A importância da NBR 7199 para evitar acidentes fatais com portas de vidro
A importância da NBR 7199 para evitar acidentes fatais com portas de vidro
Tanto em portas como em fachadas, os vidros devem ser considerados por seu desempenho estrutural, ou seja, a sua resistência às solicitações de vento, a cargas acidentais, etc. Há o desempenho relacionado à entrada de luz e à visibilidade através do vidro e o desempenho acústico, muito importante quando se pretende que o vidro reduza o nível de ruído ao adequado uso do edifício. Dessa forma, os impactos dos acidentes que envolvem esses vidros podem ser menores caso alguns cuidados sejam tomados em sua instalação. Nas edificações, por exemplo, seria imprescindível que as portas contassem com vidros de segurança, conforme especificado pela NBR 7199.
Mauricio Ferraz de Paiva
O vidro é classificado como líquido, só que com viscosidade muito alta. Tanto o vidro comum como os demais devem respeitar uma espessura de acordo com o vão que serão colocados, indicação essa que, juntamente com as anteriores, ajuda os síndicos e gestores prediais a programarem a revisão e manutenção desse importante componente do sistema construtivo.
Na hora de realizar um projeto, é importante prestar atenção ao fornecedor do vidro para ter a certeza de estar comprando um produto de qualidade e com garantia de durabilidade. Além disso, também é essencial realizar manutenções periódicas nos vidros instalados em casa. Do contrário, alguns acidentes envolvendo a quebra desse produto podem acontecer e assustar os moradores.
Após a transformação de um vidro comum para o vidro temperado, este se torna muito mais resistente a choque térmico, flexão, flambagem e torção. Isso resulta em um vidro que possui menor probabilidade de quebra e, caso aconteça, o vidro temperado se fragmenta em pequenas partículas sem pontas e com bordas pouco cortantes, o que reduz os riscos de acidentes.
Mesmo sendo um vidro de segurança, dependendo das condições nas quais o vidro se encontrar, ele pode acabar quebrando. Os vidros temperados quebram, normalmente, por falhas na instalação. A falta do uso de dispositivos de segurança e os vidros que são instalados em contato direto com a alvenaria podem quebrar.
Os monolíticos são os vidros tais como são produzidos originalmente. São incolores ou coloridos, sendo uma placa única produzida industrialmente. Esses vidros podem ser temperados ou semitemperados, para aumento de sua resistência.
Os vidros temperados e semitemperados passam por um processo de choque térmico que os endurece, proporcionando maior resistência mecânica. São usados para grandes envidraçamentos para reduzir as espessuras. Mas requerem um cuidado: podem sofrer quebra originada por várias causas e, portanto, não podem ser instalados em guarda-corpos, em coberturas, etc.
Os laminados são compostos de duas ou mais placas de vidros monolíticos, comuns ou temperados, unidas por uma película por meio de um processo industrial. Oferecem maior segurança, pois, ao se quebrarem, os cacos ficam grudados na película.
Os insulados são os compostos por duas lâminas de vidro – comum, temperado ou laminado – montadas de forma a ter entre elas uma câmara de ar que fica sem contato com o ar exterior. Esses vidros colaboram em certa medida para o conforto térmico e, dependendo das frequências e níveis dos ruídos, podem ser eficientes acusticamente.
A NBR 7199 de 11/1989 – Projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil fixa as condições que devem ser obedecidas no projeto de envidraçamento em construção civil. Aplica-se a envidraçamento de janelas, portas, divisões de ambientes, guichês, vitrines, lanternins, chedes e claraboias.
Segundo a norma, o envidraçamento deve obedecer a algumas disposições gerais. As chapas de vidro devem ser colocadas de tal modo que não sofram tensões suscetíveis de quebrá-las, tais como: dilatação, contração ou deformação do caixilho, deformação ou recalque da obra, não sendo permitido o contato das bordas das chapas de vidro entre si, com alvenaria ou peças metálicas.
Já a fixação das chapas de vidro deve ser tal que impeça o seu deslocamento em relação aos elementos de fixação, excetuados os casos em que o projeto prevê movimentações e, quando uma separação for executada, total ou parcialmente, com chapas de vidro cuja presença não seja perfeitamente discernível, devem-se tomar precauções através de sinalização adequada, para evitar acidentes.
Quando houver chapas de vidro com bordas livres acessíveis, estas devem ser laboradas e as bordas das chapas de vidro, em qualquer caso, não devem apresentar defeitos que venham a prejudicar a utilização ou resistência do vidro após a colocação. O envidraçamento sobre passagem em vidro recozido deve ser na vertical e ter todo seu perímetro fixado em rebaixo.
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