Artista plástico caicoense ministra aulas de pintura de Bico de Pena no Youtube
O artista plástico caicoense, Jonas Pereira de Medeiros, mais conhecido por “Jonas Tito” publicou em seu canal no Youtube 07 vídeo aulas gravadas em seu ateliê, realizando uma oficina onde o mesmo ensina técnicas de pintura com Bico de Pena.
Jonas é mais um artista caicoense contemplado com a Lei Aldir Blanc, através do edital 06/2020 realizado pela Prefeitura Municipal de Caicó, que conta com o patrocínio da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e do Governo Federal
Clique no link abaixo para ter acesso gratuitamente às vídeo aulas e aprender um pouco mais sobre as técnicas de pintura em Bico de Pena do artista caicoense Jonas Tito.
A artista brasileira Paula Klien participa de exposição internacional ao lado de consagrados artistas chineses
A exposição “Pincel Oriental” abre nesta quinta 29 de novembro, e ficará até o dia 20 de janeiro de 2019 em exibição no Centro Cultural dos Correios. A mostra reúne obras sobre papel de autoria de Fan Zhibin, Fang Zhenghe, Fu Zeng, I Ban, Liu Mo e Shan Ren, adeptos da pintura tradicional chinesa, e da artista convidada Paula Klien, a única brasileira e mulher participante da mostra, cujo trabalho é desenvolvido com tinta chinesa (nanquim) e permite um contraponto pictórico com as obras dos artistas visitantes.
A convite do projeto, os artistas chineses viajaram a Ouro Preto, Salvador, São Paulo e Foz do Iguaçu, partindo do Rio de Janeiro, a fim de desenhar e pintar a flora, a fauna, paisagens naturais e urbanas e figuras humanas destas cidades. O projeto resgata, num viés contemporâneo, o espírito das expedições artísticas realizadas por pintores europeus no Brasil no século 19, como o francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) ou o alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858), que imortalizaram, através de seu olhar, cenas do cotidiano brasileiro em suas obras.
A ideia de trazer o trabalho da artista Paula Klien surgiu a partir da ligação de sua obra com a arte oriental. A artista criou uma técnica própria de característica fluida, orgânica e abstrata com chinese ink, que usa para representar vagas manchas imprecisas e tudo o que escorre sem que se possa agarrar em um mundo fugaz, sem formas definidas. Um estilo único, que oferece vastas possibilidades como meio imprevisível de rendição à espontaneidade. O silêncio, a transcendência, a entrega e a espiritualidade são fios condutores para a abrangente visão do conceito oriental de aceitação da transitoriedade.
A pintura tradicional chinesa, conhecida como Guohua, divide-se em três categorias: pinturas de figuras, pinturas de paisagens e pinturas de pássaros e flores. A primeira enfoca a sociedade e as relações interpessoais; a segunda, a natureza e sua relação com os homens, enquanto a terceira destaca a variedade da vida natural. São ressaltados aspectos do universo e da vida humana através de formas, cores, ritmos e energia das pinceladas. Tradicionalmente é realizada sobre papel xuan, proveniente de Xuancheng, província de Anhui, feito de amoreira, bambu e juta, é fino, mole e resistente ao ataque de insetos e, por isso, muito durável. As tintas podem ser encontradas já prontas, líquidas, ou preparadas pelo artista no nhe-táe mediante raspagem de bastões sólidos de pigmentos, adição de água e mistura com a mó. Estas pinturas incluem, muitas vezes, caligrafias inspiradas pela paisagem e outras referências. Alguns dos artistas convidados também são caligrafistas, ofício considerado uma arte nobre na China.
A iniciativa deste projeto foi desenvolvida pela Associação de Academias Nacionais da China e artistas consagrados no país e promovido pelas empresas State Grid Brazil Holding, Dell’Art e Ministério da Cultura, com o objetivo de estreitar o diálogo entre a China e o Brasil. A exposição e o livro associam as magníficas paisagens de clima tropical, subtropical e temperado com a grande miscigenação de raças, dando-lhes características e estilos muito próprios através do olhar de artistas chineses.
Para Fan Zhibin, o que mais encantou foi a diversidade, “O idioma, a comida, a cultura, a aparência… Tudo parecia diferente entre o Rio, o Nordeste e o Sul… É como na China: vários povos em um grande território. Há grande diversidade de pessoas no Brasil: gente com diferentes tipos físicos, de cabelo e tom de pele”, diz o artista.
A Exposição e o Livro
A expedição chinesa resultou na criação de 23 novas obras que, somadas a outras 14 já existentes, estarão em exposição a partir do dia 29 de novembro no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro. A mostra ocupa dois espaços: sala com a exposição dos 6 artistas chineses e um anexo com as obras da artista carioca Paula Klien. Cada um dos seis artistas tem, em média, seis obras expostas. A curadoria é de Patrícia Toscano (CRIO.ART) e Byron Mendes.
Além da exposição, lançado um livro de arte, “Pincel Oriental”. O texto de abertura do livro é do crítico e curador de arte Enock Sacramento, membro das Associações Paulista, Brasileira e Internacional de Críticos de Arte.
SERVIÇO:
ABERTURA (para convidados): dia 29 de novembro (5ª feira), às 19h
LOCAL: galerias B e C do Centro Cultural Correios, 2ª andar
R. Visconde de Itaboraí, 20 – Centro / RJ Tel.: (21) 2253-1580
HORÁRIOS VISITAÇÃO: 3ª feira a domingo, das 12h às 19h / até 20 de janeiro
Para saber mais:
Os artistas:
PAULA KLIEN
Autodidata em desenho, pintura e fotografia, também estudou na escola de artes visuais do parque Lage (EAV) em 1982, fez laboratório com Steve McCurry – Nova Iorque, em 2006 – e estudou na Academy Kunst Gut de Belas Artes, Berlim, em 2015. A obra de Paula Klien, artista contemporânea que também trabalha com nanquim (tinta da China), porém com viés diferenciado, participa desta mostra como um contraponto em relação às obras dos artistas chineses, identificadas com a arte tradicional da China. Ela mostra outras possibilidades de uso deste material desenvolvido pelos chineses há mais de dois mil anos com nanopartículas de carvão suspensas em solução aquosa.
Entre 2004 e 2014, Paula Klien construiu sólida carreira na fotografia. Representou o Brasil nas Bienais Internacionais de Arte em Firenze e Roma em dezembro de 2011 e janeiro de 2012. Em 2016, resgatou sua primeira manifestação artística: a pintura. Apresentou o seu novo trabalho em fevereiro de 2017, na individual de pintura intitulada “Invisibilities”, na AquabitArt Gallery em Berlim. Em março de 2017, participou da reconhecida Clio Art Fair, em Nova Iorque e, em maio, da feira arte BA em Buenos Aires. Em 2018, de volta à galeria Emmathomas, participou da mostra Desver a Arte São Paulo e da Paper Positions Berlin.
Com um trabalho de mais de 4 metros, marcou presença na sala de estar do arquiteto João Armentano, na Casa Cor SP. Expôs mais duas vezes na Alemanha: uma coletiva na AquabitArt Gallery – Berlim, e uma no Deutsche Bank Finance – Agency Ludwigsfelde. Recentemente, a individual Extremos Líquidos, com curadoria de Marcus de Lontra Costa na Casa de Cultura Laura Alvim, no RJ. Participou da ArtRio junto à galeria Emmathomas e da Bienal de Arte de Salerno.
FAN ZHIBIN
Nasceu em dezembro de 1972 em Hohhot City, Mongólia Interior. Formado em pinturas chinesas pelo Departamento de Artes do Leste em Nankai University, graduou-se no estúdio de pintura de figura chinesa da Luxun Academy of Fine Arts e obteve o mestrado em 2002. Acadêmico da Chinese Artists Association, supervisor de pesquisa no Departamento de Arte da Academia de Artes da Universidade de Beijing, reitor da Academia de Pintura Chinesa de Shanxi e da Youth Academy e presidente honorário da Baoding Youth Artists Association. Seus trabalhos buscam uma expressão elegante e fluida na pintura tradicional chinesa.
FANG ZHENGHE
Nasceu em Yunxiao, província de Fujian, em novembro de 1970. Formado pelo Departamento de Arte da Faculdade de Ji Mei em 1990, obteve o grau de Mestre em Artes em 2009, quando se formou no Naning Arts Institute. Atualmente, é pintor profissional da Academia de Pintura de Pequim, também artista de nível nacional, membro da Associação de Artistas Chineses e da Associação Chinesa de Caligrafia. Fang Zhenghe mergulha na essência da pintura das Dinastias Song e Yuan. As pinturas de Fang Zhenghe conciliam tradição com inovação.
ZENG FU
Nasceu na Província de Fujian, China, em 1968. Formou-se na Fujian Art School em 1989. Foi editor de arte de revistas literárias. Atualmente, é pintor profissional especialmente engajado na pintura chinesa e na criação de caligrafias.
I BAN
Possui outros nomes artísticos como Sui Mu, Banshizhe Yi, Yu Jue, Sui Baosen. Nasceu em Jiaonan, localizada na província de Shandong, em 1968 e vive atualmente em Pequim. É́ calígrafo, pintor e colecionador. Foi convidado para ser professor na Escola de Arte da Universidade Renmin da China, é também presidente da Yujue Society, diretor do escritório de pintura contemporânea Chan e do Instituto de Pesquisa de Arte de Xi’na, Academia Chinesa de Pintura.
LIU MO
Mestre em História das Artes Plásticas Chinesas. Doutor em Literatura e Estudos Artísticos, pós-doutorado em História, pesquisador do Instituto de Recursos Históricos e Culturais da Universidade de Pequim, professor convidado da Escola de Pós-Graduação da Academia Nacional Chinesa de Artes. Atualmente, está voltado aos estudos de clássicos confucianos, História de Pesquisa Acadêmica Antiga e História da Arte, além de ser adepto da caligrafia e da pintura.
SHAN REN
Shan Ren, anteriormente conhecido como GuoZhishan, mora em Pequim e Xiamen. Pintor profissional e poeta. Possui mestrado da Universidade de Xiamen. É pintor da Academia de Criação de Pintura Chinesa do Ministério da Cultura. Suas pinturas foram selecionadas para a exposição de nomeação contemporânea de tinta chinesa. Também realizou a exposição internacional de pintores do Uzbequistão em 2017, a exposição de nomeação de jovens pintores chineses em Danqing Huamao, a exposição de caligrafia e pintura do 40º aniversário da CCPPC na Província de Fujian.
Em cerimônia no Ibirapuera, mineiro foi reconhecido com o 1º lugar da categoria Ilustração
O ilustrador Nelson Cruz acaba de ser reconhecido com seu terceiro prêmio Jabuti, com o livro “Os trabalhos da mão”. A obra, já reconhecida com o Selo Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e o Prêmio FNLIJ Malba Tahan como Melhor Livro Informativo, foi escolhida entre dez finalistas e premiada com o 1º lugar na categoria Ilustração do Jabuti 2018 nesta quinta-feira, 8, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo.
Com texto de Alfredo Bosi, “Os trabalhos da mão” traz diferentes pontos de vista de tudo o que o ser humano faz com as mãos. Com um vocabulário abrangente, o livro traça o desenvolver dos trabalhos manuais em um texto que transita entre o poema e a prosa. Os desenhos de Nelson Cruz conversam com os versos de Bosi por meio de obras reconhecidas da arte mundial, porém, com um novo olhar do ilustrador. Quadros como “Criação do sol e da lua” e “A criação de Adão”, de Buonarroti, e “Estudos sobre física”, de Da Vinci, foram redesenhados por Cruz, que conta ter procurado relacionar obras marcantes em sua história com trecho do texto.
“Deixei meu olhar passear por várias obras e pintores que sempre admirei. Nesse sentido, fiz um mergulho no tempo, rememorando minha trajetória de artista”. Sobre o livro, o ilustrador expõe que foi conquistado pelo texto de Bosi: “ele fala de humanidade pelo detalhe das mãos e do que elas produzem para o crescimento do indivíduo. Uma visão de mundo que só grandes mestres alcançam”, afirma o ilustrador.
O livro foi lançado em abril de 2018 e é recomendado para crianças a partir de 9 anos.
Sobre Nelson Cruz
Nascido em Belo Horizonte, atualmente mora e trabalha em Santa Luzia, cidade que fica a 30 quilômetros da capital mineira. Desde 1987 faz ilustrações para o mercado editorial. Em 1998, o seu livro de imagem Leonardo conquistou os prêmios FNLIJ, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, e Octogones, do Centre International d’Études en Littérature de Jeunesse (CIELJ), da França. Em 2001, recebeu os prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, e FNLIJ por Chica e João. Em 2010, Alice no telhado conquistou o Prêmio Glória Pondé, da Biblioteca Nacional. Em 2013, A máquina do poeta levou o Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, além do 3º lugar do Prêmio Jabuti. Em 2015, a Academia Brasileira de Letras concedeu ao seu O livro do acaso o Prêmio ABL de Literatura Infantojuvenil. E, em 2016, Haicais visuais recebeu o Troféu Monteiro Lobato, da revista Crescer, e o Prêmio FNLIJ. Como ilustrador, recebeu o Prêmio FNLIJ em 1998, 1999, 2003, 2013 e 2016. Foi indicado para o prêmio Hans Christian Andersen em 2002 e para a Lista de Honra do International Board on Books for Young People (IBBY) em 2004 e 2012.
O Núcleo de Arte e Cultura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte realiza a exposição ‘Um olhar sobre outros Olhares’, da artista Ana Rique, com abertura na próxima quinta-feira, 24 de maio, às 19h, na Galeria Conviv’Art – NAC/UFRN. A exposição tem curadoria do artista Fernando Moreno e fica à disposição do público para visitação até o dia 15 de junho, de segunda a sexta, das 9 às 17h.
A prática de olhar para os clássicos como estratégia de aprendizagem artística é encontrada ao longo da história da arte e, na segunda metade do século XX, tornou-se uma tendência dentro do que, então, chamou-se pós-modernismo. De acordo com o artista plástico, crítico e professor de arte, Vicente Vitoriano, Ana Rique sagazmente vale-se deste recurso para redimensionar formalmente sua obra, sem abandonar as naturezas mortas, seu gênero figurativo preferido.
Na composição das obras, modernistas das vanguardas heroicas como Cezanne, Matisse, Picasso, Braque e Morandi são especulados junto a outros mais próximos no tempo como Hundertwasser e o brasileiro Iberê Camargo, dos quais a artista absorve tanto rigor quanto expressividade num profícuo diálogo.
O especialista ainda destaca o aprimoramento da técnica utilizada pela artista. “O que se tem deste exercício é o alargamento de sua artesania, quando associa às bases pictóricas em aquarela, sempre primorosas, interferências de outros materiais, especificamente os utilizados para enfatizar o uso da linha, inclusive fisicamente, elemento da linguagem visual que tende a preponderar em algumas composições, sem o abandono do trato com a cor e com as texturas. Com este trabalho, Ana Rique evidencia tal pesquisa histórico-formal, no movimento em que se completa como artista e como professora de arte, mostrando sempre a liberdade criativa que lhe é própria e que experimenta com seus alunos”. ressalta.
A aquarela, considerada umas das técnicas mais difíceis da pintura, inspira as obras de Ana Rique há cerca de trinta anos. A exposição ‘Um olhar sobre outros Olhares’ é composta por trinta e cinco quadros, tendo como tema principal a natureza morta, com destaque especial para as flores, sua maior inspiração.
Serviço: ‘Um olhar sobre outros Olhares’, da artista Ana Rique.
O artista plástico Marcos Andruchak continua, nesta terça-feira (6), a produção do painel na galeria da Fundação José Augusto, dentro da mostra “Inspirações”, de sua autoria. O trabalho foi iniciado dia 28 e tem como objetivo tornar a exposição viva. Na ocasião, pelo menos 30 alunos da Escola Estadual Walfredo Gurgel vão acompanhar a intervenção, após visita à Pinacoteca do Estado.
A exposição permanece aberta até 30 de outubro, com visitação das 8h às 16h.
Às 9h, Andruchak vai retomar o desenho, inspirado na reunião dos seus próprios trabalhos, que tem curadoria de Jakeline Maros e Tatiane Fernandes. A ideia é tornar a exposição viva, transformando-a em elemento da nova obra.
Para que a pintura seja realizada, será aplicado um material de proteção em duas paredes, cada um com aproximadamente 1,5 m x 4 m.
A exposição “Inspirações” é uma coletânea de 13 obras recentes do artista, feitas em 2015. Em todas elas, manchas, degradês, linhas multicoloridas em espessuras variadas e às vezes descontínuas ajudam identificar o trabalho geometricista de Andruchak.
O artista
O artista Marcos Adruchack é natural de Capanema (PR), vive no Rio Grande do Norte há oito anos e garante que não vai mais embora. É doutor em Artes, pela Escola de Comunicação e Artes da USP e professor de Artes Visuais e Design da UFRN.
Sua carreira acadêmica sempre se voltou para as artes, desde quando cursou Matemática, na Unioeste, do Paraná, quando já planejava estudar Computação Gráfica, área de seu mestrado, na Escola Politécnica da USP. Como professor, passou pelas universidades Unitau, Unip, UNC e Univap.
Trabalha com design gráfico animado, arte e novas tecnologias. Desenvolve o projeto de extensão na UFRN Arte Brasil, de pintura de painéis em grandes dimensões onde utiliza tintas acrílicas e relevos, envolvendo a população do lugar no processo. Pelo menos 15 murais já foram feitos em Natal.
Tem murais espalhados por diversos estados brasileiros (Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Amazonas e Bahia) e uma série de seis trabalhos no México.
Serviço | Produção de painel de Andruchak
Local: Fundação José Augusto (Rua Jundiaí, 641 – Tirol, Natal/RN)
Toda a autenticidade do artista e professor doutor da UFRN Andruchack poderá ser vista nas 13 obras da exposição “Inspirações”. Os trabalhos ficarão na galeria Newton Navarro da Fundação José Augusto entre 18 de setembro e 30 de outubro, aberta de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, com entrada gratuita. A abertura da mostra será na quinta-feira (17), às 19h.
Conhecido em Natal por seus murais coloridos e geometricistas, Andruchack agora mostra sua arte em acrílico sobre tela. A curadoria é de Jakeline Maros e Tatiane Fernandes e os quadros, todos produzidos em 2015, estarão à venda no local.
“A exposição não tem um tema específico, mas é uma seleção entre dezenas de desenhos que eu gosto. Gatos, peixes, palhaços”, adianta o artista, que construiu um estilo a partir de muita pesquisa e perspicácia.
Manchas, degradês, linhas multicoloridas em espessuras variadas e às vezes descontínuas ajudam a tornar o trabalho de Andruchak inconfundível.
Ele conta que costuma pintar, principalmente formas humanas, sem a boca, para definir o humor delas por meio das combinações de cores. “A boca representa muito o humor. Mas a gente sabe que nem todo mundo que está sorrindo está feliz. Nem sempre dá para saber o que a pessoa está sentindo olhando para ela”.
Explicação semelhante se aplica à subtração de um dos olhos das figuras. “Raramente uma face aparece com os dois olhos. O significado disso é que as pessoas têm mais de uma face. Não há possibilidade de se mostrar completamente a alguém. O olho oculto é o lado que não conhecemos”, explica.
O artista
Marcos Adruchack é natural de Capanema (PR), vive no Rio Grande do Norte há oito anos e garante que não vai mais embora. É doutor em Artes, pela Escola de Comunicação e Artes da USP e professor de Artes Visuais e Design da UFRN. Sua carreira acadêmica sempre se voltou para as artes, desde quando cursou Matemática, na Unioeste, do Paraná, quando já planejava estudar Computação Gráfica, área de seu mestrado, na Escola Politécnica da USP. Como professor, passou pelas universidades Unitau, Unip, UNC e Univap.
Trabalha com design gráfico animado, arte e novas tecnologias. Desenvolve o projeto de extensão na UFRN Arte Brasil, de pintura de painéis em grandes dimensões onde utiliza tintas acrílicas e relevos, envolvendo a população do lugar no processo. Pelo menos 15 murais já foram feitos em Natal.
Tem murais espalhados por diversos estados brasileiros (Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Amazonas e Bahia) e uma série de seis trabalhos no México.
Pela primeira vez, a Pinacoteca do Rio Grande do Norte recebe uma exposição virtual. Maquetes eletrônicas reconstituem acampamentos do projeto “De pé no chão também se aprende a ler” e da antiga Galeria de Arte Cândido Portinari, na Praça André de Albuquerque. As imagens podem ser vistas na exposição Centenário de Djalma Maranhão (1915-2015), que abre nesta quinta-feira (27), às 18h.
A mostra completa permanece na Pinacoteca até 31 de janeiro de 2016.
Os desenhos foram feitos pelo arquiteto Gabriel Monte, a partir de relatos e fotografias da época. Para o acampamento de aulas, o arquiteto fez estudo de material utilizado e até da vegetação presente no entorno.
Ao entrar na Galeria de Arte, o visitante viaja no tempo até 1963, para a abertura de uma exposição do escultor Xico Santeiro, organizada pelo artista plástico Newton Navarro, com presença de importantes personalidades. Dentre elas, o escritor paraibano Ariano Suassuna.
Nos banners que também compõem a mostra, poderão ser vistos outros detalhes da Galeria e dos acampamentos idealizados pelo então prefeito de Natal Djalma Maranhão. Parte da vida pública e familiar do político também será exposta.
Os painéis mostrarão as obras realizadas em seus dois mandatos à frente da Prefeitura do Natal, a militância política, sua passagem pelo Poder Legislativo e o exílio no Uruguai, além dos incentivos que deu a artistas e ao folclore.
Os festejos do centenário também incluem debate, seminário, cortejo e show. A comissão organizadora instituída pela FJA é formada por Roberto de Oliveira Monte (presidente), Aluízio Matias dos Santos, Alexandre de Albuquerque Maranhão, Roberto Lima De Souza, Edrisi de Araújo Fernandes e Antônio Marques de Carvalho Júnior.
A realização é uma parceria do Governo do Estado, por meio da Fundação José Augusto, amigos e familiares do político, além da DHnet – Rede Direitos Humanos e Cultura.
Todo o material da exposição está disponível para download na DHnet, a fim de descentralizar a mostra.
Veja também outras atividades relacionadas ao centenário aqui.
A Pinacoteca do Estado e a comunidade Passo da Pátria serão envolvidas no projeto sociocultural INarteurbana, entre 21 de agosto e 30 de setembro. A ideia é apresentar a multiplicidade de técnicas e estéticas desse tipo de arte, através de cursos, exposição e bazar.
Meio de expressão popular, a arte urbana pode se tornar um instrumento facilitador de aproximação entre instituições culturais e a população. Por essa razão, o projeto realizará uma oficina com crianças na comunidade do Passo da Pátria. O resultado será uma batalha de grafite entre os participantes, apresentada na Pinacoteca do Estado.
O projeto INarteurbanaintegra o Circuito Popular: Arte e Cultura, tem apoio da associação francesa Pixo e inclui curso de formação para agentes culturais e amadores intitulado Projetos Culturais no Espaço Público, com Agathae Montecinos. As inscrições podem ser feitas até o dia 10. Os interessados devem enviar e-mail para in.arteurbana@gmail.com, com carta de intenção e currículo resumido.
Haverá ainda uma exposição com trabalhos de 10 artistas, que vai ocupar três salas da Pinacoteca. E será disponibilizado um espaço para bazar de grafite, a fim de incentivar a economia criativa. Ambas as atividades seguem abertas até o dia 30 de setembro.
Confira detalhes da programação na Pinacoteca
– Oficina de grafite com os artistas Pok e Bones para estudantes da Escola Estadual Passo da Pátria e interessados que residam na comunidade
Data: 21, 22 e 23 de agosto
Horário: de 15h às 18h
– Inauguração da exposição e do bazar, com a participação de 10 artistas locais de arte urbana
Data: 27 de agosto (segue até 30 de setembro)
Horário: 17h
– Semifinal da batalha de grafite que será com as crianças da comunidade Passo da Pátria. Show com DJ durante a batalha
Data: 27 e 28 agosto
Horário: às 17h
– Curso de Projetos Culturais no Espaço Público, ministrado por Agathae Montecinos
Data: 29 de agosto
Horário: das 9h às 17h
– Final da batalha de grafite com as crianças da comunidade Passo da Pátria e apresentação de grupos de hip hop, durante e depois da batalha