Na próxima quarta, 31/10, das 14 às 17h, vai acontecer a Mostra de Arte e Educação 2018 da Casa Durval Paiva. Neste ano, o tema da mostra ‘Integrando Gerações’ objetiva o estreitamento dos laços familiares, enfatizando a educação na perspectiva da arte e cultura, bem como, a troca de conhecimento adquirido em cada fase da vida. A instituição fica situada na Rua Prof. Clementino Câmara, 234 – Barro Vermelho, em Natal e o acesso ao público é gratuito.
A Mostra de Arte e Educação conta com o apoio e financiamento do Programa Criança Esperança, através do Projeto Na Trilha do Desenvolvimento, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – Natal COMDICA/FIA, mediante o Projeto Viver Feliz e do Instituto Nordeste e Cidadania – INEC que patrocina o Projeto Fazendo Arte.
As ações desenvolvidas junto as crianças da Casa objetivam a continuidade da escolarização dos pacientes, através da classe hospitalar e domiciliar, potencializando-a também por meio de atividades complementares, como: teatro, arte terapia, música, informática e passeio terapia. Já as oficinas para as mães e acompanhantes viabilizam o acesso à profissionalização, através da capacitação para a produção de artigos artesanais (brinquedos, fantoches, pintura e costura criativa), enfatizando os aspectos típicos da cultura regional, gerando sustentabilidade, fomento à cidadania e o respeito à vida.
As atividades nas salas de aula ajudam no processo de desenvolvimento da autonomia e independência necessárias aos participantes, resgatando, dentro do possível, sua rotina, bem como, proporcionando ânimo para enfrentar as dificuldades ocasionadas pelo tratamento médico. Tornam-se assim práticas terapeutizantes que possibilitam a reinserção social, numa perspectiva inclusiva.
Os impactos positivos podem ser constatados junto ao público alvo, como relata Martilene Nunes, mãe de Pedro Miguel, assistida pelo Projeto Fazendo Arte. “Tenho aprendido muitas coisas. Frequento sempre a Casa dos ofícios, onde nas oficinas de arte fazemos artesanatos, costuramos e pintamos. Tem sido muito bom, não só para mim, como para o meu filho, sinto que estamos evoluindo. Sou dona de casa, mas costurar mesmo nunca foi meu hobby, hoje me vejo outra pessoa, comprei até uma máquina de costura. O que produzimos conseguimos vender e arrecadar dinheiro, gerando uma fonte de renda extra. É muito importante passarmos a tarde aqui, não só para aprender, mas também é uma coisa boa para aliviar a mente do problema que vivemos, é uma terapia maravilhosa”, ressalta.
Dessa forma, os projetos têm trazido importantes contribuições para o público atendido pela Casa Durval Paiva, pois além de auxiliar na promoção da cidadania e respeito à vida das famílias, tem contribuído para a descoberta de novos talentos, na consolidação de mães artesãs e do desenvolvimento integral, contribuindo assim para uma perspectiva de futuro, onde os assistidos possam ser protagonistas de suas histórias.
Programação Mostra de Arte e Educação: Integrando Gerações
14h Apresentação Teatro/música – “Mani: Uma Viagem às nossas raízes”
15h Apresentação musical – Coral Bem Viver (Casa Durval Paiva).
Durante o evento:
– Trio de forró dó ré (médio)
– Exposição fotográfica: “Luz, Câmera, EducAÇÃO”;
– Exposição de arte: “Desenho dos Arretados”
– “Feira do Mangaio” – Exposição e comercialização dos materiais artesanais produzidos pelos familiares (brinquedos, conjuntos de cozinha e conjuntos de uso pessoal);
– Exposição – atividades pedagógicas de vivência e valorização a cultura local.
– Oficina de desenho – Ateliê Ricardo Tinoco.
*Sobre a Casa*
A Casa Durval Paiva atende à criança e ao adolescente com câncer e doenças hematológicas crônicas e seus familiares, durante e após o tratamento, buscando a cura, contribuindo para o resgate da cidadania, dignidade e a qualidade de vida. Em 23 anos de atividades, a Instituição já beneficiou 1.514pacientes. Números de setembro de 2018 registram que a Casa possui 1.099 pacientes cadastrados, sendo que 539 estão em tratamento. Saiba mais sobre o trabalho da Casa em:http://www.casadurvalpaiva.org.br/
A instituição recebe diariamente os materiais acumulados pelas famílias dos alunos, faz a separação correta e repassa a catadores e projetos de reciclagem
Uma escola de educação infantil de Curitiba comemora uma marca incrível: em 2018 já arrecadou cinco toneladas de resíduos recicláveis com a ajuda das crianças. A conquista da Interpares Educação Infantil se deve ao projeto Reciclando, uma campanha que envolve as mais de 120 famílias da escola. Os alunos têm idade entre três meses e cinco anos e, segundo a direção, fazem parte de uma geração que futuramente não poderá desprezar o tema “reciclagem”, por isso é importante aprenderem desde já a destinar corretamente os materiais.
“Começamos com o Reciclando sem imaginar que arrecadaríamos tanto material reciclável. Foi uma felicidade ver o engajamento das crianças e dos familiares crescendo a cada dia. As iniciativas sustentáveis que aplicamos na escola demonstram na prática que devemos pensar sobre o lixo e seu impacto no ambiente. E essa lição é cada vez mais assimilada por todos”, conta Dayse Campos, diretora da Interpares.
O Reciclando recolhe todo tipo de material, como vidro, papel, inclusive eletrônicos, pilhas e lâmpadas. As famílias recebem orientação sobre o manuseio e como deve ser feita a limpeza para a entrega, principalmente de objetos como latas de comida, caixas de leite, entre outros.
O ponto de vista da diretora é compartilhado pelas famílias, incluindo Endrich Nichele, pai de um aluno. Endrich trabalha no segmento de recicláveis e aprova a iniciativa. “Uma família de quatro pessoas produz uma média de 1,5 toneladas ao ano, o que significa que o projetoReciclando já retirou dos lixões o equivalente a todos os resíduos descartados em uma casa por três anos e meio”, diz.
O comprometimento da escola em torno da educação ambiental vai além do Reciclando e faz parte do dia a dia da instituição em diferentes iniciativas. A antiga “agenda de papel” foi abolida e a comunicação coms os pais acontece por meio de um aplicativo. Além disso, toda a água da chuva é coletada por um sistema que a reutiliza, posteriormente, para esfriar as telhas da escola durante os dias mais quentes.
Projeto Biogás
No refeitório, as iniciativas sustentáveis da Interpares unem criatividade e inovação tecnológica. As crianças só utilizam guardanapos de pano, nada de papel. Os talheres são de alumínio e a cada evento ou festa os familiares e convidados devem levar de casa seus utensílios, como pratos, copos, entre outros itens não descartáveis. Os alimentos são comprados de produtores orgânicos e é no seu descarte que está um dos projetos mais audaciosos da escola: o biogás.
O projeto de produção de biogás está sendo desenvolvido pelo engenheiro Fernando Machado, pai de uma aluna, em parceria com a Interpares. Consiste em um biodigestor que não utiliza esterco, apenas restos de alimentos. “O equipamento ainda está em fase de testes e já gera energia para a cozinha. A ideia é que esse tipo de biodigestor seja em breve uma solução acessível a todos. Por enquanto, é um projeto piloto”, explica ele.
Para a escola, a adoção de medidas ecologicamente corretas impacta não só no meio ambiente, mas no bolso. “Ao evitar o desperdício, geramos economia. Nosso gasto com papel, por exemplo, diminuiu drasticamente. Depois que instalamos lâmpadas de led e telhas transparentes, a conta da luz veio mais baixa e esse é um efeito cascata”, avalia Dayse Campos.
Nos últimos dois anos, por exemplo, a conta de luz teve uma redução proporcional de 49,63% se considerado o custo por pessoa que utiliza o sistema. O cálculo leva em conta que o valor pago é o mesmo há dois anos, apesar do aumento de 50% no número de integrantes da escola, entre alunos e colaboradores. Esse ganho seria ainda maior se levado em conta os aumentos da tarifa de energia.
Certificação da Unesco
Além de investir pesado na educação ambiental, esse ano a Interpares comemora também a certificação no Programa de Escolas Associadas (PEA) da UNESCO, que reconhece instituições de todo o mundo que trabalham pela cultura da paz. A entrega acontecerá no Encontro Nacional PEA – UNESCO, em Salvador, e enche a diretora Dayse de orgulho. “Para nós, cuidar do meio ambiente é também uma forma de atuar em prol da cultura da paz. Precisamos cuidar desse mundo para que muitas e muitas gerações possam viver nele com qualidade”.
Vivemos um tempo de grandes mudanças. Com o avanço da tecnologia, novas formas de comunicação foram e continuam sendo criados e elas têm um impacto gigantesco na aprendizagem social, em geral. Mesmo com tantos avanços que temos, a quantidade de analfabetos funcionais no país continua alarmante. Cerca de três a cada dez adultos estão dentro deste tipo de analfabetismo.
Chamamos de analfabeto funcional o indivíduo que tem dificuldade de compreender textos simples. Geralmente são pessoas que conseguem ler decodificando, ou seja, dão a impressão de leitura, mas esta leitura não é funcional, pois não há interpretação do que se lê.
Ser plenamente alfabetizado é uma necessidade para que tenhamos sucesso em várias áreas e a alfabetização deve ser encarada, desde cedo, com muito seriedade, não apenas na escola, mas também pela família. O processo de alfabetização começa muito cedo, ainda na Educação Infantil, quando a criança começa a ter contato com letras e números. Cabe à família incentivar, do modo que melhor conseguir, para que a criança tenha apoio nesta fase, que é vital para sua futura aprendizagem.
A família pode – e deve – ajudar a criança incentivando a leitura de formas variadas. Sempre que tiver contato com algo escrito, pode chamar a atenção da criança para as letras ( ou números ). Perguntar sobre as letras, fazer brincadeiras envolvendo leitura e escrita, incentivar anotações de lembretes do mercado, escrever lista com nomes para a festa de aniversário são situações cotidianas que ajudam a chamar a atenção da criança para a função social da leitura e da escrita e incentivam-na a se interessar pelo assunto.
Com tantos recursos para comunicação, como as mensagens de voz, por exemplo, pode acontecer deste estímulo ser afetado. O exemplo ainda é a melhor aprendizagem. Se os pais não usam nunca a leitura e a escrita, a criança não tem um parâmetro de uso em casa e a escola, neste caso, se torna distante de sua realidade.
Atualmente há uma grande quantidade de crianças que apresentam demora na alfabetização e a culpa não é totalmente da escola. Durante o período de estudo o professor promove o contato e situações de aprendizagem diversas, mas se o mesmo não ocorre fora do ambiente escolar, se torna um fenômeno isolado, sem sentido para a criança. Ela deve ser cobrada e incentivada fora da escola também, para que se interesse pelo próprio processo de aprendizagem e tenha maior sucesso na alfabetização. É preciso que ela sinta a necessidade de ler e escrever, que se interesse por suas funções sociais.
Apenas ler, codificando, não vale! É importante verificar se a criança compreendeu o que acabou de ler. Quando a família lê um livro para a criança é legal fazer brincadeiras de perguntas sobre a história, por exemplo, para verificar se ela prestou atenção, se consegue lembrar dos detalhes da história. Cada pessoa aprende de uma forma diferente, a metodologia não tem total relevância nesta parte. O que importa é o que se aprendeu e como aconteceu. O correto é perceber o modo de aprendizagem da criança para poder utilizar metodologias e estratégias que sejam eficazes para ela. O que conta, contudo, nesta fase de alfabetização, é o estímulo e o interesse. Assim como aprendemos a andar andando, aprendemos a falar, falando, também aprendemos a ler lendo e a escrever escrevendo. Aos poucos estas habilidades se ajustam.
O que acontece e que preocupa é que há ainda muitas pessoas que aprendem a parte básica e não conseguem ultrapassar este limite e é então que ocorre o analfabetismo funcional. Por este motivo, é preciso estar atento se a criança está realmente lendo e interpretando ou se apenas junta letras e palavras, mas não entende o motivo da importância de fazê-lo. A alfabetização é a época que irá impactar de forma memorável o restante dos anos de aprendizagem, portanto deve-se sempre estar atento aos sucessos – e fracassos – deste período. Desta forma, é possível já incentivar o aluno a buscar maior aprendizagem, evitando que tenha problemas futuramente.
* Designer de atividades pedagógicas, Janaína Spolidorio é formada em Letras, com pós-graduação em consciência fonológica e tecnologias aplicadas à educação e MBA em Marketing Digital. Ela atua no segmento educacional há mais de 20 anos e atualmente desenvolve materiais pedagógicos digitais que complementam o ensino dos professores em sala de aula, proporcionando uma melhor aprendizagem por parte dos alunos e atua como influenciadora digital na formação dos profissionais ligados à área de educação.
Neste ano de 2018 a Casa Durval Paiva completa vinte anos da inserção de atividades educacionais em seu campo de assistência para as crianças e adolescentes em tratamento oncológico e hematológico advindos de vários municípios do Rio Grande do Norte. Por esse motivo, neste artigo iremos discorrer sobre este percurso histórico até os dias atuais, enfatizando como se dá a estrutura e organização do serviço de Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar (AEHD) desenvolvido na instituição ao longo deste período.
Segundo a Constituição Federal de 1988, em seu art. 205 e art. 214, a educação é direito de todos, dever do Estado e da família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Cabendo ao poder público conduzi-la de forma universalizada.
Nesta perspectiva, compreendendo que a educação pode ser o caminho para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, a Casa Durval Paiva assume seu compromisso com as políticas de inclusão social e desenvolve diversas ações que visam à promoção do desenvolvimento humano de maneira integral.
Afirmando e consolidando este compromisso, a instituição promove ações educativas desde o ano de 1998, quando conduzidas pelo serviço de voluntários na então Sala de Apoio Pedagógico (SAP), as crianças e adolescentes assistidos começaram a ter acesso a atividades numa vertente mais lúdica com desenhos, teatrinho, artesanato, entre outras, para tornar o dia a dia no hospital e na casa de apoio um pouco mais “leve”.
No ano de 2001 o serviço educacional da instituição foi reconhecido pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura do RN (SEEC), através da Subcoordenadoria de Educação Especial (SUESP) e em 2010, com a implementação do Núcleo de Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar do RN (NAEHD/SUESP) efetivou parceria direta com a rede através de um termo de cooperação técnica, tornando-se a primeira instituição parceira a oferecer simultaneamente o atendimento educacional tanto hospitalar, quanto domiciliar, no Estado do Rio Grande do Norte.
Com a implementação do serviço de AEHD, as atividades ganharam novos objetivos educacionais. Conforme estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), o serviço visa assegurar o acompanhamento pedagógico educacional no ambiente hospitalar e domiciliar, garantindo o direito à continuidade do processo de desenvolvimento escolar das crianças e adolescentes no ensino regular, possibilitando a manutenção do vínculo com a escola de origem, através de um currículo flexibilizado e/ou adaptado, regularizando o reconhecimento oficial de seus estudos, quando retornam às suas unidades escolares. (MEC/SEESP, 2002).
Nessa perspectiva, desde o estabelecimento do serviço, as atividades começaram a ser conduzidas por pedagogos e professores, tanto cedidos pela SEEC, quanto contratado pela Casa Durval Paiva, sob coordenação integrada entre os dois entes.
À equipe pedagógica, cabe a elaboração e condução de atividades de cunho educacional, as quais são organizadas em duas vertentes: Individualizada – com o acompanhamento de professores aos alunos que estão fora da escola em razão do tratamento médico, oportunizando a continuidade do processo de escolarização; Grupal – com a inserção de projetos pedagógicos temáticos, que atendam a um público multisseriado e que, ao mesmo tempo, considerem as especificidades dos educandos, mediante um currículo flexibilizado e orientado pelos documentos oficiais correspondentes aos diferentes níveis, anos e séries. Todas as atividades são planejadas através de um plano de ação anual, bem como, através da elaboração de projetos pedagógicos temáticos bimestrais, além do planejamento de aulas semanais realizado pela equipe.
Além disso, também são oferecidos de maneira complementar aulas de musicalização, canto coral, teatro, artes plásticas (desenho), informática, e ainda atividades multidisciplinares realizadas através de mini projetos integrados, como: Educando para Nutrir, Educação e Sorriso e Grupo Lúdico Terapêutico.
É de extrema importância ressaltar que mesmo em tratamento de saúde, todas as crianças a partir dos quatro anos de idade e adolescentes assistidos devem, obrigatoriamente, estar matriculados na escola regular. Essa matrícula respalda o acesso ao serviço numa articulação direta entre a família e a escola, desde o acolhimento dos estudantes, durante o seu acompanhamento, bem como, no processo de reinserção escolar após a alta médica.
A comunicação entre os entes envolvidos ocorre com frequência através do envio de documentos à escola, contatos telefônicos, e-mails e, sobretudo através da família. A princípio os documentos encaminhados foram elaborados pelo NAEHD/SUESP, contudo diante das necessidades observadas no dia a dia foram inseridos documentos complementares elaborados pela Casa Durval Paiva, a fim de aperfeiçoar o contato com as escolas e respaldar todos os procedimentos efetivados com cada aluno. Além disso, o registro de atendimento individual (local em que a equipe descreve diariamente a evolução de cada aluno) passou a ser efetivado como o uso do serviço de armazenamento ‘em nuvem’ – espaço virtual, a fim de facilitar a comunicação entre os vários profissionais envolvidos.
Além do registro de atendimento individual, são elaborados também relatórios de desenvolvimento educacional, encaminhados às escolas semestralmente ou conforme demanda. Também é realizado o registro de dados estatísticos mensais em que há a contabilização dos atendimentos efetivados com cada aluno, documentando sua frequência, além de relatórios gerais de desenvolvimento das atividades feitos pela equipe de professores.Estes dados são enviados mensal e bimestralmente à SEEC.
Pelo exposto, é importante ressaltar que ainda não há um projeto político pedagógico que seja mote para desenvolvimento de tal atividade para âmbito nacional. Na instância federal há apenas um documento elaborado pelo MEC datado do ano de 2002 que trata acerca deste serviço. No entanto, alguns estados e municípios oficializaram a atividade por meio de decreto de lei. No Rio Grande do Norte foi instaurada em de 05 de janeiro de 2018 a Lei nº 10.320 que dispõe sobre a criação do Programa de Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar. Em Natal, capital do estado, já vigora a Lei nº. 6.365, de 21 de agosto de 2012 que dispõe sobre a implantação do Programa Classe Hospitalar nas Unidades da Rede Municipal de Saúde de Natal.
Assim, embora o serviço de atendimento educacional hospitalar e domiciliar ainda seja foco de muitas discussões e provocações em meio ao poder público, a Casa Durval Paiva implementa institucionalmente o formato de estrutura e organização das atividades educacionais, também orientado pela equipe técnica do NAEHD/SUESP, mas sobretudo elaborando recursos didáticos e metodológicos que versam como facilitadores na condução do serviço, afim que haja eficiência, eficácia e efetividade nas ações que vem desenvolvendo durante todos estes anos, inovando em suas proposições e favorecendo a inclusão integral das crianças e adolescentes assistidos.
PALMEIRAS, 18 SETEMBRO: A pedagoga Cybele Amado posa para fotos na sede do Instituto Chapara de Educacao e Pesquisa, em Palmeiras, Bahia, em 18 de setembro de 2012. (Foto: Na Lata) – Alunos de escola municipal que compõe o ADE Instituto Chapada
Um sistema educacional de qualidade é condição fundamental para o desenvolvimento de um país. No Brasil, indicadores nacionais e internacionais apontam que ainda estamos longe de atingir um patamar considerado aceitável e que ofereça a todos os alunos as mesmas oportunidades de aprendizado. A complexidade da educação pública brasileira é consequência de decisões históricas, incluindo a escolha do modelo de sistema educacional. Somos o quinto maior país do mundo em extensão territorial e em número de habitantes. Só na educação básica, que atende os alunos matriculados desde as creches até o ensino médio, são mais de 48 milhões de matrículas, sendo que 81% dos alunos estudam em escolas públicas. Quando se trata de ensino público, a responsabilidade prioritária dos municípios é garantir o atendimento desde a Educação Infantil até o término do Ensino Fundamental. Logo, o avanço da qualidade e dos resultados da educação pública depende e muito do sucesso da gestão municipal.
Para a coordenadora do Instituto Positivo, Cristiane da Fonseca, é preciso considerar o contexto dos municípios brasileiros para compreender melhor o tamanho dos desafios no campo da educação: “Sabemos que 70% das cidades são consideradas pelo IBGE como de pequeno e de médio porte, ou seja, com menos de 23 mil habitantes. Muitas delas comprometem grande parte do orçamento com as despesas da folha de pagamento, sobrando assim pouco recurso para outros investimentos necessários, como por exemplo, a formação continuada de professores, a melhoria da estrutura física, a realização de eventos pedagógicos e aquisição de materiais”, explica Cristiane. Aliado a isso, a falta de continuidade de uma política educacional, em função da troca constante dos secretários de educação, pode comprometer a motivação dos profissionais e a progressividade das iniciativas. “Quando se analisa esse cenário surge a pergunta: haveria alguma maneira de superar esses obstáculos para viabilizar saltos de qualidade na educação pública?”, questiona Cristiane.
Em algumas regiões brasileiras, prefeituras, escolas e educadores parecem ter encontrado um caminho: atuar em regime de colaboração por meio da implantação de Arranjos de Desenvolvimento da Educação – ADE. Os arranjos são um modelo de trabalho em rede, no qual um grupo de municípios com proximidade geográfica e características sociais e educacionais semelhantes buscam trocar experiências, planejar e trabalhar em conjunto – e não mais isoladamente – somando esforços, recursos e competências para solucionar conjuntamente as dificuldades na área da educação. A proposta dos arranjos foi homologada pelo MEC em 2011 e incluída como uma opção para o alcance das metas e das estratégias previstas no Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014 (artigo 7º, parágrafo 7º).
O Brasil possui hoje 12 ADEs, com aproximadamente 200 municípios trabalhando nesse modelo de colaboração. Outros ainda estão surgindo nas regiões Nordeste e Sul do país. Alguns deles já conquistaram avanços consistentes que indicam que estão no caminho certo.
ADE Instituto Chapada
A primeira experiência de trabalho em colaboração entre municípios surgiu em 1997, no interior da Bahia. Na época, a região da Chapada Diamantina registrava índices altíssimos de analfabetismo, imersa num cenário em que a educação não era prioridade. Uma professora decidiu que era necessário mudar isso e avaliou que o único caminho viável era a união e colaboração. Para dar início ao projeto, 12 municípios foram mobilizados. Numa região extremamente vulnerável, os dois principais desafios que enfrentavam eram a alfabetização e a evasão escolar. Os gestores e educadores envolvidos iniciaram as trocas de experiências, implantaram a formação continuada dos professores, instituíram o cargo de coordenador pedagógico e diretor escolar e buscaram apoio com parceiros técnicos.
Atualmente, estes municípios compõem o território com melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do estado da Bahia. Em 2005, quando o Brasil começou a medir o Ideb, eles tinham um indicador médio no território de 3,08. Dez anos depois eles praticamente duplicaram esse índice, passando para 5,28. Individualmente, eles também ocupam as primeiras posições, caso de Ibitiara, com Ideb 6,5, Novo Horizonte, com índice 6,3 e Piatã, com 6,1 – números que já superam a meta estabelecida para 2021 e fazem frente ao de capitais com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) bastante superior ao destas cidades. O município de Boa Vista do Tupim, que em 2005 apresentava um Ideb de 2,2, a partir do trabalho em colaboração, saltou para 5,8 em apenas 4 anos.
O principal impacto foi a melhoria da aprendizagem das crianças, especialmente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Outras grandes vantagens foram o fortalecimento da atuação dos educadores, que recebem formação continuada, e a mobilização sociopolítica, que engaja as futuras lideranças dos municípios em prol da educação. Por meio de uma estratégia chamada de Dia E, o Instituto busca garantir o comprometimento dos candidatos a prefeito com a causa e a continuidade das boas políticas já empregadas. Eles participam de uma sabatina e assinam um termo de compromisso no qual, se eleitos, comprometem-se a cumprir com o que está definido no documento, elaborado em fóruns municipais abertos à população.
“A metodologia de trabalho do ADE Chapada engloba a escuta sensível, a formação continuada de professores e a construção real de tomada de decisões. A chance do outro participar das tomadas de decisões, ao lado de uma equipe de trabalho experiente e qualificada no contexto da Educação Pública, junto à formação continuada, faz a diferença para que o projeto dê certo e a colaboração de fato exista”, afirma Cybele Amado de Oliveira, presidente e diretora executiva do Instituto Chapada.
ADE Noroeste Paulista
Em 2009, uma mobilização iniciada no município de Votuporanga conseguiu reunir 17 municípios da região noroeste paulista para que, juntos, conseguissem identificar quais eram as necessidades comuns das cidades na área de educação. Atualmente, já são 58 municípios integrando o ADE. Ao iniciarem o diagnóstico sobre a realidade da educação na região, perceberam o potencial ainda pouco explorado para a formação de professores. Surgiu então a ideia de realizar um congresso que oferecesse formação mais qualificada e diversificada aos docentes. Hoje na 5ª edição, o Congresso Internacional de Educação do Noroeste Paulista reúne, em média, 1.500 professores de 250 escolas. Neste ano, serão 3 dias de programação voltada para a atualização dos docentes, que participam de cursos e palestras sobre práticas metodológicas e inovação, com a presença de especialistas renomados nacional e internacionalmente. “A consolidação de um evento desse porte só foi possível graças ao trabalho em regime de colaboração, pois além das secretarias se unirem para viabilizar as palestras e o congresso, o número de participantes acaba atraindo mais facilmente os parceiros”, destaca a secretária de Educação de Votuporanga e coordenadora do ADE, profa. Encarnação Manzano.
Além do congresso anual, o ADE promove também fóruns – nos quais são discutidos temas como sistema de avaliação e rendimento escolar, contraturno e educação em tempo integral, planejamento estratégico e mecanismos para ajudar a implementar as políticas de educação. Toda essa articulação regional trouxe avanços: o Ideb médio do território aumentou de 5,9 em 2007, para 6,5 em 2015. O engajamento de gestores municipais e docentes também aumentou. “Quando há união e cooperação entre todos, mais força a Educação tem, mais conquistas, mais resultados”, avalia Encarnação.
ADE Granfpolis
Dedicado a estudar e a difundir a metodologia dos ADEs no Brasil, o Instituto Positivo é parceiro da Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis (GRANFPOLIS), em Santa Catarina. Com a Granfpolis, em uma articulação pioneira, lançaram, em 2015, o primeiro ADE do Sul do País. Atualmente, os 22 secretários de educação da região e as suas equipes trabalham de forma conjunta, a fim de alcançar as três metas territoriais, definidas em comum acordo e que visam melhorar a qualidade do ensino no território. No ano de fundação do ADE, 16% dos alunos das redes municipais que compreendem o Arranjo estavam em situação de distorção idade/ano escolar. Portanto, a redução da evasão e da reprovação escolar foi considera uma meta prioritária. No total, em 2017, 1.200 alunos, de 14 municípios, receberam atenção especial e participaram conjuntamente de programas de formação e implantação da alfabetização e de aceleração na aprendizagem. Destes, 100% chegaram ao final de um ano em condições de fazer a progressão de nível.
A professora Lilian Boeing, uma das líderes do ADE e secretária de Educação do Município de São José, conta que os educadores tinham grandes preocupações e muita energia para promover a melhoria do processo de alfabetização. “Por meio da colaboração e mobilização dos secretários de educação eles conseguiram estabelecer uma parceria com o Instituto Ayrton Senna. A partir das metodologias implantadas 92% dos alunos atendidos chegaram ao final do ano letivo plenamente alfabetizados. Crianças que antes não conseguiam decifrar as palavras, hoje, já conseguem ler um livro”, comemora Lilian. Segundo Cristiane, “esses exemplos demonstram como municípios organizados em regime de colaboração conseguem unir forças, identificar um foco de trabalho territorial prioritário, atrair parceiros, ratear custos e executar projetos conjuntos capazes de potencializar resultados efetivos em prol da educação”.
Instituto Positivo
O Instituto Positivo (IP) foi criado em 2012 para fazer a gestão do investimento social de todo o Grupo Positivo em favor da comunidade. A missão do Instituto Positivo é contribuir para a melhoria da qualidade da Educação Pública brasileira por meio do incentivo ao Regime de Colaboração, modelo estratégico de cooperação entre os estados, municípios e união que estimula o trabalho em rede e a troca de experiências. Para tornar isso possível, o IP incentiva a implantação de Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADE), metodologia homologada pelo MEC que favorece o trabalho colaborativo entre Secretarias de Educação de municípios próximos geograficamente. A partir do apoio mútuo e de metas comuns espera-se que sejam potencializados os aprendizados, as parcerias e as ações para a melhoria dos indicadores da Educação. Para ter mais informações, acesse o site do Instituto Positivo: instituto.positivo.com.br.
Em um momento no qual se fala tanto de transformação digital, no qual a tecnologia imprime um ritmo de mudanças de comportamentos nunca visto antes, será que não estamos deixando em segundo plano a transformação que de fato vai ditar os novos rumos do mundo? Parece óbvio, mas não é. Além de não ser nada fácil. Estou falando de transformação humana. Estou falando das pessoas que continuam tendo emoções e estímulos com os novos movimentos. É muita novidade em tão pouco tempo. Nos últimos anos a tecnologia de uma forma ou de outra foi inserida no dia a dia da grande parte da população, o que reflete em novas condutas e um jeito novo para se fazer muitas coisas. Hoje cinco gerações de pessoas com perfis completamente diferentes, e logo com visões de mundo também muito diferentes, compartilham o mesmo espaço. E daí vem os conflitos geracionais e falta de empatia entre as pessoas.
Eu falo de um mundo conectado pela tecnologia, mas de total desconexão entre as pessoas. Enquanto a evolução tecnológica aponta em uma curva exponencial ascendente, a evolução humana (ou o seu antônimo) representada pelos nossos comportamentos parece formar uma linha contrária. E fico pensando, como mudar isso? Ainda mais no momento importante e delicado de eleições que passamos no Brasil, no qual temos que tomar uma decisão sobre o futuro do nosso país, sobre o nosso futuro. E vejo que os próximos governantes irão assumir papéis muito importantes nesse processo de mudanças, mas o trabalho deles não será suficiente, eles não são em número suficiente. E aí acredito ter a resposta, talvez não a única resposta, mas uma importante e impactante resposta. Podemos mudar isso através da educação. E com certeza agora vem a sua mente que esse é mais um discurso batido. E eu tento me explicar. E se falo tanto de humanização, não tem como não personificar a educação através da figura do professor. Segundo Censo Escolar de 2017, somente no ensino básico temos mais de 2,2 milhões de professores no Brasil. É muita gente do bem. E se formos considerar um efeito em cadeia, olhe a progressão geométrica na qual cada professor impacta dezenas de alunos, e se esses por sua vez assumem o seu papel de contribuição na sociedade, de fato conseguimos uma transformação humana. Vejo o professor como um líder e seu principal papel é formar outros líderes. É um efeito multiplicador. Isso é muito poderoso.
Porém agora eu aumento a responsabilidade desse profissional que tem o desafio diário de promover o conhecimento e as experiências para que seus alunos estejam preparados para a vida. Será que a maneira como esse professor está conduzindo as suas aulas é a forma mais adequada para promover uma transformação humana? O meu universo é a educação. E eu me sinto uma pessoa totalmente privilegiada por poder promover um ensino com foco no ser humano e na transformação de suas vidas. E posso garantir para você que isso não depende de estrutura, de dinheiro, nem mesmo de formação. E sim, da maneira como enxergamos nossos alunos. Estamos tratando com pessoas, logo antes de dominar os conhecimentos de matemática, de biologia ou de qualquer outra matéria, precisamos saber lidar com pessoas. E essa é a chave que precisamos virar para ter uma educação mais significativa e que de fato vai impactar vidas. Quando falamos de educação estamos nos referindo ao topo da pirâmide de valor, sim é algo transformador, é transcendente.
O papel do professor não se limita mais a transmitir conhecimentos e sim ser um facilitador no processo de aprendizagem. Quando falamos de transformação humana os ensinamentos com avaliações objetivas com foco para tirar notas e passar de ano não fazem nenhum sentido. Cito John Dewey que diz que “a educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.” Logo, se trazemos a realidade para a sala de aula não podemos deixar de fora o elemento humano. Em um plano de aula passa a ser obrigatório, além de ensinar física ou literatura, também desenvolver habilidades socioemocionais e competências essenciais para uma vida em sociedade. E antes de promover isso nos alunos, primeiro os professores precisam ter essas habilidades afloradas. Esse profissional guerreiro cada dia precisa exercer mais sua liderança em sala de aula e servir de espelho para seus alunos.
O aprimoramento das habilidades de comunicação, criatividade, resolução de problemas e gestão de conflitos são essenciais para uma melhor fluidez das aulas. O relacionamento interpessoal, trabalho colaborativo, a flexibilidade e a empatia passam a ser imprescindíveis para uma experiência mais humana. E a busca por novos conhecimentos, o bom humor e a automotivação combustíveis indispensáveis para encarar todas as mudanças que ainda virão. O professor deve ser o profissional mais valorizado pela nação e estando melhor preparado e alinhado com o movimento de mudanças, conseguirá maior engajamento e tocar profundamente seus alunos rumo a transformação humana. Lembra do efeito multiplicador?
*Ronaldo Cavalheri é CEO do Centro Europeu, primeira escola de Economia Criativa do Brasil.
Oferecer atividades que trabalhem as habilidades sensoriais das crianças faz parte do dia a dia de muitas escolas. Mas, por que estes estímulos são tão importantes?
“Amarrar o tênis, destampar um pote, abrir uma fechadura. Estas são algumas habilidades que as crianças têm, mas que, muitas vezes, estão adormecidas por falta de estímulo”, explica Vânia Scátola, coordenadora do Período Integral do Colégio Santo Ivo.
Pensando nisso, a escola criou um espaço inteiramente voltado para a exploração deste trabalho sensorial. O parque de 320m² instiga a imaginação das crianças e é dividido em diferentes áreas, com propostas diversas. Entre elas, se destacam ponte sensorial, piscina de areia, lousa de azulejos, horta olfativa, arena com caracol de madeira e painéis sensoriais, além de um espaço coberto em que são ampliados conceitos e mecanismos importantes para a resolução de problemas.
A ideia do Parque Sensorial é oferecer à criança ferramentas para que ela conheça suas habilidades e ajudá-la a estabelecer conexões, de forma criativa, entre vivências lúdicas e os conhecimentos que ela adquire no cotidiano escolar.
www.gutomarcondes.com.br – Beni Kuhn – Fundador da Colaborativa divulgação
*artigo por Beni Kuhn – Fundador da Colaborativa
(Tecnologia desempenha o papel de transformar o conhecimento e facilitar o aprendizado em sala de aula)
O ambiente escolar é merecedor de infraestrutura de primeira linha. Primeiro, porque nele estão os alunos que precisam constantemente de motivação e estímulo para frequentarem a escola. Sim, a escola precisa ser o ambiente que favorece a criatividade e que oferece as ferramentas necessárias para isto, pois os estudantes milênios apresentam novos desafios e entre eles, o principal: eles gostam e precisam interagir com o conteúdo, fazer parte do meio e a tecnologia permite inserir o aluno ora como personagem, ora como protagonista em qualquer contexto. E um segundo motivo muito importante e que só a tecnologia permite: é a atualização e ampliação de horizontes, tanto dos professores quanto dos alunos; ambos estarão sempre à frente do seu universo, meio social e intelectual, se a tecnologia estiver disponível e a serviço do conhecimento.
Dentre as inúmeras vantagens sobre os reais motivos para investir em tecnologia, destacamos alguns importantes:
1 – Desafio e estímulo – uma escola equipada atende esses requisitos e abre um leque de possibilidades para exploração intelectual e psicossocial;
2 – Ampliação de competência dos docentes – A tecnologia é o principal parceiro dos professores na capacitação e aprimoramento profissional;
3 – Vivemos na era da velocidade, tudo ao mesmo tempo e agora, portanto alunos familiarizados com a tecnologia crescem profissionalmente mais preparados para a era da informação digital;
4 – Um ambiente escolar bem equipado traz para a sala de aula o mundo inteiro, proporciona ao aluno uma viagem na palma da mão ou na ponta dos dedos – enriquecimento cultural;
5 – Preparar os alunos para profissões que ainda não existem. Recursos como simulações, realidade virtual, análise de dados, aprendizagem colaborativa e adaptativa e robótica, são alguns exemplos, de como a tecnologia na escola aproximará nossos alunos da realidade que permeará o mercado de trabalho das próximas gerações.
*Artigo por Beni Kuhn – Fundador da Colaborativa é Economista pela PUC-SP. Desde 2009 estuda e atua em projetos de transformação organizacional. Em 2016 fundou a Colaborativa, uma consultoria de tecnologia educacional que vem apoiando instituições de ensino a inovarem e trilharem o caminho inevitável da transformação cultural e digital na educação.
Por Wagner Bernardes, Diretor de Vendas da Orange Business Services
2015 PWP Studio – Corporate Event Photographers
Dias atrás, me deparei com a seguinte frase: “você não pode educar seus filhos da mesma forma que os seus pais te educaram, pois o mundo para o qual você foi educado já não existe”. Certamente, o mundo de nossos pais, o nosso e de nossos filhos são bem diferentes. A presença da tecnologia, as profissões escolhidas, o modo como trabalhamos, a globalização, entre outros fatores, estão em constante mutação. Diante desse cenário, surge a pergunta: o quanto a educação se transformou?
No século 21, a educação mudou pouco em relação ao que era no século 19. E se considerarmos que a escola é uma ferramenta fundamental da sociedade para preparar os adultos do futuro, ela não deveria ter a capacidade de antecipar a mudança? É claro que os planos educacionais foram ajustados, os computadores e outras melhorias foram incorporados, mas não devemos esquecer que as novas gerações nasceram com a internet, conectividade onipresente, imediatismo e maior oferta de dispositivos.
Por isso, a tecnologia na sala de aula tem um papel fundamental não apenas em tornar o aprendizado mais atraente para os alunos, mas também em prepará-los para o mundo conectado em que vivem e onde irão trabalhar. Posso destacar quatro mudanças que devem ser consideradas.
Redesenhar o espaço educativo. No mundo dos adultos, os espaços de trabalho evoluíram buscando maior colaboração. E o mesmo deveria acontecer na escola. Nas classes, as fileiras de mesas voltadas para o professor deveriam sumir. As salas de aula de hoje devem ser um espaço colaborativo que facilite o aprendizado e use tecnologia para melhorar a experiência educacional.
Dispositivos nas aulas. Trata-se de deixar para trás os laboratórios de informática para incorporar dispositivos permanentes nas salas de aula. Este é um recurso fundamental para poder ensinar alfabetização digital e as habilidades que serão exigidas no mercado de trabalho.
Jogar para aprender. Este conceito não é novo no mundo educacional. Mas hoje a tecnologia pode ajudar a simplificar questões complexas, trazer o conceitual para o visual, capturar a atenção e gerar uma experiência interativa.
Novas tecnologias a serviço da educação. A tecnologia digital pode incentivar o aprendizado a ser colaborativo e interativo. A realidade aumentada e a realidade virtual permitem que os professores criem experiências de aprendizagem mais imersivas e possam incentivar uma maior participação nas aulas. A inteligência artificial pode ser usada para personalizar a experiência educacional ou para tutoriais.
Existem muitos aspectos a serem contemplados e desafios a serem resolvidos, a fim de trazer a educação para o século 21 e antecipar o futuro, mas discuti-la e analisá-la é um passo fundamental. A escola tem em suas mãos os líderes digitais do futuro e, por isso, deve ser capaz de adicionar novas ferramentas e conhecimentos à educação tradicional.
Sobre a Orange Business Services
A Orange Business Services, frente dedicada da Orange a serviços B2B, com seus 22 mil funcionários, é focada em apoiar a transformação digital de multinacionais, além de pequenas e médias empresas francesas nos cinco continentes. A Orange Business Services não é apenas uma operadora de infraestrutura, mas também uma integradora de tecnologia e prestadora de serviços que agregam valor. Oferece às empresas soluções digitais que ajudam a promover a colaboração entre equipes (espaços de trabalho colaborativos e móveis), melhoram o atendimento aos clientes (relacionamento e inovação empresarial) e apoiam seus projetos (melhorias na conectividade, TI flexível e cyberdefense). As tecnologias integradas que a Orange Business Services oferece vão desde SDN/NFV (Software Defined Network), Big Data, IoT (Internet das coisas), à computação em nuvem (cloud computing), colaborações e comunicações unificadas, assim como defesa cibernética. A Orange Business tem mais de três mil clientes, entre eles empresas multinacionais renomadas internacionalmente e mais de dois milhões de profissionais, empresas e comunidades locais na França. Saiba mais em www.orange-business.com ou siga-nos no LinkedIn, Twitter e nossos blogs.
A Orange é uma das operadoras líderes mundiais em telecomunicação, com vendas anuais de €41 bilhões em 2017 e 263 milhões de clientes em 28 países (31 de março de 2018). A Orange é listada na Euronext Paris (symbol ORA) e no New York Stock Exchange (symbol ORAN).
A marca Orange e os nomes de seus produtos ou serviços inclusos neste material são marcas registradas da Orange ou Orange Brand Services Limited.
A Rabbit Partnership, empresa pioneira em consultoria educacional, destaca alguns fatores importantes que devem ser levados em consideração na hora de decidir sobre a implantação de políticas de desconto nas instituições de ensino de forma sustentável.
No período de alta sazonalidade do segundo semestre do ano, considerado entre os meses de outubro e dezembro, a maioria das iniciativas dos gestores de escolas privadas de todo o país está voltada para a captação de novas matrículas e rematrículas. Para alcançar um bom resultado, alguns fatores devem ser observados para garantir que a estratégia de descontos oferecidos aos clientes não atrapalhe no desenvolvimento do negócio, principalmente em tempos de crise econômica.
A seguir, Christian Rocha Coelho, diretor da empresa, ressalta orientações essenciais em marketing escolar.
1 – Quando decidir por não oferecer desconto
– Se a sua instituição é lucrativa e possui um bom número de alunos;
– Possui um atendimento eficiente, conseguindo converter um percentual considerável de procuras para a efetivação das matrículas;
– Perdeu no último período de alta sazonalidade menos que 18% de alunos, contando com os formandos;
– Tem um crescimento contínuo de faturamento e alunos.
2 – Quando talvez aplicar a política de descontos
– Se a instituição estiver com muito espaço ocioso;
– É uma escola nova no mercado;
– Quando o índice de permanência dos alunos é baixo;
– Quando ocorre a chamada pirâmide invertida, ou seja, possui mais formandos que a média de mercado (até 10% do número total de alunos). Com exceção das instituições especializadas em Ensino Médio e focadas nos vestibulares, o fato de possuir muitos formandos reduz as chances de crescimento, pois a escola necessita de mais alunos novos para repor as perdas. Isso ocorre quando existe uma entrada muito grande de alunos fora da base (Educação Infantil e Ensino Fundamental I), reduzindo o tempo de permanência na instituição. Neste caso, faz-se necessária uma política promocional para atrair clientes nas séries iniciais.
3 – Quando aplicar descontos
– Perdeu muitos alunos na última sazonalidade e as pesquisas internas do ano atual indicam um baixo nível de satisfação;
– Com o valor da mensalidade muito acima da concorrência, sem justificativa, não consegue efetivar as matrículas novas;
– Sala vazia ou com crianças do mesmo gênero;
– Apresenta risco de encerrar as atividades.
Em todos os casos, vale ressaltar que o propósito da escola é muito importante. “Mais do que comercializar material didático, ascensão social e ingresso na melhor faculdade, as escolas vendem felicidade por meio de um futuro promissor, valores que farão a diferença na vida do aluno e das outras pessoas, conhecimento para fazer as melhores escolhas e identificar as chances que a vida propicia, enfim, ser feliz”, declara Christian Coelho.
Sobre o Grupo Rabbit
O Grupo Rabbit Educação é uma holding composta por empresas voltadas ao mercado educacional com a finalidade de buscar constantemente a excelência pedagógica e andragógica, para auxiliar as instituições associadas a tornarem-se referências em gestão e ensino de qualidade.
Com 20 anos de experiência, a Rabbit Educação destaca-se por ser o maior grupo especializado no mercado educacional com mais de 1.500 instituições de ensino associadas e por ser a única que introduz serviços integrados de gestão, coaching, marketing, pesquisa, vendas, internet, recursos humanos, atendimento e propaganda.
A tecnologia teve um avanço estrondoso nas últimas décadas, acelerando novas formas de aprendizagem e tornando mais estreito o relacionamento entre homem/máquina. Há uma série de vantagens neste fato, mas ele também traz alguns problemas que têm se acentuado bastante conforme a tecnologia se faz mais presente em nossas vidas.
É muito fácil lidar com a máquina! Vemos crianças mal saídas das fraldas tendo um contato extremamente intuitivo e natural com smartphones e tablets. É um relacionamento fácil, pois quando se cansa ou muda de ideia, ela mesma é quem controla o aparelho, então pode mudar de vídeo ou de aplicativo, num “tocar de dedos”, sem que o aparelho insista que ela continue ali.
Fazer o que se quer é fácil quando estamos lidando com máquinas, mas não nos relacionamentos entre as pessoas. É exatamente por este motivo e neste ponto que a escola deve intervir. Quando a criança está na escola as coisas se complicam. Ela tem que conviver com relacionamentos, entre ela e o professor, ela e os colegas e ela com outras pessoas também presentes no ambiente escolar. Nem sempre ela sabe como fazê-lo, porque neste ponto é preciso saber lidar com sentimentos e emoções, como limitações ao que ela deseja fazer, perseverança nas tarefas e convivência analógica.
Muitas escolas têm adotado, com razão, em seus currículos, horários para desenvolver competências socioemocionais. Pode ser feito com um material extra curricular ou com a inserção de atividades com o tema entre as disciplinas aprendidas. Se perguntar para mim, sugiro a segunda opção, porque dá uma maior liberdade nos temas a serem trabalhados.
O socioemocional, embora tenha ganhado um lugarzinho de destaque em muitas escolas, não deve ser trabalhado apenas em uma “aula engessada”. Deve se incorporar à rotina! Já tive contato com muitas escolas que têm um programa de aprendizagem socioemocional até apostilado, mas em suas ações diárias não acompanham o que “pregam” nas aulas. Há uma separação evidente do que se diz e o que se faz. É preciso tomar cuidado para que isto não ocorra!
O correto é sempre lembrar os alunos dos temas, e fazê-los refletir diariamente sobre suas ações e o correto a se fazer nas mais variadas situações. Ensinar a resolver discussões de modo civilizado, tentando controlar as emoções; incentivar o pensamento autônomo dos alunos, para que se tornem críticos de modo positivo e desenvolver habilidades como trabalho em equipe, resolução de problemas e gerenciamento das próprias emoções podem ser de grande valia para a vida dos alunos hoje e sempre.
Imagine o tanto de situações cotidianas que ocorrem em uma escola e podem ser um gatilho excelente para que o aluno aprenda a se relacionar e controlar suas emoções, mas não de modo a contê-las, reprimindo-as, mas lidando com elas de uma maneira sadia e confortável a ele e aos outros. Quando bem trabalhadas, as competências socioemocionais começam a aparecer em pequenos detalhes da convivência do aluno e eles se tornam mais participativos e interessados.
Muito se fala da indisciplina e cada vez mais vemos casos relacionados ao assunto. Outro ponto positivo do trabalho com as competências socioemocionais é exatamente a redução desta indisciplina, uma vez que os alunos começam a explorar mais suas potencialidades, conhecendo-se melhor, percebendo seus limites e responsabilidades. Além disso, um bom trabalho neste quesito pode ajudar a melhorar os índices de aprendizagem, tornando as aulas interessantes tanto para o aluno quanto para o professor, pois o ambiente escolar se torna mais harmonioso e dá lugar ao principal objetivo da escola: a aprendizagem.
* Designer de atividades pedagógicas, Janaína Spolidorio é formada em Letras, com pós-graduação em consciência fonológica e tecnologias aplicadas à educação e MBA em Marketing Digital. Ela atua no segmento educacional há mais de 20 anos e atualmente desenvolve materiais pedagógicos digitais que complementam o ensino dos professores em sala de aula, proporcionando uma melhor aprendizagem por parte dos alunos e atua como influenciadora digital na formação dos profissionais ligados à área de educação.
O combate ao analfabetismo é uma das metas mais importantes para a educação no Brasil, que ainda tem cerca de 11,8 milhões de pessoas que não sabem ler nem escrever. Os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao ano de 2016 mostram que esse número representa 7,2% da população de 15 anos ou mais.
A Educação de Jovens e Adultos pode ser uma esperança na busca pela erradicação do analfabetismo. O número de matrículas nessa modalidade aumentou 4%, de 2.811.939 de alunos em 2016 para 2.928.958 para 2017, de acordo com o Censo Escolar da Educação Básica 2017. Na Uninter, o EJA é disponibilizado no formato à distância, para alunos que não concluíram o Ensino Médio. “Dessa forma o aluno pode voltar a estudar e ao mesmo tempo continuar trabalhando e sustentando sua família”, explica a coordenadora Maria Tereza Cordeiro.
O curso tem duração de 18 meses, com carga horário total de 1.200 horas, mas é possível solicitar aproveitamento de estudos caso o aluno já tenha concluído algumas disciplinas. Com um ambiente virtual acessível, os estudantes podem interagir e tirar dúvidas com professores e colegas.
Histórias que emocionam
Erimeide Anamaria Cabral Zanquetim de 56 anos está realizando um sonho: terminar os estudos. Ela e seus dez irmãos nasceram e foram criados no circo, viajando constantemente pelo Brasil. “Em cada lugar que a gente se apresentava, íamos para a escola, mas apenas como alunos ouvintes. Quando as coisas ficaram mais difíceis, paramos de estudar”, conta a aluna do Centro Universitário Internacional Uninter.
Durante muitos anos, Erimeide foi reconhecida como analfabeta por não ter meios de comprovar sua escolaridade. Apenas depois de adulta conseguiu a certificação para o primário e logo correu para conseguir seu diploma do ensino médio. “Era um sonho da minha vida. Havia um vazio dentro de mim. Para nós que ficamos tanto tempo sem estudar, o método da Uninter é agradável, nos leva a progredir de um jeito esclarecedor, tem clareza no conteúdo. E eu posso estar viajando e estudando”.
Atualmente, Erimeide está prestes a terminar o curso EJA oferecido pela Uninter e já tem planos para o futuro. “Vou começar a graduação em Letras, seguir na modalidade à distância que me possibilitou continuar meu trabalho como artista e viver no picadeiro. Quero passar conhecimento para minha família, meus sobrinhos que estão crescendo. E ainda vou escrever um livro sobre a vida no circo, compor músicas e poesias”, explica.
Inscrições
Os interessados podem se inscrever no www.uninter.com/eja ou pelo telefone 0800 702 0500.
Até o final novembro, estados e municípios devem concluir suas propostas curriculares alinhadas à Base
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi homologada em dezembro de 2017 e está sendo implementada em todo o Brasil. Ela é um marco importante por consolidar iniciativas anteriores como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), as Diretrizes Curriculares Nacionais e o Plano Nacional de Educação (PNE), além de incorporar diversidade, avanços sociais, pluralidade e os direitos e objetivos de aprendizagem de crianças e adolescentes.
O Conviva Educação (www.convivaeducacao.org.br), sistema de gestão gratuito voltado ao secretário da educação municipal e equipes técnicas das pastas, promoveu uma série de videoconferências para discutir o tema. “É importante falar sobre esse processo porque ele é longo, conta com diversas etapas, e exige envolvimento de Governo Federal, secretarias de Educação estaduais e municipais, universidades, escolas e comunidade”, explica Anita Stefani, gestora do Conviva Educação no Instituto Natura. “Além disso, as discussões sobre a BNCC são uma oportunidade para toda a comunidade escolar participar da atualização dos documentos que organizam a educação pública, como currículos e projetos políticos-pedagógicos, valorizando o desenvolvimento integral e constante dos estudantes durante o percurso na educação básica”, completa.
Conheça melhor propósitos da BNCC abordados nas discussões do Conviva:
Estados e municípios estão elaborando seus currículos de acordo com a BNCC. Até o final de novembro de 2018, as propostas curriculares devem estar prontas para que então sejam iniciadas as formações continuadas dos educadores, a adequação dos materiais didáticos, as avaliações e o monitoramento. No ano letivo de 2019 os planos de aula dos professores já devem colocar em prática as diretrizes traçadas.
A BNCC indica dez competências gerais que devem ser realizadas em toda a Educação Básica, desde a educação infantil até o ensino médio: conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, repertório cultural, comunicação, cultura digital, trabalho e projeto de vida, argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e cooperação e responsabilidade e cidadania.
Para a educação infantil, a BNCC indica a presença de cinco campos de experiências: o eu, o outro e o nós; corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e formas; oralidade e escrita e, finalmente, espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. A ideia é que eles sejam referências para as atividades da criança ao longo da jornada escolar, seja na sala de aula, durante as trocas de fralda, na alimentação ou nas brincadeiras no pátio. Os cinco campos estão interligados, mas as atividades podem ter como objetivo contemplar algum campo específico, sem perder de vista os demais.
A BNCC reforça a organização da educação infantil entre creche e pré-escola, e chama atenção para o fato de que os campos de experiência em cada módulo devem ser diferentes, respeitando as possibilidades e desafios das diferentes idades.
No ensino fundamental, há cinco componentes curriculares: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e ensino religioso. É importante que o ensino dos conteúdos ligados a cada uma delas seja integrado.
Confira os materiais elaborados pelo Conviva sobre o assunto:
Videoconferência sobre educação infantil, com a coordenadora geral de Educação Infantil do Ministério da Educação (MEC), Carolina Velho, e Joana Saraiva, da comunicação da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime): https://www.youtube.com/watch?v=8KsVtsjEh_E
Videoconferência sobre ensino fundamental, com a coordenadora geral do Ensino Fundamental no Ministério da Educação (MEC), Aricélia Nascimento, e a Dirigente Municipal de Educação de Apucarana (PR) e presidente da Undime Região Sul, Marli Fernandes: https://www.youtube.com/watch?v=29xQRsJuBFo
Vídeo ao vivo sobre competências gerais da BNCC, com Anna Penido, do Movimento pela Base Nacional Comum e diretora do Instituto Inspirare: https://www.youtube.com/watch?v=i9t6zeWCJ5U
A plataforma Conviva Educação é um sistema de gestão gratuito que tem o propósito de apoiar o trabalho do dirigente e equipe técnica das secretarias municipais de educação. Lançado em 2013, oferece conteúdos, ferramentas e áreas de trocas de experiências voltadas às áreas da gestão municipal: orçamentária e financeira, administrativa, democrática, estrutura e documentação, pedagógica, de pessoas, alimentação e transporte escolar, além de ambientes voltados ao Plano Municipal de Educação e Indicadores da Educação Municipal. Em 2018, o Conviva lançou uma funcionalidade que permite a importação do último Educacenso para a plataforma, possibilitando que a secretaria faça seu planejamento com base em dados oficiais e detalhados do município. Foram mais de 1200 municípios que fizeram a importação.
Atualmente, a plataforma tem 90% dos municípios brasileiros cadastrados. Para saber mais, acesse: convivaeducacao.org.br/oque-e e assista ao vídeo comemorativo dos 5 anos do projeto.
O Conviva é uma iniciativa da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) em parceria com 13 institutos e fundações – Fundação Itaú Social, Fundação Lemann, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Fundação Roberto Marinho, Fundação SM, Fundação Telefônica Vivo, Fundação Victor Civita, Instituto C&A, Instituto Humanize, Instituto Natura, Instituto Votorantim, Itaú BBA e Movimento Todos Pela Educação, e conta com o apoio do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e da Uncme (União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação) na divulgação para os municípios.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN) aderiu a uma iniciativa da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas (Atricon) e do Instituto Rui Barbosa (IRB), em parceria com o Ministério da Educação, que pretende mudar o perfil do ensino público a partir do monitoramento dos Planos de Educação dos estados e municípios.
O software TC Educa é uma ferramenta que permite verificar se as ações previstas nos planos de educação estão sendo atendidas pelos entes jurisdicionados, em termos percentuais, dentro dos prazos definidos na legislação. O sistema gera relatórios automáticos, os quais poderão ser encaminhados por e-mail ao Administrador responsável pela gestão, assim como aos Poderes Legislativos, podendo ser cadastradas outras entidades para o seu recebimento, como o Ministério Público, os Conselhos de Educação e do Fundeb, as organizações da sociedade civil e demais instâncias de monitoramento e controle.
A princípio, estão sendo vistas as metas que dizem respeito à universalização do acesso a pré-escola e também o atendimento no ensino médio, dados que estão sendo consolidados para, a partir de março de 2019, começarem a ser emitidas recomendações e alertas aos gestores, na busca do cumprimento das diretrizes.
Este ano o trabalho está centrado na coleta e cruzamento de dados de fontes como o Ministério da Educação, Indicadores do Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM) e do IBGE, além de análise das Leis Orçamentárias, observando o percentual de investimento previsto para a educação. “Vamos fazer projeções no sentido de garantir o cumprimento das metas que foram planejadas, acompanhando a execução dos planos de educação, debatendo e propondo medidas buscando qualificar o gasto nesta área”, enfatizou o diretor de Assuntos Municipais do TCE/RN, Aleson Amaral de Araújo Silva. Todos os municípios e o próprio Governo do Estado serão avaliados.
De início, foram priorizadas as metas 1 e 3 dos planos de educação. A primeira determinava a universalização do acesso de crianças de 4 a 5 anos à educação infantil até 2016 e prevê o atendimento de 50% das crianças de zero a 3 anos em creches até 2024. A meta 3 estabeleceu que até 2016 deveria se dar a universalização do acesso à escola de jovens de 15 a 17 anos, determinando que 85% deles estejam matriculados no ensino médio até 2024.
O trabalho envolve, entre outras iniciativas, a realização de diagnósticos, a aplicação de questionário-modelo para conhecimento do conteúdo dos planos de educação, o incentivo à compatibilização entre as peças orçamentárias e as metas e estratégias previstas e o desenvolvimento de uma ferramenta de monitoramento e de expedição de alertas. Esse sistema, denominado TC educa, foi concebido em parceria com os Tribunais de Contas do Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais, com o apoio do TCE-RS. O software poderá ser utilizado pelos Tribunais de Contas na atividade de fiscalização, além de oferecer subsídios aos agentes públicos visando à melhoria da política educacional.
A partir dos resultados extraídos do TC educa, os Tribunais de Contas poderão disparar alertas aos Municípios ou Estados que estiverem descumprindo alguma meta do plano de educação ou que apresentem média anual de avanço insuficiente ao seu atendimento no prazo estipulado. A omissão quanto à adoção de medidas corretivas pela administração pode repercutir no julgamento das contas do gestor nos órgãos de controle externo.
A importância da musicalização na educação infantil
Com livros e CDs premiados e mais de 80 músicas no seu repertório, Margareth Darezzo se tornou referência em educação musical para bebês até 3 anos e hoje atua como especialista na capacitação de professores da Educação Infantil e Ensino fundamental.
Há 20 anos o trabalho de Margareth Darezzo se desenvolve num ambiente cercado crianças em escolas e de bebês, e mamães curiosas em grupos particulares por suas histórias cantadas e interações lúdicas. Em suas aulas trabalha a educação musical e oferece oportunidades para a criança desenvolver a percepção e expressão de diversas formas, com composições próprias para cantar, dançar, se movimentar, tocar instrumentos… “O importante é que, ao longo do tempo, essa escuta vá se dando de maneira consciente, aperfeiçoando a percepção e a expressão dos bebês” afirma Margareth.
Nascida em São Carlos, cresceu ao som das aulas de piano que sua mãe lecionava para adultos e crianças em sua casa. Junto com sua irmã, estavam acostumadas a tocar a quatro mãos para visitas e apresentações no colégio, onde também colaboravam / nas aulas da pré-escola e na banda das alunas. Mesmo com tanto talento, seguiu por caminhos diferentes, se formou em publicidade, mas sempre com a música presente em sua vida! E foi além, é Mestre em Educação Especial pela UFSCAR, Especialista em Psicologia Infantil, com Extensão Universitária em Neuropsicologia: emoção e cognição, com aperfeiçoamento em Neurociências, linguagem e aprendizado e Extensão em Neuropsicologia do desenvolvimento e suas interfaces. Compositora do CD Canteiro lançado em dezembro de 2007, com arranjos e Direção Musical de Pichu Borrelli (seu marido) e participação especial de Dominguinhos;
Com tanta experiência e amor pelo que faz não poderia obter resultados diferentes, o CD Canteiro, recebeu o Prêmio FUNARTE de Música Brasileira no projeto de Formação para professores chamado “Semeando Jardineiros”. Esse CD deu origem ao seu primeiro livro “Canteiro – Músicas para Brincar” que foi indicado ao prêmio Jabuti e recebeu o selo Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).
O livro “Canteiro – músicas para brincar” foi publicado pela Ática em 2011 e foi feito para compartilhar as atividades que desenvolve com as canções, tanto em sala de aula como em grupos particulares. “Como o repertório do CD independente tem músicas para várias idades, para o livro selecionamos 9 faixas do Canteiro mais 6 faixas novas , tudo voltado para a criança de 6 a 8 anos ler, ou leitura acompanhada a partir dos 3 anos”.
Em 2015 lançou seu segundo livro com CD “Quem vem lá”? Música e brincadeira para o bebê – publicado pela Melhoramentos, este livro traz canções para os 3 primeiros anos de vida. São momentos especiais como o acordar, dormir, banho, troca de fralda, aquisição de fala e brincadeiras. Ela propõe uma boa conversa “Neste livro tenho uma conversa com os pais, cuidadores ou educadores, num convite ao convívio amoroso e orientações de estímulo” afirma a escritora.
O livro tem página dupla para a conversa com os responsáveis pela criança, outra página dupla com ilustrações para brincar com a criança, e no final do livro tem sugestões de atividades para grupos. “Minha vida é linda! Vivo cantando com crianças e suas famílias, com alunos e professores, e desejo que continue assim!” resume Margareth.
A importância de trabalhar os sons na primeira infância faz com que a criança e o cuidador construam um repertório que funciona como mais uma linguagem para o bebê perceber o mundo e dá início a trocas importantes para a formação de vínculos afetivos entre todos os envolvidos “ O vínculo criado nessa fase permanece para a vida toda em um repertório de canções e brincadeiras que ficam na memória afetiva da família; tenho mães de alunos que trazem seus filhos para as aulas por entenderem o valor que a música trouxe para suas vidas” conclui Margareth.
Uma característica que se tornou marca registrada de todo material produzido é a qualidade dos arranjos e das gravações. A ideia é viabilizar uma escuta agradável tanto para a criança quanto para a família.
Sobre Margareth Darezzo
Nascida em fevereiro de 1962 em São Carlos, casada com o músico Pichu Borrelli, Arte educadora e Compositora, Publicitária pela PUCCAMP; Mestre em Educação Especial pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS; Especialista em Psicologia Infantil – UNITAU; Extensão Universitária em Neuropsicologia: emoção e cognição – PUCC; Aperfeiçoamento em Neurociências, linguagem e aprendizado – CEFAC; Extensão em Neuropsicologia do desenvolvimento e suas interfaces – Dr Mauro Muszkat – NEUROCLIN; Especialista em Neuroeducação pelo CEFAC.
Compositora do CD Canteiro lançado em dezembro de 2007, com arranjos e Direção Musical de Pichu Borrelli e participação especial de Dominguinhos; professora, compositora e autora do livro Canteiro Músicas para brincar – Editora Ática lançado em setembro de 2011, que recebeu o Selo Altamente Recomendável na categoria informativo pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e foi indicado ao Prêmio Jabuti 2012; Prêmio Funarte de Música Brasileira 2012; Ministra aulas de música para mães e bebês em grupos particulares há mais de 20 anos; Trabalhou em escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental em São Paulo de 1994 até 2010; Ministra cursos, palestras e oficinas para profissionais da educação desde 1995.
Afinal, o que é o IDEB? Segundo o MEC, IDEB é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, criado em 2007, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Foi formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino.
O IDEB é um indicador nacional com o objetivo de monitorar a qualidade da Educação da população por meio de dados concretos, com o qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias.
Mas de que forma isso é possível?
O índice é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP (Prova Brasil – avaliação nacional de Língua Portuguesa e Matemática, para escolas e municípios, e do Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB, para os estados e o País, realizados a cada dois anos). (BRASIL, MEC.2018).
A partir daí, com o objetivo de provocar uma reflexão aos leitores, perguntamos: até que ponto a ênfase apenas em duas disciplinas (Língua Portuguesa e Matemática) indica a qualidade na educação do país? Isso somado aos índices de reprovação nas escolas é suficiente? Ou seja, aumentar a taxa de aprovação aumenta a nota do IDEB? Isso aumenta a qualidade do ensino na educação básica?
No mínimo os resultados do IDEB são ambíguos.
As notas do IDEB foram organizadas com objetivo de comparar a qualidade da educação no Brasil com outros países que participam do PISA. Essa comparação é possível? Pensando em questões relacionadas à própria pesquisa científica, precisaríamos no mínimo que as amostras do PISA e do SAEB fossem equivalentes, e sabemos que não são.
Será que esse tipo de avaliação não gera uma competição desmedida entre instituições, rotulando as escolas de ruins e boas, gerando um mal-estar, desânimo e fuga de bons profissionais nas escolas de rendimento insatisfatório?
Como vários pesquisadores, acreditamos que o IDEB não é suficiente para avaliar o ensino no país. Além de não dar conta da singularidade dos contextos escolares avaliados, muito menos trata da subjetividade presente nos alunos que realizam as avaliações externas.
Não podemos negar, que mesmo com falhas, o IDEB contribuiu desde a sua implementação para uma diminuição nas taxas de reprovação no Brasil. Um avanço com ressalvas….
Autoras: Márcia Regina Mocelin é Coordenadora dos Cursos de Segunda Licenciatura e Formação pedagógica do Centro Universitário Internacional Uninter; Gisele do Rocio Cordeiro é Coordenadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional Uninter.
Transtorno de déficit de atenção é um problema cerebral que pode dificultar o bom comportamento das crianças
Também pode dificultar o período na sala de aula, interferir no trabalho escolar e afetar o desenvolvimento social e emocional da criança.
Estudos de imagem do cérebro sugerem que crianças com TDAH têm cérebros que funcionam de forma um pouco diferente do que o cérebro de crianças sem essa condição. TDAH tende a ser executado em famílias.
Os sintomas do TDAH geralmente começam antes dos sete anos, embora possam começar mais tarde. Os sintomas podem durar até a adolescência e, às vezes, continuar até a idade adulta. Sintomas comuns incluem:
Geralmente são fisicamente ativos (hiperativo). Crianças com TDAH podem ser extremamente inquietas e ter dificuldades para ficar quieto e ter corpos “calmos”;
Comportamento impulsivo, como dificuldade de autocontrole e tendência a fazer as coisas sem pensar;
Dificuldade em prestar atenção e manter o foco;
Algumas crianças com TDAH têm dificuldade em manter a atenção e o foco, mas não são particularmente hiperativas.
Se você está preocupado com que seu filho pode ter um problema significativo de atenção que está afetando sua escola e sucesso social, converse com seu pediatra. O médico do seu filho pode tratar a condição ou encaminhá-lo para um especialista se for o caso.
Apenas um profissional treinado pode determinar se seu filho tem TDAH. Existem vários testes psicológicos e escalas de avaliação que podem ajudar a diagnosticar essa condição. Se o seu filho atende seis das seguintes condições, ele ou ela pode ter o tipo de TDAH com dificuldade de concentração:
1- Mostra pouca atenção aos detalhes;
2- Tem dificuldade em manter a atenção nas atividades;
3- Não responde quando abordado diretamente (surdez seletiva);
4- Tem problemas com seguir sequências quando dadas instruções;
5- Tem problemas com a organização de tarefas ou projetos;
6- Evita assumir projetos que exigiriam um longo período de concentração intelectual;
7- Perde materiais que são necessários para atividades;
8- Facilmente se distrai por coisas acontecendo ao seu redor;
9- É esquecido ou distraído.
Se seu atende a seis das seguintes condições, ele ou ela pode ter a forma “hiperativa e impulsiva” de TDAH:
1- Dificuldade de esperar e de permanecer sentado;
2- É inquieto e impaciente;
3- Corre e fica agitado em horários inapropriados;
4- Tem dificuldade em brincar tranquilamente;
5- Age como se não conseguisse ficar quieto;
6- Fala excessivamente;
7- Deixa escapar respostas antes de as perguntas estarem completas;
8- Tem dificuldade em revezar e esperar por sua vez interrompe ou se intromete com os outros.
Segundo o Hospital Infantil Sabará, tratar o TDAH geralmente envolve uma abordagem em três frentes – estratégias comportamentais, apoio educacional e medicação. O tratamento geralmente é mais bem-sucedido quando incluem todos os três elementos, embora estudos sugiram que a medicação pode oferecer o maior benefício.
Um profissional experiente em TDAH deve seguir o seu filho e fornecer apoio em longo prazo. Isso deve incluir o monitoramento de medicamentos e efeitos colaterais, além de acompanhar o desempenho escolar, o sucesso social e o senso de valor pessoal de seu filho.
Embora muitas crianças com TDAH vivam desafios relacionados à adolescência e até a idade adulta, com o apoio e o tratamento adequados, a maioria evolui bem com o tempo.
Marista Centro-Norte disponibiliza material para conscientizar e esclarecer sobre formas de violência no ambiente escolar
Com o objetivo de combater o bullying e o ciberbullying, as unidades socioeducacionais da Província Centro-Norte, com atuação em 16 estados e no Distrito Federal, contam com mais uma ferramenta de esclarecimento para combater as diferentes formas de violência no ambiente escolar. O material está disponível para o público externo no endereço www.marista.edu.br/naocurtobullying e pode auxiliar professores, pedagogos e outros profissionais que atuam na Educação. A Cartilha “Sou Marista e respeito as Diferenças – a identificação do bullying como forma de prevenir e enfrentar a prática nas unidades maristas”, é mais uma ferramenta para fortalecer a campanha de Prevenção e Combate ao Bullying presente em todas as 29 unidades socioeducativas Maristas.
O material pretende ser um instrumento de trabalho para sensibilizar os públicos institucionais e, consequentemente, promover a conscientização coletiva para a atuação que inibe a prática do bullying. Além disso, visa colaborar com a construção e a manutenção de uma escola segura, que protege e contribui para o estabelecimento de relações afetuosas, das práticas de tolerância e de não-violência. No material, é possível encontrar a legislação relacionada ao tema, como a recente Lei 13.185, de 2015, que estabelece o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, conceitos e formas de bullying, os sujeitos envolvidos, prevenção e enfrentamento, e como identificar o bullying nos espaços pedagógicos.
O teste foi aplicado em mais de oito mil candidatos de diversas áreas
10/09/2018
Muitos candidatos a vagas de estágio e aprendizagem perdem as oportunidades por lunos de conta de deslizes na língua portuguesa. Nas etapas de seleção, exames ortográficos e redações são os principais testes e servem para filtrar os melhores participantes. A fim de avaliar esse cenário, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágiosrealizou pesquisa com mais de oito mil concorrentes. Um ditado, com 30 palavras do cotidiano, como “exceção”, “textura”, “artificial”, “autorizar”, “licença” e “desperdício”, foi aplicado. Quem cometesse mais de sete erros era eliminado. O desempenho ficou aquém do esperado.
Quase a metade dos 8.239 avaliados, durante todo o ano de 2017, não obteve sucesso. Foram 3.811 (46,3%) reprovados e 4.428 (53,7%) aprovados. Na visão da recrutadora Nardejane Silva, o dado é chamativo, pois a correta ortografia é imprescindível para qualquer profissão. “Uma falha gramatical em um e-maildirecionado a um cliente, por exemplo, pode comprometer a imagem do remetente e, consequentemente, da empresa. Por esse motivo, o português é um critério tão importante”, explica.
A taxa mais alta de desclassificação foi dos estudantes de 16 a 24 anos, com 46%. Já entre os adultos de 25 a 30, o percentual foi de 21%. O resultado pode ser devido ao pouco preparo dos menos experientes. “Há questões como falta de atenção e nervosismo, as quais, muitas vezes, predominam em um processo seletivo. Logo, devem ser trabalhadas desde cedo”, recomenda a especialista.
No diagnóstico por níveis, os alunos do ensino médio se destacaram com 70,7% de sucesso. Entretanto, o destaque negativo foi dos universitários: houve 49,6% de reprovação no superior. Muitas vezes, a pessoa se forma sem ter aulas de gramática ou redação. “Na faculdade, é priorizado o estudo de conteúdos mais específicos da carreira”, afirma Nardejane.
Na segmentação por áreas, a notoriedade foi para as Ciências Humanas e Sociais, com 85,3% de êxito. Em seguida, ficaram as Engenharias, tendo 80,7% de acadêmicos bem-sucedidos na avaliação. Contudo, no campo das Artes e Design, o desempenho ficou abaixo das expectativas: 59,5% não passaram. Os discentes de Comunicação também deixaram a desejar, com 53,9% de desqualificados.
Os cursos com mais aprovação foram Direito (94,12%), Engenharia Química (93,10%), Farmácia (87,32%), Química (80%) e Engenharia Mecânica (79,17%). Por outro lado, o índice de reprovação no ensino superior preocupa nos campos de Gestão Comercial (68,33%), Eventos (68,18%), Marketing (66,61%), Design (62,50%) e Publicidade e Propaganda (59,49%).
Ao fazer o recorte entre os matriculados em insituições de ensino particulares e públicas, 49,6% dos pagantes foram barrados na primeira etapa. Teve melhor desempenho quem estuda nas universidades federais, estaduais ou municipais. O índice de insucesso foi de 31,8%. “A ausência de leitura e treino da escrita são as principais razões dos erros cometidos. Quando se lê com pouca periodicidade, o vocabulário tende a ser menos qualificado”, ressalta Nardejane.
Esse bom hábito deve ser desenvolvido também em outros ambientes. “É essencial ser autodidata e buscar essa competência além do imposto em sala de aula. Pode-se começar com livros, textos e artigos de assuntos do seu interesse e expandir para os mais diversos temas, e assim evoluir seu repertório de palavras”, indica a selecionadora.
Em tempos nos quais o desemprego é tão alto entre os jovens, chegando a 26,6%, é relevante não escorregar nesse quesito. Há mais candidatos em relação ao número de vagas. Porém, muitas não são preenchidas pela baixa qualificação ortográfica. “Em uma seleção com 20 pessoas, após o teste ortográfico, há grandes chances de ninguém ser aprovado”, finaliza Nardejane.
Fonte: Nardejane Silva, recrutadora do Nube
Serviço: Português incorreto reprova 46% dos jovens em processos seletivos. Temos exemplos de dezenas de testes para ilustrar esta matéria.
Sobre o Nube
Desde 1998 no mercado, o Nube oferece vagas de estágio e aprendizagem em todo o país. Possui mais de 7.500 empresas clientes, 14 mil instituições de ensino conveniadas no Brasil e já colocou mais de 800 mil pessoas no mercado de trabalho. Também administra toda a parte legal e realiza o acompanhamento do estagiário e aprendiz por meio de relatórios de atividades.
Anualmente, são realizadas 11 milhões de ligações, enviados 3,2 milhões de SMS e encaminhados 750 mil candidatos. O banco de dados conta com 4,5 milhões de jovens cadastrados e todos podem concorrer às milhares de oportunidades oferecidas mensalmente Para facilitar a vida dos cadastrados, foi desenvolvido um aplicativo noFacebook para publicação das vagas.
O Nube também está presente nas principais redes sociais Twitter, Google+,Linkedine Youtube. Com a TV Nube, oferece conteúdos voltados à empregabilidade, dicas de processos seletivos, currículos, formação profissional, entre outros. O cadastro é gratuito e pode ser feito no site www.nube.com.br.
O Ministério da educação (MEC) divulgou na última segunda-feira (03) o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB/2017), onde mostra Caicó no ranking dos dez municípios, entre os 167 do RN, que ultrapassou a meta prevista, ficando em sétimo lugar, com a nota 4,5, superando a projeção de 4,2 prevista para 2017. Observa-se também que o rendimento ora apresentado, já supera a meta de 2019, estabelecida em 4,4.
Destaca-se na classificação do Ensino Fundamental (séries finais), no primeiro lugar, a Escola Municipal Presidente Kennedy. Já nos anos iniciais Caicó está classificada em 29º lugar, pontuando 4,9, superando a projeção para 2017, estabelecida em 4,6.
Destacam-se na classificação do Ensino Fundamental (séries iniciais), as Escolas Municipais Hermann Gmeiner, com nota 5,8; Auta de Souza com 5,5; Presidente Kennedy com 5,4; e a Walfredo Gurgel com 5,0.
“Parabenizamos as escolas que uniram esforços e atingiram e/ou superaram as metas projetadas, inclusive àquelas que apesar de não se apresentarem como destaque conquistaram um importante avanço. Ainda há muito trabalho a ser feito. A equipe da secretaria, juntamente com as escolas, o Conselho Municipal de Educação, realizarão análises e intervenções para que possamos galgar conquistas cada vez maiores”, ressaltou a Secretária Municipal de Educação, Lúcia Gregório.
Ranking das cidades da rede municipal nos anos finais (8ª e 9º ano):