Especialista dá dicas para introdução do objeto no dia a dia dos pequenos
A máscara acabou virando uma das nossas companheiras mais fiéis. Afinal, é ela que também nos ajuda na proteção e combate ao Coronavírus. E, se para nós, adultos, a adaptação já é difícil, para crianças dentro do TEA e com alguma condição neurológica o desafio é ainda maior. Mas então, como estimular o uso da máscara nesses casos? De acordo com a terapeuta ocupacional do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), Thaysse Hayane Ferreira, da maneira mais lúdica possível.
Faça com que a criança participe desse processo, dando a ela a opção de escolha da máscara. Busque seus personagens favoritos, assim elas conseguem assimilar com mais facilidade sobre a importância do objeto. “Usar o lúdico é a melhor forma de incentivo ao uso da máscara. Nossa equipe, por exemplo, tem aproveitado os treinos de Atividades de Vida Diária (AVD) e auxiliado nesse quesito, para que aos poucos ela seja incluída. Criamos ainda uma cartilha que auxilia pais e responsáveis nessa tarefa”, conta.
Ainda segundo Thaysse, graduar o tempo de uso do objeto é uma boa alternativa. Comece introduzindo pelo tempo máximo que a criança aguenta e vá aumentando. Além disso, você deve explicar, com calma, a importância desse ato e que sem a máscara não podemos sair de casa. Aproveite os momentos de brincadeira para fazer isso, você pode usar um boneco que a criança goste para colocar uma máscara, assim ela vai se sentir mais confortável em usá-la quando precisar sair.
Ou ainda, você mesmo pode colocar a máscara e incentivar os pequenos a colocarem juntos. Para finalizar a terapeuta ocupacional reforça que essa não é uma das tarefas mais fáceis para ninguém, mas é possível torná-la um pouco mais divertida. “Sabemos que não é nada fácil ficar com a máscara no rosto, nem para os adultos, imagina para uma criança que já está confinada. É um processo completamente novo de adaptação. Então torne esses momentos divertidos, assim as crianças ficarão mais tranquilas e tudo ficará bem”, acrescenta Thaysse.
Sobre o Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE)
Fundado no ano de 2016 por Canrobert Krueger, Mariana de Carvalho Krueger e Syomara Szmidziuk, a clínica é referência no atendimento a pacientes com danos neurológicos. O CERNE possui equipe especializada em diversas áreas, como: Fisioterapia, Fonoaudiologia, Musicoterapia, Neuromodulação e Terapia Ocupacional. O diferencial da clínica está nos métodos de tratamento avançados, como Theratogs, PediaSuit, Bobath, Terapia da Mão, Integração Sensorial, Contensão Induzida, ABA, DENVER, além da chegada do primeiro tratamento através da Neuromodulação ao sul do país. Para mais informações, acesse o site www.cerne.net.br ou as redes sociais Facebook https://www.facebook.com/cerneoficial e Instagram https://www.instagram.com/cerne.oficial/
Em um momento em que todas as instituições têm que se adaptar aos novos métodos e se reinventar em meio à pandemia, compreender a importância do ‘Planning Analytics’ e do replanejamento pós pandemia é essencial para se manter ativo ao longo da crise humanitária e econômica, especialmente para simular múltiplos cenários com agilidade.
A solução vai além de apenas automatizar os processos de planejamento, orçamento e previsão de resultados, ela dá aos usuários a capacidade de gerar análises no modelo “self-service”, com uma interface inovadora, ajudando a equipe a obter melhores resultados. A solução é aderente a todas as áreas, incluindo gerenciadores financeiros, de vendas e de pessoas. Além disso, ela gera insights automaticamente a partir de seus dados, aumentando a competitividade do usuário frente às rápidas mudanças de mercado.
O Planning Analytics é uma solução de planejamento integrado, desenvolvido com o objetivo de promover a colaboração em toda a empresa e auxiliar na agilidade dos negócios, priorizando uma gestão eficiente.
Ao se concentrar no replanejamento, principalmente nessa época de combate ao novo coronavírus, e nos esforços para diminuir os impactos negativos, as empresas estarão sempre um passo à frente, uma vez que estarão aptas a vivenciar inúmeras realidades e montar um planejamento estratégico de acordo com as ameaças e oportunidades. Então, ao adotar o posicionamento de modelagem ilimitada de possíveis cenários no próprio ambiente de simulação, os empreendedores e gestores não serão surpreendidos.
Na prática, concilia-se planejamento, orçamento, previsão, relatório, análise e scorecard em uma única solução. Mas, para que o ‘Planning Analytics’ seja aplicado com eficácia, é essencial utilizar tecnologias igualmente eficientes, para armazenamento local ou em modelo cloud. Porem ser utilizadas ferramentas que instruem as instituições a utilizarem a inteligência artificial e a computação em nuvem durante e depois da pandemia.
O replanejamento estratégico realizado pelas empresas é uma das melhores formas de “preparar o terreno” para o mundo pós-coronavírus, e utilizá-lo como método para orientar as decisões em momentos difíceis. Além disso, é preciso ter em mente que a integração entre as plataformas digitais e físicas será ainda maior, sendo necessário utilizar todos os recursos a favor das organizações, como tem sido feito nesse período de isolamento social.
O ‘Planning Analytics’ tem forte atuação na mudança de planos das empresas, especialmente com a pandemia, a qual exige dos gestores modelos multidimensionais para a obtenção de insights mais profundos e utilização de
ferramentas que auxiliem na adaptação desses novos tempos. No atual cenário, é imprescindível a utilização de inteligência artificial, Business Intelligence e capacidade de operação em meios híbridos, com intuito de não haver perdas ou erros.
A ‘corrida’ por novas operações e criação de tecnologias, que poderiam durar anos, agora está sendo feita em meses, devido à covid-19, portanto, somente organizações ágeis, flexíveis e ligadas à inovação, com capacidade de se reinventar, em diferentes momentos, vão sobreviver a essa e qualquer outra crise.
* Emerson Douglas Ferreira é especialista em consultoria de planejamento, inteligência de negócio e soluções que auxiliam executivos na tomada de decisão desde 1995, e fundador da Meeting Strategic Solutions
Bruno Grillo Castello, fundador da Bcast Consultoria que tem entre uma de suas especialidades o desenvolvimento das health techs Divulgação
Bruno Grillo Castello, da Bcast Consultoria, especialista em apoiar o desenvolvimento de startups da saúde, alerta que a Covid-19 potencializou o mercado das health techs, contudo, é preciso atenção aos novos comportamentos e necessidades que chegaram com ela
Uma das grandes tendências em tecnologia previstas para 2020 era o crescimento das startups com soluções na área da saúde, as chamadas Health Techs. A proliferação do coronavírus, que acelerou a digitalização de negócios em todos os segmentos, colocou holofotes sobre essas empresas abrindo o mercado para sua expansão. Contudo, precisam se adaptar às transformações das tendências que conheciam e para as quais se prepararam.
Bruno Grillo Castello, da Bcast Consultoria, alerta sobre a importância de acompanhar o novo comportamento e as novas necessidades das pessoas. “As startups da saúde vêm acompanhando o mercado se abrindo para suas soluções e inovações, há algum tempo. 2020 pode ser, ainda mais agora, o ano das health techs, assim como tivemos o boom das fintechs. Mas, elas não podem se acomodar e acreditar que apenas o cenário promissor vai impulsionar sua escalada da mesma forma como vinha acontecendo antes da pandemia”.
De acordo com o consultor, o modelo de negócio precisa estar alinhado em como o mundo vai se comportar no pós-pandemia e faz algumas previsões que podem guiar o desenvolvimento de novas soluções:
Prevenção – A preocupação cada vez maior com a prevenção, um comportamento bastante comum nos serviços de saúde pública dos países desenvolvidos, começa a ganhar espaço no Brasil. A precaução, como a população faz hoje em dia com máscaras e luvas ou mesmo a suplementação, será uma realidade cada vez mais forte na rotina das pessoas.
Novas fontes de informação de saúde – Esta é uma tendência apontada em diversos estudos, contudo, o ranking de buscas do Google já nos dá essa pista. Buscas de como se proteger e sintomas da Covid-19 explodiram, assim como a procura por como se exercitar em casa, por exemplo. Isso significa que o médico não é mais a única fonte de informação da saúde.
Um estudo recente da Demanda Pesquisa, que verificou a rotina das pessoas em quarentena, identificou que a menção aos médicos ficou em quarto lugar, antes deles as pessoas citaram como principal fonte de informação a internet, a televisão e os jornais.
Saúde no estilo de vida – As pessoas passarão a priorizar em seu dia-a-dia comportamentos mais saudáveis, desde cuidados com a alimentação, como a preferência por alimentos orgânicos, até atitudes mais sustentáveis e ecológicas. Além, de outras rotinas de autocuidado com as terapias alternativas, como meditação e atenção a saúde mental e espiritual.
Inteligência artificial e big data – O destaque dado às pesquisas científicas durante à pandemia, em busca de vacina e drogas, mostraram como a inteligência artificial e o processamento de grande quantidade de dados é essencial à saúde.
Uma tecnologia que também é uma importante ferramenta para diagnósticos e tratamentos de doenças. Uma evolução que nem sempre será tão invisível e distante do cidadão comum. Muito em breve, teremos os hospitais inteligentes com robôs que medicam e alimentam pacientes, por exemplo, evitando contato e diminuindo muito a chance de contaminações.
Saúde mental online já é realidade
O atendimento médico online, a chamada telemedicina, demorou a ser liberada no Brasil, contudo foi autorizada e se popularizou rapidamente durante o isolamento social com suas receitas enviadas por mensagem de celular. Contudo, o que já acontecia e, hoje em dia, ganhou ainda mais confiança é o atendimento psicológico online.
Um exemplo é a PlenaVi, uma das health techs que contam com a expertise e mentoria da Bcast. Uma plataforma de atendimento psicológico online que conecta profissionais da psicologia a pacientes, além de oferecer produtos de apoio também para empresas e seus colaboradores.
Acompanhamento de pacientes com câncer
Outra inovação que caminha alinhada com todas essas tendências e novas demandas, e já está entre nós, é a solução desenvolvida pela startup InnoveCare, também acompanhada pela consultoria de Castello. Trata-se de uma plataforma que facilita a gestão dos efeitos colaterais do paciente com câncer, acompanhando intercorrências e tratando reações.
Além de um software clínico e um serviço de telemedicina, a health tech desenvolveu um aplicativo para dispositivos móveis para que pacientes em tratamento oncológico possam informar à sua clínica e ao seu médico sintomas que estão sentido após passarem por uma sessão de quimioterapia ou radioterapia. Eles podem ser orientados à distância em busca de bem-estar e reduzir as visitas à clínica ou a um serviço de pronto atendimento.
Busca pelo bem-estar mudando o estilo de vida
“Observando o que está acontecendo com o mundo, as tendências de comportamento e como se comportam as health techs de sucesso podemos concluir que tudo isso sempre envolve a procura pelo bem-estar, pela qualidade de vida. Não vamos mais esperar o problema acontecer para depois procurar ajuda, seremos mais conscientes de nosso corpo”, conclui o consultor da Bcast.
Castello ainda destaca que a saúde e suas especialidades estarão cada vez mais conectadas e trabalhando juntas. “O que chamamos hoje de ‘terapias alternativas’ estão se transformando para um conceito de ‘terapias complementares’ e, muitas vezes, até como ‘medicina complementar’. A tecnologia vai permitir que profissionais trabalhem alinhados, trocando informações de forma ágil e eficiente com o objetivo de um cuidado mais global do paciente”.
Sobre a Bcast Consultoria
A Bcast consultoria, por meio de seu fundador Bruno Grillo Castello, conta com um longo histórico no currículo, composto por milhares de empresas e profissionais formados em treinamentos e mentorias. Uma expertise que valida os resultados de seu trabalho desde a criação de negócios startup até a gestão macro de pequenas e médias companhias, além de diagnósticos precisos na solução de crises e obstáculos em busca de potencializar um crescimento sustentável.
Um processo de trabalho que mantém o foco em resultados e um modelo de negócio que atua em três principais formatos, de acordo com o objetivo de cada empresa: modelagem de negócio, consultoria de gestão macro e mentoria.
Parte dos 15 anos da carreira de Bruno Grillo Castello foram construídos no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sua última atuação antes de fundar a B.cast Consultoria. Como professor e palestrante em cursos de gestão formou mais de 2.200 empresários, e ativamente como consultor ou mentor de aproximadamente 600 executivos e empreendedores.
O prefeito de Caicó, Robson de Araújo (Batata) decreta luto oficial de três dias no Município de Caicó pelo falecimento do ex-deputado federal, Wanderley Mariz, de 79 anos, ocorrido na quinta-feira (02), em Natal.
Wanderley é filho do ex-governador do Rio Grande do Norte, Dinarte Mariz. Natural de Caicó, na sua trajetória política, Wanderley exerceu três mandatos de deputado federal pelo Rio Grande do Norte, onde muito contribuiu politicamente e socialmente para o desenvolvimento do estado. Wanderley também foi advogado com Bacharelado em Direito pela Universidade Federal Fluminense.
A Prefeitura de Caicó lamenta profundamente o ocorrido e externa votos de pesar aos familiares e amigos de Wanderley Mariz.
Medo, ansiedade, raiva, estresse, preocupação, incertezas, angústia, tristeza, insegurança, perda de liberdade. Essa é apenas uma pequena lista das emoções, sentimentos e sensações, que acometem o mundo nesse momento de pandemia.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Linkedin ainda em abril, 62% das pessoas que passaram a trabalhar em casa por causa do isolamento social já se sentiam mais estressadas, muito por causa da solidão e da insegurança por não ter a real noção do que se passa no mundo do lado de fora do lar. Além disso, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) divulgou uma pesquisa em maio que mostrava o aumento de até 25% do número de consultas com psiquiatras no Brasil e o crescimento na procura por remédios para tratar transtornos. Para esses tempos, é uma tendência comum sentir o impacto na nossa saúde física e mental, e as buscas por soluções são constantes. Reconhecer que existem problemas é importante, e saber como superá-los é fundamental.
Existem formas simples que podem ajudar. Se aprendermos a viver segundo conceitos da filosofia oriental, que nos diz que tudo é mutável e impermanente, conseguiremos passar por tudo isso de forma mais fácil. Precisamos ser desprendidos e ter uma postura de desapego tanto para coisas boas (como sorte e a riqueza), quanto para as coisas ruins (como os ressentimentos e a tristeza).
Pensar na transitoriedade das coisas faz com que tudo seja mais ameno nesse período de crise e grandes mudanças. Aceitar o que não podemos mudar, viver o presente como o único tempo que existe, ser grato pela vida e oportunidades concedidas, são ensinamentos que necessitamos colocar em prática. Praticar ioga, meditação, técnicas de respiração ou mindfullness autohipnose são de grande ajuda para esse momento. Se conectar com pessoas positivas, boas notícias, leituras edificantes e estar em prece são recomendações essenciais.
Muito do que citei acima pode ser facilmente incorporado na rotina, como, por exemplo, parar em alguns momentos do dia para fazer uma respiração mais consciente. É comum num estado de ansiedade e estresse mantermos uma respiração curta pelo nariz e incompleta, usando pequena parte dos pulmões. Nossas células necessitam de oxigênio 24h por dia e para um bom funcionamento do organismo esse fluxo deve ser o mais eficiente possível. Parar por dois minutos que seja, inspirar profundamente pelo nariz e expirar pela boca, procurando retirar o máximo de ar do corpo, já é de grande valia para trazer de imediato uma sensação de calma e bem estar.
A meditação é outra prática extremamente eficaz para diminuir a ansiedade e o estresse. Ela pode ser realizada diariamente por pelo menos 15 minutos diários. Então, vale a pena organizar uma rotina para meditar por um tempo e programar pausas ao longo do dia para respirar. Os primeiros passos para cuidar de você mesmo é fechar os olhos, olhar para dentro e tentar entender um pouco desse movimento interno, o que está sentindo e perceber quais são seus tipos de pensamentos.
Tenho certeza de que você pode ficar mais leve!
Grupo no Telegram
Recentemente, criei um grupo chamado MEP (Movimento Essencial Proativo), no aplicativo Telegram, no qual forneço gratuitamente conhecimento e técnicas para aliviar todo esse tormento pelo qual estamos passando e ajudar na caminhada até nos tornarmos seres humanos melhores e mais conscientes. Aguardo vocês! Sejam bem-vindos!
Thomaz Barcellos é hipnoterapeuta formado pelo maior instituto de hipnose do mundo (OMNI) e pós-graduando em medicina chinesa e acupuntura pela ABACO. Graduado em Nutrição e mestre em Ciências Médicas pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Há 17 anos atua em nutrição esportiva e clínica, com ênfase em alta performance, saúde, bem-estar e emagrecimento. Ao longo dos últimos anos, estuda áreas diversas que se conectam entre si, como programação neurolinguística, hipnose, psicologia, coaching e medicina chinesa.
A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) não se ilude com a narrativa de que o PL 4162/2019 seja um marco positivo para o saneamento básico no Brasil e alerta a população do Rio Grande do Norte e do país que o Congresso aprovou, na verdade, um projeto que favorece a falência das companhias estaduais de saneamento, forçando a privatização da água e transformando esse recurso natural, que deveria ser encarado como um direito de todos, em uma mercadoria.
“Somos a favor do saneamento, mas que ele seja para todos, não só para quem dá lucro”, argumenta a senadora, observando que parcela considerável dos 35 milhões de brasileiros que não têm acesso à água tratada e dos 104 milhões que não têm coleta de esgoto mora em pequenas cidades e comunidades ribeirinhas, áreas que não são atrativas para a iniciativa privada, pois não oferecem possibilidade de lucro. “Quem vai pagar caro é o povo do interior, porque empresa privada não investe em nada que não dê lucro”, lamentou Zenaide, após a sessão do Senado que aprovou o projeto de lei.
Para Zenaide, o argumento de que a privatização é necessária porque o Estado brasileiro não tem recursos para investir é falho, pois as empresas privadas que se interessarem por obras de saneamento recorrerão à estrutura estatal para financiar suas empreitadas, buscando, por exemplo, recursos no BNDES. “Se há recursos para financiar a empresa privada, porque não há dinheiro para investir nas companhias públicas de saneamento?”, questionou a parlamentar.
A experiência do Tocantins é exemplar e virou estudo de caso na Fundação Getúlio Vargas, em 2017. O motivo: 77 cidades reestatizaram os serviços de saneamento que haviam sido privatizados e, mesmo nos municípios onde a água continuou nas mãos da iniciativa privada, não houve aumento na qualidade dos serviços.
Outros exemplos vêm de fora: capitais como Buenos Aires (Argentina), Paris (França) e Berlim (Alemanha), também remunicipalizaram o saneamento. Estudo do Transnational Institute, de Amsterdam (Holanda), intitulado “Reclaiming Public Services: How Cities and Citizens are Turning Back Privatization”, registrou 267 cidades onde a privatização desses serviços não deu certo e precisou ser revertida.
Entenda como a prática se tornou um problema e quais são as possibilidades
Imagine a seguinte situação: você estará viajando em determinado período de tempo, e sua casa e apartamento estarão vazios. Para aproveitar a oportunidade, decide usar uma das plataformas digitais ou aplicativos e oferecer o imóvel para locação, assim poderá garantir uma renda extra no final do mês. Porém, ao oficializar o condomínio onde o imóvel se encontra demonstra resistência e tenta proibir o ato.
Esse tipo de problema está se tornando cada vez mais comum, existem reclamações tanto de proprietários quanto de condomínios que desejam impedir a prática. Por esse motivo, o tópico foi objeto de julgamento no Superior Tribunal de Justiça em 10 de outubro, e embora não tenha sido concluído.
“Mas afinal, o condomínio pode ou não realizar a proibição? O STJ ainda não concluiu o julgamento em definitivo da matéria, que se mostra nova e é preciso desenvolver regulamentação específica para o caso, mas já sinalizou que pelas normas vigentes não poderá haver a proibição pelo Condomínio”, esclarece a Dra. Sabrina Rui, advogada em direito tributário e imobiliário.
Os principais pontos abordados foram o direito à propriedade e o direito do condomínio para criar normas que restrinjam os direitos dos moradores. A prevalência, por enquanto, é em defesa do locador, que pode exercer livremente o seu dispor sobre o bem.
“Um dos argumentos debatidos a favor do condomínio é a possibilidade de veto pelo imóvel perder a finalidade residencial, e se tornar comercial, porém tal tese já foi descartada pelo STJ, pois não está correto”, conta a Dra. O contrato firmado por plataformas digitais acontece entre os próprios interessando, sendo o site ou aplicativo apenas uma ponte entre os dois. Também foi abordado que, apesar de haver valor envolvido, o imóvel não perde a conotação residencial.
“Então, contanto que o locatário respeite as normas do condomínio, como zelar pelo sossego e saúde dos demais condôminos, não há empecilhos em sua estada”, explica.
Apesar de ser uma nova modalidade, esse tipo de locação assemelha-se muito às locações para temporada, mas com o detalhe tecnológico. “Esse é mais um ponto a favor do proprietário”, afirma a Dra. Sabrina.
“Alguns condomínios estritamente residenciais já vetaram a possibilidade dessa locação e, enquanto que outros estão buscando assessoria para alterarem suas legislações para se adequarem ao caso”.
Como o julgamento ainda não está finalizado, é preciso aguardar a decisão para assegurar o livre uso dos imóveis pelos locatários ou a limitação por parte dos condomínios.
Serviço: Dra. Sabrina Marcolli Rui
Advogada em direito tributário e imobiliário
www.sr.adv.br
SR Advogados Associados
@sradvogadosassociados
@sradvassociados
(41) 3077-6474
Rua Riachuelo, nº 102 – 20º andar – sala 202, centro – Curitiba.
O tamanho da dívida pode assustar, mas não se pode ficar parado
Muitas empresas estão sofrendo com falta de capital de giro e fluxo de caixa, ou até mesmo com as despesas mais corriqueiras, como a folha de pagamento, por conta da crise que já vem assolando o Brasil há anos. Na maioria das vezes, a resposta acaba sendo fazer empréstimos com bancos para não falir.
“O principal problema dessa situação acontece quando, para sobreviver, a empresa aceita qualquer condição que o banco imponha sem refletir sobre como irá quitar essa dívida no futuro”, conta Dra. Sabrina Rui, advogada em direito tributário e imobiliário.
O desafio é quitar esse empréstimo de forma inteligente e organizada, para não sair no prejuízo. A primeira dica da especialista é contratar um escritório para fazer as negociações. Apesar de ser um gasto a mais, com certeza a empresa sairá no lucro com o banco.
“Os especialistas nisso podem, por exemplo, retirar cobranças ilegais para quitar a dívida. Já tivemos clientes que receberam notificação formal pela instituição financeira de que o valor total da dívida importava em R$ 32 mil, e mesmo em negociação administrativa, o Banco ajuizou ação judicial, e em 45 dias, esse valor subiu para R$ 78 mil. Nesse caso fica claro que há cobranças indevidas e é preciso lidar com isso da maneira correta”, explica.
Não é novidade que condições abusivas são impostas por instituições bancárias e ficar atento a esse detalhe, principalmente quando se tem dívidas. Sabrina afirma que, em 45 dias, é impossível que um valor dobre de tamanho.
Foi preciso levar ao juiz e expressar que, mesmo sabendo que o banco deve receber, existiam cobranças indevidas e nem a própria instituição soube explicar a planilha que foi feita para justificar tal valor. A empresa pôde reabrir o caixa para retomar seu capital de giro e então poder retomar o pagamento da dívida.
A resposta é pensar além do “devo pagar”, focar em como pagar. Fazer um cronograma sobre o assunto e se concentrar em uma dívida de cada vez é o começo para que a empresa possa se reestabelecer.
Serviço: Dra. Sabrina Marcolli Rui
Advogada em direito tributário e imobiliário
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(41) 3077-6474
Rua Riachuelo, nº 102 – 20º andar – sala 202, centro – Curitiba.
Escritórios vazios e salas de teleconferência cheias; horários flexíveis; menos gravatas e mais celulares… começamos definitivamente o futuro!
A pandemia parece ter acelerado, de forma exponencial, algumas tendências que, até pouco tempo atrás, adorávamos mencionar, em conversas de botequim, mas na prática temíamos executar. (aliás, nem sei quando teremos botequins).
O mundo “pós COVID” exigirá dos advogados (em especial dos mais “experientes” como eu) alguns exercícios – reflexões diárias, que envolvem comportamentos, estratégias, ferramentas.
O hábito de acordar muito cedo para ir ao escritório parece cada vez mais em desuso. As equipes agora reunir-se-ão virtualmente – assim como os próprios clientes. Até as audiências (ainda não todas, mas me parece inevitável), estão ocorrendo virtualmente. O escritório agora é “em casa”.
Com todas estas mudanças, vejo surgir um novo tipo de habilidade, que deverá ser seguido pelos profissionais do direito que quiserem “sobreviver” aos novos tempos: a FLEXIBILIDADE!
A partir de agora, será muito comum reuniões fora do horário “convencional” ou “comercial”, aos sábados, aos domingos; entremeados por pausas inesperadas e mais longas numa terça-feira, por exemplo. Já não teremos mais a “fiscalização” sobre nossa conduta (que a partir de agora será substituída pela não menos implacável cobrança sobre nossos resultados).
O profissional moderno – e aqui vai apenas minha humilde opinião pessoal – será aquele que se reinventar, todos os dias, em todas as situações. Será aquele que entregar mais por menos, mais rápido, mais seguro, mais eficiente.
Será aquele que entender que já não há mais fronteiras – e que poderá atuar no Brasil, na Europa ou na Ásia na mesma velocidade (respeitado o fuso horário, claro)!
O profissional do futuro terá menos idas ao escritório e mais idas às ideias de sua equipe, de seus clientes, de seus projetos.
Minha esperança é a de que, como quase toda mudança, esta nos traga boas lições, para sermos ainda melhores!
Alessandro Ragazzi é advogado militante há mais de 20 anos, formado pela PUC/SP, pós graduado em Direito Tributário pela PUC/COGEAE. É diretor da RAGAZZI ADVOCACIA, escritório que atua em diversas áreas do Direito, nas esferas consultiva e contenciosa. Parecerista e autor de diversas matérias abordando temas do Direito. Para mais informação, acesse https://ragazzi.adv.br/
São 16 vagas com remunerações que vão até R$ 4.180,66
The third and last bridge built in the Brazilian capital, over the Paranoá Lake.
(Crédito: Divulgação)
A Fundação Universidade de Brasília (FUB) divulgou o edital e abriu inscrições para o concurso, com 16 vagas, distribuídas entre os cargos de Analista de Tecnologia da Informação, Físico, Médico (Psiquiatria), Músico, Psicólogo (Clínico), Psicólogo (Escolar), Técnico de Laboratório em Biologia, Técnico de Laboratório em Química e Técnico em Radiologia.
As inscrições poderão ser realizadas até às 18h do dia 6 de julho de 2020, no site da banca organizadora Cebraspe, no endereço eletrônico www.cebraspe.org.br/concursos/fub_19. A taxa para as vagas de nível superior é de R$ 104,00; para as de nível intermediário, R$ 61.
A primeira etapa para todos os cargos será uma prova objetiva, que será realizada no dia 11 de outubro de 2020. A segunda etapa será composta por uma avaliação discursiva para os cargos de nível superior, exceto para Músico, Físico, Médico (psiquiatra), Psicólogo (escolar e clínico) e Analista de TI. Já os cargos de nível médio – Técnicos em Laboratório (química e biologia) e em Radiologia e Músico – passarão por uma prova de desempenho teórico‐prático. Todas as etapas acontecerão em Brasília, no Distrito Federal.
Confira quantas vagas estão disponíveis para cada cargo, seus pré-requisitos e respectivos salários.
Cargos de nível superior
Analista de Tecnologia da Informação
Vagas: 2
Requisito: diploma de conclusão de curso de nível superior na área de Tecnologia da Informação fornecido por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Jornada de trabalho: 40 horas semanais
Salário: R$ 4.180,66
Físico
Vagas: 1
Requisito: diploma de conclusão de curso de nível superior em Física fornecido por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Jornada de trabalho: 40 horas semanais
Salário: R$ 4.180,66
Médico (Psiquiatra)
Vagas: 1
Requisitos: diploma de conclusão de curso de nível superior em Medicina e título de especialista ou residência médica em Psiquiatria fornecido por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), além de registro no órgão da classe.
Jornada de trabalho: 20 horas semanais
Salário: R$ 4.180,66
Músico
Vagas: 1
Requisito: diploma de conclusão de curso de nível superior em Música fornecido por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Jornada de trabalho: 25 horas semanais
Salário: R$ 4.180,66
Psicólogo (Clínico)
Vagas: 2
Requisito: diploma de conclusão de curso de nível superior em Psicologia fornecido por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Jornada de trabalho: 40 horas semanais
Salário: R$ 4.180,66
Psicólogo (Escolar)
Vagas: 2
Requisito: diploma de conclusão de curso de nível superior em Psicologia fornecido por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Jornada de trabalho: 40 horas semanais
Salário: R$ 4.180,66
Cargos de nível médio
Técnico em Laboratório (Biologia)
Vagas: 3
Requisito: certificado de conclusão de curso de nível médio profissionalizante em Biotecnologia, ou certificado de conclusão de curso de nível médio, acrescido de certificado de conclusão de curso específico na área de Biotecnologia, expedidos por instituição de ensino reconhecida pelo órgão competente.
Jornada de trabalho: 40 horas semanais
Salário: R$ 2.446,96
Técnico em Laboratório (Química)
Vagas: 3
Requisito: certificado de conclusão de curso de nível médio profissionalizante em Química, ou certificado de conclusão de curso de nível médio, acrescido de curso técnico em Química, expedidos por instituição de ensino reconhecida pelo órgão competente.
Jornada de trabalho: 40 horas semanais
Salário: R$ 2.446,96
Técnico em Radiologia
Vagas: 1
Requisito: certificado de conclusão de curso de nível médio profissionalizante em Radiologia, ou certificado de conclusão de curso de nível médio, acrescido de curso técnico em Radiologia, expedidos por instituição de ensino reconhecida pelo órgão competente.
Segundo a polícia, Ideia do rapaz era transplantar todos os seus órgãos para trazer senhora de volta à vida
Foto: Reprodução/Semulsp
As imediações do cemitério Morro da Liberdade, na zona sul de Manaus, Amazonas, foram palco do que parecia um filme de apocalipse zumbi na madrugada desta quinta-feira (2). Isto porque um rapaz de 32 anos desenterrou a avó, falecida em 2018, carregou o corpo e só foi parado por populares e familiares a cerca de um quilômetro de distância do cemitério, no Beco dos Pretos, centro da capital amazonense. Durante a caminhada, ele foi visto dançando pelas ruas com o cadáver já mumificado e por isso a polícia foi chamada.
Muito transtornado, o homem teve que ser amarrado até que os policiais chegassem para controlar a situação, enquanto o corpo ficou no chão até a chegada da guarnição. De acordo com a família, o rapaz, que não foi identificado, tem um laudo que comprova problemas psicológicos e já teria tentando desenterrar a avó, de quem sente muita falta, em outras oportunidades, além de sempre visitar o cemitério e conversar com outros parentes já falecidos.
Depois da prisão, o rapaz precisou ser levado a um pronto-socorro para se acalmar. Ele deve prestar depoimento sobre o caso nos próximos dias, e caso a insanidade seja comprovada, não deverá ser responsabilizado pelo crime.
“Ele estava completamente transtornado e dizia o tempo todo que queria fazer na avó um transplante para trazê-la de volta à vida porque sentia muita saudade. Ele disse que iria doar todos os seus órgãos a ela”, afirmou o tenente Paulo Araújo, da 2ª Cicom ao portal “G1”.
“Familiares informaram que ele tem um laudo médico informando ter transtornos mentais e que ele tinha interesse em resgatar, além da avó, outros familiares”, completou o tenente.
Ainda de acordo com as informações dos policiais obtidas com a família, o homem já havia tentado retirar o cadáver da avó do cemitério em outras ocasiões.
“Ele não é passível de responsabilidade penal porque um dos requisitos para isso é a culpabilidade. O indivíduo em questão não tem essa condição de receber uma sanção penal. Talvez receba uma medida de segurança”, disse o delegado de plantão para onde a ocorrência foi encaminhada, sem querer se identificar.
Ainda segundo o delegado, o homem não possui passagem ou antecedentes criminais. A polícia informou que o corpo mumificado da idosa foi devolvido à sepultura.
Mário Rosa é especialista em gestão de crises, autor brasileiro pioneiro e com o maior número de obras sobre imagem e reputação. Divulgação
Mário Rosa*
As fake news estão ultrapassando os prejuízos financeiros e de credibilidade nas empresas e invadindo o judiciário com dezenas de processos. E não são somente pedidos de indenizações por danos morais ou materiais, mas também de pessoas e empresas que estão tendo que se defender de coisas que foram acusadas inveridicamente.
Notícias falsas são, muitas vezes, plantadas por concorrentes “rejeitados” pelo mercado. Eles encomendam textos bem escritos, porém com dados falsos, provenientes de “associações e órgãos” com nomes que inspiram credibilidade, mas que não existem e, portanto, são impossíveis de serem rastreados. Também adicionam entrevistas de “especialistas”, sejam pessoas que aceitam propinas para isso ou colocam nomes de “profissionais” que sequer existem. Às vezes, até providenciam documentos falsos e manipulados, para “embasar” a acusação.
O próximo passo é conseguir disseminar as fake news na mídia. Jornalistas e veículos sérios não divulgam nada que não consigam checar. A tarefa cabe a pessoas e canais que, ou não costumam verificar a informação, ou até aceitam vantagens – inclusive pecuniárias – para assumir o risco de divulgar notícias falsas. Eles agem protegidos pela liberdade de imprensa. Mas há uma enorme distorção do que é liberdade de imprensa e responsabilidade por parte dessas pessoas. As mentiras são grotescas. É um problema enorme que as empresas estão enfrentando.
Vou contar uma situação que aconteceu com um dos meus clientes: a Tecnobank, empresa nacional que desenvolve soluções que geram segurança aos processos eletrônicos dos segmentos financeiro e de veículos. Por ser líder de mercado em diversas praças e atuar em um segmento no qual a credibilidade é determinante, a Tecnobank tem sido atacada pela concorrência, que utiliza essa estratégia de “plantar” fake news como uma maneira de manchar a reputação da empresa.
Um periódico online da Paraíba e outro do Paraná publicaram fake news como “denúncia”. Elas se espalharam como rastilho de pólvora na internet, indiscriminadamente copiadas por outras mídias de baixa credibilidade, sem que fossem verificadas e sem que os “acusados” fossem ouvidos pela reportagem.
Depois que os responsáveis pelas fake news conseguem plantar as informações mal-intencionadas na mídia, eles reúnem o material publicado (clipping) e passam a acionar diversos órgãos públicos para que investiguem a suposta fraude. Acionam Tribunal de Contas, Ministério Público, Vara de Fazenda Pública, etc. Eles chegam a estes órgãos sempre com o mesmo assunto e repetindo os argumentos. No caso Tecnobank, os concorrentes perderam em todas as instâncias, mas nunca desistiram. Eles seguem procurando o próximo órgão público e insistem na suposta denúncia. Acontece que essas “notícias” que acusam a empresa de fraudes no Detran de São Paulo foram apresentadas a diversos órgãos oficiais, até que o Ministério Público de São Paulo, diante das publicações de supostas “denúncias”, aceitou abrir investigação acerca da suposta fraude.
Independentemente se é certo ou errado, verdade ou mentira, a partir do momento em que alguém pede a abertura de investigação com supostas “acusações oficiais da imprensa” ao Ministério Público, o simples fato do órgão aceitar abrir essa investigação já pode virar notícia em veículos de grande repercussão e credibilidade. Afinal, trata-se de uma sólida empresa, de grande reputação, em um mercado que movimenta milhões de reais mensalmente, que está sendo acusada de uma fraude de R$ 500 milhões junto a um órgão oficial.
Ou seja, mesmo que a acusação seja baseada em mentiras, a manchete “Ministério Público de São Paulo investiga fraude de R$ 500 milhões da Tecnobank” não deixa de ser verdade. E o que nasceu de uma fake news na imprensa marrom, chega à primeira página do Google. A perda de clientes é apenas um dos prejuízos financeiros que as empresas enfrentam quando viram alvo de fake news. Organizações com denúncias – mesmo que inverídicas – têm a reputação manchada. E a reputação corporativa é hoje o principal ativo intangível de uma marca, que chega a representar 84% do valor de mercado da empresa, atualmente, segundo o S&P 500. Clientes, investidores e até mesmo fornecedores não desejam vincular o nome a uma empresa com denúncias na internet. Isso gera perda de receita, queda no faturamento, demissões e redução nos investimentos – o que impacta a economia nacional.
Felizmente, o MP e demais órgãos investigam e descobrem que as denúncias são infundadas, arquivando os processos. Porém, e o que já foi dito?
*Mário Rosa é especialista em gestão de crises, autor brasileiro pioneiro e com o maior número de obras sobre imagem e reputação.
A indústria farmacêutica faz, tradicionalmente, seu maior investimento promocional na força de vendas. A estratégia é baseada principalmente no representante presencial, que leva materiais científicos e amostras grátis para o médico, bem como na realização de eventos. É o “modelo caixeiro-viajante”, que sempre se mostrou vencedor e vinha funcionando plenamente até o início do isolamento social.
Médico frente a frente com paciente, representante de vendas frente a frente com o médico, realização de eventos presenciais para atualização científica e aulas médicas. Afinal, quem nunca foi a um consultório médico para uma consulta e lá se deparou com um representante da indústria farmacêutica com sua pasta de trabalho aguardando na sala de espera?
O relacionamento representante-médico sempre foi considerado essencial para a fidelização do médico ao produto da indústria. No entanto, a adoção do isolamento social como forma de reduzir o contágio pelo novo coronavírus deixou o representante ausente no campo, enquanto a necessidade de manter o relacionamento com a classe médica se mantém presente.
Em consequência, a indústria busca alternativas. Com o representante em home office, há o contato por telefone, e-mail ou videoconferências feitas em plataformas digitais, lives e webinars. São soluções também usadas para consultas virtuais, agora que a Anvisa e o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentaram a telemedicina pelo covid-19. Aliás, mudanças e inovações que estavam em análise para implementação a médio e longo prazo em vários setores foram aceleradas neste momento de pandemia.
No caso da indústria farmacêutica, entretanto, não basta migrar o mesmo modelo presencial para uma vídeo chamada ou um telefonema. A atratividade e o interesse mudam completamente. São necessários materiais diferentes, abordagens distintas e conteúdos focados na necessidade do médico em relação ao momento e ao perfil de seus pacientes.
Não haverá um modelo único no campo promocional, mas sim o emprego da essência do conceito omnichannel, com as opções de propaganda médica presencial, virtual, digital, on-line e off-line sendo adotadas simultaneamente. Um movimento ajudado pelo fato de a pandemia estar tornando o médico mais receptivo a ferramentas digitais e confortável com elas.
A esta altura, os players do mercado farmacêutico já sabem que o novo modelo de atuação, acelerado pela covid-19, vai ser essencial para suas estratégias de marketing atuais e futuras. Lembre-se de que a revolução se dá em áreas tão diversas quanto a de treinamento, regulatória, compliance, logística, infraestrutura, sistemas, marketing e força de vendas, além de medical affairs.
*Mario Lucas Cacozzaé Gerente de Soluçõesda InterPlayers, o hub dos negócios dasaúde e bem-estar. Interplayers@nbpress.com
Sobre a InterPlayers
A InterPlayers é um hub de negócios da saúde e bem-estar que promove ampla integração com todos os componentes do segmento farmacêutico e hospitalar. A companhia tem destacada participação em seu mercado, com presença em 98% das cidades brasileiras, integrando farmácias, clínicas, hospitais, distribuidores e indústrias. Do início de 2017 até o final de 2018, a empresa registrou mais de 784 milhões de unidades de medicamentos e produtos vendidos, somando R$ 36 bilhões transacionados e 34 milhões de pacientes e consumidores.
Para alguns, o câncer pode ser o fim da linha. No entanto, apesar de ser uma doença difícil, é possível lutar pela vida. É justamente esse desejo pela vida que se torna a força necessária para não desistir do tratamento e batalhar pela recuperação.
Quando a pessoa recebe a notícia da doença, a primeira coisa que vem à mente é o medo da morte. Passa um filme na mente, em segundos, sobre a nossa vida. Depois, como mulher, vem a parte do receio de perder os cabelos e ficar careca.
Sabemos que há casos de pessoas que quando recebem a notícia, até ficam abatidas, desenganadas e algumas até deixam os cuidados de lado. Mas é possível lidar com tudo isso de maneira mais positiva para enfrentar esse mal.
A confiança na recuperação e a mente positiva no tratamento fazem toda a diferença nesse momento. No meu caso, quando lutei contra o câncer, o médico chegou a dar poucos dias de vida para mim. Estava no CTI com infecção generalizada e neutropenia gravíssima.
Mas ao invés de me entregar de vez diante daquela notícia bombástica, decidi juntar ainda mais forças para lutar com alegria em prol da minha recuperação. Por conta disso, no andar do hospital, ganhei o apelido de “sorriso”. E consegui vencer o câncer.
Outro fator fundamental para enfrentar a doença, não importa o estágio, é e sempre será o apoio da família. O amor e presença dos parentes muitas vezes têm o poder para melhorar a autoestima e o entusiasmo da pessoa durante o tratamento. Saber que há alguém do seu lado é um fator valiosíssimo que dá a força para seguir em frente nessa batalha.
Além disso, é importante buscar a ajuda psicológica. É normal que durante o processo a pessoa passe por momentos de desânimo. Esses profissionais são fundamentais para nos fazer enxergar nossos medos e anseios, além de nos dar outra visão de nós mesmos e ainda nos auxilia a devolver melhor a autoestima.
A doença e o medo dela suga nossas energias. Por isso, é preciso se esforçar todos os dias para não ser afundando em sentimentos negativos. É necessário encarar o câncer não como uma sentença de morte, mas a busca pela vida. Isso só é possível enfrentando com amor e alegria, apesar das dificuldades.
Nenhum vencedor entra numa luta desacreditado. Ele pode até perder um combate, mas se entrar desanimado, nunca vai conseguir perseverar até o final. E quem sabe, o resultado pode ser a cura? Portanto, acredite que existe vida após câncer e que é possível vencer essa fase.
(*) Contabilista e fundadora do Grupo Unidas para Sempre, que tem como objetivo dar suporte e apoio ao paciente com câncer e outras patologias
A pandemia da Covid-19 e a paralisação da economia continuam a afetar duramente a cadeia de reciclagem de materiais, com reflexos negativos não só para os trabalhadores do setor, que perderam renda, mas também ao meio ambiente.
A maioria dos cerca de 1 milhão de catadores de materiais recicláveis, entre cooperados e catadores avulsos, não teve acesso ao auxílio emergencial de R$ 600 oferecidos pelo governo federal e possui dificuldades para se manter, segundo Roberto Laureano da Rocha, catador, presidente da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT) e representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR).
As empresas responsáveis pelo processamento e venda de sucata de ferro e aço, mais de 5,5 mil – a maioria pequenas e médias – foram obrigadas a paralisar parte de suas atividades em decorrência da forte redução na coleta seletiva, do trabalho do catador e na demanda das usinas siderúrgicas, que usam a sucata na produção de aço. Conforme Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), a sucata coletada e processada já chegou a cerca de 830 mil toneladas ao mês e hoje está em menos da metade.
Os catadores reclamam de um distanciamento do diálogo do Executivo com a classe. “Atualmente não temos nenhum acesso ao governo federal. Os programas que existiam voltados aos catadores foram cortados na atual gestão”, afirma Rocha. Ele acrescenta que “a paralisação dos catadores durante a pandemia afetou diretamente a cadeia de reciclagem”, que ainda não foi reconhecida essencial, apesar do manifesto já enviado ao presidente da República. O documento foi assinado por associações de catadores, deputados federais e entidades representativas de segmentos da indústria e comércio.
De acordo com o presidente da ANCAT, é fundamental ter um olhar do trabalho do catador como um prestador de serviço. Ou seja, ao ter essa essencialidade reconhecida, como pede o manifesto, a atividade deverá ser remunerada. Dessa forma, será possível desenvolver a qualidade produtiva do negócio, fortalecer economicamente os trabalhadores, além de manter os protocolos de segurança determinados para essa função.
Alvarenga, do Inesfa, lembra que há enorme preocupação em relação à questão sanitária e ao meio ambiente, já que reciclagem é fundamental no combate a disseminação da covid-19 e a focos transmissores de doenças, tais como dengue, chikungunya, zika e febre amarela. “Quanto mais longo o período de exposição dos materiais recicláveis na natureza, maiores os riscos de contaminação”, afirma.
Publicação é destinada a todos os profissionais envolvidos no atendimento e em contato com pacientes, de maneira direta ou indireta
O Hospital Santa Cruz criou, por meio do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – SCIH, o e-book “COVID-19 | Equipamentos e Atitudes para Proteção Individual”.
Destinado a todos os profissionais envolvidos no atendimento e em contato com pacientes, o manual ensina quais EPIs são obrigatórios, quando devem ser utilizados e quais atitudes de higiene precisam ser tomadas como forma de prevenção de contágios nas diversas áreas de um hospital.
A publicação é dividida em capítulos que abordam o uso dos Equipamentos de Proteção Individual desde a recepção, estacionamento e portão de acesso, passando pelo ambulatório e pronto atendimento, até a internação, centro cirúrgico e unidades de terapias intensivas, entre outros setores.
“Para permitir uma consulta rápida e facilitar a assimilação das informações, o e-book traz várias ilustrações. Esperamos que seja uma importante ferramenta frente a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) e que seus ensinamentos possam auxiliar, também de maneira geral, às equipes de Saúde de todo o país”, informa Maysa H. Yano Umeta, Infectologista do Hospital Santa Cruz.
Todas as recomendações do e-book “COVID-19 | Equipamentos e Atitudes para Proteção Individual” estão embasadas nas práticas atuais da Organização Mundial da Saúde – OMS. É permitido seu compartilhamento desde que citada a fonte.
Hospital Santa Cruz Qualidade no atendimento, humanização com inovação e alta tecnologia
Inaugurado em 1939, com a missão de auxiliar os imigrantes japoneses e oferecer um atendimento médico-hospitalar de excelência no Brasil, o Hospital Santa Cruz – HSC se dedica a proporcionar uma vida melhor e mais saudável às pessoas, priorizando ações de responsabilidade social, sustentabilidade e atividades de ensino e pesquisa voltadas ao aperfeiçoamento do corpo clínico, time assistencial e administrativo.
Atualmente, o Hospital é reconhecido pelo profissionalismo das equipes e pelos equipamentos de alta tecnologia que conferem ao médico e paciente maior precisão, segurança e agilidade no procedimento e recuperação. O que capacita a Instituição realizar mais de 1 milhão de atendimentos ao ano, com atuação integrada, multidisciplinar e principalmente humanizada.
O HSC dispõe de mais de 40 especialidades médicas, 3 Prontos Atendimentos – geral, ortopédico e oftalmológico -, e 2 Centros Cirúrgicos – um geral e outro próprio para oftalmologia -, preparados para executar cirurgias minimamente invasivas e de alta complexidade.
A infraestrutura do Santa Cruz conta com mais de 170 leitos distribuídos entre apartamentos, enfermarias e UTI, complementada com uma unidade específica para o transplante de medula óssea, além dos serviços de medicina diagnóstica e tratamentos terapêuticos, proporcionando, assim, um atendimento completo para cuidar da saúde da população.
O isolamento social juntamente com o sentimento de insegurança sobre o futuro, tem contribuído para o aumento de casos de ansiedade e depressão durante o período de pandemia do novo coronavírus. As práticas integrativas e complementares em saúde são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenção e tratamento de diversas doenças.
O Reiki é uma das 29 práticas reconhecidas pelo Sistema Único de Saúde, considerada uma prática terapêutica que utiliza a imposição das mãos para canalização da energia vital, promovendo o equilíbrio energético, necessário ao bem-estar físico e mental. Diversos Reikianos têm promovido a aplicação do mesmo a profissionais de saúde e a comunidade mesmo à distância.
Os sentimentos de medo e ansiedade que estamos vivenciando nesse período, afetam negativamente o campo energético vibracional, produzindo desequilíbrios. Podemos associá-los a algumas sensações em nosso corpo físico, tais como: fadiga crônica, confusão mental, insônia, pesadelos, irritabilidade, compulsão por alimentos, sensação de aperto na região do tórax e dores musculares. É claro que, antes de tudo, devemos descartar que essas sensações não estão relacionadas com alguma doença, por isso, é sempre bom consultar um médico também.
Ao longo do tempo, os desequilíbrios energéticos podem se acentuar, tornando-se mais graves no corpo físico, prejudicando o bem-estar e qualidade de vida do indivíduo.
A Terapia Reiki auxilia no restabelecimento da energia do indivíduo, promove sensação de relaxamento e bem-estar, que podem ser experimentados logo na primeira sessão e são acentuados ao longo do tratamento. A energia Reiki, atua em nosso campo energético, promovendo desbloqueio dos canais energéticos, desintoxicando as energias nocivas ao nosso estado mental e emocional, aliviando tensão emocional e dores musculares, reduzindo a pressão sanguínea, liberando sentimentos e emoções presos, aumentando a criatividade e clareza mental paras as resoluções do cotidiano, melhorando a qualidade do sono e promovendo um sistema imunitário ativo e livre para funcionar de forma mais fluida.
O Reiki é uma das práticas integrativas e complementares em saúde que pode nos auxiliar neste período de pandemia, porém vale ressaltar que persistindo os sintomas é necessário procurar atendimento médico.
Autores:
Vinícius Bednarczuk de Oliveira, doutor em Ciências Farmacêuticas, coordenador do curso de Práticas Integrativas e Complementares do Centro Universitário Internacional Uninter
Talita Camargo é terapeuta holística, mestre em Reiki – Sistema Mikao Usui
* 452 – Mulher de 75 anos, Bairro Paraíba, PCR, em isolamento domiciliar.
* 453 – Mulher de 59 anos, Bairro Castelo Branco, PCR, em isolamento domiciliar.
* 454 – Homem de 41 anos, Bairro Recreio, PCR, em isolamento domiciliar.
* 455 – Mulher de 40 anos, Bairro Paulo VI, PCR, em isolamento domiciliar.
* 456 – Homem de 58 anos, Bairro Centro,PCR, em isolamento domiciliar.
* 457 – Mulher de 34 anos, Bairro Barra Nova, TR particular, em isolamento domiciliar.
* 458 – Homem de 31 anos, Bairro Nova Descoberta, PCR Particular, em isolamento domiciliar.
* 459 – Homem de 38 anos, Bairro Alto da Boa Vista, PCR Particular, em isolamento domiciliar.
* 460 – Mulher de 59 anos, Bairro Penedo, PCR Particular, em isolamento domiciliar.
* 461 – Mulher de 47 anos, Bairro Vila Altiva, PCR Particular, em isolamento domiciliar.
* 462 – Homem de idade nao informada, Bairro Barra Nova, TR, em isolamento domiciliar.
* 463 – Homem de 28 anos, residente no Bairro Samanaú, TR, em isolamento domiciliar.
* 464 – Mulher de 21 anos, Bairro Canutos e Filhos, PCR Particular, em isolamento domiciliar.
* 465 – Mulher de 59 anos, Bairro Samanaú PCR, recuperado.
* 466 – Mulher de 70 anos, Bairro Alto da Boa Vista, TR, em isolamento domiciliar.
* 467 – Homem de 1 ano, Bairro Boa Passagen, TR, em isolamento domiciliar.
* 468 – Mulher de 28 anos, Bairro Boa Passagem, TR, em isolamento domiciliar.
* 469 – Homem de 30 anos, Bairro Boa Passagem, PCR, Internado.
* 470 – Mulher de 38 anos, Bairro Vila Altiva, TR, em isolamento domiciliar.
* 471 – Mulher de 46 anos, Bairro Nova Descoberta, TR, em isolamento domiciliar.
* 472 – Homem de 53 anos, Bairro Darcy Fonseca, TR, em isolamento domiciliar.
Muito importante o uso das medidas preventivas, como distanciamento social, etiqueta respiratória, higienização das mãos e USO DA MÁSCARA, não deixem de usar, quando precisar sair de casa.
#ficaemcasa #covid19 #smscaico #sus #pandemia #todoscontraocorona
Nesta quinta-feira (02), o prefeito de Caicó, Robson de Araújo (Batata) recebeu mais uma excelente notícia para o município.
O ministro do Desenvolvimento Regional, o ex-deputado federal Rogério Marinho, anunciou que enviará 500 mil reais para a área de saúde de Caicó.
“A prefeitura de Caicó tem se destacado no enfrentamento da pandemia do Coronavírus e esses recursos darão um bom suporte para as demandas da saúde, trazendo benefícios em investimentos para a população caicoense. Rogério Marinho tem sido muito generoso para com Caicó, onde já destinou várias emendas com recursos para várias ações no município no setor da infraestrutura e agora também para a saúde”, destacou o prefeito Batata.
Paula Costa – engenheira florestal com especialização em Gerenciamento Ambiental pela ESALQ – USP e Bióloga pela UNESP, premiada em 2016 pela Sociedade Brasileira de Silvicultura.
*Valter Ziantoni, engenheiro florestal com especialização em Gerenciamento pela FGV e mestre em Agrofloresta pela Bangor University.
A agricultura regenerativa, distribuída, multi-strata e com lógica permacultural na construção de uma agrofloresta sistematizada e economicamente viável vai ao encontro das novas cadeias de produção e consumo que já estão surgindo no mundo (quase) pós-Covid-19.
Nas agroflorestas, assim como ocorre nas florestas, são promovidos distúrbios como a abertura de clareiras pela derrubada de árvores para começar a sucessão, momento de melhoria, de evolução e renascimento. Para nós, a pandemia é um distúrbio, sim, mas também uma oportunidade para reconstruirmos nossas bases e reinventarmos a nossa relação com o planeta.
De forma global, os principais prognósticos preveem que o número de pessoas com vulnerabilidade alimentar dobrará. Haverá um “empobrecimento” geral da população, aumento do desemprego, redução geral do consumo médio no mundo e o fortalecimento de oligopólios. Tudo isso em um momento no qual as consequências das mudanças climáticas só se intensificam.
Mas, ao mesmo tempo, existe uma maior “consciência” ambiental se consolidando. Sustentabilidade, de agora em diante, estará sempre ligada à pandemia ocorrida (e a outras que virão).
Essa consciência traz e trará mudanças significativas nos hábitos alimentares, principalmente pela contração do poder aquisitivo para compra de produtos super primes e o consequente aumento do consumo de produtos básicos e de qualidade real, como legumes, frutas e verduras. É importante ressaltar que, após a disseminação do coronavírus houve um aumento entre 20 e 30% nas vendas de hortaliças e frutas, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mesmo com o abastecimento normal.
Governos do futuro
É esperada uma maior intervenção estatal, inclusive com restrições à exportação, seja por protecionismo ou pelo controle dos preços evitando especulações, mas, mesmo assim, haverá benefícios para importar insumos agrícolas para produção interna. Já blocos como a União Europeia buscarão minimizar esses efeitos por países isolados, preocupando-se mais com a autonomia alimentar e buscando desenvolver mecanismos para respostas mais rápidas a crises. Finalmente perceberão o quão crucial são os investimentos em pesquisa, cooperativismo, logística e em marketplaces inteligentes.
Economias como os Emirados Árabes e outras baseadas no petróleo e dependentes de importação de alimentos deverão diversificar seus investimentos e reservas, além de buscar soluções de logística. Já mercados mais efêmeros que caíram seguirão perdendo força, e essa situação em países importadores poderá levar a uma alta global no preço dos alimentos. Por isso, ações de cooperação internacional e acordos de livre-comércio serão cruciais para garantir a soberania alimentar, reduzindo práticas protecionistas e coconstruindo mecanismos conservacionistas mais inteligentes.
Mudança no consumo
Apesar da alta da carne, haverá redução do consumo de proteína animal por países mais pobres, principalmente no continente africano. Na Índia, por exemplo, que havia aumentado seu consumo de carne em aproximadamente 20%, haverá retração porque a associação da carne com zoonoses ganhará ênfase e aumentarão as exigências, a rastreabilidade e a preocupação com a origem dos alimentos. Tudo isso dará mais espaço para que carne-tech e outras proteínas alternativas tenham maiores oportunidades de mercado.
O próprio protecionismo da produção local e a lógica da sustentabilidade, associadas à crise, trarão uma imagem mais positiva dos produtores rurais, oferecendo oportunidades para agregação de valor nos produtos de outgrowers agroflorestais.
O café é uma das maiores promessas agroflorestais do Brasil (pois continua sendo produzido à pleno-sol), e se prevê, que o preço do café aumentará em função da demanda por mão de obra, o que não só abre oportunidades para chás e outros “substitutos” (busca de sabores locais), como também corrobora a lógica agroflorestal da PRETATERR de “produtos via do meio”, ou seja, a migração da gourmetização para uma valorização e apreciação dos alimentos intrínsecos, com melhoria de qualidade, e encontro do preço gourmet com o preço acessível (alimentos não prime, mas com valor agregado por qualidade, sabor e densidade nutricional). Menos gourmet e mais real, usando a alavanca da inovação em ferramentas de Marketing e comercialização online e formas inovadoras de entrega e logística, como Km Zero, Entrega Carbono Neutro, inovação em pacotes CSA, embalagem mínima, entre outros.
Como oportunidades e expectativas, vale olharmos para o fato de que a redução de empregos bem como os outros fatores citados causarão uma possível migração para o campo, gerando a valorização da produção local e maior demanda por produtos agrícolas, indo ao encontro da lógica dos neo-rurais. Haverá mais busca por maior tempo de prateleira (processados terão maior preferência talvez), fortalecendo a possibilidade de utilização de formas naturais e métodos ancestrais de armazenamento. Com isso haverá uma diferenciação e valorização dos produtos agroflorestais pós-colheita, viabilizando também sistemas de produção em pequena e média escala.
Pensando sob a ótica da agrofloresta, parece que o planeta está vivendo um momento que precisava ser vivido, em que vemos que é preciso fazer as coisas de forma diferente. Esses aprendizados só vêm a partir de grandes choques que, num primeiro momento podem ser considerados ruins, mas é preciso encontrar o seu viés positivo e fazê-lo prosperar, cada crise é uma oportunidade e, com positivismo, podemos acelear o futuro desejavel da agrofloresta.
Sobre a PRETATERRA
Iniciativa que se dedica à disseminação de sistemas agroflorestais regenerativos, desenvolvendo designs replicáveis e elásticos, combinando dados científicos, informações empíricas e conhecimentos tradicionais com inovações tecnológicas, construindo um novo paradigma produtivo que seja sustentável, resiliente e duradouro.
Na vanguarda da Agrofloresta, a PRETATERRA projetou, implementou e modelou economicamente o design agroflorestal que ganhou, em 2019, o primeiro lugar em Sustentabilidade do Prêmio Novo Agro, do Banco Santander e da ESALQ, com o case “Café dos Contos”, em Monte Sião (MG). Em 2018, a PRETATERRA ganhou o primeiro lugar em negócios inovadores no concurso de startups no Hackatown e, em 2020, a PRETATERRA está entre os finalistas do Prêmio Latinoamerica Verde, de startups e projetos inovadores em sustentabilidade da América Latina.