Cuidados com a pele durante a gestação podem ajudar a reduzir risco de estrias e melasma, além de manter a autoestima da mamãe, mas alguns componentes podem ser nocivos ao bebê
Uma preocupação frequente de mulheres grávidas é como continuar cuidando da pele durante a gestação sem causar prejuízos à saúde do bebê, já que alguns dermocosméticos podem ser absorvidos pela pele e cair na corrente sanguínea. Mas é possível continuar se cuidando de forma segura seguindo orientações do médico que acompanha o bebê e de uma especialista em beleza.
Os cuidados com a pele na gravidez são os mesmos da rotina de skincare: limpeza, hidratação e fotoproteçãoe até tratamento anti-idade. “A principal diferença é que alguns princípios ativos não podem ser usados porque são perigosos tanto para a reação da pele da gestante, que já está mais sensível, como para o feto”, explica a biomédicaAna Clara Brathwaite.
O que pode ser usado
De acordo com a especialista é preciso investir em ativos que promovam a hidratação, tragam água e evitem que a pele perca água, tanto no tratamento facial como corporal. Manteiga de karité, glicerina, óleos minerais, como o óleo de amêndoas são muito indicados. Existem outros que são tranquilos também, mas o ideal é optar pelos que já possuem muitos estudos comprovando que podem ser usados na gestação.
“Para tratamento da pele, a vitamina C, que é clareadora, pode ser usada em concentração menor que 10%. A vitamina E também pode ser usada e muitas gestantes usam bastante o ácido azelaico (Azelan), que trata acne e também manchas e oleosidade. O ácido hialurônico, que é hidratante e rejuvenescedor também pode ser usado com segurança durante a gestação”, explica Ana Clara.
O que não pode ser usado
A principal contraindicação é para ativos que podem sensibilizar a pele da gestante e também aumentar a penetração de algum outro ativo que podem ter risco para a gestação. A ureia é um ativo extremamente hidratante, e muito usado em áreas ressecadas, mas durante a gestação é contraindicada já que os cremes de farmácia possuem alta concentração dela.
“Ativos como o ácido retinóico e derivados, como por exemplo Roacutan ou a isotretinoína oral, são extremamente contraindicados porque eles são teratogênicos, ou seja, eles passam para o feto e podem causar má formação. O ácido salicílico não pode ser usado porque ele sensibiliza a pele e, em alta concentração, também pode ser teratogênico. A hidroquinona oferece perigo ao feto e eu também contraindico o uso do alfa arbutin porque ele é derivado da hidroquinona e no organismo será convertido em hidroquinona”, afirma Ana Clara.
Passo a passo de cuidados seguro para a gestante
Limpeza: Com o aumento da produção de hormônios, a pele pode ficar mais oleosa e causar o surgimento de acne. Por isso, a limpeza da pele é um passo fundamental e Ana Clara indica o uso de sabonetes mais neutros, com componentes mais naturais ou para peles sensíveis, como Suavié, da Darrow.
Hidratação: Os cremes corporais com óleos na sua composição ajudam a evitar o estiramento das fibras de colágeno e elastina, que podem se romper e causar estrias. Alguns cremes indicados pela especialista são o Milk, da Nivea por seu alto poder hidratante; Mustela, da Isdin, e Elastcream, da Adcos, porque são antiestrias. Já para a hidratação facial, Ana Clara indica Mineral 89, da Vichy, Hualy B5 da Principia. Para tratamento, a especialista indica Vitamina C da Principa, da Creamy ou da Dermage (Improve C 10).
Fotoproteção: Por causa do aumento do risco de manchas de acne e melasma, a fotoproteção é extremamente importante durante a gestação, inclusive é indicado evitar exposição exagerada. Ana Clara indica o uso de protetores físicos, como chapéus e roupas com FPS acima de 50 e precisa ser uma proteção de amplo espectro, UVA e UVB. Os protetores químicos que ela indica são Photoage da Dermage e Photoderm Cover Touch da Bioderma.
Pregnant woman with ultrasound photo sitting on bed
Nesta segunda-feira, 15 de agosto, é celebrado o Dia da Gestante. A data vai além da parabenização, trazendo também uma reflexão sobre esse período e a importância dos cuidados para uma gestação saudável.
Maternidades gerenciadas pela Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, que atuam como referência na região Norte do país, reuniram cinco dicas simples, mas essenciais para que a mulher, e toda a família, se preparem de forma saudável e consciente para esse período, que marca uma mudança significativa: a chegada de uma nova vida.
“Muitos focam em questões relacionadas à alimentação, exercícios, consumo de álcool e tabaco durante a gestação. Sem dúvida, são itens importantes, mas uma gestação saudável vai muito além, envolve os aspectos mentais dessa mãe, informação e consciência sobre todo o processo. A informação empodera e afasta sentimentos como insegurança e medo”, destaca Erilene Castro, enfermeira obstétrica do Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan, gerenciado pela Pró-Saúde no interior paraense. A unidade é referência para gestantes de alto risco de todo o Baixo Tocantins.
Yara Leite, enfermeira obstétrica do Hospital Bom Pastor, lembra ainda que o período gestacional é marcado por muitas mudanças, desde a parte física da mulher, até os hábitos de vida e rotina da família. “É natural que a atenção se volte para o momento do parto, um marco dessa mudança, quando na verdade são nove meses que demandam cuidados, atenção e preparo”, destaca a profissional.
Diferente de hospitais dos grandes centros urbanos, o Bom Pastor é referência no atendimento à saúde indígena para mais de 50 aldeias na região de Guajará-Mirim, em Rondônia, onde 90% do acesso é por meio fluvial. Atuando como a única maternidade da região, o Bom Pastor possui estrutura para todo o processo do parto, com salas de PPP (pré-parto, parto e pós-parto), salas cirúrgicas, enfermarias, incubadoras e berços aquecidos.
Confira as dicas:
– Faça o pré-natal corretamente
Realizado na rede básica de saúde dos municípios, o pré-natal é fundamental para detectar doenças pré-existentes na mulher, como anemia e diabetes, e acompanhar o desenvolvimento do bebê, detectando intercorrências, como malformações ou doenças congênitas. O Ministério da Saúde recomenda que as consultas do pré-natal sejam feitas pelo menos seis vezes durante a gestação, sendo uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro, além de uma sétima consulta em até 42 dias após o parto.
“Ser presente nas consultas é essencial. Uma falta atrasa toda essa programação e impacta no correto acompanhamento do bebê. Problemas detectados precocemente permitem o tratamento intrauterino, proporcionando ao recém-nascido uma vida perfeitamente saudável”, alerta Yara.
– Estude e se empodere sobre os processos de parto
Muitos têm uma visão externa e distante do processo de parto. Saber exatamente o que vai acontecer em cada etapa – pródomo, latente, ativo e expulsivo – faz muita diferença. “Quanto mais conhecimento, menos medo você vai sentir, pois entende o que está acontecendo e já sabe o que esperar”, explica Erilene.
Por isso, é importante conhecer os tipos de parto, as fases e até mesmo possíveis intercorrências para passar de forma mais tranquila por esse momento tão intenso e marcante. Conversar com seu médico, desenvolver um plano de parto – documento com as diretrizes básicas do que deseja ter ou fazer durante o trabalho de parto –, e conhecer a estrutura do local escolhido podem ajudar.
Ao contrário do que muitos pensam, o atendimento humanizado pode ser estendido tanto para partos naturais quanto para cirurgias cesarianas. “Isso porque ele inclui uma escuta direcionada à mulher, respeitando suas escolhas. No caso do parto normal, a mãe decide como parir, onde quer o parto, qual a posição, quais métodos serão utilizados para alívio da dor”, complementa Yara.
– Cuide da sua saúde mental e se mantenha ativa
É comum que gestantes, por medo ou até mesmo pressão externa, se afastem de suas atividades habituais, como trabalho, lazer ou atividades físicas. Porém, esse longo período de isolamento e ociosidade pode impactar negativamente na saúde física e mental, desencadeando até mesmo casos de depressão.
É essencial buscar orientação médica para definir quais atividades são permitidas de acordo com cada quadro clínico. De forma geral, yoga, pilates e hidroginástica são opções que podem ajudar a se manter ativa e esvaziar a mente, auxiliando na prevenção de doenças como hipertensão e diabetes gestacional.
– Se prepare para as mudanças
A chegada de um bebê é marcada por mudanças, seja no campo físico, emocional, financeiro e até mesmo dos hábitos do cotidiano. Lembre-se que um bebê tem sua própria rotina de sono e alimentação, que pode impactar de forma significativa nos hábitos da família.
“No início da vida, o ritmo do bebê não é afetado pelo ciclo de dia/noite, por isso, pode parecer que eles exigem muito durante a madrugada, causando privação de sono nos pais, que já têm uma rotina estabelecida. É preciso ter calma e traçar estratégias para minimizar o impacto, como por exemplo, revezar os cuidados entre os pais”, sugere a profissional do Hospital Bom Pastor.
Além disso, insumos como fraldas, vacinas, remédios e consultas médicas podem pesar no orçamento. Por isso, é essencial ter consciência e se preparar para todos esses impactos.
– Crie uma rede de apoio e aceite ajuda
O processo de parto e as mudanças impostas pela chegada do recém-nascido, que precisa de cuidados durante todo o tempo, podem ser desgastantes. Construir uma rede de apoio, envolvendo familiares e até amigos pode ajudar a enfrentar os desafios de forma mais leve.
Arrumar a casa, preparar uma refeição, servir água ou supervisionar o bebê por alguns minutos, são algumas das tarefas que podem ser executadas por essas pessoas ao redor da mãe. “É normal o sentimento da puérpera de estar atrapalhando ao pedir ajuda ou que precisa dar conta de tudo sozinha. Mas lembre-se de que essas pessoas são próximas e se importam com você. São ações simples, mas que podem te ajudar a ter mais qualidade de vida e disposição para se dedicar ao bebê”, ressalta a enfermeira do Materno-Infantil de Barcarena.
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Nesta segunda-feira, 15 de agosto, é celebrado o Dia da Gestante. A data vai além da parabenização, trazendo também uma reflexão sobre esse período e a importância dos cuidados para uma gestação saudável.
Maternidades gerenciadas pela Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, que atuam como referência na região Norte do país, reuniram cinco dicas simples, mas essenciais para que a mulher, e toda a família, se preparem de forma saudável e consciente para esse período, que marca uma mudança significativa: a chegada de uma nova vida.
“Muitos focam em questões relacionadas à alimentação, exercícios, consumo de álcool e tabaco durante a gestação. Sem dúvida, são itens importantes, mas uma gestação saudável vai muito além, envolve os aspectos mentais dessa mãe, informação e consciência sobre todo o processo. A informação empodera e afasta sentimentos como insegurança e medo”, destaca Erilene Castro, enfermeira obstétrica do Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan, gerenciado pela Pró-Saúde no interior paraense. A unidade é referência para gestantes de alto risco de todo o Baixo Tocantins.
Yara Leite, enfermeira obstétrica do Hospital Bom Pastor, lembra ainda que o período gestacional é marcado por muitas mudanças, desde a parte física da mulher, até os hábitos de vida e rotina da família. “É natural que a atenção se volte para o momento do parto, um marco dessa mudança, quando na verdade são nove meses que demandam cuidados, atenção e preparo”, destaca a profissional.
Diferente de hospitais dos grandes centros urbanos, o Bom Pastor é referência no atendimento à saúde indígena para mais de 50 aldeias na região de Guajará-Mirim, em Rondônia, onde 90% do acesso é por meio fluvial. Atuando como a única maternidade da região, o Bom Pastor possui estrutura para todo o processo do parto, com salas de PPP (pré-parto, parto e pós-parto), salas cirúrgicas, enfermarias, incubadoras e berços aquecidos.
Confira as dicas:
– Faça o pré-natal corretamente
Realizado na rede básica de saúde dos municípios, o pré-natal é fundamental para detectar doenças pré-existentes na mulher, como anemia e diabetes, e acompanhar o desenvolvimento do bebê, detectando intercorrências, como malformações ou doenças congênitas. O Ministério da Saúde recomenda que as consultas do pré-natal sejam feitas pelo menos seis vezes durante a gestação, sendo uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro, além de uma sétima consulta em até 42 dias após o parto.
“Ser presente nas consultas é essencial. Uma falta atrasa toda essa programação e impacta no correto acompanhamento do bebê. Problemas detectados precocemente permitem o tratamento intrauterino, proporcionando ao recém-nascido uma vida perfeitamente saudável”, alerta Yara.
– Estude e se empodere sobre os processos de parto
Muitos têm uma visão externa e distante do processo de parto. Saber exatamente o que vai acontecer em cada etapa – pródomo, latente, ativo e expulsivo – faz muita diferença. “Quanto mais conhecimento, menos medo você vai sentir, pois entende o que está acontecendo e já sabe o que esperar”, explica Erilene.
Por isso, é importante conhecer os tipos de parto, as fases e até mesmo possíveis intercorrências para passar de forma mais tranquila por esse momento tão intenso e marcante. Conversar com seu médico, desenvolver um plano de parto – documento com as diretrizes básicas do que deseja ter ou fazer durante o trabalho de parto –, e conhecer a estrutura do local escolhido podem ajudar.
Ao contrário do que muitos pensam, o atendimento humanizado pode ser estendido tanto para partos naturais quanto para cirurgias cesarianas. “Isso porque ele inclui uma escuta direcionada à mulher, respeitando suas escolhas. No caso do parto normal, a mãe decide como parir, onde quer o parto, qual a posição, quais métodos serão utilizados para alívio da dor”, complementa Yara.
– Cuide da sua saúde mental e se mantenha ativa
É comum que gestantes, por medo ou até mesmo pressão externa, se afastem de suas atividades habituais, como trabalho, lazer ou atividades físicas. Porém, esse longo período de isolamento e ociosidade pode impactar negativamente na saúde física e mental, desencadeando até mesmo casos de depressão.
É essencial buscar orientação médica para definir quais atividades são permitidas de acordo com cada quadro clínico. De forma geral, yoga, pilates e hidroginástica são opções que podem ajudar a se manter ativa e esvaziar a mente, auxiliando na prevenção de doenças como hipertensão e diabetes gestacional.
– Se prepare para as mudanças
A chegada de um bebê é marcada por mudanças, seja no campo físico, emocional, financeiro e até mesmo dos hábitos do cotidiano. Lembre-se que um bebê tem sua própria rotina de sono e alimentação, que pode impactar de forma significativa nos hábitos da família.
“No início da vida, o ritmo do bebê não é afetado pelo ciclo de dia/noite, por isso, pode parecer que eles exigem muito durante a madrugada, causando privação de sono nos pais, que já têm uma rotina estabelecida. É preciso ter calma e traçar estratégias para minimizar o impacto, como por exemplo, revezar os cuidados entre os pais”, sugere a profissional do Hospital Bom Pastor.
Além disso, insumos como fraldas, vacinas, remédios e consultas médicas podem pesar no orçamento. Por isso, é essencial ter consciência e se preparar para todos esses impactos.
– Crie uma rede de apoio e aceite ajuda
O processo de parto e as mudanças impostas pela chegada do recém-nascido, que precisa de cuidados durante todo o tempo, podem ser desgastantes. Construir uma rede de apoio, envolvendo familiares e até amigos pode ajudar a enfrentar os desafios de forma mais leve.
Arrumar a casa, preparar uma refeição, servir água ou supervisionar o bebê por alguns minutos, são algumas das tarefas que podem ser executadas por essas pessoas ao redor da mãe. “É normal o sentimento da puérpera de estar atrapalhando ao pedir ajuda ou que precisa dar conta de tudo sozinha. Mas lembre-se de que essas pessoas são próximas e se importam com você. São ações simples, mas que podem te ajudar a ter mais qualidade de vida e disposição para se dedicar ao bebê”, ressalta a enfermeira do Materno-Infantil de Barcarena.
Mesmo na pandemia, a vacinação no calendário da gestante deve ser prioridade
Dra Flavia Vale, coordenadora da maternidade do Hospital Icaraí Pedro Costa
O número de mulheres grávidas infectadas pelo coronavírus tem aumentado consideravelmente nos últimos meses. Segundo a dra. Flavia Vale, coordenadora da maternidade do Hospital Icaraí, já foi registrado um aumento de 50% no número de internações de gestantes, quando comparado a 2020.
“Acredito que isso se deve em grande parte ao relaxamento das medidas de segurança. No início da pandemia praticamente não víamos grávidas infectadas. Elas estavam temerosas em relação aos efeitos do COVID na gestação e seguiam à risca as recomendações. Chá de bebê, chá revelação, visitas o recém-nascido, etc, enfim, todos os eventos haviam sido suspensos. À medida que o tempo foi passando, não sei se por exaustão das restrições ou se por autoconfiança, as gravidinhas estão se expondo mais. E o resultado disso é o crescente número de grávidas infectadas pelo coronavírus e consequentemente um maior número de grávidas necessitando de hospitalização e até internação em unidades de terapia intensiva em decorrência dos sintomas respiratórios até pela sobrecarga que o corpo sofre durante a gravidez” explica a dra. Flavia.
Os vírus respiratórios são especialmente perigosos para mulheres grávidas. Pesquisas mostram que gestantes com COVID-19 correm maior risco de hospitalização e doenças graves do que mulheres da mesma idade que não estão grávidas.
“Não é surpresa que os vírus respiratórios representem uma ameaça para as gestantes, cujos pulmões já trabalham mais do que o normal. À medida que o útero cresce, ele empurra o diafragma, reduzindo a capacidade pulmonar e sobrecarregando o suprimento de oxigênio dividido entre a mãe e o feto. Além disso, a gravidez desacelera o sistema imunológico para não prejudicar o bebê. Isso torna as mulheres mais suscetíveis a complicações de infecções. Considere a gripe: as mulheres grávidas que a contraem correm maior risco de hospitalização em comparação com as mulheres que não estão grávidas. Mulheres grávidas que contraíram a gripe H1N1 durante a pandemia de 2009–10 correram maior risco de parto prematuro e natimorto”, esclarece Flavia.
Se existe uma boa notícia em meio a isso tudo é que os bebês geralmente são poupados de infecções respiratórias graves e raramente ficam doentes. Até o momento, não houve descrição de malformações fetais, assim como não houveram relatos de anomalias congênitas.
Vacinação no calendário da gestante
Seguindo as normas estabelecidas, as mulheres grávidas não entraram nos estudos sobre as vacinas, portanto, não há evidências suficientes para recomendar o uso rotineiro de vacinas COVID-19 para mulheres grávidas ou amamentando.
Uma vacinação que é muito importante também durante a gestação é a vacina contra gripe. A influenza sazonal traz um risco, elas têm muitas complicações com ela. E mesmo na pandemia, a vacinação deve ser uma prioridade nesse momento. As vacinas inativadas são as que estão recomendadas no calendário da gestante: hepatite B, influenza (gripe), dupla tipo adulto (difteria e tétano) e tríplice acelular do adulto (difteria, tétano e coqueluche).
Uma startup carioca trouxe como solução para um público que ainda está temoroso de se expor aos perigos da patologia um serviço até então inédito no país, um marketplace de vacinas em domicílio usado através do aplicativo Vacine.me. Desenvolvido no Brasil, a ferramenta disponibiliza inúmeros tipos, marcas e preços de vacinas, inclusive testes de Covid-19 e futuramente a(s) vacina(s) para a mesma. As gestantes podem comparar e agendar a aplicação com a clínica que melhor atender seus critérios de decisão, seja ele preço ou marca (os mais comuns), com total segurança e sem taxas no conforto de casa. O app oferece também imunização para bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos e pode-se encontrar todas as vacinas existentes.
A FIGO (Federação internacional de Ginecologia e Obstetrícia), portanto, considera que não há riscos – reais ou teóricos – que superem os potenciais benefícios da vacinação para mulheres grávidas. Eles apoiam a oferta de vacinação COVID-19 para mulheres grávidas e lactantes e lhe dão a opção de escolha após serem devidamente informadas sobre o aumento do risco de hospitalização, mortalidade, parto prematuro relacionados a COVID-19. Sendo assim, tudo isso deve ser levado em consideração na decisão.
Portanto, para a dra. Flavia, as grávidas devem continuar seguindo as recomendações para evitar a exposição ao vírus, principalmente no terceiro trimestre da gestação onde há maior risco de complicações: evitar aglomerações, festas, encontros; distanciamento físico de dois metros; uso de máscaras; evitar ambientes fechados, espaços lotados e aglomerados ao ar livre; lavar ou higienizar as mãos com frequência; desinfetar as superfícies tocadas com frequência; evitar o contato próximo com indivíduos doentes.
A menina é criada dentro de um universo que a prepara desde muito cedo para aceitar e desejar a maternidade. As brincadeiras com loucinhas e bonecas despertam o instinto do cuidar. Todos acham “normal e fofo” quando a menina coloca uma almofada por baixo da camiseta, fingindo uma gestação.
E em meio a este normal, a menina se torna mulher. Inicia um relacionamento e logo faz planos de casar-se e, é claro, ter filhos. Afinal, nada mais confortável do que viver dentro do padrão em uma sociedade guiada por modelos ideais.
As tentativas para engravidar começam, mas a gravidez não chega. A ansiedade aumenta e a pressão se torna quase insuportável. A cada visita da sogra, a cada roda de conversa com amigos, a fatídica pergunta aparece: quando chega o bebezinho?
Entre calendários de fertilidade e testes negativos, vem a notícia bombástica da incapacidade de gerar um bebê. A realidade dura bate na porta e lhe diz que não é normal. Afinal, o ciclo da vida não consiste em crescer, casar e gerar filhos para dar continuidade à sua linhagem?
Uma luz parece surgir no fim do túnel. Caros processos de fertilização in vitro e inseminação artificial. Clínicas luxuosas prometendo o tão sonhado bebê a preços exorbitantes. Ela se questiona. Por que está sendo punida deste jeito? Por que não é merecedora da maternidade?
E então o mundo da adoção surge em sua vida. Ela começa a fazer cursos, conhece pessoas fantásticas que a ensinam a cada dia a força do amor. Ela entende que ser mãe não é sinônimo de gerar. E que, nem sempre, quem gera se torna mãe.
A sensação de anormalidade ainda lhe acompanha por algum tempo. Muitos preconceitos precisam ser quebrados e muitos tabus precisam ser derrubados. Muitas pessoas não estão preparadas para entender que o amor é construído no dia a dia, e não basta uma barriga para que o vínculo aconteça.
A gestação na adoção tem suas particularidades. Não há enjoos, e sim papéis e atestados a serem entregues na vara da infância. Não há livros dizendo que seu bebê está do tamanho de uma ervilha, mas há cursos e leituras que ensinam a enfrentar os desafios e a lidar com as dificuldades que podem surgir. A espera, na maioria das vezes, dura muito mais que 9 meses e é dura e angustiante. Em vez de uma barriga crescendo, você tem um coração se tornando gigante.
O telefone toca! É a sua “bolsa estourando”. Do outro lado da linha, uma assistente social lhe diz que seu filho chegou! E deste dia em diante, ao ver o sorriso tímido e o corpinho curvado de medo e expectativa, ela vive todos os dias a certeza de que em momento algum foi punida com a infertilidade.
Esta mulher foi escolhida para viver a experiência mais incrível que a vida poderia lhe proporcionar.
É quando se entende que não há normal ou anormal no ato de maternar. Que uma criança somente se torna seu filho quando você a adota com todo o seu coração, independentemente de ela ter vindo de sua barriga ou de outra. E que é o amor que transforma simples estranhos em uma família de verdade.
Autora: Fernanda Letícia de Souza é especialista em Fisiologia do Exercício e Prescrição do Exercício Físico, professora dos cursos de bacharelado e licenciatura em Educação Física do Centro Internacional Uninter e mãe por adoção da Isabela e do Eduardo.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Positivo (UP), de Curitiba (PR) estudou a influência de uma dieta hipercalórica materna e chegou a resultados que revelam um novo indicador em relação aos problemas advindos da obesidade. Coordenada por Thais Casagrande e co-orientada por Marcelo Loureiro, professores do mestrado e doutorado em Biotecnologia Industrial da UP, a pesquisa teve como objetivo verificar se a obesidade induzida por alimentação rica em calorias administrada antes e durante a gestação pode predispor ao desenvolvimento de obesidade, doenças metabólicas e alterações comportamentais nos filhos.
De acordo com a pesquisadora, um ponto interessante do estudo, realizado com ratos de laboratório, foi a constatação de que os filhos nascidos de mães que receberam uma alimentação não saudável e uma dieta desequilibrada, rica em carboidrato e gordura, no período gestacional, permaneceram na vida adulta com déficit cognitivo, ou seja, demoraram mais para aprender. De acordo com a pesquisadora, esse fato surpreendeu a equipe. “Percebemos que os animais filhos de mães obesas eram mais lentos, mas a constatação do déficit cognitivo nos surpreendeu. Esperávamos que esses animais adultos tivessem maior ganho de peso, o que não aconteceu, mostrando que a influência da dieta materna durante a gestação é muito maior do que a interferência epigenética”, resume.
Thais observa que esse indicador deve ser avaliado com profundidade e aliado a outros pontos relacionados com a obesidade das mães. “Esperamos no futuro aplicar esses resultados principalmente na orientação da dieta materna mais saudável, um fator possível de ser prevenido”, pontua. O estudo faz parte de uma linha de pesquisa sobre obesidade e metabologia, da qual fazem parte professores do programa de pós-graduação em Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo e alunos de mestrado, doutorado e graduação. A pesquisa foi aprovada previamente pelo Comitê de Ética em Uso de Animais em Pesquisa da UP e seguiu as recomendações do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (COBEA), para garantir toda cautela e cuidados éticos com os animais.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo é referência em ensino superior entre as IES do estado do Paraná e uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta, mais de 400 mil m² de área verde no câmpus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A instituição conta com três unidades em Curitiba (PR) e uma em Londrina (PR) e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de Graduação, centenas de programas de especialização e MBA, sete programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam mais de 3.500m². Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações em www.up.edu.br
Doença relativamente nova, a infecção pelo coronavírus ainda é investigada e suas complicações continuam sendo descobertas. Recentemente, a esposa do DJ Alok, a médica Romana Novais, teve um parto prematuro que teria ocorrido em decorrência do vírus. A situação acendeu o alerta das gestantes, que podem ter problemas durante a gravidez por conta da covid-19.
Ginecologista do Hapvida, Romeu Menezes Neto explica que Romana apresentou problemas na coagulação sanguínea e teve o nascimento do bebê antes do tempo previsto, fatos que podem estar relacionados com as complicações causadas pela Covid. De acordo com o especialista, estudos têm apontado que além do parto prematuro, também há registros de aumento na incidência de pré-eclampsia – um distúrbio da pressão arterial – e até mesmo abortos em decorrência da contaminação pelo coronavírus.
Ainda assim, o cenário continua sendo de pesquisas e análises sobre o comportamento do vírus nas gestantes. A transmissão da mãe para o feto, por exemplo, ainda não é algo cientificamente comprovado. “Não podemos afirmar que há a contaminação”, explica o médico, que ressalta a importância de as mulheres grávidas tomarem cuidado durante a pandemia. “As gestantes foram incluídas no grupo de risco para a covid-19 e por isso, devem redobrar as recomendações das autoridades de saúde”, pontua.
Momento de novidades e surpresas, a gravidez nesse período pode causar inquietações e por isso, o profissional aconselha que as mães mantenham a calma: “A maioria dos casos que aconteceram em gestantes foram sintomas leves. Acalmem os corações e mantenham o pré-natal em dia, com todos os cuidados de higiene e isolamento social. Conversem com seu obstetra, tirem dúvidas. É um momento difícil, mas logo passará”, tranquiliza.
Regulamentação no país – O Ministério da Saúde orienta que gestantes e puérperas até o 14º dia de pós-parto devem ser consideradas grupo de risco para Covid-19. Ainda conforme a pasta, a vigilância epidemiológica no Brasil tem reportado casos de óbitos maternos decorrentes de complicações cardiopulmonares ou falência múltipla dos órgãos relacionados à Covid-19. As principais comorbidades associadas à letalidade foram obesidade, diabetes e doença cardiovascular, à semelhança da população geral.
Cirurgião-dentista André Ferreira alerta sobre importância das gestantes realizarem o pré-natal odontológico Arquivo pessoal
Pré-natal odontológico é pouco difundido, mas especialista do Órion Complex ressalta importância dos cuidados, que podem evitar até partos prematuros
Uma revisão de estudos das universidades Pedagógica e Tecnológica da Colômbia e Miguel Hernández de Elche, na Espanha, revelou que gestantes com periodontite (infecção que destrói a gengiva e até os ossos que dão suporte aos dentes) correm um risco duas vezes maior de passarem por um parto prematuro (com menos de 37 semanas de gravidez). Em 60% dos levantamentos, essa associação entre infecção periodontal e aumento da possibilidade de parto antes da hora foi confirmada.
O que muitas mulheres desconhecem é que, para evitar situações como esta, existe o pré-natal odontológico, no qual o profissional pode orientar a gestante sobre os cuidados com os dentes e toda a cavidade oral. Isso evita o surgimento de doenças e abre a possibilidade de tratar eventuais problemas já presentes. Além disso, durante a gravidez, há um aumento nos níveis dos hormônios progesterona e estrogênio, que provocam a dilatação dos vasos sanguíneos. Assim, ocorrem mais facilmente sangramentos na gengiva.
Com 20 anos de profissão, o cirurgião-dentista André Ferreira, que possui um consultório no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, alerta que poucas mulheres sabem que esse cuidado durante a gestação é necessário. “Pela minha experiência, tanto na rede pública quanto privada, digo que não chega a 10% das mães que têm esse cuidado”, estima. Ele revela que a primeira consulta com o odontólogo deve ocorrer assim que a gravidez for descoberta. “É feita uma avaliação da saúde bucal da mulher e o resultado vai apontar quantas vezes ela precisará se consultar no período”, explica.
Consequência para o feto O especialista ressalta que há questões específicas em gestantes, como a gengivite gravídica, e que, também, dependendo do problema bucal que a mãe apresenta, pode haver consequências para a saúde do feto, propagadas por meio da corrente sanguínea. “Doenças podem se tornar sistêmicas e podem causar danos ao bebê como baixo peso, infecções respiratórias e até o parto prematuro”. André conta ainda que também são passadas orientações quanto a higiene bucal do recém-nascido, que deve acontecer desde sempre e não apenas quando nascem os primeiros dentes.
“Muitas mães se surpreendem com todas as informações que passamos. Porque, por exemplo, após o nascimento a mulher deve continuar atenta com sua saúde bucal, pois ela pode passar alguma doença para o bebê através do beijo, do compartilhamento de talheres e até pela fala próxima”, destaca o cirurgião-dentista. Ele explica que odontopediatras costumam fazer o pré-natal odontológico, mas que clínicos gerais ou algum profissional que a paciente já tenha o hábito de ir também podem fazer o acompanhamento da gestante.
André Ferreira lembra que muitas grávidas evitam se consultar durante a gestação, pois existem vários mitos e medos, como de anestesias, mas nada deve impedir o acompanhamento. “Os profissionais devem ter alguns cuidados com as grávidas, pois entre o terceiro e o quarto mês não é recomendado fazer radiografias, a anestesia deve ser evitada em certos momentos, mas nada que atrapalhe o tratamento. Até porque, talvez ela esteja com uma boa saúde bucal e não precise de nada muito complexo. O importante é preservar a saúde de mãe e filho”, destaca.
Doença causa surdez, tem origem genética e pode ser agravada na gravidez em decorrência de alterações hormonais
Alterações hormonais que a mulher enfrenta na gestação podem ser o gatilho para o agravamento da otosclerose, também chamada de otospongiose.
De acordo com Sylvia Faria, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, a otosclerose é uma doença evolutiva do ouvido e tem origem genética, embora já tenha havido o registro de casos sem incidência familiar.
“Ocorre uma desordem benigna do desenvolvimento ósseo, ou seja, a substituição do osso normal por tecido fibroso. Isso leva a uma perda de audição progressiva em um ou ambos os ouvidos”, explica a médica.
A otosclerose tem predominância no sexo feminino, sendo rara em negros e asiáticos. O aparecimento da doença frequentemente ocorre durante a segunda ou terceira época de vida, mas pode acometer outras faixas etárias.
Conforme explica a otorrinolaringologista, não há cura para a otosclerose até o momento. O paciente que manifesta a doença tem três opções de tratamento, a depender da gravidade dos sintomas e de seu histórico e condições clínicas.
1 – Uso de aparelho auditivo convencional: como a doença pode manifestar-se de forma independente, em apenas um dos ouvidos ou em ambos, em algumas situações o uso do aparelho já é suficiente para reestabelecer a qualidade de vida do paciente.
2 – Tratamento medicamentoso: o principal objetivo dessa alternativa é interromper a fase ativa da doença e, com isso, “estacionar” ou retardar a perda auditiva.
3 – Tratamento cirúrgico (estapedectomia ou estapedotomia): o procedimento substitui o osso do ouvido chamado estribo, prejudicado pela doença, por uma prótese, que fará sua função na transmissão do som.
Na otosclerose, uma falha na formação das estruturas ósseas afeta um dos ossículos da audição, o estribo. Com isso, a vibração sonora chega atenuada à cóclea e, consequentemente, também ao cérebro, ocasionando uma diminuição da audição (hipoacusia).
Geralmente, um dos sintomas da otosclerose é a dificuldade para ouvir sons de baixa frequência. Tontura e zumbido também podem ser sentidos. Esses problemas podem ser agravados na gravidez, ou logo após o nascimento do bebê, sendo prejudiciais à mulher. Ela pode deixar de ouvir alguns sons do bebê, por exemplo, e a desordem pode afetar a dinâmica dos primeiros meses da criança.
“Essa é uma fase de muitas mudanças para a mulher. Cansaço, medo ‘do novo’, alteração hormonal, tudo isso, em conjunto, associado à perda de audição decorrente da otosclerose, pode tornar as situações mais sensíveis. A otosclerose por si só prejudica essa nova fase da mulher”, completa a médica.
Por isso, a recomendação é buscar auxílio médico assim que algum dos sintomas manifestar-se, principalmente durante uma gestação. O diagnóstico precoce pode ser fundamental no tratamento da otosclerose.
Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.
Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.
Referência em seu segmento e com alta resolutividade, apresenta índice de infecção hospitalar próximo a zero. Dispõe de profissionais de alta capacidade e professores-doutores, sendo catalisador de médicos diferenciados e oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.
Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que em abril ocorram cerca de 170 mil* internações para realizações de partos, em todo o Brasil. No Rio Grande do Norte, a projeção é de 3.333* internações para este tipo de procedimento.
Atenta às dúvidas sobre o impacto do coronavírus no parto e puerpério, a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) preparou uma série de recomendações que auxiliarão gestantes desde a escolha do hospital, chegada à maternidade e cuidados neonatais. A entidade aponta ainda que o novo coronavírus não é o único agente que pode impactar a saúde de mãe e filho, sendo, portanto, fundamental a mais completa assistência à saúde de ambos. Sendo assim, as orientações organizadas pelos ginecologistas Dr. Alberto Trapani e Dra. Sheila Koettker Silveira, coordenadores da Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério da federação versam também sobre a segurança do parto hospitalar, se cesárea ou parto normal impactam na exposição ao vírus e sobre aleitamento.
Gestação
As repercussões da infecção sobre a gestação ainda não são totalmente conhecidas. Até o momento, não há dados que sugiram que a infecção seja causa de aborto, de malformação fetal ou de outras complicações obstétricas. O momento da interrupção deve seguir as mesmas recomendações da gestante não infectada. Sempre que possível o nascimento do bebê deve ser adiado caso a gestante apresente queixas respiratórias. No entanto, a interrupção exclusivamente por infecção por Covid-19 pode ser necessária em casos graves para melhorar a oxigenação materna.
Escolha do hospital/maternidade
O SARS-CoV-2 é um vírus muito infectante e existe o risco de contaminação em qualquer local. A principal forma de contágio do Covid-19 ocorre por meio do contato direto entre as pessoas, especialmente quando a pessoa contaminada fala, espirra ou tosse. Atualmente, a infecção pelo Covid-19 é considerada como sendo comunitária. Contudo, não há dados que sugiram que a gestante está mais propensa a adquirir a infecção.
A gestante que não tiver sintomas de Covid-19 pode manter sua opção quanto à escolha da instituição para seu parto. Cada maternidade tem suas características e realidades. Assim, indica-se que a gestante se informe previamente com a instituição. Caso apresente sinais e/ou sintomas, a futura mãe deve discutir com seu médico o melhor hospital. Essa escolha deve levar em consideração diversos fatores, como a equipe assistencial qualificada, equipamentos adequados, disponibilidade de laboratório e exames de imagem, banco de sangue, leito de isolamento, UTI neonatal e/ou de adulto, etc.
Chegada ao hospital/maternidade
A maior parte das maternidades já estabeleceram um fluxo de atendimento para reduzir ao máximo o risco de transmissão. Tudo é muito novo e os dados mudam diariamente. Até o momento, as poucas evidências disponíveis demonstram que o risco de contrair o covid-19 não é maior nas gestantes ou puérperas do que no restante da população e que o risco de transmissão vertical para o feto é mínimo ou inexistente.
Em todo o caso, os cuidados de prevenção devem ser os mesmos adotados fora do ambiente hospitalar: evitar contato próximo com as pessoas (manter distanciamento de pelo menos 1,5 metros), higienização frequente das mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos e/ou com emprego de álcool gel 70%, evitar tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos não lavadas, não compartilhar copos, talheres e objetos de uso pessoal, cobrir boca e nariz com lenço de papel ao tossir ou espirrar e usar máscara se houver sinais de gripe. Deve-se evitar acompanhantes (ou visitas) menores de idade ou com mais de 60 anos, portadores de qualquer sintoma respiratório, febre ou doenças crônicas.
A instituição deve manter o menor número possível de pessoas circulando. Recomenda-se também que se abstenha da presença das doulas.
Parto Normal ou Cesária: há diferença na prevenção?
O quadro clínico observado em gestantes com infecção pelo Covid-19 é semelhante ao observado em demais adultos, assim como as taxas de complicações e de evolução para casos graves. Pelo fato terem sido descritos poucos casos de gestantes com infecção, ainda não há confirmação científica de que possa ocorrer a transmissão do vírus para o feto no momento do parto.
O parto normal é sempre preferível, mas a indicação da via de parto deve seguir as características de cada caso. O médico deve definir o que for mais seguro para a parturiente e seu filho naquele momento. A escolha da via de parto (parto normal ou cesariana) dependerá das condições clínicas da mãe e do feto. Parturientes sem dificuldades respiratórias importantes podem se beneficiar com o parto normal. Por outro lado, nos casos em que a mãe está grave, a cesariana pode estar indicada. Pelo risco de piora súbita do quadro clínico, a monitorização do bem-estar materno e da vitalidade fetal deve ser intensificada.
Independentemente da via de parto, alguns cuidados devem ser tomados nos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo SARS-coV-2 para evitar a disseminação da doença tais como manter a parturiente em quarto de isolamento, o uso de máscara cirúrgica durante toda internação e a amamentação, suspender o contato pele a pele após o nascimento e dar banho precoce do recém-nascido.
Visitação
As regras para visitação são determinadas por cada instituição, de acordo com suas características. O ideal é evitar as visitas, tanto no hospital, quanto em casa. Hoje, com os aplicativos de videoconferência fica mais fácil aceitar isso.
Qual o risco da criança contrair o vírus na maternidade?
Os poucos casos descritos de infecção do recém-nascido sugerem que a infecção ocorreu após o nascimento, sendo necessária a implementação de medidas que diminuam a transmissão.
Puérperas com infecção pelo SARS-coV-2 (suspeita ou confirmada) devem ser mantidas em quarto de isolamento individual. Se a mãe estiver com quadro clínico estável e o recém-nascido for assintomático, o mesmo poderá ficar junto com a mãe em alojamento conjunto desde que haja possibilidade de manter a distância mínima de 2 metros entre o leito da mãe e o berço
Parto domiciliar pode ser uma alternativa eficaz para diminuir os riscos de contaminação pelo novo coronavírus?
Essa ideia é equivocada. À luz das pesquisas científicas, está bem definido que o parto realizado em ambiente hospitalar é capaz de assegurar melhores chances de cuidado à vida e à saúde da parturiente e do nascituro, sendo, portanto, mais seguro. Mesmo na época da epidemia do H1N1, que é muito mais perigoso para a gestante, o parto domiciliar não foi considerado como uma solução. Observa-se ainda que os riscos de um parto domiciliar são muito maiores do que os eventuais riscos de contaminação pelo novo coronavírus em uma maternidade.
Cuidados no puerpério
Não há relato de piora da gravidade nas puérperas com Covid-19. As medidas de prevenção são as mesmas descritas anteriormente. A entrada de acompanhante e de visita com fator de risco, com sintomas respiratórios ou com contato com pessoa sintomática deve ser evitada. A alta mais precoce, desde que as condições maternas e fetais possibilitem, deve ser estimulada para diminuir o tempo de permanência em ambiente hospitalar.
Recomenda-se os cuidados normais de higiene e as práticas de isolamento social definidas pelas autoridades de saúde. A amamentação deve ser realizada normalmente. As mulheres portadoras do Covid-19 que desejam amamentar e estejam em condições, devem ser estimuladas a fazê-lo e tomar as seguintes precauções para evitar a disseminação viral para o recém-nascido:
– Lavar as mãos antes de tocar no bebê, em bomba extratora de leite ou, mesmo, em mamadeira;
– Usar máscara facial durante as mamadas;
– Seguir rigorosamente as recomendações para limpeza das ordenhadeiras após cada uso.
Cuidados adicionais para o puerpério caso a mãe esteja com Covid-19
Como o vírus é altamente contagioso, é extremamente importante que a mãe tome cuidado ao manusear o bebê. Não há contraindicação à amamentação desde que as condições maternas permitirem. No intervalo entre as mamadas, o berço deve permanecer a, pelo menos, dois metros da mãe. Caso a mãe opte por não amamentar, existe a opção de extrair o leite manualmente ou usar bombas de extração de leite após higiene adequada. Um cuidador saudável poderá oferecer o leite ao bebê.
*Dados referem-se a média de internações realizadas nos meses de abril, entre 2010 e 2019, para procedimentos de Parto Normal, Parto Normal em Gestação de Alto Risco, Parto Normal em Centro de Parto Normal (CPN), Parto Cesariano em Gestação de Alto Risco, Parto Cesariano, Parto Cesariano c/ Laqueadura tubária.
Decisão do STF em 2018 já garantiu o mesmo direito
Crédito: divulgação
Uma proposta pretende permitir que as gestantes possam remarcar exames de teste de aptidão em concursos públicos para cargos e empregos públicos federais. O Projeto de Lei é do senador Confúcio Moura (MDB-RO). A iniciativa visa impedir que se crie um ônus excessivo na capacidade física dessas candidatas.
O texto diz que o direito independe da data da gravidez (prévia ou posterior à data de inscrição do concurso), do tempo de gravidez e da condição física e clínica da candidata. Neste cenário, a banca organizadora terá de determinar um prazo de 30 a 90 dias, a partir do término da gravidez, para a remarcação do exame físico.
A gestante, contudo, ainda tem o direito de realizar o exame na data fixada pelo edital, mas deve arcar com as responsabilidades pelos resultados. O projeto não se aplica a exames psicotécnicos, provas orais ou provas discursivas. Para ter acesso a esse direito, é necessária a apresentação de declaração de profissional médico ou clínica competente e laboratorial comprobatório.
Quem falsificar essa comprovação estará sujeito a penalidades cíveis e criminais, à exclusão do concurso e ao ressarcimento à instituição organizadora do certame das despesas com a realização do exame de aptidão física remarcado. Caso a candidata tenha sido aprovada e esteja empossada ou em exercício, todos os valores recebidos deverão ser devolvidos.
O PL está em tramitação e, desde o dia 7 de março, está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (Secretaria de Apoio à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) aguardando designação do relator. O projeto foi protocolado no dia 21/02/2019.
Em novembro do ano passado, o STF já havia decidido que a mulher que estiver grávida no dia do teste de aptidão física de um concurso público pode remarcar o exame para depois que o bebê nascer. Por 10 votos a 1, os ministros consideraram que a Constituição Federal já oferece proteção às gestantes. Por consequência, a medida também reduziria a desigualdade entre homens e mulheres. A decisão foi tomada durante análise de recurso apresentado pelo estado do Paraná.
Foi aprovada a seguinte tese de repercussão geral: “É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso público”.
Em seu voto, o relator do recurso, o ministro Luiz Fux, destacou que, diferentemente do alegado pelo estado do Paraná, a decisão do TJ-PR não afrontou o princípio da isonomia entre os candidatos, mas apenas garantiu o direito da pessoa com condições peculiares que necessitava de cuidados especiais.
De acordo com o STF, “como o tema debatido no recurso teve a repercussão geral reconhecida, a decisão majoritária tomada deverá ser aplicada pelas demais instâncias nos casos semelhantes”.
Esteticista das celebridades adapta técnicas para que futuras mães possam aproveitar período sem incômodos
Tomar bastante água e evitar roupas e sapatos apertados estão no manual de qualquer grávida que quer driblar desconfortos como o inchaço, causado pela retenção de líquidos nos membros inferiores do corpo. Mas, além das pequenas atitudes, as futuras mamães também podem combater os incômodos – inclusive as dores nas costas – com massagens.
A alternativa também serve para desinchar, eliminar toxinas e até reduzir celulites. A esteticista dos famosos e mãe de dois filhos, Renata França, adaptou duas de suas técnicas para o bem-estar das gestantes: a Drenagem Linfática, que reúne manobras diferenciadas, e a Miracle Touch, lipoescultura manual que une técnicas das massagens Modeladora e Drenagem Linfática.
Segundo Renata, os movimentos são feitos na pressão, no ritmo e no bombeamento exatos, não ocasionando hiperemias (aumento do fluxo sanguíneo) em nenhuma parte do corpo da gestante. Para aumentar os benefícios de cada procedimento e prolongar a sensação de bem-estar, é indicado que as massagens sejam realizadas, pelo menos, duas vezes por semana.
No caso da Drenagem Linfática, o procedimento combate, principalmente, a retenção de líquidos, um incômodo muito comum entre as gestantes. A técnica age nas camadas mais profundas da pele, reduzindo edemas e celulites e ajudando o corpo a eliminar toxinas.
Enquanto isso, a Miracle Touch para gestantes é composta por 20 manobras e tem como objetivo uniformizar a textura da pele, definir os músculos, desinchar, diminuir medidas e afinar pernas, braços e cintura. A massagem dura cerca de uma hora em uma posição confortável para a grávida. Os resultados podem ser vistos já nos primeiros minutos do procedimento e duram entre 2 e 3 dias, de acordo com cada organismo.
As massagens podem ser realizadas em qualquer momento do período gestacional – as contraindicações variam de acordo com a situação de cada gestante. De maneira geral, mulheres com processos infecciosos e/ou inflamatórios, febre e trombose não devem realizar as massagens. Além disso, a prática segura do método requer o exercício por um profissional capacitado e seguindo as orientações do médico que está acompanhando a gravidez.
Manter atividades físicas leves, uma boa alimentação e evitar ficar em pé por muito tempo também são dicas para se livrar de incômodos – a dor nas costas, por exemplo, atinge mais de dois terços das gestantes¹. A Drenagem Linfática, Miracle Touch e Miracle Face ainda podem ser realizadas durante o pós-parto, quando muitas mulheres sentem costas e pernas inchadas. É importante ressaltar que a massagem não deve ser aplicada diretamente na barriga.
“A gravidez é uma das fases mais lindas da vida de uma mulher, mas é acompanhada de muitas mudanças no corpo. A boa notícia é que existem formas de atravessar a fase de uma maneira mais suave. Costumo dizer que a Drenagem Linfática é a massagem da grávida. Não tem nada melhor na vida”, afirma Renata. “Além da sensação de bem-estar, a massagem reduz o inchaço, celulites e melhora a textura da pele. Tudo isso a partir da primeira sessão”, destaca.
Renata ainda compartilha uma dica de autocuidado para grávidas: “No fim do dia, as mulheres podem se deitar e posicionar as pernas acima da altura do coração”. A técnica simples promete desinchar e aliviar a sensação de peso das futuras mamães.
O Método Renata França está presente em cerca de 30 países e já capacitou mais de 7 mil pupilas, que podem ser encontradas pelo sitewww.sparenatafranca.com, na área “Encontre sua Terapeuta”.
¹Os dados são de estudo publicado no Current Reviews in Musculoskeletal Medicine.
Sobre a Renata França
Nascida em Ilhéus, na Bahia, a empresária e massoterapeuta Renata França começou a atuar em estética ainda jovem, no salão de beleza da mãe. O toque vigoroso de suas mãos logo chamou a atenção de clientes, e logo ela recebeu convite para trabalhar em um spa francês localizado na Ilha de Comandatuba.
Já com vasta bagagem na área da massagem, anos depois, mudou-se para São Paulo, onde se especializou e aprofundou seus estudos, vindo a desenvolver um protocolo diferente de tudo o que havia no mercado. Com técnicas de drenagem linfática e massagem modeladora, criou uma massagem que age como uma lipoescultura manual de resultado imediato: a Miracle Touch, que se tornou a queridinha de grandes personalidades e formadores de opinião e transformou Renata em um dos maiores ícones da estética.
Em janeiro de 2017, Renata abriu o próprio spa e em julho do mesmo ano lançou seu creme corporal. Desde então, ministra cursos de seu método: já são, aproximadamente, 6 mil pupilas capacitadas no Brasil inteiro e em mais de 30 países. No início de 2019, colocou no mercado uma linha perfumada de produtos, cuja fragrância foi desenvolvida na França.
Instagram: @renatafrancaa
Sobre o Spa Renata França
Referência em massagem e bem-estar, o Spa Renata França proporciona uma experiência única aos seus clientes. Em uma infraestrutura moderna e aconchegante, profissionais capacitadas pela própria Renata aplicam o método de massagem que leva seu nome. Entre os procedimentos, está a famosa Miracle Touch, que reduz medidas, desincha e transforma a textura da pele instantaneamente, além de sua versão facial, a Miracle Face.
Serviço: O SPA Renata França está localizado na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, nº 1974 – Jardim América – São Paulo (SP), e funciona de segunda à quinta-feira, das 8h às 21h; sextas-feiras, das 8h às 17h30; domingos, das 10h às 18h.