimos no decorrer da nossa vida e, é extremamente sabotador, pois a sua função é nos proteger, e sempre irá nos guiar pelo caminho conhecido, ainda que seja um caminho de dor. “E por isso, sabota a maioria dos nossos desejos e decisões”, completa a terapeuta.
“O nosso subconsciente tem grande influência sobre a pessoa que somos. Traumas do passado e crenças limitadoras ficam alojadas nesse espaço e faz com que tenhamos bloqueios, que impedem o nosso crescimento e a nossa mudança”, afirma a especialista. Assim, não é diferente nos relacionamentos, com o subconsciente dominando, as antigas relações com ex´s e outras situações que passamos, até mesmo na nossa infância as situações vistas e vividas pelos nossos pais, interferem no atual. É aí que surgem os padrões. Para não deixar que as situações do passado tenham poder sobre o presente ou o futuro, é preciso expandir a consciência para então assim, criarmos uma realidade diferente. Com isso, mais conscientes, obtemos a capacidade de tomar decisões e escolhas mais leves, mais criativas e mais expansivas.
Para ter um relacionamento incrível com qualquer pessoa, “existe um grande segredo que vem contribuindo com milhares de pessoas pelo mundo e permitido que tenham bons relacionamentos, afirma a terapeuta”. Trata-se dos 05 Elementos da Intimidade, que são:
A Honra, a confiança, a permissão, a gratidão e a vulnerabilidade.
Honrar o parceiro é tratá-lo com respeito, e não com julgamento. Se não tem julgamento da pessoa com quem está, e honra totalmente quem ela é, então ela pode ser quem ela realmente é, e você também pode ser quem você é; e ninguém julga ninguém. Isto é honrar.
Confiar é saber o que a pessoa vai fazer, e não decidir você, o que quer que ela faça. É confiar que a pessoa não vai mudar, a não ser que ela escolha a mudança. É não pensar que porque você a ama tanto, ela vai mudar.
Permissão é a chave para que tudo seja um interessante ponto de vista. É permitir que tudo o que a pessoa faz ou fala é somente um ponto de vista interessante e não está relacionado a você. Não é pessoal.
Ser grato é agradecer simplesmente pela existência da pessoa na sua vida. Agradecer pelo tempo que a tem, sem julgamento. Onde há a gratidão, não há julgamento.
A vulnerabilidade é estar disposto a receber qualquer coisa que venha da outra pessoa, e novamente não querer mostrar que é perfeito. Você se permite mostrar como realmente é, mostrar suas emoções, sem nenhuma barreira. “A vulnerabilidade, entretanto, não é ser capacho das pessoas. Você pode dizer me desculpe, mas isso não funciona mais para mim. Isso é inaceitável’”, explica a terapeuta.
Para ser os 05 elementos da intimidade, precisa ser primeiro com você. É criar um relacionamento íntimo primeiro consigo mesmo para depois conseguir ser com o próximo. Se você não é com você, não pode ser com o próximo.
Como facilitadora de Barras de Access, uma grande dica que a terapeuta nos dá, é todos os dias, baixarmos as nossas barreiras, e ao acordar, destruir e descriar todos os pontos de vista que nós temos sobre relacionamentos, para então, sobrecriarmos uma relação diferente, algo novo, e se abrir verdadeiramente para um relacionamento.
“Para contribuir e facilitar na liberação dos pontos de vista e das crenças limitantes, as Barras de Access é uma excelente ferramenta, uma vez que é uma técnica de expansão da consciência e libera espaço para o novo em nossas vidas. Também é possível através de perguntas super poderosas, reconhecer e perceber quem realmente será valioso na nossa vida. E por fim, uma grande contribuição, é através de um processo corporal de Access, ou uma Constelação Sistêmica Familiar, ativar a energia da Sexualidade – a energia que impulsiona para a vida, uma visão de futuro, que mantém os parceiros conectados e engajados. Quando essa energia está baixa, a vida é direcionada para o menos: menos afeto, menos intimidade, menos relacionamentos saudáveis, e até menos dinheiro” finaliza a especialista.
Pesquisadores indicam ainda que maiores níveis de estresse, ansiedade e depressão durante a pandemia são identificados em solteiros
De acordo com a 46º edição das Estatísticas do Registro Civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o tempo médio de duração dos casamentos no Brasil reduziu de 17,5 anos para 13,8 anos, ou seja, cerca de quatro anos a menos, em dez anos (2009-2019). Quase metade dos casamentos que foram desfeitos em 2019 duraram menos de 10 anos. Na contramão desses números, porém, um estudo publicado no Journal of Marriage and Family (JMF) sugere que pessoas em relacionamentos conjugais parecem ser mais saudáveis, tendem a procurar menos um serviço médico e, nos casos de internamento hospitalar, o tempo de permanência no hospital é menor.
A publicação americana mostra que pessoas divorciadas e separadas têm o pior estado de saúde. Pessoas viúvas estão em segundo lugar, seguidas pelas solteiras. Esse também é o tema de um estudo da psicóloga Janete Knapik, professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo. “Relacionamentos de casal têm demonstrado benefícios como a melhora na saúde mental, na qualidade de vida, na saúde emocional e física”, afirma. Segundo ela, esses resultados podem ser explicados pelos papéis conjugais assumidos e pelo estilo de vida dos casais.
Uma das hipóteses é de que existe uma seletividade na escolha do parceiro que leva a comportamentos mais saudáveis – isto é, indivíduos casados podem ser autosselecionados com base em características relacionadas à saúde, atitudes em relação à saúde ou fatores comportamentais – e outra hipótese é a de que casais passam adotar comportamentos mais regrados de atenção à saúde, ou seja, ao menor sinal de mal-estar ou adoecimento, as medidas de cuidado são tomadas antes de maiores agravamentos. “Existe uma forte relação social entre o casal que pode resultar em melhor saúde, pois os cônjuges – principalmente as mulheres – atuam como cuidadores, fornecendo suporte físico e emocional”, revela.
A professora lista quatro fatores que podem justificar que pessoas em um relacionamento conjugal tendem a ser mais saudáveis: o aumento dos recursos materiais, que são somados; menores níveis de estresse; maior adesão a comportamentos seguros e saudáveis e não exposição a riscos; e maior apoio social. “Os cônjuges podem atuar como zeladores domésticos, evitando assim a necessidade de assistência médica formal. Dessa forma, eles podem auxiliar na adesão à medicação, preparando e incentivando o consumo de refeições saudáveis ou garantindo o comparecimento às consultas médicas”, exemplifica.
Além disso, a professora explica que a união de casais pode suscitar uma “capacidade sobressalente”, que é a habilidade de dedicação de tempo, esforço e recursos de saúde disponíveis para melhorar a saúde, como resultado da divisão do trabalho e responsabilidades dentro de casa. “Aumenta o envolvimento no compartilhamento de recursos e investimentos mútuos. Existem efeitos psicológicos e físicos para a saúde da coabitação conjugal”, ressalta. A professora observa, no entanto, que os benefícios do relacionamento conjugal não são percebidos em relações abusivas, já que nesses casos existe uma relação de poder e não de partilha de cuidado.
Segundo a professora, idosos divorciados e viúvos apresentam maior chance de demência e maior chance de prejuízo nos domínios cognitivos; idosos que nunca foram casados têm maior chance de prejuízo na memória e adultos com mais de 40 anos e solteiros, especialmente aqueles que não estão em um relacionamento, tendem a ser menos ativos fisicamente do que pessoas casadas. Outro dado interessante é que as mulheres solteiras experimentaram diminuição da qualidade de vida em relação à saúde e uma recuperação mais lenta no primeiro ano em casos de cirurgia cardíaca. “Além disso, diversas pesquisas em diferentes países do mundo que estão avaliando a saúde mental das pessoas na pandemia da Covid-19 têm evidenciado que indivíduos solteiros estão experimentando maiores níveis de estresse, ansiedade e principalmente depressão durante a pandemia”, revela Janete.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo é referência em ensino superior entre as IES do estado do Paraná e uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta, mais de 400 mil m² de área verde no câmpus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A instituição conta com três unidades em Curitiba (PR), uma em Londrina (PR), uma em Ponta Grossa (PR) e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de Graduação, centenas de programas de especialização e MBA, sete programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam mais de 3.500m². Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações em universidade.up.edu.br/
Para ajudar a identificar se seu parceiro está interessado na relação, o Nerd Sedutor listou três pontos que podem ser observados em qualquer relacionamento
A atriz Carla Diaz e o crossfiteiro Arthur, participantes do Big Brother Brasil 2021, estão protagonizando um relacionamento atípico nessa edição do reality da rede Globo. Enquanto a participante corre atrás de Arthur, faz declarações de amor e demonstra seus verdadeiros sentimentos, o brother foge das investidas da loira e a ignora constantemente. Quando se assiste de fora, fica fácil pontuar os erros e até sugerir mudanças no comportamento da atriz. Porém, por que é tão difícil fazer o mesmo quando a gente assume o papel de trouxa da relação?
“Quando estamos dentro de um relacionamento, enxergamos apenas com nosso olhar. É unilateral, e, dependendo do sentimento que nutrimos pela outra pessoa, vai ficando mais difícil enxergar a realidade das coisas”, afirma o consultor de relacionamentos Rafael Lopes, do canal Nerd Sedutor.
Segundo o especialista em conselhos amorosos, o caso de Arthur e Carla Diaz é um clássico relacionamento desinteressante para uma das partes, e que, apesar de acometer mais as mulheres, ocasionalmente pode ter os homens como os mais atingidos da relação.
“É importante estar atento aos sinais que a outra pessoa dá. Entender se ela está tão envolvida na relação, se tem os mesmo objetivos e se corresponde ao que você espera de um relacionamento”, comenta.
Para ajudar a identificar se você está assumindo o papel de trouxa da relação, o especialista listou três pontos que podem ser observados no relacionamento, confira:
1- Ele (a) te elogia?
“Elogiar é externalizar o amor em palavras. Quando a pessoa pára de fazer elogios à pessoa amada, pode ser um sinal de que as coisas esfriaram. Além disso, fique atento ao tipo de elogios que você recebe. São apropriados para casais ou são elogios que se faz a amigos? Dizem sobre sua personalidade na relação ou são mais abrangentes? Isso também pode refletir sobre o papel que você ocupa na vida do seu parceiro: amor ou amizade.”
2 – Ele(a) dá um jeito para ficar com você?
“Quem ama dá um jeito para ficar com a pessoa amada. Como no caso do Arthur e Carla Diaz, ela se arriscou ao indicar várias pessoas ao paredão para salvar o parceiro, mas ele, quando teve a oportunidade de dar o anjo para ela, não fez o mesmo. E no seu relacionamento, qual o nível de comprometimento? Quanto a pessoa se arrisca para estar com você e te ver feliz?.”
3 – Ele(a) te inclui no planos para o futuro?
“Independente do tempo de relacionamento que vocês têm, quando seu parceiro fala sobre o futuro, sejam as próximas férias ou sobre onde ele(a) deseja estar em dez anos, você está nesses planos? Ele(a) comenta sobre morarem juntos, te apresentar para a família e amigos, sobre o que ele pensa sobre casamento e filhos? Claro que esses planos são construídos com o passar do tempo, e falar sobre casamento com uma semana de relação pode assustar o parceiro, mas, ao mesmo tempo, incluir o outro nos projetos é indicativo de que a pessoa deseja construir uma relação a dois sólida e duradoura.”
O consultor, que acumula mais de meio milhão de inscritos no canal do Youtube, e cerca de 100 mil seguidores no Instagram, está disponível para entrevistas e falar mais sobre o assunto.
Tecnologia e relacionamentos têm tudo a ver com maturidade, aliás, são duas coisas que os maduros gostam e nas quais investem tempo e energia. A pandemia, com todo o contexto de isolamento e distanciamento social, contribuiu muito para o aumento nas buscas por aplicativos de relacionamentos. Confinadas em casa, pessoas de todas as idades passaram a procurar mais por esse recurso para se relacionar com o outro. De acordo com dados divulgados pelas próprias plataformas, o Happn – aplicativo de paquera no estilo do Tinder –teve um aumento de 18% nas mensagens trocadas; The Inner Circle, também no mesmo estilo, mas com um posicionamento de mercado mais voltado para a qualidade dos matches e não para a quantidade, teve um aumento de 15% nas “curtidas” e 10% nas mensagens enviadas. O Par Perfeito, por sua vez, registrou um crescimento de 70% de novos usuários, além de um ganho de 20% no tempo médio gasto no aplicativo e no site.
Os maduros não ficam fora desses resultados. Parcela da população que ganhou holofotes nesta pandemia por causa da vulnerabilidade diante do vírus, os prateados também estão nesses aplicativos. No Coroa Metade, plataforma focada em pessoas a partir de 40 anos, houve um aumento de 17% nos cadastros entre abril e outubro de 2020 em comparação aos seis meses anteriores à pandemia.
A presença digital dos maduros não me espanta! Quando coordenei a pesquisa Tsunami 60+, em 2018, descobri que esse grupo tem uma presença forte e marcante em tecnologia. Para se ter uma ideia, somente 10% dos entrevistados – em um universo de quase três mil pessoas – disseram não estar em nenhuma rede social. E, uma vez conectados, 81% acessam redes sociais; 80% pesquisam na internet; 66% tiram e gerenciam fotos e vídeos; 64% checam e-mails e 61% assistem a vídeos.
Por isso, gosto de dizer que a internet, para eles, é a janela para o mundo. Nas entrevistas que fizemos, as pessoas afirmaram adorar receber de 50 a 60 “mensagens de bom-dia” a cada manhã. Para esse público, isso é um movimento – uma pulsão da existência muito forte nessa fase da vida – quando a pessoa começa a trabalhar menos e ficar mais em casa. O que a internet tem feito é proporcionar que essa movimentação permeie diferentes áreas da vida. E o relacionamento é uma delas. Os maduros são um público que quer viver o agora e não têm mais tempo a perder. Relacionar-se com o outro, na forma de amizade ou amor, é fundamental para que mantenham a qualidade de vida.
No Coroa Metade, 69% dos homens procuram namoro; 54%, amizade; 21%, casamento; e 38%, sexo. Com relação às mulheres, 70% querem namoro; 51%, amizade; 20%, casamento; e 6%, sexo. Isso tem muito a ver com a liberdade que os maduros estão conquistando, seja na forma de procurar o relacionamento, seja na necessidade de não esconder mais a idade e os cabelos brancos. Grande parte dos usuários maduros quer mesmo é mostrar que aos 50, 60, 70 ou 80 anos ainda é possível namorar, ter uma vida sexual ativa, fazer novos amigos e se divertir.
Prova disso é que este público também está em sites de pornografia. Dados de 2019 do Pornhub – maior site de pornografia no mundo – apontam que os visitantes com idade entre 55 e 64 anos têm 83% mais probabilidade de assistir a vídeos na categoria “Vintage” e 65% acessam os da categoria “Maduros”, quando comparados a outras faixas etárias. Para visitantes seniores com mais de 65 anos, a categoria “Closed Captions” ganhou 77% de visualização e os vídeos “Vintage” foram duas vezes mais populares quando comparados aos visitantes mais jovens.
Esses dados revelam que tanto a pornografia quanto os aplicativos são recursos que estão presentes na realidade dos maduros, um grupo que cresce no mundo todo e tem como característica uma curiosidade de entender as novidades que o mundo oferece. Não é à toa que já existem diversas empresas focadas em oferecer encontros a esse público, como Coroa Metade, Solteiros 50 e OurTime Brasil. E, se o caminho para expandir as relações passa pela internet e pelos aplicativos, eles estão lá, curiosos para entender, aprender e utilizar essa ferramenta.
| Layla Vallias – eleita, em 2021, pela Forbes Under 30, uma das jovens brasileiras mais influentes com menos de 30 anos – é cofundadora do Hype50+, consultoria de marketing especializada no consumidor sênior e da Janno – startup agetech que tem como missão apoiar brasileiros 50+ em seu novo plano de vida. Foi coordenadora do Tsunami60+, maior estudo sobre Economia Prateada e Raio-X do público maduro no Brasil, e diretora do Aging2.0 São Paulo, organização de apoio a empreendedores com soluções para o envelhecimento em mais de 20 países. Mercadóloga de formação, com especialização em marketing digital pela Universidade de Nova York, trabalhou com desenvolvimento de produto na Endeavor Brasil.
Relacionamentos abusivos é o tema discutido pela astróloga e psicóloga Márcia Fervienza, no “Márcia sem Filtro Nem Edições”, em seu canal no Youtube.
“Somente relacionamentos amorosos são abusivos? É preciso que haja violência física e/ou sexual para que haja abuso? Se uma relação faz com que eu me sinta mal, mas é super amorosa, há algo errado comigo? Neste vídeo, discuto brevemente alguns destes questionamentos, abrindo espaço para um diálogo mais profundo sobre a dinâmica dos relacionamentos abusivos”, explica Márcia.
O Sem Filtro Nem Edições tem o proposito de compartilhar suas opiniões e pensamento sobre algum tema escolhido pelos seus seguidores no Instagram.
Astróloga desde 1999, Márcia é formada em Psicologia pela Ashford University nos Estados Unidos e seguiu seus estudos nesta área, pois achava fascinante a mente humana. Hoje é mestra em Psicologia Clinica e Escolar pela Universidade da Pensilvânia e pesquisadora junto ao chair do departamento de educação da universidade. Além das certificações em psicologia, ela também é Coach. Desde 2011, Márcia é colunista do portal Personare e tem diversos artigos publicados na Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e Gshow, entre outros.
Tanto em seus atendimentos astrológicos quanto em seu trabalho como Coach, Márcia busca identificar e eliminar obstáculos para facilitar o alcance dos objetivos desejados, promovendo resultados.
Enquanto especialista em desenvolvimento humano, ela também trabalha com pais que desejam promover um crescimento emocional e psicológico saudável para seus filhos, ou que querem melhorar a qualidade de suas relações com eles.
Márcia Fervienza é brasileira e mora fora do país desde 2007. Hoje ela reside no sul de New Jersey.
Mais sobre sua formação acadêmica:
Coach Holística de Vida, Carreira e Executiva – Goal Imagery Institute
Bacharel em Psicologia – Magna Cum Laude – Ashford University, IA
Mestra em Psicologia Clínica e Escolar – Magna Sum Laude – Universidade da Pensilvânia.
Certamente você conhece alguém que insiste em prolongar uma relação visivelmente desgastada. Não há mais amor, atração, as afinidades deixaram de existir, mas o casal continua junto, persistindo na infelicidade recíproca. Surpreendentemente, pesquisadores de dois estudos publicados pelo periódico científico Journal of Personality and Social Psychology revelaram que o fato de acreditar que o parceiro é muito dependente da relação afasta a possibilidade de uma separação. Por uma questão de empatia e pela percepção – muitas vezes enganosa – de que o companheiro é “frágil”, as pessoas permanecem no relacionamento pelo “bem do outro”, mesmo que se sintam desprezadas e insatisfeitas. Outros indivíduos relatam o medo da solidão, a dificuldade de admitir que o parceiro é a fonte de infelicidade, a incapacidade de lidar com o sentimento de fracasso em uma relação que não deu certo ou não reconhecem que alguns problemas não têm solução. Também aparecem aqueles que acham que “investiram” muito tempo, recursos e emoções na convivência e os que pensam que não encontrarão “alternativas” melhores.
O sonho de uma relação feliz, saudável e harmoniosa é, na maioria das vezes, abalado pela monotonia. Acompanhada por outros fatores – falta de diálogo, não saber ouvir, excesso de trabalho, desilusão com o parceiro –, o desgaste pode abater fatalmente um relacionamento. A verdade é que a gente se acostuma com a presença do outro, com os silêncios, com as pequenas divergências que parecem não ter importância, com o distanciamento. E, em um determinado momento, vem a consciência de uma infelicidade latente, de um desconforto na relação que começa a incomodar e interferir no nosso bem-estar. Em longos relacionamentos, as pessoas mudam, passam por uma série de transformações inerentes ao amadurecimento, consequências naturais das experiências vivenciadas. Exigências da carreira, da família constituída, das inúmeras responsabilidades, tudo contribui para que nos esqueçamos da essência, daquilo que, inicialmente uniu um casal. Não saber a hora de terminar é um dos obstáculos que qualquer relacionamento enfrenta. Não adianta insistir em algo que não tem futuro por medo de perder o pouco que ele oferece. Persistir no erro só complicará o desfecho. O “até que a morte nos separe” não existe, não estamos em uma prisão. Aliás, imaginar que essa pessoa será a primeira e única a nos trazer felicidade é imprudência.
Além de tudo, um relacionamento ruim é capaz de causar malefícios à saúde, equivalentes ao tabagismo e ao alcoolismo. Divergências nos relacionamentos por um longo período podem afetar a saúde mental. Discussões frequentes aumentam a produção do hormônio do stress (cortisol), causam inflamações, distúrbios no apetite e sono, ou seja, afetam a saúde como um todo e influenciam negativamente na rotina pessoal e profissional.
Expectativas honestas, alinhadas desde o início da relação, evitam frustrações futuras. Para Jennifer Lobo, matchmaker, CEO e fundadora da plataforma MeuPatrocínio, “a possibilidade de uma relação transparente e com objetivos claros desde o início, como é o relacionamento sugar, possibilita que as pessoas sejam mais sinceras em suas pretensões e na exposição de suas emoções e eventuais insatisfações. Se não há consenso e as expectativas das partes envolvidas não forem atendidas, não há justificativa para permanecer em uma relação que demonstra não ter futuro. Ao contrário dos relacionamentos tradicionais, homens com o perfil de sugar daddy e jovens com o de sugarbaby sabem exatamente o que desejam e, se não está dando certo, não há porque permanecer juntos. Clareza e verdade são a base do relacionamento sugar. Talvez tenha chegado a hora de tentar e fazer diferente”.
Sobre o Meu Patrocínio
Primeiro e maior site de relacionamento Sugar do Brasil, o MeuPatrocínio é a rede social mais exclusiva e elitizada do país. O estilo de vida Sugar reúne homens poderosos a mulheres jovens e atraentes para relacionamentos verdadeiros, transparentes, com acordos preestabelecidos e expectativas alinhadas. Hoje, em sua base de dados, a plataforma conta com quase três milhões de usuários. Todos submetem seus perfis e fotos à aprovação individual. Somente são aceitos maiores de 18 anos que devem aderir às condições e termos de segurança do site.
Terapeutas relatam casos de sucesso e explicam como alinhar as expectativas durante a relação amorosa com um indivíduo com TEA
Romantic relationship concept as two hearts made of torn crumpled paper on weathered wood as symbol for romance attachment and exchange of feelings and emotions of love. – Foto Divulgação
Conhecer profundamente o TEA (Transtorno do Espectro Autista) é o primeiro passo para as pessoas que desejam estabelecer um vínculo amoroso com um indivíduo autista.
A pessoa com autismo apresenta o desenvolvimento de seu organismo com os mesmos marcadores entre a infância, adolescência e vida adulta de uma pessoa que não é autista. O que muda para esses indivíduos é o repertório comportamental para lidarem com as relações.
O TEA é descrito pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) a partir de duas categorias centrais:
Categoria A)
– déficits persistentes na comunicação e na interação social em múltiplos contextos – como dificuldade para iniciar ou responder a interações sociais;
– déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social;
– problemas para desenvolver, manter e compreender relacionamentos.
Categoria B)
– padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades, exemplificados por movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos;
– insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento;
– hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente.
Para exemplificar na prática, indivíduos com déficits nos comportamentos comunicativos e na interação social possuem dificuldades na comunicação e na interpretação das relações, sendo mais um agravante para manter vínculos duradouros e trocas emocionais bem interpretadas.
Pessoas com TEA, dependendo do grau, podem processar as informações em partes, o que limita a sua capacidade de perceber uma situação como um todo. Ou ainda, podem possuir dificuldades de desenvolver raciocínios subjetivos ou abstratos e, por isso, entendem o que está sendo falado de forma literal.
Um outro exemplo também é que um indivíduo com TEA pode ter a característica de captar os estímulos do mundo de forma hipersensível ou hipossensível e, assim, ter menos ou mais tolerância para escutar um volume de som mais alto, ou ainda pode sentir mais ou menos dor que o esperado, quando é machucado.
Esses são apenas alguns exemplos de características comuns presentes em pessoas com autismo, mas é importante ressaltar que os indivíduos manifestam os sintomas de maneiras diferentes entre si. Atualmente, há três classificações baseadas em suas necessidades para melhor compreensão dos diferentes graus do autismo:
1) exigindo apoio muito substancial
2) exigindo apoio substancial
3) exigindo apoio
De acordo com Larissa Aguirre – Psicóloga e Analista do Comportamento – Supervisora ABA do Grupo Conduzir:
“Independentemente do grau do TEA, suas características refletem diretamente em seus relacionamentos amorosos, porém em diferentes níveis de intensidade. Quanto maior o nível de apoio (exigindo apoio muito substancial), maiores serão os desafios em relação a esse aspecto.
Os estudos indicam que os déficits em habilidades sociais, de comunicação, os interesses restritos e repetitivos e a hipersensibilidade são possíveis fatores limitantes do desenvolvimento sexual nas relações amorosas. Alguns dados apontam para a identificação de desejos sexuais voltados especialmente a vivências solitárias da sexualidade e menor frequência de práticas sexuais com outra pessoa, em comparação à população como um todo”, reforça Larissa Aguirre.
Alinhando expectativas durante o relacionamento
As principais dificuldades encontradas pelas pessoas com TEA durante um relacionamento amoroso estão relacionadas com habilidades que são pré-requisitos para a vivência da sexualidade, como:
– iniciar interação social;
– dosar o uso do humor;
– habituar-se melhor às mudanças inesperadas;
– desenvolver um equilíbrio entre o falar e o ouvir;
– compreender que seu interesse por assuntos específicos pode não ser compartilhado por outros etc.
O envolvimento social com amigos e colegas desempenha também um papel importante e está diretamente relacionado ao nível de dificuldade em se engajar em relações amorosas. Entender os fatores e as características do autismo são pontos-chaves de empatia para ajuda-los nessas situações.
Por essa razão, para se relacionar amorosamente com uma pessoa autista, é essencial ter paciência e compreensão. É fundamental que a pessoa que se relaciona explique claramente como se sente e o porquê de suas emoções.
Outra peculiaridade do autismo é a importância que a rotina tem para essas pessoas. Devido à hipersensibilidade à mudanças, o indivíduo pode apresentar desconforto diante de modificações nos costumes e atividades. Por isso, ao se relacionar com pessoas com autismo, é importante respeitar o tempo e espaço demonstrados por elas e fazer mudanças graduais.
É necessário dizer que não temos um manual para se relacionar com um indivíduo autista. Estaríamos, mais uma vez, reforçando o preconceito social em relação ao estereótipo popular criado.
Portanto, não há dicas generalizadas com rituais comuns para se relacionar, e assim também se aplica a indivíduos com TEA. As relações amorosas entre pessoas se dão de diferentes formas, e dependem de aspectos pessoais que determinarão a longevidade e intensidade dessa relação.Renata Michel, que é BCBA (Board Certified Behavior Analyst), Mestre e Doutoranda em Análise do Comportamento e coordenadora do Instituto de Pesquisa Conduzir, explica um pouco mais sobre sua vivência em consultório sobre o fato:
“Já houve situações na minha vida profissional, nas quais o comportamento a ser trabalhado foi desde uma dificuldade de comunicação de sentimentos (característica bastante comum ao quadro de TEA), até a existência de comportamentos ritualizados. Muitos comportamentos humanos impedem os indivíduos de se relacionarem de forma mais feliz – e isso não é exclusivo do autismo.
No entanto, posso afirmar que na minha experiência, a dificuldade mais comumente encontrada é a comunicação com o parceiro. Esse déficit normalmente afeta mais a comunicação de sentimentos e expectativas – aquilo que é mais abstrato tende a ser mais difícil para um indivíduo com autismo compreender. A terapia comportamental e cognitivo comportamental individual é o que hoje temos como a melhor forma de desenvolver tais habilidades.”
O que dizem as pesquisas – tratamento e oportunidades para a vida adulta
“Os estudos, em geral, apontam para a escassez de programas educativos específicos sobre sexualidade, para a privação de direitos e de experiências sexuais, para o pouco acesso às informações, e consequentemente, para a grande vulnerabilidade com relação à violência sexual.”Ottoni, A. C. V., & Maia, A. C. B. (2019) –Considerações sobre a sexualidade e educação sexual de pessoas com transtorno do espectro autista. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação.
Esse dado demonstra, mais uma vez, sobre a necessidade de fomento de pesquisas e informação com qualidade para inserir socialmente indivíduos com TEA. A privação de direitos sexuais é uma realidade, e a vulnerabilidade em relação à violência nessa área aponta um vácuo esquecido pelas autoridades que têm o dever de promover o bem de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania.
“Temos hoje poucas pesquisas que investigam essa questão, e é um desafio que busquemos essa ampliação. Quanto mais base científica houver para nos mostrar quais caminhos são melhores, teremos a resposta que nos permite proporcionar um serviço que gere melhores resultados,” reforça Renata Michel.
É esperado e possível que um indivíduo autista tenha independência na vida adulta, tratando-se de relacionamentos amorosos. Como por exemplo, casar e ter filhos, caso seja esse um desejo dele, desde que o indivíduo tenha acesso ao tratamento adequado para alcançar tal nível de independência.
O que é de conhecimento dos especialistas que atendem e lidam com pessoas com TEA é que a intervenção precoce – indicada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), chamada ABA (Análise do Comportamento Aplicada) – é a comprovada e indicada para o desenvolvimento de habilidades de autistas. ABA é a ciência que estuda maneiras de intervir e modificar o comportamento de qualquer indivíduo, e que apresenta significativas contribuições para o desenvolvimento de habilidades necessárias para melhorar a qualidade de vida de pessoas com autismo – independente do grau de autismo:
“Importante ressaltar que o profissional que aplica ABA, chamado de Analista do Comportamento, que se proponha a realizar tal trabalho e endereçar tais questões, deve possuir experiência teórica e prática para que a aplicação da ABA seja, de fato, capaz de gerar resultados significativos para a vida do paciente – algo que vemos cotidianamente em nossos atendimentos clínicos”, comenta a coordenadora do Instituto de Pesquisa Conduzir, Renata Michel.
Cidadania e inclusão –informar para inserir
Devemos desmistificar o TEA e lembrar que cada indivíduo é único e cada um se desenvolve de acordo com os estímulos recebidos e características próprias. Qualquer generalização acerca das habilidades de um indivíduo autista retira a possibilidade de análise de cada um de forma única. O diagnóstico de TEA prevê comportamentos que identificam o transtorno, mas que podem e variam muito para cada indivíduo. A melhor maneira de desconstruir preconceitos é justamente tratar cada um em sua singularidade. Assim como explica Renata Michel:
“Não existe uma correlação direta entre graus de autismo e a habilidade para o desenvolvimento de relacionamentos amorosos, uma vez que cada indivíduo é único e deve ser assim analisado. No entanto, podemos observar que indivíduos com autismo severo acabam desenvolvendo habilidades que pouco provavelmente propiciarão esse tipo de vínculo afetivo. Já os indivíduos com autismo de alto funcionamento podem apresentar menos dificuldades, mas isso não garante que não terão grandes desafios em suas relações.”
O importante é que os responsáveis e também os profissionais que trabalham com pessoas com TEA e/ou outras deficiências não limitem sua visão aos estereótipos e preconceitos e reflitam continuamente sobre suas ideias e ações. Não tirem conclusões precipitadas e preconceituosas, perguntem sobre seus desejos e intenções e trabalhem ao máximo para que eles se concretizem. Intervenções eficazes abrem portas para a independência e para o conhecimento dos direitos à educação, trabalho, vida em família, afetiva e sexual.
Para finalizar, Renata Michel comenta o caso de um paciente:
“Certa vez, em um atendimento ainda como terapeuta, recebi um cliente que tinha 18 anos e um grau de autismo classificado como leve. Ele recebeu Intervenção em ABA desde os 12 anos e desenvolveu muitas habilidades. Aos 18, como qualquer adolescente, ele queria conhecer e namorar uma menina. A grande dificuldade dele era entender se a menina que ele gostava estava interessada nele – exatamente pela dificuldade de interpretação dos comportamentos dela. Trabalhamos essa habilidade em terapia e ele descobriu que ela não estava interessada nele, mas essa habilidade o tornou capaz de reconhecer, alguns meses depois, que uma colega de escola poderia ter tal interesse. Ele não apenas aprendeu a interpretar o comportamento que chamamos de “flerte”, mas conseguiu sua primeira (de muitas) namoradas.”
CONTATOS PARA ENTREVISTAS (podem ser feitos também de maneira remota):
A Get Comunicações disponibiliza para a imprensa os seguintes contatos:
Fonte Renata Michel – BCBA (Board Certified Behavior Analyst), Mestre e Doutoranda em Análise do Comportamento, coordenadora do Instituto de Pesquisa Conduzir
Fonte Larissa Aguirre – Psicóloga e Analista do Comportamento – Supervisora ABA do Grupo Conduzir
INFORMAÇÕES – GRUPO CONDUZIR
O Grupo Conduzir possui uma equipe especializada de profissionais das áreas de Psicologia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Educação (Pedagogia e Psicopedagogia) que oferece um atendimento multidisciplinar, sempre com base teórica, treinamento e supervisão analítico-comportamental. Proporciona aos seus clientes o desenvolvimento de suas habilidades por meio de práticas baseadas em evidência.
O foco de trabalho da equipe de profissionais do Grupo Conduzir é o atendimento de crianças, adolescentes e adultos com transtornos do neurodesenvolvimento leve, moderado ou grave, sobretudo as que se enquadram nos Transtornos do Espectro Autista (TEA).
O bom relacionamento com a equipe é a peça-chave para o crescimento sustentável de qualquer empresa. Afinal, os colaboradores são as principais fontes de produção da companhia, por isso, devem – e podem! – trabalhar a partir do mesmo objetivo.
É importante mencionar que os relacionamentos interpessoais afetam diretamente a produtividade coletiva, seja de maneira positiva ou negativa. Além disso, os funcionários são motivados pelo espírito de equipe e pelo engajamento de uns para com os outros.
Dessa forma, o trabalho coletivo é fundamental para construir um ambiente de trabalho agradável e motivador. Isso porque, independente do cargo ou atividades executadas, cada profissional ocupa uma posição estratégica e importante para a companhia.
Pensando nisso, preparamos uma lista com 4 dicas simples para que você possa construir um bom relacionamento com a equipe e melhorar o engajamento entre as equipes de trabalho. Quer ficar por dentro do assunto? Continue lendo e confira!
1. Ouça o que seus colegas têm a dizer
É fundamental desenvolver um ambiente de trabalho em que todos se sintam à vontade para manifestar suas opiniões e ideias. Além disso, os colaboradores precisam ter voz para que possam contribuir com novos projetos, melhorias ou para solucionar problemas.
Portanto, ouça o que seus colegas têm a dizer e respeite a opinião individual de cada colaborador. Escute ideias de forma respeitosa e tenha em mente que todos devem trabalhar juntos, no mesmo objetivo.
Vamos imaginar que você trabalhe com reciclagem de lixo eletrônico. As opiniões de seus colegas podem influenciar – positivamente – em processos internos. Sendo assim, ouça-os com atenção e contribua com novas ideias.
2. Coloque-se à disposição para ajudar
Outra maneira de ter um bom relacionamento com a equipe é colocando-se à disposição para ajudar durante as mais diversas situações. Afinal, é sempre bom ter com quem contar em momentos conturbados.
Além do mais, isso mostra que o ambiente de trabalho não é hostil em relação às dúvidas e questionamentos. Reflete, de fato, um espaço em que todos se ajudam e estão dispostos a trabalhar em equipe.
Suponhamos que você trabalhe com bucha de nylon. Lembre-se que trabalhar em equipe é muito mais do que dividir o mesmo escritório. É ser solidário e buscar sanar todas as dúvidas do time.
3. Gentileza e bom humor são essenciais
Ser uma pessoa bem humorada pela manhã não é uma tarefa fácil. Contudo, pesquisas afirmam que pessoas com energias positivas despertam a confiança dos demais, além de melhorar o ambiente de trabalho.
Vamos imaginar que você trabalhe com sistema de combate a incêndio. É fundamental pensar que a gentileza e um simples sorriso no rosto podem transformar o dia de alguém.
Se você costuma ser o ‘’palhaço’’ do grupo, continue assim. O bom humor é sempre muito bem-vindo durante a jornada de trabalho.
4. Dê feedbacks positivos
A última dica vai diretamente para os gestores: dêem feedbacks positivos. Lembre-se que passar um retorno sobre as atividades de cada colaborador é fundamental para mantê-los motivados e engajados nos objetivos da marca.
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Especialista em relacionamentos Rafael Lopes, o Nerd Sedutor, afirma que a atitude reflete falta de confiança em si próprio e baixa autoestima; saiba quando é hora de buscar ajuda
Ciúmes? Falta de confiança no parceiro? Medo de outras pessoas invadirem a relação? Essas são algumas das hipóteses que podem surgir para justificar uma pessoa que cria um perfil falso nas redes sociais com o propósito de espionar o parceiro. Porém, para o consultor de relacionamentos Rafael Lopes, o Nerd Sedutor, a atitude reflete a falta de confiança em si próprio e baixa autoestima.
“Quando uma pessoa é extremamente ciumenta e desconfiada, percebemos que essas atitudes dizem mais sobre ela, do que sobre o parceiro. Elas mostram que essa pessoa que está sempre em alerta, sempre à procura de algo suspeito, e isso reflete uma falta de confiança em si mesmo, que acaba sendo transferido para o outro”, afirma. “Para tentar lidar com esse medo de que o parceiro possa cometer traição, ou até mesmo, que outra pessoa se intrometa negativamente na relação, algumas pessoas criam perfis falsos nas redes sociais para vigiar o parceiro. Em alguns casos, essas pessoas até incitam o companheiro a coisas erradas para ‘testar’ a fidelidade”, completa.
A atitude pode até parecer inofensiva ou correta para alguns, mas para o especialista, que possui mais de 82 mil seguidores no Instagram e no Youtube – canal onde posta dicas e orientações para relacionamentos de sucesso – , a medida pode ser extremamente danosa.
“Ninguém gosta de ser vigiado e ser colocado à prova a todo instante. Além disso, mesmo quando estamos em um relacionamento, precisamos manter nossa individualidade e personalidade. Existem coisas que gostamos e devemos fazer sozinhos e isso não deve mudar só porque nos comprometemos com alguém”, ressalta. “Por outro lado, a pessoa que cria perfis falsos para ‘vigiar’ o outro precisa entender que relacionamentos são para proporcionar coisas boas, caso contrário, não vale a pena. Se você desconfia de algo, acredita que o outro possa estar te traindo, a melhor solução é o diálogo. Tente conversar, mostrar seus sentimentos, sua desconfiança”, afirma.
Ainda segundo o especialista, em casos extremos de ciúmes e desconfiança, é importante buscar ajuda de um profissional. “Ciúmes em certas doses são até normais, mas quando ele toma controle da sua vida, é hora de procurar um psicólogo e pedir ajuda”, finaliza.
Como podemos nos adaptar e tirar o melhor das nossas relações
Na era glacial, os animais para não morrerem de frio se reuniam em seus grupos, buscando manter-se aquecidos com o calor um do outro, mas um desses grupos se destacava, os porcos espinho, pois sempre que se encostavam ou chegavam muito perto, eles se machucavam. Dessa maneira ou eles morreriam de frio ou morreriam pelos machucados causados pelos espinhos. Então para que eles não morressem, os porcos espinhos começaram a se adaptar, tentando encaixar-se uns aos outros, de modo que eles não se machucassem e conseguissem se esquentar.
Assim também é o ser humano, como os porcos espinhos, tendo em si muitas qualidades, mas acompanhadas de alguns “espinhos” (como opiniões diferentes entre outros). Quando nos relacionarmos com as pessoas, cujo os espinhos também estão expostos, ficamos sujeitos a nos machucar o tempo todo. Mas como os porcos espinhos, nós possuímos a habilidade de nos adaptar aos espinhos dos outros, conseguindo assim nos fortalecer e tirar o melhor dos relacionamentos.
Sob esse viés a Master Coach e empresária, Madalena Feliciano, apresenta dicas de como melhorar sua postura em seus relacionamentos, objetivando um convívio harmonioso em todas as áreas relacionais da vida. Relacionamentos familiares, amorosos, profissionais ou de amizade.
Para iniciarmos é importante frisar que o relacionamento é inato ao ser humano, é uma necessidade que todos possuem, de serem amados, queridos e aceitos. Consequentemente surge um fator indispensável, que é como podemos e devemos nos relacionar.
O primeiro passo para aprender a como se relacionar de forma saudável, é se conhecer bem. Antes de você buscar êxito no seu relacionamento com o outro é de suma importância possuir um bom relacionamento consigo mesmo, estando bem alinhado e mantendo sua autoestima elevada, pois são esses aspectos que serão oferecidos e compartilhados com os demais.
O segundo passo é ter empatia. Você só conseguirá desenvolver essa habilidade se dispuser a abrir mão de pensar só em si e prestar atenção na outra pessoa. A empatia surge quando você exercita o colocar-se no lugar do outro, entendendo seus posicionamentos e reações a situações que você talvez se comportasse de forma diferente. Ter empatia significa entender os espinhos dos demais, para então se encaixar e superar os momentos de frio e tempestade que a vida colocar.
Juntamente com esse fator vem o respeito com as diferenças do próximo, ouvindo o que ele tem para dizer, evitando interromper, sendo curioso e interessado. Jogando fora todos os pré-conceitos que possam ser criados, buscando sempre identificar o valor do indivíduo, não se apressando para criticar e entender que todos temos pontos de melhorias e aprimoramento.
Essas dicas se encaixam para toda e qualquer área relacional da vida, seja ela de amizade, amorosa, profissional ou familiar. É preciso entender também que ocorrerão sim divergências de opiniões, debates, discussões e em alguns casos até mesmo choques/brigas, isso faz parte de qualquer relacionamento saudável, mas é importantíssimo que você desenvolva um bom diálogo, lógico inserindo a empatia, buscando resolver da melhor maneira.
Colocando tudo isso em prática você atingirá um melhor desempenho em seus relacionamentos, se tornando uma pessoa agradável no convívio, vivendo mais leve e feliz em todas as áreas da sua vida.
“Os opostos se atraem” é uma frase muito citada e conhecida por todos nós, mas será que ela se encaixa quando falamos de ideologias políticas opostas em um relacionamento? O celebrante de casamentos Marco Aurélio Nogueira mostra como os casais podem caminhar juntos, mesmo com opiniões divergentes sobre este assunto.
Os últimos tempos não estão fáceis. A sociedade vive um momento de tensão mundial, onde os valores da humanidade estão sendo colocados em xeque. Atualmente, nenhum ser humano se vê capaz de fugir de um posicionamento ideológico diante dos conflitos nos campos de batalha, nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp. Amigos de longa data já não se falam mais, almoços em família têm um sabor amargo e até quem não partilha do mesmo fervor sente receio em dar uma opinião neutra e ser taxado de não partidário.
Diante de tantas desavenças, vale a pena refletir: é possível se casar com alguém com ideologia política diferente da sua? O celebrante de casamentos Marco Aurélio Nogueira explica que, primeiramente, “a filosofia política de fato importa e, consequentemente, a política em si é algo que afeta a vida de todos. No entanto, a briga partidária pelo controle temporário do aparato estatal é menos importante do que as contendas eleitorais nos fazem crer”, reforça.
O celebrante ressalta que “você pode estar sendo facilmente manipulado por políticos, ideólogos e intelectuais. Mas uma história de amor é preciosa demais para ser descartadas por razões temporárias”. Por isso, ele lamenta que “a política cause divisões permanentes, e de uma maneira tão desnecessária acabando com relacionamento que penduram há anos.
Marco Aurélio Nogueira lembra que “a política é um sistema que busca dividir as pessoas para mais facilmente dominá-las. Permitir que ela fundamentalmente influencie algo tão importante quanto um namoro, noivado ou casamento significa conceder a vitória efetiva a ignorância”.
“Vejo como uma atitude sem sentido expulsar alguém da sua vida só por causa de diferenças ideológicas”. Para o celebrante de casamentos, as razões para isso são: “Ao se isolar e negar a si mesmo acesso a diferentes pontos de vista, você corre o risco de se isolar de um crítico que pode ensinar a você algo que você ainda não sabe. Pode ser sobre qualquer coisa da vida, mas talvez até mesmo sobre este assunto. Fechar a porta para eventuais informações importantes não é uma atitude sensata”, salienta. Segundo, “conversar com pessoas com opiniões opostas é uma boa maneira de você treinar a manter a calma, a raciocinar rápido, a falar com fluência e segurança, e a conversar de maneira civil e educada, sempre se direcionando ao interlocutor de uma maneira que possa fazê-lo pensar”.
Outro atitude reprovada pelo celebrante é quando a pessoa “segue as ideias de um político, ou mesmo de um partido até o ponto de afetar seu relacionamento com pessoas que você ama”. Uma das grandes tragédias da política, ele lamenta, ” é que ela é capaz de transformar pessoas que, na vida real, seriam pacíficas, leais e grandes amigas em inimigas amargas e rancorosas”.
Isso é algo que realmente deveria ser mais refletido, argumenta o celebrante de casamentos: “Cada um de nós é um ser humano com sentimentos, esperanças, sonhos e desejos de viver uma vida bem vivida, cada indivíduo, independentemente de sua raça, religião, identidade de gênero, opção sexual ou ideologia quer isso. E a política não deveria interferir em nada disso, muito menos em um relacionamento de um casal”, completa.
Aconselhando os novos casais, o celebrante acredita que “se o desejo é por um mundo mais pacífico e de mais compreensão, uma maneira de ajudar a criá-lo é viver como se tal mundo já existisse. Acima de tudo, isso significa jamais deixar a questão ideológica interferir nas relações humanas. As relações humanas, e não a política, são o nosso verdadeiro tesouro. O respeito impera, pois o amor está acima de qualquer posição partidária”, finaliza.
De uns tempos pra cá, estamos em constante processo de evolução e os relacionamentos vem criando novas formas e novas regras, reflexo das transformações pelas quais passam os casais na tentativa de manter acesa a chama do amor e da paixão. E o relacionamento sugar é o modelo que vem ganhando projeção desde 2015, ano em que o MeuPatrocínio trouxe os termos sugar baby e sugar daddy para o Brasil. Assim como a transparência e o alinhamento de objetivos, fundamentos da relação sugar, outras tendências foram se agregando às já existentes. O clássico “monogâmico”, aquela relação em que o casal só pode amar e fazer sexo um com o outro, vai cedendo espaço para modelos alternativos.
Confira abaixo, alguns tipos de relacionamento da atualidade:
Relacionamento aberto: duas pessoas envolvidas afetivamente – e assim pretendem continuar – decidem se abrir para integrar outras pessoas à relação ou estabelecem a liberdade para ambos de sair com quem e quando quiserem. O direito é mútuo e, muitas vezes, as regras do casal impedem um relacionamento com amigos ou no local onde vivem. Não deve haver amor com a terceira pessoa, o objetivo é a satisfação sexual. Preserva-se o sentimento com o parceiro principal;
Poliamor: um relacionamento que prevê o envolvimento amoroso, sexual e duradouro com várias pessoas ao mesmo tempo. A relação deve ser aceita por todos e está baseada no diálogo aberto e sincero. Não há sentimento de posse, ao contrário, o amor por terceiros não representa uma ameaça e sim um enriquecimento da vida dos parceiros envolvidos e um compartilhamento da felicidade do outro, longe de qualquer sentimento egoísta;
Relacionamento Sugar: mulheres ou homens jovens, atraentes (sugar babies) determinados a conquistar segurança emocional e financeira, em busca do seu sugar daddy ou de sua sugar mommy, homens e mulheres maduros e bem-sucedidos que, por sua vez, desejam um relacionamento transparente, com expectativas alinhadas desde o início, numa forma de acordo preestabelecido para evitar decepções e frustrações futuras;
Amizade colorida: dois amigos que resolvem partir para uma interação sexual sem compromisso e fidelidade. É uma relação facilitada pelo fato de haver um conhecimento prévio. Casual, sem envolvimento romântico, preservando a independência sentimental. O risco é acabar confundindo as emoções, se apaixonar de verdade, se machucar se o sentimento não for correspondido e estragar a amizade definitivamente;
Relacionamento à distância: pode parecer um pouco assustador manter uma relação com alguém que mora a quilômetros de distância ou em outro país, mas é possível! Há formas de atenuar a sensação de estar “longe dos olhos, mas perto do coração”. As redes sociais e os aplicativos facilitam a comunicação. A relação deve ser pautada pela sinceridade quanto aos planos para o futuro e expectativas do relacionamento. Para fazer o romance prosperar mesmo sem o contato diário, o compartilhamento de incertezas e receios e o estabelecimento de uma cumplicidade já representa um bom começo. Estar presente e não se deixar esquecer.
Sobre o MeuPatrocínio: primeiro e maior site de relacionamento Sugar do Brasil, o MeuPatrocínio é a rede social mais exclusiva e elitizada do país. O estilo de vida Sugar reúne homens poderosos a mulheres jovens e atraentes para relacionamentos verdadeiros, transparentes, com acordos preestabelecidos e expectativas alinhadas. Hoje, em sua base de dados, a plataforma conta com três milhões de usuários. Todos submetem seus perfis e fotos à aprovação individual. Somente são aceitos maiores de 18 anos que devem aderir às condições e termos de segurança do site. www.meupatrocinio.com
E quem percebe mais rápido os sinais de uma “pulada de cerca”?
A habilidade de esconder melhor uma traição e a percepção de que um relacionamento extraconjugal ocorreu na vida do parceiro é das mulheres. Seja pelo sexto sentido ou pela sensibilidade mais desenvolvia e apurada, elas são capazes de detectar uma pulada de cerca apenas com o olhar, dizem as pesquisas. A Universidade da Austrália Ocidental – University of Western Austrália – foi investigar. Os seus estudos revelaram que os homens têm dificuldade em julgar e constatar a infidelidade no rosto de uma mulher. Elas, ao contrário, são certeiras na avaliação.
A infidelidade é um comportamento complexo e, apesar de a traição estar relacionada a fatores sociais, culturais e de personalidade, os homens têm uma tendência maior a cometer uma traição, principalmente após o sétimo ano de relacionamento, quando a fase da paixão já passou e os sentimentos estão assentados na convivência diária. Eles agem mais impulsivamente, decidem rapidamente se querem ou não trair, enquanto elas refletem e ponderam até tomar uma decisão. O poder da atração e do desejo sempre tem um peso elevado, mas 25% deles garantem que há sentimento envolvido. E a infidelidade não acomete somente casais infelizes, muitos que estão em um relacionamento considerado satisfatório também podem cometer uma traição. Os motivos são diversos: o desejo pela aventura e por novas emoções, comprovar se realmente está com a pessoa certa, ceder e concretizar uma atração sexual, acreditar que a infidelidade não significa falta de amor pelo companheiro oficial, tédio no relacionamento, oportunidade e achar que a traição é parte natural e aceitável de qualquer relação.
A falta de intimidade emocional e de comunicação também pode facilitar a ocorrência de uma traição, ou seja, é um fator de risco que merece atenção. Os “traidores” parecem não estar dispostos a investir tempo e energia nos seus relacionamentos. Fica mais fácil partir em busca de novas paixões e “ir levando” a relação atual paralelamente Em tempos de confinamento social, com mais tempo em casa e ao lado do parceiro, o esgotamento emocional é inevitável se não for tratado com o merecido cuidado. A plataforma MeuPatrocínio, a pioneira em relacionamento sugar no Brasil, registrou um crescimento de 10% com relação ao mesmo período de 2019 no número de sugar daddies classificados como “casados, mas procurando”. Ao atingir a marca de mais de 20 mil usuários com esse perfil, o site atribui o comportamento, tal como as pesquisas já comprovaram, ao tédio e à procura por novas emoções, evidenciadas como um dos reflexos da pandemia.
Sobre o MeuPatrocínio: primeiro e maior site de relacionamento Sugar do Brasil, o MeuPatrocínio é a rede social mais exclusiva e elitizada do país. O estilo de vida Sugar reúne homens poderosos a mulheres jovens e atraentes para relacionamentos verdadeiros, transparentes, com acordos preestabelecidos e expectativas alinhadas. Hoje, em sua base de dados, a plataforma conta com três milhões de usuários. Todos submetem seus perfis e fotos à aprovação individual. Somente são aceitos maiores de 18 anos que devem aderir às condições e termos de segurança do site.
A especialista em relacionamentos amorosos fala sobre o assunto e dá uma dica imprescindível.
Divulgação
A carência é um sentimento comum em praticamente todas as pessoas e podemos agir guiados por ela em qualquer momento de nossas vidas. Segundo a psicóloga Amanda Fitas, essa necessidade emocional tem diversos níveis. Todos nós carregamos dentro de si, já que estamos nesse mundo para preencher um sentido de vida. “Ao longo dos anos, construímos um caminho, e a carência está em alguns desses momentos, de maneira mais leve, é natural, assim como a insegurança. Você é humano, sente medo e também insegurança”.
Duas coisas que os seres humanos mais precisam: aliviar suas dores e sentir prazer. Estamos sempre em constantes buscas por maneiras de encontrar nos outros uma forma de aliviar esses sentimentos. “A roda da carência prende de uma tal forma que começamos a criar algumas ilusões, começamos a ver uma pessoa e fazer algum tipo de plano com ela, começamos a imaginar como seria perfeito a vida com ela, nos prendemos em um círculo de ilusão que nos traz um bem-estar”, explica a psicóloga.
Normalmente, a carência é aquela sensação na qual qualquer pessoa que aparecer, se torna interessante. Amanda deixa claro que nessas situações, a pessoa só deseja ser preenchida por outra, seja ela boa ou não, seja uma relação de longo ou curto prazo. É como se não houvesse um filtro, um critério.
A especialista em relacionamentos conta que a pessoa carente procura alguém que traga o amor, afeto, prazer e também a sensação de que ela é boa o suficiente. “De certa forma, ela acaba entrando em desespero pela busca desse outro alguém, que a complete e que traga sentido. Há uma falta de reconhecer o próprio valor”.
E como sair dessa roda da carência? Criando seu próprio sentido.
Para criar esse sentido você terá que olhar, encarar a sua realidade dolorida, é preciso construir um sentido para vida que dependa das suas ações. “Saia dessa roda da carência, pois nela quem está produzindo seu sentido são esses personagens e situações criadas através das suas ilusões”.
Você precisará atravessar muitas camadas, ter autorresponsabilidade, assumir o controle da sua vida, não culpar as pessoas, encarar suas dores, seus pontos a serem melhorados e criar uma realidade na qual veja valor e se orgulhe.
SOBRE AMANDA FITAS:
Amanda Fitas é psicóloga, escritora e palestrante com mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais. Autora de 4 livros de relacionamentos que já ultrapassam 40 mil cópias vendidas: “Amores Saudáveis”, “Textos Obrigatórios Para Você Se Relacionar Melhor”, “Aprenda a ser mais interessante” e “Viva um Amor Leve”. Ajuda as pessoas a encontrarem a leveza nas relações e o equilíbrio necessário para desenvolver o amor próprio, a autoestima e autoconfiança, em vários campos da vida. Suas mensagens são simples, diretas e atraentes para todos os públicos.
Estudos científicos já demonstraram que a paixão que une os casais tem prazo de validade: cerca de dois anos. Com o tempo, os relacionamentos parecem entrar naturalmente em uma fase de desgaste, como se estivessem em uma “zona morta”, bem longe das manifestações de carinho e companheirismo iniciais. Conhecer os fatores que contribuem negativamente para que a relação caminhe para o seu ponto final pode servir como sinal de alerta e, talvez, ainda haja tempo para evitar o desfecho não desejado.
O site de relacionamento sugarMeuPatrocínio realizou uma enquete com seus usuários para conhecer os motivos que corroem a relação que parecia ter tudo para dar certo. Entre os 314 sugar daddies e sugar babies que responderam a pesquisa, 52,1% apontaram a falta de cumplicidade como o principal fator de distanciamento. A atração física e a existência de interesses comuns, essenciais para uma aproximação entre daddies e babies, não sobrevive à ausência de parceria, à falta de objetivos comuns e compartilhados. O casal acaba se afastando aos pouco até que a relação, inevitavelmente, deixe de existir.
Os problemas financeiros que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são responsáveis por 57% dos divórcios ocorridos no país na ultima década, aparecem na segunda colocação como causadores de uma separação. Apontada por 22,7% dos entrevistados, a falta de dinheiro prejudica uma relação a ponto de impedir a sua continuidade. Por esse motivo, as expectativas do casal devem estar alinhadas desde o início da relação, de forma clara e transparente, para evitar frustrações – uma das bases do relacionamento sugar.
Em seguida, surge a rotina, mencionada por 16,7% dos usuários. Evitar que a relação caia na “mesmice” é uma tarefa que requer muito cuidado, é um exercício diário para continuar surpreendendo o parceiro. Muita gente se acomoda, achando que o “jogo está ganho” e deixa de se esforçar para manter vivo o relacionamento. Erro fatal.
Por último, mas não menos importante, aparece a falta de tempo. Mencionada por 8,5% de daddies e babies, ela é uma justificativa para o término de uma relação. Sugar daddies são homens bem-sucedidos em suas carreiras e têm grande parte do seu tempo consumido por compromissos profissionais e viagens. Sugar babies são jovens, a maioria focada na formação universitária (73%) e início de carreira. Se não houver uma dedicação de tempo à relação, definida desde o início, ela não sobreviverá.
Manter vivo e em constante crescimento um relacionamento é desafiador, principalmente em função do cotidiano e das nossas próprias mudanças, ou seja, na forma como encaramos o parceiro e a nós mesmos. É necessário ter muita persistência e empenho para que a relação não seja desgastada por fatores indesejados.
Sobre o MeuPatrocínio: primeiro e maior site de relacionamento Sugar do Brasil, o MeuPatrocínio é a rede social mais exclusiva e elitizada do país. O estilo de vida Sugar reúne homens poderosos a mulheres jovens e atraentes para relacionamentos verdadeiros, transparentes, com acordos preestabelecidos e expectativas alinhadas. Hoje, em sua base de dados, a plataforma conta com três milhões de usuários. Todos submetem seus perfis e fotos à aprovação individual. Somente são aceitos maiores de 18 anos que devem aderir às condições e termos de segurança do site.
Quem nunca sentiu aquela pontinha de ciúme e insegurança diante do parceiro? É um sentimento inerente ao ser humano e chega até ser saudável, desde que em um grau considerado aceitável. O problema é que a intensidade varia de pessoa para pessoa e depende da situação. Ele é saudável enquanto representa somente receio e preocupação, enquanto não atrapalha, controla ou machuca. A partir daí, é preciso tomar cuidado porque existe uma linha tênue que o separa do exagero, da obsessão ou da patologia.
Segundo especialistas, o ciúme normal desaparece assim como chegou, sem deixar marcas ou grandes conflitos. Ele é o reflexo da falta de segurança e de experiências negativas vividas anteriormente, mas não irá interferir no relacionamento de forma avassaladora. Dentro da normalidade, o parceiro se sente até valorizado e amado. Na forma exagerada, ele normalmente parte de pessoas com baixa autoestima, muito inseguras e que apresentam tendência a fantasiar e antecipar situações de perigo de perder o ser amado. A manifestação da emoção deste tipo costuma ser moderada e quem sente tem dificuldade em se perceber como ciumento. Já o ciúme obsessivo permeia o pensamento de quem sofre com ele de forma intensa, repetitiva e absurda. A infidelidade, nestes casos, é um fato que só precisa ser comprovado. Mesmo tendo consciência de que é uma emoção infundada, a emoção negativa prevalece e se transforma em algo controlador, possessivo, abusivo e que causa muito sofrimento para as partes envolvidas. Nos casos mais acentuados, encontramos o ciúme patológico, aquele que move a pessoa a alimentar suspeitas fantasiosas, a inspecionar obsessivamente as redes sociais e mensagens do parceiro trocadas com outras pessoas, a exigir atenção exclusiva e a evitar qualquer encontro social, afinal, todos representam o perigo de roubar o ser amado. A relação deixa de ser saudável e a vida a dois vira um inferno. Sem terapia e orientação psicológica, não haverá futuro para o casal.
No relacionamento sugar, o ciúme parece ser um sentimento que não tem espaço. Em recente enquete realizada com seus usuários, a plataforma MeuPatrocínio ouviu Sugar Dadies, Mommies e Babies. Apesar das diferenças de idade e condição social, a relação está, por princípio, fundamentada na transparência de objetivos e expectativas e, consequentemente, na confiança estabelecida entre as partes. Desde o início, o casal define o tipo de relacionamento que deseja: algo duradouro e sério, uma companhia para viagens, um apoio financeiro e emocional, exclusividade ou não. Talvez, por esses elementos básicos, dos 1.500 membros consultados, 85% afirmaram que confiam no parceiro e que não permitem que o ciúme, mesmo que surja em algumas ocasiões, interfira na relação. Partem da premissa que tudo está às claras, inclusive o comprometimento que se espera do outro. Para 15%, um pouco de ciúme faz parte e que sentem uma certa insegurança. Destes, 8% revelam que o sentimento se faz presente, principalmente no início, quando ainda não conhecem muito bem a pessoa e não sabem se o parceiro está se dedicando exclusivamente à relação, uma desconfiança considerada normal, como em outro tipo de relacionamento.
Caio Fernando Abreu, jornalista e dramaturgo, falecido em 1996, expressou em uma frase o sentimento que todos nós já sentimos um dia: “sinto ciúme quando alguém te abraça, porque por um segundo essa pessoa está segurando o meu mundo inteiro”. Quem nunca vivenciou o sentimento?
Sobre o MeuPatrocínio: primeiro e maior site de relacionamento Sugar do Brasil, o MeuPatrocínio é a rede social mais exclusiva e elitizada do país. O estilo de vida Sugar reúne homens poderosos a mulheres jovens e atraentes para relacionamentos verdadeiros, transparentes, com acordos preestabelecidos e expectativas alinhadas. Hoje, em sua base de dados, a plataforma conta com três milhões de usuários. Todos submetem seus perfis e fotos à aprovação individual. Somente são aceitos maiores de 18 anos que devem aderir às condições e termos de segurança do site.
Rotina e convivência sobre o mesmo teto, nunca foi fácil, por obrigação, aí que piorou. Com a pandemia do Coronavírus, fomos obrigados a permanecer em isolamento, a cumprir a quarentena, que por sinal, se estendeu bastante.
A pandemia nos deixou diversos ensinamentos, fez com que nos reinventássemos, fez com que cuidássemos mais da nossa saúde, criamos novos hábitos que levaremos para sempre. Porém, trouxe também uma estatística bem relevante.
O número de separações consensuais teve o aumento de 18,7% segundo os cartórios de notas do País. O pico se deu, justamente no período de quarentena, entre os meses de Maio e Junho de 2020. Alguns dos estados com os maiores índices foram o Amazonas com 133%, Pernambuco com 80% e Rio de Janeiro com 55%.
Dayane Perin é mentora e especialista em inteligência emocional para mulheres, explica como lidar com esse momento tão delicado em meio à crise:
” As mulheres passaram a conviver consigo mesmas.No primeiro momento ocorreu aquela comoção de susto coletivo . No sentido de não saber lidar com todas as demandas juntas e ao mesmo tempo. Porém, no segundo momento as mulheres passaram a se perceber e se entender em suas vidas. O amor nasce da convivência e com a convivência surge o entendimento, acolhimento. Mulheres passaram a nutrir esse sentimento por si mesmas e com isso o susto coletivo foi dando espaço ao amor próprio, coletivo. Mulheres passaram a não tolerar o que antes maquiavam com tantas tarefas externas.“
Com a pandemia, o externo entrou em manutenção e o interno passou a ser a única via de comunicação.
Qual o conselho que você faria, usando a inteligência emocional, para o casal que está pensando em divórcio?
O diálogo sempre será a melhor solução, porém, há uma passo o mais importante antes do diálogo que é entender como você se sente diante dessa situação. Quais pontos te incomodam, qual é a sua participação, como você pode fazer a sua parte para que ela amenize e se cure.
Muitas vezes casais vão para o diálogo sem suas respostas internas, quando não sabemos como lidar com o que estamos sentindo, a maior defesa é o ataque.
Em um momento de crise, é crucial entender em primeiro lugar, como você se sente diante do que está acontecendo. Agindo assim, você vai para o diálogo com total clareza do seu papel de fala, clareza sobre o que te pesa, clareza sobre suas soluções e auto responsabilidade sobre seus sentimentos.
O neurofilósofo Fabiano de Abreu analisa padrões de comportamento para determinar os motivos que levam as pessoas a desistirem das outras, de relacionamentos e até mesmo de seguir investindo ou acreditando no outro
Às vezes chegamos a um estado de esgotamento físico, emocional e psicológico em relacionamentos ou relativo a uma outra pessoa, seja na esfera pessoal ou profissional. E isto pode ser devido a múltiplos motivos e encontrar pelo caminho tantos outros catalisadores.
Segundo o neurofilósofo Fabiano de Abreu, que é um estudioso da mente humana, a desistência do outro se dá pela falta de perspectiva daquele que é o alvo das suas expectativas: quando não há mais meios ou mais solução, quando acredita-se que não tem mais jeito, desistimos. É cansar-se mentalmente, é o esvaziamento das forças, o desaparecimento da vontade. Onde a preguiça se instala não pela falta de investimento afetivo ou irresponsabilidade na dinâmica da relação, mas pela desistência das ações que tinham por objetivo inicial a reciprocidade, quando não há o retorno esperado, uma sensação de cansaço, de desesperança, toma conta de nós, até chegar a desistência.”
Ponto de retorno
Abreu ressalta que somos movidos pela esperança e para alcançar nossas metas, fazemos diversas tentativas. No entanto, quando são constantes as frustrações e rejeições, desistimos: “Quando chegamos a este estágio, é um ponto sem retorno. Como uma energia que se esgota e não pode ser recarregada. O cansaço cognitivo vem da constatação de que não há mais solução. É um sentimento praticamente irreversível e por mais que a outra parte demonstre o interesse de mudança, já não há credibilidade nem motivação. Até quando há essa motivação, sempre existirá o receio, a sensação ansiosa e negativa de voltar a ser como era, tudo outra vez.”
Previsibilidade das relações
O neurofilósofo acredita que uma vez estabelecida na nossa mente um padrão de comportamento do outro, nos tornamos incrédulos em uma mudança: “Passamos a prever um comportamento futuro, com base na experiência prévia.”
Isto se deve, segundo o especialista, a uma sensação de autossuficiência e de que já sabe tudo sobre o outro, colocando a sua própria razão acima da verdade do outro: “grande parte das pessoas estão centradas no próprio ego, e obsessivas por si mesmas, pensam que estão com a razão; acreditam tanto nas próprias certezas, que não conseguem reconhecer através da racionalidade a possibilidade de estarem erradas. Muitas outras acabam desistindo e se cansando de um relacionamento por incompetência própria, devido a pouca capacidade de percepção sobre a vida e sobre os outros. Boa parte delas, usam da manipulação e do ambiente para tentar entender de forma inteligente a outra pessoa ou a situação, tentam se antecipar ao que “acreditam” que acontecerá, e desistem antes mesmo de começar, ou, frente às suas percepções, antes de se machucarem.”
Não julgueis para não seres julgados
Abreu coloca que muitos assumem a posição de juízes em um relacionamento, quando deveriam ser parceiros, seja isto em qualquer tipo de relacionamento: “Quando julgamos a competência de alguém, revelamos em nós mesmos a falta de competência que temos em perceber o outro. Ou simplesmente não estamos conseguindo nos conectar aos fatos, ou aos motivos sem julgar. O julgador é plenamente incompetente na interpretação do outro.”
Para o neurofilósofo, sem o autoconhecimento não é possível compreender o outro: “O outro sempre carrega em si, aspectos que são meus. Pois nossa condição humana, nos coloca ora como espelho, ora como reflexo. Um dos maiores problemas que vivemos em nossa sociedade não é somente o egoísmo, o egocentrismo, o achismo, a falta de razão e a falta de educação, é a falta de capacidade de pensar nas possibilidades. A grande maioria das pessoas sofrem por não saberem administrar soluções, por não conseguirem avaliar as questões, as informações, e seus motivos, por querer sempre impor julgamentos ao fato, e julgar sem antes ser juiz de si mesmo nas próprias razões, é imperativo de conflito.”
Egoísmo como causa principal do fim das relações
Abreu pondera que muitas vezes, o cansaço em relação aos outros é proveniente de um ego hipertrofiado: “É avaliar a si mesmo como um ser onipotente; e colocando no outro o erro e a culpa. Por isso, há tantas pessoas cansadas umas das outras! Na verdade, elas se cansam delas mesmas! O cansaço vem da indisposição em não saber lidar com o outro, visto que pensam que os outros é que precisam se moldar a elas. Como justificativa de estarem cansadas de si mesmas, cansam-se das outras quando elas não atendem às suas expectativas egoístas. Quando elas não aceitam ser da maneira que elas acreditam ser a corretas.”