Em 2020, enquanto a maior parte das escolas e universidades lutava para se adaptar à realidade das aulas on-line, um segmento de ensino registrou uma explosão de interessados. Aquele ano foi um marco importante para os cursos superiores oferecidos a distância, com maior número de interessados que os cursos presenciais. De lá para cá, a educação a distância (EAD), impulsionada também pela pandemia, não para de crescer.
É bem verdade que tal crescimento se deve principalmente às instituições privadas, visto que as públicas continuam ofertando, quase exclusivamente, cursos presenciais. Mas a expansão da EAD é boa ou ruim para o nosso país?
Do ponto de vista quantitativo, a EAD é uma ótima solução. Devido à sua capilaridade, pode chegar a praticamente qualquer município brasileiro, o que permite à população maior acesso à formação superior. Em um país que tem déficit histórico nesse quesito – e que tenta há anos melhorar seus índices -, isso é bastante positivo.
Além disso, a EAD tem características que atendem muito bem ao perfil da clientela da Educação Superior brasileira, majoritariamente constituída por jovens trabalhadores de classe média-baixa, que usam seu salário para financiar o próprio desenvolvimento pessoal. Vantagens como preços mais acessíveis, horários flexíveis e comodidade do estudo em casa também são fatores que explicam a alta procura por cursos a distância.
Por outro lado, quando avaliamos essa modalidade qualitativamente, a análise precisa ser mais profunda. Precisamos reconhecer que os modelos implantados por uma parcela significativa de instituições brasileiras têm foco essencial no baixo custo, e não na qualidade educacional. Isso se deve à concorrência acirrada que existe no setor privado da Educação Superior e à característica socioeconômica da maioria da clientela, que busca essa modalidade também pelo preço.
Hoje, infelizmente, as tecnologias digitais têm sido muito mais utilizadas para permitir redução de custos e automatizar processos que para promover inovações significativas que, de fato, elevem a qualidade do ensino. Atualmente, nos deparamos com cursos a distância que oferecem uma infinidade de pirotecnias tecnológicas – apps, inteligência artificial, jogos digitais, realidade virtual, realidade aumentada, entre outros – que, na verdade, só encobrem projetos conteudistas, rasos, com estrutura curricular cristalizada e baixa interação professor/tutor-aluno, dificultando a participação ativa do estudante.
A EAD pressupõe um estudante que desempenhe um novo papel, saindo da postura passiva para ser o protagonista de sua aprendizagem. No entanto, essa autonomia não é percebida em muitos dos alunos de EAD, porque eles não tiveram condições de desenvolvê-la durante seus anos na Educação Básica.
Apesar desses pontos fracos, contudo, não há mais como retroceder. O desenvolvimento tecnológico e as mudanças de perfil dos estudantes, da sociedade e do mercado de trabalho não permitem que a Educação Superior fique ancorada em modelos essencialmente presenciais. O Conselho Nacional de Educação, prestes a definir diretrizes para a educação presencial híbrida, abre caminho, assim, para que a dicotomia presencial ou a distância desapareça.
Esse é o futuro, que nos pede cuidado para que o hibridismo não seja apenas mais um recurso na busca de redução do custo do Ensino Superior. Que ele possa conduzir a uma educação inclusiva, abrangente e de qualidade, que responda aos anseios e necessidades da sociedade e do mercado de trabalho da atualidade.
*Ronaldo Casagrande é ex-pró-reitor universitário e vice-presidente do Instituto Casagrande, organizador do III Congresso Internacional Um Novo Tempo na Educação.
Atualmente existe um crescimento exponencial da tecnologia, aliado à grande popularidade da internet. Isso tem levado a um aumento no número de pessoas que optam por Cursos Online, tornando a educação a distância (EAD) cada vez mais popular no país.
Os resultados do Censo do Ensino Superior revelaram informações muito importantes sobre o assunto de educação a distância.
Pela primeira vez nas redes privadas, o número de alunos que fazem cursos a distância é superior ao número de alunos que optam por cursos presenciais. No entanto, a educação a distância no Brasil apresenta alguns desafios que precisam ser discutidos.
A educação a distância não é mais apenas uma alternativa, mas uma solução para muitos que querem e precisam aprender, porém eles não têm tanto tempo livre, mobilidade ou recursos financeiros.
Além dessas soluções, muitos preferem os cursos EAD como opção para aumentar os créditos complementares e, por causa disso, optam por Curso para Horas Complementares.
Neste artigo, discutimos os principais desafios que são encontrados dentro da educação a distância no Brasil e discutimos como a pandemia tem destacado esse tipo de educação.
Vamos lá?
A importância dos cursos dentro do processo de aprendizagem da sociedade
Antes de começar a falar sobre os grandes desafios da educação a distância dentro do Brasil, é preciso considerar o grande papel das instituições de ensino.
O processo de aprendizagem vem sendo totalmente influenciado pela qualidade das instituições de ensino superior. A forma como o curso é planejado, a estrutura de gestão, a forma do curso e a plataforma na qual o curso é ministrado determinando assim uma melhor qualidade do ensino para os alunos.
Além disso, uma equipe de professores qualificada, treinada em métodos de ensino e ensino a distância, além de possuir conhecimentos específicos na área de atuação, é essencial para um bom resultado de tais cursos.
As ações que são desenvolvidas pelas instituições de ensino deverão focar totalmente na qualidade do ensino que é oferecido aos alunos com a mesma intensidade do ensino presencial.
Os principais desafios
A educação a distância dentro do Brasil vem se tornando uma grande opção viável de graduação para uma parcela da população que não tem acesso ao ensino superior.
Porém, mesmo com tantos benefícios disponibilizados, o EAD ainda enfrenta alguns desafios:
Padronização do Currículo
Dentre os desafios enfrentados pelo ensino EAD no Brasil, o desenvolvimento, organização e a padronização dos materiais didáticos utilizados nos cursos continuam sendo os principais obstáculos.
Os materiais utilizados dentro do ensino devem seguir os devidos padrões pré-determinados para que professores e alunos possam utilizá-los de forma eficaz.
Além disso, a padronização de materiais pode melhorar a visibilidade do conteúdo em mecanismos de busca e de sistemas de armazenamento.
Preconceito do mercado
O crescente número de alunos em cursos a distância sugere que o mercado precisará cada vez mais recrutar alunos dessa modalidade ao longo dos anos.
No entanto, gerentes de contratação de grandes marcas revelaram que havia alguma resistência em contratar profissionais para determinadas funções. De certa forma, qualquer coisa que se desvie da classificação tradicional causará alguma resistência no início.
No caso da educação a distância, isso pode ser devido ao desconhecimento sobre a demanda dos alunos pelo ensino superior e como eles a avaliam.
Aproveitamento do formato digital
O modelo de ensino a distância não implica diretamente que as devidas instituições de ensino aproveitem os recursos digitais disponíveis, mas a adesão às ferramentas e tecnologias digitais é tão importante da mesma forma que o ensino da educação a distância.
Treinamento de professor
Além dos professores que já precisam trabalhar presencialmente em sala de aula, aqueles que trabalham ou querem trabalhar dessa forma precisarão desenvolver habilidades digitais.
Aprenda a se posicionar e dizer coisas boas na frente da câmera, e agir tirando todas as possíveis dúvidas e respondendo às perguntas dos alunos.
Compromisso do Aluno
Para a maioria das pessoas, o ensino a distância é um grande desafio, principalmente porque exige um conhecimento que deve ser desenvolvido, permitindo que o aluno gerencie seu próprio aprendizado por conta própria.
Portanto, os alunos dos cursos a distância devem sempre ser organizados e responsáveis, além da capacidade de lidar com o trabalho e os estudos diários, e não conseguir deixar seus cursos à margem.
Aprenda a se posicionar e dizer coisas boas na frente da câmera, e agir tirando dúvidas e respondendo perguntas dos alunos em fóruns ou outros meios virtuais, sendo assim, algumas das atividades que fazem parte do dia a dia de professores e tutores virtuais.
Para a maioria das pessoas, o ensino a distância pode ser um grande desafio, principalmente porque exige um conhecimento que deve ser desenvolvido, permitindo que o aluno gerencie seu próprio aprendizado por conta própria.
Portanto, os alunos dos cursos a distância devem buscar ser organizados e responsáveis, além da capacidade de lidar com o trabalho e os estudos diários, e não conseguir deixar seus cursos à margem.
Ajuste o horário
A diferença entre uma aula presencial e uma aula EAD vai além de fazer ou não a aula no polo. As ferramentas variam, portanto, cronogramas específicos precisam ser definidos.
As instituições de ensino superior que oferecem cursos a distância precisam desenvolver seus próprios horários para acomodar as particularidades da modalidade de ensino.
Acessibilidade
Um dos principais desafios do ensino a distância é que alunos e professores tenham dispositivos com acesso à internet, porém isso é uma realidade um pouco distante para o povo brasileiro, onde o acesso, a qualidade e a velocidade das conexões de internet precisam ser abordadas.
Além disso, é necessário um dispositivo eletrônico (smartphone, tablet, desktop ou laptop) capaz de realizar as atividades do curso, porém, devido aos impostos cobrados no país, esse dispositivo é caro e nem todos podem utilizá-lo.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Certificado Cursos Online, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre cursos, educação e diversos segmentos.
Young Asia businesswoman using laptop talk to colleague about plan in video call meeting while work from home at living room. Self-isolation, social distancing, quarantine for corona virus prevention. https://br.freepik.com/fotos-gratis/jovem-empresaria-da-asia-usando-laptop-fala-com-um-colega-sobre-o-plano-de-uma-reuniao-de-videochamada-enquanto-trabalha-em-casa-na-sala-de-estar_15114567.htm#page=1&query=educa%C3%A7%C3%A3o%20a%20distancia&position=2&from_view=search
Enquanto muitas pessoas acreditam que gerenciar seu negócio é o suficiente para a construção de uma boa carreira, os profissionais integrados no mercado sabem muito bem que a obtenção de cargos mais relevantes requer um aprendizado constante.
Para isso, é preciso incluir na lista de prioridades a aquisição de fundamentos básicos acerca de disciplinas como a gestão de recursos humanos, administração e organização, entre tantas outras funções que tornam o trabalho mais completo e livre de falhas.
Essas ações são necessárias devido a rapidez com que o avanço tecnológico, o desenvolvimento de ferramentas e a atualização dos alicerces teóricos, têm alterado o mercado de trabalho e o meio de consumo.
Assim, a partir do momento em que se entra na faculdade até o período da conclusão, dependendo da duração do curso – como no caso da gestão de recursos humanos quantos anos são necessários para terminar a graduação.
O setor pode estar tão modificado que somente um diploma já não confere uma vantagem competitiva muito relevante.
Por isso, as pessoas que se formaram a muito tempo são cada vez mais propensas a voltar para as universidades. Principalmente quando o objetivo é crescer no mercado e conquistar funções de mais destaque e que possuam mais estabilidade.
No entanto, para quem possui um emprego, a efetuação de novos cursos que te mantenham atualizado sobre a área e te torne um especialista no setor, pode se tornar um grande desafio, especialmente quando falamos das aulas presenciais.
Maiores desafios da educação formal e da especialização constante
Possuir, ao menos, uma noção básica sobre os procedimentos administrativos é essencial nos cargos de gerência e liderança. Por isso, investir em um curso de administração financeira faculdade pode ser crucial para as pessoas que almejam essas ocupações.
Contudo, efetuar esse tipo de especialização pode ser particularmente complicado para os profissionais que já atuam no mercado de trabalho. Isso porque, conciliar o emprego com a faculdade pode ser muito cansativo, especialmente se um local for distante do outro.
Afinal, além dos problemas de locomoção até a instituição de ensino – dentro do horário disponível –, também é necessário saber gerenciar muito bem o tempo livre, para que as horas voltadas ao ensino não interfiram na jornada profissional.
Além disso, é preciso permanecer alerta com:
A qualidade do serviço realizado;
Os níveis de produtividade;
O cansaço excessivo com a rotina corrida;
A manutenção da saúde e do bem-estar;
A organização das tarefas pendentes na escola e no trabalho.
Por exemplo, continua sendo uma das principais prioridades para aqueles que desejam construir uma carreira profissional estável e bem sucedida.
Por isso, saber como harmonizar todas essas funções, de forma a construir resultados mais positivos e satisfatórios se tornou uma necessidade inegociável.
Como conciliar a vida profissional e os estudos
Uma vez que o ensino presencial apresenta obstáculos tão importantes para os profissionais que desejam atualizar o seu conhecimento e ganhar mais destaque no mercado, a procura por cursos à distância tem se multiplicado cada vez mais, no Brasil.
Para se ter uma ideia, de acordo com o relatório “Mapa do Ensino Superior no Brasil 2021”, o crescimento do número de novas matrículas em faculdades a distância foi de 19,1%, apenas no ano de 2019.
Entretanto, a previsão é de que até o ano de 2023, a graduação online supere a presencial, principalmente após a pandemia do novo coronavírus, que fez com que muitas pessoas conhecessem esse novo estilo de ensino.
Segundo essa mesma pesquisa, o público que mais procura a formação EAD são pessoas que têm entre 30 e 44 anos, atuantes ativos no mercado de trabalho e que veem nesta modalidade, uma maneira de conciliar a melhoria profissional com o trabalho.
Mas a pergunta que ainda intriga muitos trabalhadores é: como é possível ajustar esses dois aspectos de forma efetiva?
Realize um cronograma para sua rotina
A primeira dica de como realizar um curso, como o curso gestão de pessoas a distancia,enquanto se mantém um emprego em horário integral, é por meio da organização e de um bom gerenciamento de tempo e recursos.
Deste modo, a confecção de um cronograma com todas as tarefas que precisam ser feitas no dia, na semana, no mês e no semestre é essencial para o acompanhamento de todas as pendências universitárias ou profissionais, garantindo que nada seja esquecido.
Esse cronograma será muito útil para a realização de planejamentos e durante o processo de priorização de deveres.
Por isso, é necessário que este seja feito em um formato de fácil acesso – o que pode ser em planilhas no computador, em uma agenda ou aplicativos de celular.
Concilie o descanso e os estudos nos tempos livres
Uma outra característica importante para um bom aperfeiçoamento profissional é saber administrar o tecnologo gestão financeira ead com os horários livres.
Conseguindo utilizar esses períodos de forma inteligente e otimizada, permitindo o aumento da produtividade, mas sem abrir mão do descanso.
Isso porque, um erro muito comum é agendar as provas, realização de trabalhos, pesquisas e todas as atividades relacionadas à faculdade para o tempo livre, gastando o período de relaxamento e abrindo mão da descontração e do lazer.
Nestes casos, os alunos passam a ficar exaustos, tornando-se incapazes de:
Concentrar adequadamente nas tarefas;
Manter a memória em boas condições;
Ter facilidade com o aprendizado de novas funções;
Evitar falhas e erros importantes;
Manter uma boa produtividade, entre outros.
E essas consequências são capazes de afetar as notas e a vida acadêmica, tanto quanto a vida profissional. Causando problemas importantes no andamento de projetos e comprometendo as chances de conquistar a evolução profissional tão desejada.
Utilize as ferramentas tecnológicas
A tecnologia trouxe diversas vantagens para quem tem uma rotina corrida, principalmente as que inclui o curso degestão hospitalar ead, um emprego e diversas outras tarefas sociais.
Afinal, ela permite uma otimização do tempo e viabiliza o acesso a diferentes ações sem precisar sair de casa.
Assim, você pode organizar atividades, agendar entrevistas, fazer e compartilhar anotações, efetuar gravações sobre as aulas, trocar opiniões com profissionais de outras empresas e até assistir às aulas através de um tablet, celular ou notebook.
Entre as ferramentas mais populares, os estudantes podem optar pelo uso do Google Drive, StudyBlue, Dragon Dictation e os aplicativos de comunicação, como o Skype ou o Whatsapp.
Esses softwares apresentam benefícios importantes no cotidiano dos profissionais e ajudam a economizar o tempo.
Trace uma estratégia de estudos
Após uma longa jornada de trabalho, dedicar a atenção e concentração às matérias relacionadas a gestão de pessoas faculdade pode ser uma tarefa bastante complicada.
Todavia, para isso, foram desenvolvidas diversas técnicas que permitem o aperfeiçoamento do foco e do desempenho.
Além disso, essas estratégias de estudo permitem que o processo de aprendizado seja mais facilitado, combinando ferramentas de memorização, concentração e gestão de tempo. Por isso, a escolha do método que melhor se encaixa com o seu perfil é essencial.
Entre as técnicas de estudo mais utilizadas, temos o pomodoro – que intercala 25 minutos de foco com 15 de descanso –, o Robinson – que explora o conteúdo, formula e realiza perguntas, com uma leitura aprofundada e revisando todo o estudo – e o mapa mental.
Em conjunto com essas táticas também é possível optar pelo teste prático, a autoexplicação, auto interrogação, estudo intercalado, estudo mnemônico, fichamento, entre tantos outros métodos.
Mas, é claro que essas estratégias também podem ser combinadas entre si para trazer os melhores resultados, de forma a se adaptar às necessidades de cada indivíduo.
Vantagens da educação à distância
Como dito anteriormente, a educação à distância é muito vantajosa para as pessoas que já possuem um cargo de interesse e buscam por oportunidades de crescimento dentro desta mesma instituição.
No entanto, esse formato de educação pode apresentar benefícios para todos os públicos. Isso porque, como não há um horário específico para que as aulas comecem ou terminem, os alunos têm uma autonomia melhor sobre a rotina diária de estudo.
Assim, é possível adaptar esses períodos, aperfeiçoando todo o cronograma. Além disso, as aulas EAD são muito mais cômodas – afinal podem ser feitas desde o conforto de casa – e ainda permitem uma economia importante.
Isso se dá tanto porque as mensalidades costumam ter preços mais competitivos, quanto devido à falta de necessidade de realizar gastos extras com transporte, alimentação e outras despesas que inclui a locomoção até a instituição de ensino.
Por isso, se você planeja aprimorar o currículo e ter uma especialização melhorada, a educação a distância pode ser a melhor forma de fazê-lo.
Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe do blogIt Business Fórum, site voltado para a veiculação de conteúdos relevantes sobre negócios, startups e estratégias para pequenas, médias e grandes empresas.
Em virtude do cenário atual, com o avanço tecnológico e tantos outros fatores econômicos e políticos que contribuem para a mudança do tempo e espaço, é indispensável que os professores reflitam a utilização e ampliação da educação à distância dentro dos espaços que promovem o processo de aprendizagem.
Ela oferece possibilidades para refletir, questionar, compartilhar conhecimentos, formular e reformular ideias, concepções, percepções, experiências e vivências, torna-se um espaço privilegiado superando a necessidade da presencialidade física, ou seja, a obrigatoriedade do professor e estudante no mesmo espaço físico.
Esta modalidade de ensino é vista como uma possibilidade de evolução do sistema educacional, pois não existe uma pedagogia própria para a EaD. É preciso pensá-la e construí-la como um modo de educar para a comunicação em um processo mútuo, colaborativo e constitutivo de práticas educativas que busquem promover a aprendizagem.
Nesse contexto, faz-se necessário que os educadores passem a olhar suas práticas voltadas para o trabalho em equipe, utilizando-se da criatividade, do conhecimento coletivo, e que tenham como objetivo ampliar e enriquecer as possibilidades de uma intensa interação com seus educandos.
Mas, aí vem um questionamento muito usado quando se fala em interação principalmente na educação a distância, e assim logo nos remetemos a pensamentos como: é possível uma interação efetiva nos ambientes virtuais de aprendizagem?
Pois bem, o contexto de Educação a Distância é caracterizado como um espaço de ensino e aprendizagem que nos traz inúmeras possibilidades de ofertar instrumentos por meio de metodologias que potencializem esse processo e possibilitem a interação entre o professor e discente. E como exemplo de que é possível, sim, interação nos ambientes virtuais de aprendizagem, temos as ferramentas tecnológicas como os fóruns, chats, canais em que o estudante fala diretamente com o professor.
Sendo assim, destaca-se com uma característica horizontal, o fórum como um diferencial de interação para o processo de ensino aprendizagem nos ambientes de salas de aulas virtuais.
E para que os espaços destinados aos fóruns online tenham uma efetividade na aprendizagem, podemos promover diálogos assíncronos que podem acontecer em diferentes tempos com a troca de experiências e vivências, o compartilhamento colaborativo de conhecimentos, os pontos de vista entre os estudantes e os professores, a interação social. E o mais importante: agregar conteúdos com situações próximas à realidade do discente, que o possibilite pensar, refletir, buscar possíveis soluções que de certa forma contribuam para um desenvolvimento autônomo frente as suas ações pessoais e profissionais.
Portanto, aprimorar a interação dos fóruns nos ambientes virtuais de aprendizagem potencializa uma ressignificação do papel do professor como mediador e do estudante como participante ativo, que de forma dinâmica e significativa, estabelece melhores relações com o processo de aprendizagem.
Autora: Rita de Cássia Turmann Tuchinski é professora do curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional Uninter.
A especialista em educação infantil e terapeuta familiar Evelyn Stam aponta os prós e contras do ensino à distância durante a pandemia da covid-19, que se tornou uma das principais questões familiares do momento.
Estamos vivendo em época de pandemia. Muitas incertezas, muitas mudanças e uma situação que não tem data de término. Uma das mudanças mais comentadas e questionadas por pais e educadores durante a pandemia é o ensino à distância, que se tornou necessário quando muitos países decidiram fechar as escolas e fornecer ensino online, forçando pais a assumirem muitas vezes o papel de educadores, na tentativa de ajudar seus filhos a acompanharem as aulas neste novo formato.
A especialista em educação infantil e terapeuta familiar Evelyn Stam, aponta que existem vantagens e desvantagens na adoção da telescola ou ensino à distância, e que ambas precisam ser consideradas antes de um veredicto final: “tivemos que nos adaptar a essa mudança quase que de um dia para o outro, quando a pandemia do novo coronavírus veio e surpreendeu a todos. Não estávamos totalmente preparados, sejam os pais ou os professores e a até mesmo os próprios alunos, para nada do que viria a acontecer depois e, naturalmente, foram necessários alguns ajustes de última hora para encontrar soluções minimamente viáveis e impedir que nossos filhos perdessem um ano escolar. Mas nem tudo tem sido mal e há também benefícios na educação à distância, que tende a ser algo ao qual nós vamos ter de nos adaptar, já que deve ser uma tendência.”
Desvantagens
Evelyn Stam ressalta as principais desvantagens do ensino à distância:
Acesso à tecnologia
Nem toda família tem acesso à computadores de qualidade e internet estável. Famílias que não possuem um computador ou não dispõem de internet rápida simplesmente não têm como acompanhar as aulas online, fazer fotos de atividades realizadas ou enviar arquivos grandes.
Disponibilidade
Famílias que possuem um computador e internet de boa qualidade nem sempre estão preparadas para lidar com o ensino online. Famílias com mais de um filho nem sempre tem um computador para cada membro da família. Além disso, a mesma internet que era suficiente para atender a todos os moradores agora está sobrecarregada, com pais e filhos utilizando a conexão ao mesmo tempo para cumprir com suas cargas horárias de trabalho e estudo.
Uso das ferramentas de software
Nem todas as pessoas estão acostumadas a sistemas de reunião online, como Zoom, Google Classroom, Microsoft Teams, etc… Há pessoas que estão experimentando um enorme sentimento de sobrecarga, tendo que lidar não só com a pandemia, mas com o aprendizado de novas tecnologias.
Sobrecarga
Muitas pessoas estão experimentando um aumento significativo da carga de trabalho. Trabalhar de casa não significa trabalhar menos. Além disso, todos estão em casa o tempo todo então o tempo de limpeza da casa e a frequência na limpeza aumentam. Somado a isso há ainda a carga de tarefas dos filhos que precisam ser supervisionadas pelos pais. Pais estão se sentindo professores, profissionais, mães e pais, tudo ao mesmo tempo.
Professores também estão sobrecarregados e têm que aprender a lidar com novas tecnologias, criar materiais que funcionem para o ensino online, tudo isso enquanto lidam com os próprios filhos e com o aprendizado dos próprios filhos em casa.
Vantagens
Da mesma forma, a especialista aponta diversas vantagens que o ensino à distância pode trazer
Possibilidade de revisar o conteúdo
A aula online pode ser assistida quantas vezes o aluno precisar. O aluno pode pausar para fazer anotações, copiar diagramas da internet. O ensino se torna mais interativo e acessível para os alunos.
Estude no seu ritmo
O aluno pode estudar no seu próprio ritmo. Cada aluno prepara a suas tarefas na sua velocidade, sem a pressão de fazer as coisas na mesma velocidade e da mesma forma que os colegas.
Pais têm contato com o universo dos filhos
Agora sabemos exatamente o que os nossos filhos estão aprendendo na escola, o que eles gostam mais e o que têm mais dificuldade. Sabemos o quanto de tempo eles precisam para entender determinado conteúdo e entendemos melhor como a escola funciona.
As crianças estão aprendendo habilidades novas
Crianças aprendem rápido e se adaptam mais fácil que os adultos às novas tecnologias. As aulas online estão preparando os nossos filhos para o trabalho do futuro.
Estamos aprendendo novas formas de ensinar e aprender
Sim, tem sido desafiador. Contudo já estamos a ver os primeiros sinais de coisas que tem funcionado muito bem no ensino online. Estamos criando soluções para lidar com o deslocamento, condições climáticas e ausências por motivos médicos. A pandemia nos forçou a ser criativos, a pensar em novas soluções e melhores maneiras de aprendizado.
Veredicto
Evelyn pondera o panorama geral da educação à distância: “Como podemos ver, o ensino à distância tem vantagens e desvantagens. Nos demanda muito tempo, mas aprendemos muito com a experiência. O verdadeiro desafio é não deixar o nosso papel de pais para assumir o papel de professores. Somos e continuaremos a ser pais sempre. Essa é a nossa relação mais importante. Aconteça o que acontecer o ensino nunca deve ser o preço da nossa relação com os nossos filhos.”
*Fabio Carneiro é professor de Física no Curso Positivo. Divulgação
Fabio Carneiro*
Nesse momento conturbado, o impacto nas escolas acabou distanciando os professores de seus alunos. Esse fato trouxe uma necessidade de adaptação por parte das instituições e a grande maioria delas seguiu o caminho óbvio: fez entrar em cena as aulas on-line. A verdade é que a pandemia foi um catalisador desse recurso, pois todos os profissionais da educação sabiam que, em algum momento, essa chave iria virar – e isso aconteceu mais rápido do que imaginavam. Mas será que esse modelo pode ser aplicado para crianças do Ensino Fundamental?
As crianças são muito atentas e, como dizem, são verdadeiras esponjas, absorvem muito do que os pais fazem. Posso afirmar que, nesse cenário, o exemplo não é uma forma de educar – e sim, a única existente para educar os filhos. Portanto, crianças atentas aliadas a bons exemplos, a educação acontece. Desde o momento em que os pais conversam ao telefone celular enquanto dirigem, discutem entre si usando palavras inapropriadas, chegam na escola e, com “pressa”, escolhem a fila dupla ou uma vaga não permitida para estacionar rapidinho, elas estão atentas. Percebem também aquele bom dia aos inspetores, a cordialidade em permitir a passagem de um pedestre e o apoio dado à professora com elogios.
Em alguns casos, as crianças, fora da supervisão dos pais, vivenciam situações conflitantes com colegas de sala, inimizades dentro da própria turma e até situações desconfortáveis com os professores, como responder uma pergunta que não prestou atenção ou ler um texto para a turma (sei disso porque era sempre o escolhido). Podemos admitir que a escola é um grande ensaio da vida adulta e deixar que as crianças resolvam os seus problemas, em determinados casos, com os pais atuando como meros observadores, é uma excelente dica para gerarmos adultos autônomos, seguros e com forte autoestima.
O isolamento trouxe uma preocupação com as aulas que estão sendo “perdidas”. E o conteúdo, será reposto? Pois bem, essas aulas são somente um fragmento do universo de aprendizado que elas vivenciam dentro do ambiente escolar com tantas diversidades. A educação, para as crianças, é algo que ocorre o tempo todo e com as mais variadas situações. Portanto, mesmo no isolamento, elas estão absorvendo conhecimento e sendo educadas. Aproveitemos essa oportunidade única para contribuir positivamente na educação dos nossos filhos. Existe um mundo de experiências, valores, atitudes, amor e gratidão, além de muitas sensações a serem descobertas e que podemos mostrar a eles por meio de exemplos. E então, vamos praticar a educação neste isolamento?
*Fabio Carneiro é professor de Física no Curso Positivo.
Parceria com o Descomplica, serviço de preparação para o Enem, oferecerá acesso universal, ilimitado e assinatura gratuita durante a pandemia
Benefício é concedido de forma imediata e automática, para clientes com planos ativos do Prezão da Claro
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, milhares de jovens brasileiros se afastaram das salas de aula em função do isolamento social, muitos deles sem condições de seguir o estudo a distância. E esse cenário se torna ainda mais desafiador para aqueles estudantes que prestarão o Enem 2020 e contam muitas vezes apenas com o celular para se preparar. Embora o exame tenha sido recentemente adiado, o período de isolamento social requer que os estudantes se preparem a distância, e o acesso a este conteúdo e à internet tem sido um desafio para muitas pessoas que perderam renda ou emprego durante a pandemia.
Com o propósito de ajudar essa parcela da população, a Claro se uniu ao Descomplica, uma das principais plataformas de preparação online para o Enem. A partir de agora, todos os clientes do Prezão da Claro terão acesso gratuito à plataforma de estudos e sem consumir o plano de internet móvel. Tudo por meio do smartphone, que em muitas casas é a única forma de acesso. E válido para planos diários, semanais ou mensais. A assinatura do serviço Descomplica tem custo mensal de R$19,99 e será cedida gratuitamente pela parceria. Além disso, a Claro arcará com o custo de navegação para assistir as aulas e acessar todos os conteúdos.
A parceria das empresas prevê acesso gratuito ao Descomplica para os clientes do Prezão da Claro até a realização da prova do Enem 2020. O dimensionamento da rede levou em consideração os cerca de 6 milhões de estudantes que se inscrevem anualmente e, caso a demanda seja maior que a esperada, o comitê de crise da operadora poderá rever a oferta para manter o acesso normalizado.
“Sem as aulas presenciais, a internet se tornou ainda mais fundamental para os estudos. Com a parceria do Descomplica e o Prezão da Claro, queremos garantir acesso a quem mais precisa. Além da melhor conectividade móvel, com o 4.5G mais rápido do Brasil, vamos colaborar no fomento à educação nessa parceria inédita com o Descomplica. Juntos, Claro e Descomplica garantem acesso universal, ilimitado e gratuito a conteúdos educacionais para a nossa população mais carente, um dos pilares apoiados pela Claro por meio do Instituto Claro e para o qual o Descomplica se dedica há muitos anos, declara Paulo César Teixeira, CEO Unidade de Consumo e PME da Claro.
Cultura, Educação e Cidadania como pilares
Por meio do Instituto Claro, a Claro mantém diversas ações e parcerias voltadas para levar educação a quem mais precisa. Uma delas com o Unicef em iniciativas como o combate à distorção idade-série, que resulta em abandono escolar, e para a formação de educadores em todo o país.
Além da educação, cultura e cidadania também são foco da atuação do instituto. Nesse sentido, a Claro vem apoiando diversas iniciativas filantrópicas com arrecadação revertidas para a Central Única de Favelas – CUFA para apoiar o projeto Mães da Favela. A ação promovida pelo Instituto Claro acontece em diversas frentes: doações em lives, campanha de voluntariado dos colaboradores da empresa (Conexão Voluntária), e junto aos clientes – inclusive com a possibilidade de trocar pontos do programa de fidelidade da Claro (Claro clube) por doações.
Claro e as ações em meio a pandemia
Desde o começo da quarentena, a Claro tem colocado em prática diversas ações para ajudar a sociedade. Sempre com foco em oferecer conectividade para acesso à informação segura e conteúdo de qualidade, disponibilizou desde WiFi gratuito até bônus de internet móvel e abertura de canais na TV por assinatura.
A Claro também reforçou ações de cidadania e educação. Atuou na implantação de conectividade em aldeias indígenas e hospitais de campanha, além de contribuir para soluções de dados de deslocamento para auxiliar autoridades na adoção de políticas públicas de isolamento.
Além disso, recentemente lançou a campanha “Deixe o Sol Entrar”, um convite às pessoas diante do cenário atual. O filme da campanha materializa o contexto do momento, no qual é necessário assistir o mundo pelas janelas reais e virtuais.
Prezão da Claro
Além do acesso ilimitado ao Descomplica, sem custo adicional e sem descontar da internet do plano móvel, o Prezão da Claro pode ser contratado por dia, semana ou mês. Promocionalmente, nas modalidades semanal e mensal, o cliente recebe o dobro da internet contratada, além de ligações ilimitadas e mensagens por WhatsApp também sem descontar da franquia.
Sobre o Descomplica
O Descomplica é a maior plataforma online preparatória para o Enem. Oferece aulas ao vivo, aulas gravadas, plano de estudos, material de apoio e exercícios online até o Enem.
Especialistas em metodologias e tecnologias educacionais pretendem capacitar, gratuitamente, 1 milhão de educadores em 2020
O fechamento das escolas por conta da pandemia de coronavírus virou a vida dos professores de cabeça para baixo: da noite para o dia abandonaram as salas de aula e tiveram que aprender a lecionar de suas casas, com as ferramentas que dispõem – que muitas vezes se limitam a um smartphone, alguns livros e muita boa vontade.
Acontece que os estudantes, em suas casas, precisam muito mais do que uma conexão wi-fi e uma tela para absorver o conteúdo das aulas remotas. “Acostumado com milhares de estímulos diariamente, em todas as plataformas, é muito difícil que um estudante fique concentrado 50 minutos em uma única tela, prestando atenção em um professor falando sobre velocidade e aceleração, ou demonstrando um teorema, por exemplo”, afirma o professor de Física e Cálculo Diferencial José Motta, um dos fundadores da Moonshot Educação – uma startup voltada à metodologias e tecnologias educacionais.
Sem experiência em aulas on-line, professores correm em busca de treinamento
“Estamos atravessando, no cenário da educação, um período de múltiplas experiências para gestores, professores, alunos e familiares. Nesse sentido, o currículo não estava adaptado para um novo formato, bem como, os professores não estavam preparados para ensinar de maneira remota”, ressalta Motta. Uma pesquisa do Instituto Península revelou que, mesmo após seis semanas de isolamento, 83% dos professores brasileiros ainda se sentem nada ou pouco preparados para o ensino remoto. Quase 90% deles nunca tinham dado aula virtualmente antes da pandemia e 55% não tiveram qualquer suporte ou capacitação durante o isolamento social para ensinar fora do ambiente físico da escola. O levantamento mostra ainda que 75% dos professores gostariam de receber apoio e treinamento neste sentido.
Pensando nesse público, a Moonshot Educação lançou uma meta arrojada: transformar a vida de 1 milhão de educadores até o final de 2020. Oferecendo capacitação gratuita na internet, a Edtech formada por três professores apaixonados por suas carreiras já está colhendo frutos: na primeira semana de cursos on-line – 11 a 15 de maio – conseguiu impactar mais de 40 mil pessoas ao vivo e as aulas sobre ensino remoto tiveram mais de 80 mil visualizações pelo YouTube.
A professora de Inglês Angela Musskopf, de Ivoti (RS), se intitula um bichinho da goiaba: “vou fuçando aqui, fuçando ali e descobrindo ferramentas, modos de usar e tenho compartilhado isso com meus colegas”, conta. Em busca de mais inovação no ensino remoto, encontrou as aulas da Moonshot no YouTube e compartilhou o link com outros professores. “Recebi vários agradecimentos dos meus colegas por ter compartilhado o link porque eles, de fato, fizeram o curso e acharam fantástico, assim como eu”, afirma. “É muito confortante conhecer pessoas que dedicam algumas horas sem custo para compartilhar seus conhecimentos em prol da Educação, do crescimento profissional e pessoal dos educadores”, diz Angela.
“Eu vibro com cada aula e fico contando as horas para chegar a próxima. É um curso cheio de informação, direto, dinâmico, bem montado, bem conduzido”, afirma a consultora pedagógica paulista Barbara Porto, que participou de todos os módulos da primeira semana. As aulas on-line, ao vivo, apontam caminhos de trilhas síncronas e assíncronas para o Ensino Remoto Intencional e para a adoção de novas metodologias e tecnologias educacionais. “O curso me deu uma luz sobre como apresentar, de forma simples, organizada e eficaz, ferramentas para os professores e gestores com quem trabalho e acho que pode ajudar milhares de educadores de todo o Brasil. Claro, existem limitadores como falta de acesso à internet, falta de formação dos professores e de diálogo com famílias e alunos e mesmo falta de equipe técnica nas escolas, principalmente em comunidades mais carentes, mas temos que nos mover de forma mais intencional nesta direção”, ressalta.
Fundamentadas em metodologias ativas de ensino, as aulas da Moonshot provocam os educadores não apenas para o momento de ensino remoto, mas possui um olhar para o retorno das aulas presenciais e para o futuro da Educação. “A pandemia acelerou um movimento que iniciamos há alguns anos no Brasil, mas que vinha sendo muito lento”, afirma Motta que, só em 2019, proferiu mais de 200 palestras para educadores de todos os estados brasileiros. “Em apenas uma semana de aulas on-line, atingimos cinco vezes mais educadores que durante todo o ano passado”, revela Motta, que pretende alcançar 200 mil profissionais na segunda fase do programa gratuito de aulas, que acontece na primeira semana de junho, no canal da Moonshot Educação do Youtube. As inscrições estão abertas pelo link https://moonshotedu.com.br/.
Já faz mais de um mês que nossas vidas mudaram, por completo, em razão do isolamento social imposto para amenizar a propagação da Covid-19. Com isso, as rotinas de trabalho e de estudo foram as mais afetadas, pois nossas casas transformaram-se em “escritórios” e em “salas de aula”, onde passamos a nos conectar com nossos colegas de trabalho e de estudo, chefes e professores por meio de plataformas online.
Embora tal recurso proporcione maior praticidade, também pode nos levar à exaustão, pois, enquanto numa empresa ou colégio, interagimos a todo o momento com as pessoas que estão ao nosso redor, numa aula online, por exemplo, centramos toda a nossa atenção para uma tela, sem alterar a posição do corpo por um bom tempo, tornando-se algo cansativo. Pensando nisso e numa forma de tornar os ambientes virtuais mais interativos e personalizados, a Agência Casa Mais, pioneira em Realidade Virtual no Brasil (VR), desenvolveu a plataforma REUNI, uma solução de Web Conferência que utiliza a tecnologia VR e avatares 3D para encontros online semelhantes ao presencial.
“Trata-se de uma solução em Realidade Virtual que tem como objetivo aprimorar não somente a estética das conferências online, mas, sobretudo, a experiência de imersão dos usuários, ajudando na assimilação do conteúdo de forma assertiva em um cenário totalmente interativo, imersivo e lúdico”, afirma Fabio Costa, CEO da agência. Uma das áreas de atuação da plataforma é na educação, por meio de aulas imersivas dentro de uma sala de aula virtual, que aproxima professores e alunos.
Para isso, segundo Costa, a plataforma utiliza de ferramentas interativas e dinâmicas que favoreçam a concentração dos alunos e viabilizem melhorias nas metodologias de ensino e na apresentação dos conteúdos virtuais, em um formato totalmente imersivo.
E como funciona? O CEO afirma que o processo é simples: “O professor pode personalizar a sua sala, oferecendo computadores virtuais e blocos de notas para os alunos. Ele pode, também, andar pelo ambiente, utilizar uma lousa para mostrar o conteúdo da matéria e, até mesmo, fazer uma pesquisa no Google, utilizando um navegador que é ativado por comando de voz”.
Além disso, Costa afirma que todo esse conteúdo pode ser espelhado nos computadores virtuais dos alunos, incluindo vídeos 360 graus, os quais lhes permitem se movimentarem pelo ambiente virtual por meio da utilização do mouse. Para fazer tudo isso, o professor precisar apenas colocar os óculos de Realidade Virtual, que já contém todo o projeto personalizado, o qual foi instalado pela equipe REUNI. E, se a sala de aula estiver barulhenta, é possível silenciar os áudios dos estudantes.
Já o aluno, de acordo com Costa, necessita apenas instalar o software em um PC ou Mac ou, até mesmo, realizar o acesso no site da plataforma REUNI, inserir uma cor para o avatar e o seu nome. “Ele pode aproveitar melhor a aula utilizando o zoom na tela do seu computador virtual e tirar as suas dúvidas via chat ou por meio do sistema de áudio 3D, sempre acompanhando a movimentação do professor, por meio do cenário 360°”. Para estudar posteriormente, basta utilizar o bloco de notas e o sistema de gravação da aula em vídeo, cujos arquivos são armazenados no mesmo computador utilizado para assistir à aula.
Mas não para por aí, a plataforma também oferece experiência semelhante para reuniões em home office, treinamentos remotos e até plantão virtual de venda de imóveis, com a possibilidade de um tour virtual pelo imóvel. “Precisamos ficar em casa, mas também precisamos trabalhar. No meio desse impasse, o home office foi a solução adotada por muitas empresas, porém, para que esse modelo funcione da melhor forma, é preciso utilizar ferramentas adequadas e funcionais neste novo cenário que estamos vivendo”, afirma Costa. Assim, nada melhor do que uma experiência virtual mais realista, como a proporcionada pela REUNI.
Após mais de um mês do início do isolamento social devido à pandemia, palavras como homeschooling, educação online, e-learning, e-cafe e e-meeting já se tornaram parte do vocabulário cotidiano. Quem diria que a transformação digital iria chegar para todos de uma maneira tão abrupta! E se muitas pessoas já estavam acostumadas a fazer reuniões via videoconferência, o mesmo não se pode dizer da educação digital.
Acabamos conhecendo, pela dor, seu funcionamento e benefícios. Principalmente quem tem filhos em idade escolar sabe do que estou falando. Segundo o Banco Mundial, são mais de 1,6 bilhão de crianças e jovens que estão fora da escola em 161 países. Isso é quase 80% dos estudantes matriculados no mundo!
Com o que devemos nos preocupar, sendo um impacto imediato para crianças e jovens? Alguns fatores importantes são as perdas na aprendizagem e o aumento das taxas de abandono escolar, por exemplo. Nosso país tem um sistema de ensino muito desigual, e esses impactos negativos serão sentidos principalmente pelos mais pobres.
E os métodos de ensino são os mais diversos. Desde a escola que colocou todos online e encheu os estudantes de lição de casa digital com algumas poucas interações, até os profissionais que conheceram e aprenderam “na marra” a utilizar Plataformas de Aprendizagem Massiva (MOOCs). Inclusive algumas delas aumentaram em até 10x o número de usuários online. Isso sem dizer também as empresas que faziam suas formações presenciais e agora têm obrigatoriamente que fazê-las a distância.
Como profissional de educação digital tenho algumas preocupações quanto ao uso incorreto de metodologias e tecnologias sem técnica ou preparação. Até porque famosa máxima de “one size fits all” não funciona bem neste segmento.
O simples fato de ligar uma câmera e começar a falar, ou realizar uma live no Instagram não vai fazer com que as pessoas aprendam. O mesmo com quem tem a genial ideia de apenas pegar os slides de um treinamento presencial e enviá-los para a turma. O conteúdo não será magicamente absorvido.
A interrupção do ano letivo atrapalha completamente a vida de alunos, pais e professores. E medidas podem ser tomadas para reduzir o impacto. O aprendizado baseado em neurociência tem fases e existem excelentes ferramentas digitais para cada uma delas.
O primeiro passo é despertar a atenção e interesse das pessoas para a importância do conteúdo. E, para isso, é sim possível usar um vídeo curto que mostre qual o benefício do que é aprendido ou onde e quando será possível utilizar este aprendizado.
Depois é necessário que o aluno consuma o conteúdo em si. Agora que o contexto já é conhecido, é possível compartilhar um texto ou mesmo um curso digital.
Na sequência é necessário que se façam testes ou simulações em ambientes controlados onde o erro é permitido. Somente assim, ao avaliar a absorção dos conhecimentos, que se terá o feedback necessário para aparar as arestas e percorrer o caminho do aprendizado da maneira certa.
Após estas três etapas é hora da prática. Será necessário ter um canal aberto com outras pessoas para tirar dúvidas, além de disponibilizar uma FAQ e até guias de ajuda para o dia a dia. Este último recurso pode ser desde uma simples anotação até o suporte de robôs com inteligência artificial. Aqui vai da necessidade e a criticidade do conteúdo.
Com estes momentos superados, a “mágica” da aprendizagem tem maior chance de sucesso.
A dica aqui é bem simples: use e abuse das maravilhas da tecnologia para a educação. Mas, por favor, se atente à importância de adotar um método e ter organização. Somente assim haverá a garantia de que o processo seja eficaz, não apenas uma alternativa de entretenimento durante a pandemia.
Do dia para a noite, vivenciamos uma mudança em nossa rotina até então não imaginada. Escolas e faculdades fecharam suas portas, estudantes e professores estão em suas casas, estudando e ensinando. Mas, por que de fato tudo isso está acontecendo? Estamos em 2020. Temos um inimigo invisível que nos deixou em isolamento social e não podemos mais nos aglomerar, muito menos frequentar uma sala de aula. Uma gripe, causada pelo coronavírus que, até o momento não tem cura, assola o mundo em números exorbitantes de doentes e mortes e, para evitarmos contágio e aceleração da doença, a recomendação é que fiquemos nos resguardando em nossas casas.
Contudo, essa mudança fez com que a educação básica brasileira, primordialmente presencial, fosse transformada, a toque de caixa, em um ensino on-line. Sem precedentes, nós professores, iniciamos uma batalha, contra nós mesmos, e montamos um arsenal em nossas casas para dar conta de uma demanda para uma única missão, talvez inédita em nossas vidas: continuar com nossa tarefa de ensinar, remotamente, em home office. Vimo-nos diante do desafio de trocar nossa turma de alunos por câmeras e microfones. Estudantes nos substituíram pelo computador. Agora, os vídeos são nossas salas de aula, o teclado e o mouse são nosso quadro e giz.
Entretanto, eis que se dá início ao Ensino Não Presencial, com características de uma Educação a Distância (EAD), mas longe de ser caracterizada como uma modalidade de ensino. Torna-se, então, primordial a abertura para uma discussão acerca dessa temática, o que significa que é indispensável que essa dicotomia seja explicada, uma vez que há diferença entre Ensino Não Presencial e Educação a Distância, mesmo que sejam complementares. Alguns especialistas têm chamado esse período de flexibilização temporária da EAD, embora as características entre as duas sejam semelhantes, vamos analisar a separação que há entre a EAD e o Ensino Não Presencial.
A Educação a Distância (EAD), de acordo com a definição do MEC (Ministério da Educação), “é a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos”. Ainda que, carregada de pré-conceitos, fez-se essencial adotar tal metodologia nesse período de pandemia e isolamento, pois é consoante ao que temos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em que diz que “o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais”. E estamos em uma situação emergencial. Crianças e jovens não frequentam o ambiente escolar desde março e estão em suas casas desfrutando de aulas on-line.
Por conseguinte, ao comparar a EAD com o Ensino Não Presencial, percebemos que estamos tratando de duas frentes, de momentos e de modalidades diferentes. Para que a educação no país não parasse, o Ensino Não Presencial foi uma adaptação necessária, momentânea e emergencial, em que os professores, de suas residências, estão replanejando e reinventando o ensino para manter o andamento do ano letivo. As aulas e atividades, que antes eram realizadas presencialmente, agora são enviadas através de ambientes virtuais e meios digitais, que são as tecnologias de comunicação e informação já utilizadas na EAD.
Para concluir e fortalecer o exposto, o CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou um parecer sobre a oferta de atividades não presenciais em todas as etapas da educação, sendo a partir do Ensino Fundamental o cumprimento da carga horária obrigatória em Ensino Não Presencial. “A comunicação é essencial neste processo, assim como a elaboração de guias de orientação das rotinas de atividades educacionais não presenciais para orientar famílias e estudantes, sob a supervisão de professores e dirigentes escolares”, assim diz o texto.
Mariane Kraviski é mestre em Educação e Novas Tecnologias pelo UNINTER e professora da Área de Educação, da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter
Nos últimos dias, tenho recebido muitas mensagens de colegas professores pedindo ajuda para utilizar a tecnologia para o planejamento de suas aulas. “Como posso gravar um vídeo?”, “Qual o melhor programa ou aplicativo?”, “Como prender a atenção dos estudantes em uma live?”, “Como fazer uma live?”
Enfim, inúmeras dúvidas que estão chegando para que eu possa auxiliá-los de alguma maneira. Sim, esse cenário é atual, estamos em meados de abril e em plena quarentena nos resguardando da pandemia do coronavírus que assola nosso país e o mundo. Esses tipos de pedidos de ajuda esporadicamente chegavam a mim e, normalmente, surgiam na própria sala de aula, em disciplinas relacionadas ao uso de tecnologias ou vinham de algum colega mais próximo. Mas, e agora? Como dar aula a distância se não estou preparado para isso?
Presenciar essas mudanças aumenta minha crença na importância de formar professores para o uso das tecnologias na educação. Dedico minha pesquisa acadêmica a esse tema por pelo menos quatro anos e venho sustentando essa teoria de que professores precisam ter em sua formação inicial o contato com a educação a distância ou buscar em uma formação continuada esse conhecimento.
No entanto, nessas últimas semanas, participar dessa disrupção na educação, em que professores têm que readequar sua prática para dar aulas, mudar suas estratégias e metodologias, traz a certeza da importância da formação do professor para o uso das tecnologias. Parece tão simples ligar o celular, conectar a câmera e gravar uma aula, “Você vai conseguir se virar sozinho, é fácil, não é possível que não entenda”. Mas sabemos que não é fácil e nem simples, pois somos capazes de perceber que nos exige um mínimo de conhecimento e de expertise.
As escolas estão se adaptando à nova demanda, as políticas públicas estão abrindo portarias para a legislação educacional, a educação a distância está mais presente do que nunca. Professores estão gravando aulas e ensinando de suas casas, os alunos aprendendo de suas casas. O MEC driblou a LDB e autorizou as escolas de educação infantil e ensino fundamental a substituir aulas presenciais por aulas a distância. Grupos de professores e especialistas estão se unindo para disseminar conhecimento, com dicas, lives e encontros de como dar aula em vídeo.
Vemos que medidas estão sendo tomadas, há uma transformação na educação que está mexendo com todos e percebemos que o trabalho virtual requer capacidades que não foram alcançadas para este novo contexto.
Formar professores oriundos de outra geração para atuação no contexto atual evidencia-se como uma das problemáticas para a equipe gestora. Este cenário ainda é repleto das tendências educacionais, que se configuram com a incorporação de novas roupagens para as temáticas de necessidade constante de inovação nas práticas pedagógicas, com discursos de ambientes enriquecidos com tecnologias.
Talvez os professores não tenham tido a oportunidade de realizar uma formação específica para atuar na EAD. Quando são convidados para ministrar disciplinas na EAD, percebemos que apresentam uma certa resistência com a atuação nessa modalidade e com a utilização das tecnologias educacionais. São profissionais que possuem uma vasta experiência no ensino presencial, mas que nunca atuaram nesse campo.
São docentes formados em licenciaturas, mas que não cursaram uma disciplina da grade curricular de seu curso de formação inicial, que visasse a utilização das tecnologias educacionais como base a utilização de ambientes virtuais ou como recurso para o ensino de diversas disciplinas a distância. Consequentemente, deparam-se com esse conhecimento em uma formação continuada, fator este gerador de preconceitos com esta modalidade.
Diante desses fatos, concluímos que são novos tempos e precisamos nos reinventar. Depois que tudo passar, será o momento para dar mais valor à EAD e buscar por formações complementares para auxiliar com a tecnologia, com a inovação e estar preparado para essas transformações.
Mariane Regina Kraviski é mestre em Educação e Novas Tecnologias e professora da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.
José Pio Martins, economista, é reitor da Universidade Positivo Créditos: Divulgação
José Pio Martins*
A sala de aula é um ambiente de ensino-aprendizagem eficiente e tem sido ao longo dos séculos o local mais importante para o desenvolvimento educacional. A sala de aula pode ser chamada de “primeiro ambiente de aprendizagem”. Essa denominação decorre de que, com o surgimento das tecnologias da comunicação, da informação, da computação, da telefonia móvel, da Internet e, agora, da inteligência artificial, surge um “segundo ambiente de aprendizagem”, que está permitindo a explosão, com eficiência, das ferramentas de educação à distância.
A existência desses dois ambientes recomenda entender o processo de ensino-aprendizagem em pelos menos três momentos: antes da aula, durante a aula e após a aula. Nesse novo contexto, o agente mais importante do processo educacional é o estudante. O pesquisador, o professor, o produtor de conteúdos e os instrutores continuam com seu relevante papel e serão sempre indispensáveis. Entretanto, as ferramentas e os recursos à disposição do estudante são tantos e de tal ordem sofisticados que as possibilidades de estudo e aprendizagem se multiplicam e se diversificam.
No segundo ambiente, o professor e o produtor de conteúdos continuam com sua tarefa de preparar as aulas e as orientações no momento “antes da aula”. O que muda é o formato, o material e o estilo de explicação. Os meios não se limitam a textos e imagens em papel, mas se estendem a vídeos, filmes e um elenco de instrumentos tecnológicos de exposição de texto, som, imagem, interações, conexões e intercâmbio. Os materiais e as fontes de conteúdo não se limitam mais a apenas o que está em si mesmos, mas fazem interface com uma rede de links, referências e remissões.
Quando o momento “antes da aula” é bem desenvolvido e de qualidade, o momento “durante a aula” muda, é decidido a executado pelo estudante, torna-se diversificado, logo, mais bem-aproveitado. O mais importante com a revolução das tecnologias sofisticadas está na educação à distância (EaD), ou seja, o formato em que o estudante pode estar em um lugar e o professor em outro, podem estar disponíveis em horários diferentes e sem a dependência de horário e local físico fixo.
A EaD não é uma panaceia para todos os males da educação, mas é uma solução disruptiva, a mais importante produzida nos últimos séculos, pelo elenco extenso e sofisticado de soluções para o processo de ensinar e aprender, em especial a já citada eliminação da necessidade de contato físico entre aluno e professor. O resultado mais expressivo é a possibilidade de uma mesma aula, expositiva, gravada e disponibilizada em meios eletrônicos e ambientes virtuais, poder ser assistida por milhões de alunos, vista, repetida e multiplicada quase indefinidamente.
O que a EaD faz é eliminar barreiras e restrições ao processo de ensinar e aprender, como a já mencionada distância entre professor e aluno, e mais: a EaD não abandona nem dispensa o contato físico e o relacionamento entre estudantes, especialmente na aquisição de habilidades que dependem de aulas práticas em máquinas e laboratórios. A EaD incorpora os elementos da aula presencial, não concorre com eles nem desfaz de sua imensa importância, e se soma aos métodos a atividades da sala de aula.
Talvez o aspecto mais essencial neste cenário novo seja entender que a EaD não destrói o que funcionou até hoje centrado na sala de aula, mas acrescenta um leque de possibilidades e métodos tão grande que amplia as opções de escolha para ensinar e aprender. E quanto mais a tecnologia vai criando novos recursos e novas ferramentas, mais as opções do EaD crescem e se expandem. Não se trata de isso “ou” aquilo, mas de isso “e” aquilo. A EaD veio para ficar.
*José Pio Martins, economista, é reitor da Universidade Positivo.
Em conformidade com as recomendações de isolamento social diante da pandemia do Covid-19, a Escola da Assembleia está ofertando vários cursos online. As aulas presenciais estão suspensas, mas para quem deseja se capacitar a escola continua levando conhecimento.
“No momento, estamos disponibilizando 29 cursos em parceria com o Instituto Legislativo Brasileiro (ILB). É uma ótima oportunidade para aqueles que querem aproveitar o tempo estudando”, afirma o diretor, professor João Maria de Lima.
A carga horária dos cursos varia de 10h a 60h e versam sobre variados temas. Para aqueles que estão se preparando para prestar concursos estão disponíveis, por exemplo, cursos como Conhecendo o novo acordo ortográfico, Introdução ao Direito Constitucional, Introdução ao Direito do Consumidor, entre outros.
Acesse o link:
http://www.al.rn.gov.br/portal/escola/p/cursos-ead
Veja nossos cursos abaixo:
Assédio Moral e Sexual no Trabalho
Carga horária: 6h
Cerimonial no Ambiente Legislativo
Carga horária: 40h
Conhecendo o Novo Acordo Ortográfico
Carga horária: 20h
Desenvolvimento de Equipes
Carga horária: 10h
Dialogando sobre a Lei Maria da Penha
Carga horária: 60h
Direito Administrativo para Gerentes no Setor Público
Carga horária: 35h
Doutrina Política: Liberalismo
Carga horária: 20h
Doutrina Política: Novas Esquerdas
Carga horária: 20h
Doutrinas Política: Social Democracia
Carga horária: 20h
Doutrina Política: Socialismos
Carga horária: 20h
Estado e Organizações da Sociedade Civil: Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC)
Carga horária: 20h
Ética e Administração Pública
Carga horária: 40h
Excelência no Atendimento
Carga horária: 20h
Fundamentos da Integração Regional: O Mercosul
Carga horária: 40h
Gestão Estratégica com foco na Administração Pública
Carga horária: 40h
Introdução ao Controle Interno
Carga horária: 40h
Introdução ao Direito Constitucional
Carga horária: 40h
Introdução Ao Direito Do Consumidor – (Parceria ILB/Anatel)
Carga horária: 40h
Introdução ao Orçamento Público
Carga horária: 40h
Lei de Acesso à Informação (Parceria ILB/UFMG)
Carga horária: 12h
O Poder Legislativo
Carga horária: 40h
O Poder Legislativo Municipal no Brasil
Carga horária: 20h
Ouvidoria na Administração Pública (Parceria ILB/CGU)
Carga horária: 20h
Ouvidoria no Ambiente Legislativo Municipal
Carga horária: 35h
Política Contemporânea
Carga horária: 60h
Processo Legislativo Federal
Carga horária: 45h
Processo Legislativo Regimental-
(Parceria ILB/TV Justiça)
Carga horária: 25h
Relações Internacionais: Teoria e História
Carga horária: 60h
Bruno Giannini, Diretor Regional do Canvas no Brasil
A educação a distância tem crescido exponencialmente em todo mundo. No Brasil, esta realidade não é diferente. Apesar de o número absoluto de estudantes que ingressam em cursos de graduação presencial (2.142.463) ainda ser superior ao da educação a distância (843.181), o número de matrículas cresceu 297,3% nos cursos a distância entre 2006 e 2016.
As perspectivas são animadoras, mas muitas vezes um elemento importante é esquecido: os professores. É necessário compreender o papel essencial que os professores a distância exercem na educação. Estas são cinco das principais funções do professor nos cursos EaD.
O tratamento é mais personalizado
Pode parecer contraditório, mas apesar de professor e aluno não se verem pessoalmente, o tratamento nos cursos online é geralmente mais individualizado. Ao trabalhar com um ambiente virtual de aprendizagem, o software fornece dados que permitem ao professor identificar o desempenho aluno de forma personalizada, incluindo suas leituras, tempos de resposta e progresso no conteúdo.
Você tem que responder muitas perguntas
Lembre de todas as vezes que você pensou em uma pergunta na sala de aula e sentiu vergonha de fazê-la, ou ela foi respondida indiretamente pela pergunta de outro colega de classe. Na educação a distância isso não acontece. Os alunos tendem a fazer mais perguntas do que em cursos presenciais, e o professor deve respondê-las individualmente, embora em muitos LMS existam fóruns que buscam reduzir o número de perguntas.
Perde protagonismo, mas não importância
A imagem de um professor dando palestras para alunos que ouvem com atenção e admiração nunca será vista na educação à distância. Embora existam vídeos do professor, o protagonista do curso online é o aluno. O professor vai para o segundo plano, mas não deixa de ter uma tripla função como professor, conselheiro e tutor. Plataformas como o Canvas foram criadas especialmente para os alunos, com o facilitar sua aprendizagem, não importando onde estejam. Isso pode nos fazer pensar que o professor não é importante. Certamente não é o protagonista, mas sem uma pessoa encarregada de ensinar, o programa não pode ser realizado.
Está mais envolvido nos processos
Por se tratar de uma tecnologia em constante desenvolvimento, um professor de cursos EaD deve estar mais atento à operação da plataforma e ao seu impacto. O professor de cursos a distância também deve fazer recomendações aos desenvolvedores e modificar o conteúdo com base nos resultados dos alunos.
Deve ser um motivador
Muitos alunos a distância deixam o programa porque se sentem desassistidos ou entediados, especialmente quando usam um software de ensino promovido pela empresa onde trabalham. Ainda persiste a ideia de que os cursos à distância são de qualidade inferior aos presenciais, o que se provou falso.
O professor de cursos EaD deve ter a capacidade de incentivar ainda mais seus alunos e isso pode ser conseguido com vídeos interessantes e estimulantes, mas também respostas num curto espaço de tempo, capacidade de avaliar, dedicação para ensinar e até um toque de bom humor.
Bruno Giannini, Diretor Regional do Canvas no Brasil
A educação a distância tem crescido exponencialmente em todo mundo. No Brasil, esta realidade não é diferente. Apesar de o número absoluto de estudantes que ingressam em cursos de graduação presencial (2.142.463) ainda ser superior ao da educação a distância (843.181), o número de matrículas cresceu 297,3% nos cursos a distância entre 2006 e 2016.
As perspectivas são animadoras, mas muitas vezes um elemento importante é esquecido: os professores. É necessário compreender o papel essencial que os professores a distância exercem na educação. Estas são cinco das principais funções do professor nos cursos EaD.
O tratamento é mais personalizado
Pode parecer contraditório, mas apesar de professor e aluno não se verem pessoalmente, o tratamento nos cursos online é geralmente mais individualizado. Ao trabalhar com um ambiente virtual de aprendizagem, o software fornece dados que permitem ao professor identificar o desempenho aluno de forma personalizada, incluindo suas leituras, tempos de resposta e progresso no conteúdo.
Você tem que responder muitas perguntas
Lembre de todas as vezes que você pensou em uma pergunta na sala de aula e sentiu vergonha de fazê-la, ou ela foi respondida indiretamente pela pergunta de outro colega de classe. Na educação a distância isso não acontece. Os alunos tendem a fazer mais perguntas do que em cursos presenciais, e o professor deve respondê-las individualmente, embora em muitos LMS existam fóruns que buscam reduzir o número de perguntas.
Perde protagonismo, mas não importância
A imagem de um professor dando palestras para alunos que ouvem com atenção e admiração nunca será vista na educação à distância. Embora existam vídeos do professor, o protagonista do curso online é o aluno. O professor vai para o segundo plano, mas não deixa de ter uma tripla função como professor, conselheiro e tutor. Plataformas como o Canvas foram criadas especialmente para os alunos, com o facilitar sua aprendizagem, não importando onde estejam. Isso pode nos fazer pensar que o professor não é importante. Certamente não é o protagonista, mas sem uma pessoa encarregada de ensinar, o programa não pode ser realizado.
Está mais envolvido nos processos
Por se tratar de uma tecnologia em constante desenvolvimento, um professor de cursos EaD deve estar mais atento à operação da plataforma e ao seu impacto. O professor de cursos a distância também deve fazer recomendações aos desenvolvedores e modificar o conteúdo com base nos resultados dos alunos.
Deve ser um motivador
Muitos alunos a distância deixam o programa porque se sentem desassistidos ou entediados, especialmente quando usam um software de ensino promovido pela empresa onde trabalham. Ainda persiste a ideia de que os cursos à distância são de qualidade inferior aos presenciais, o que se provou falso.
O professor de cursos EaD deve ter a capacidade de incentivar ainda mais seus alunos e isso pode ser conseguido com vídeos interessantes e estimulantes, mas também respostas num curto espaço de tempo, capacidade de avaliar, dedicação para ensinar e até um toque de bom humor.
O E-learning segue se posicionando como uma das plataformas de estudo preferidas dos estudantes, graças a sua flexibilidade.
2019 seguirá marcando a entrada de novas tecnologias como Inteligência Artificial e Realidade Virtual para otimizar a experiência de aprendizagem dos estudantes.
O ensino a distância vem se posicionando como uma das modalidades preferidas em todo o mundo. O Brasil é um dos países onde a adoção o EaD pelos estudantes tem crescido de forma mais rápida. Segundo dados da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), se o ritmo do número de matrículas de alunos online de mantiver, poderá ultrapassar o ensino presencial tradicional, até 2023.
O que ajudou para esse crescimento foi uma atualização na legislação sobre a regulamentação do ensino a distância no Brasil, fazendo com aumentasse 133% o número de matrículas um ano após essa atualização. Outro fator fundamental pelo aumento da procura são os preços mais acessíveis e a flexibilidade de horário dos cursos, importante para atender uma parcela significativa de estudantes que antes não tinha condições financeiras ou tempo para estudar.
Além disso, o ensino a distância atrai jovens com uma grande oferta de recursos tecnológicos. O e-learning vem adaptando e incorporando novas tecnologias como inteligência artificial e a realidade virtual e aumentada que, além de transformar a forma como os estudantes se conectam com a informação, fazem com que seja cada vez mais atrativo e enriquecedor acessar cursos virtuais.
Smartphones se tornaram a principal ferramenta de pesquisa em todo o mundo. Estes dispositivos permitem que novas tecnologias, como a Inteligência Artificial, contribuam com a aprendizagem dos estudantes adiantando-se às necessidades e personalizando os insumos ao redor de cada participante.
Para 2019, as tendências sinalizam que o uso de materiais audiovisuais e gráficos, como VR e AR, seguirão crescendo, com o objetivo de oferecer aos estudantes uma forma mais divertida e dinâmica. Ainda que isso não seja uma novidade, já que vem se implementando há algum tempo como teste, seus excelentes resultados posicionaram essas novas tecnologias como insumos do futuro, dentro do modelo de aprendizagem adaptativa.
Plataformas de aprendizagem online, como o Canvas, tem transformando seu conteúdo de acordo com as necessidades dos alunos, permitindo-lhes não apenas obter uma recompensa pelo esforço, mas também que as organizações que os levam a aprender gerem climas de trabalho mais estáveis e com menos rotação. Da mesma forma, a dinâmica de gamificação ou de jogos para a aprendizagem continua a ser altamente aclamada por organizações acadêmicas e empresariais que os consideram altamente motivadores para os alunos.
“As novas tecnologias continuam a permitir que alcancemos os alunos com uma oferta muito atraente e altamente interativa que lhes permite cumprir seus objetivos de aprendizado sem esforço em um curto espaço de tempo. No caso do Canvas, os cursos possuem recursos audiovisuais e dinâmicos interessantes que permitem reter informações para uma melhor aplicação do conhecimento no dia-a-dia dos alunos ”, afirma Lars Janér, diretor da Instructure na América Latina.
O futuro sugere que haverá uma maior personalização do conteúdo de acordo com os interesses e necessidades presentes em cada um dos módulos de estudo. Isso significa que o e-learning projeta uma oferta cada vez mais personalizada e disponível com a intenção de transcender o tempo.
Sobre o Canvas
O Canvas conquistou a reputação de ambiente virtual de aprendizagem (AVA) mais confiável porque nos preocupamos com a educação. Desde o início, o Canvas foi projetado para ser aberto, intuitivo e de fácil uso, criando uma melhor experiência de ensino e aprendizado para todos. Com o Canvas, “melhor” inclui uma comunidade apaixonada de educadores, um compromisso com padrões abertos e hospedagem nativa em nuvem para o melhor tempo de atividade, suporte e segurança do setor. Uma interface intuitiva, ferramentas fáceis de usar para engajamento e colaboração e resultados comprovados de aprendizado garantem que o Canvas seja usado por alunos, professores, administradores e pais. A Instructure, criadora do Canvas, conectou milhões de instrutores e alunos em mais de 4.000 instituições educacionais e corporações em todo o mundo. Mais informações sobre o software Canvas em https://www.canvaslms.com/brasil/
Ronilda Nicknich conta com o apoio da filha, Mônica, que se matriculou no mesmo curso para incentivar a mãe
Desde o nascimento de sua segunda filha, na década de 1970, Ronilda Nicknich parou os estudos para se dedicar à família. Hoje, aos 68 anos, com as três filhas formadas, a catarinense conseguiu realizar o sonho de concluir o Ensino Médio e ingressar em uma graduação. Ela conta com o apoio de toda a família, em especial de Mônica, que já é doutora em Direito, mas decidiu fazer mais um curso para acompanhar a mãe.
As duas ingressaram juntas no curso à distância de Teologia Interconfessional, no Centro Universitário Internacional Uninter, em outubro de 2018. Desde então, são companheiras de estudos, conversam sobre as disciplinas, trocam mensagens por WhatsApp quando têm dúvidas e vão juntas ao polo de apoio presencial da Uninter em Florianópolis para fazer provas e apresentar trabalhos. “Eu achei que seria mais interessante fazer o curso junto. Minha mãe sempre leu muito, é uma grande oportunidade tê-la como colega de turma”, diz Mônica.
A filha elogia o zelo e capricho da mãe com os estudos. “Mesmo estando doente e tendo tarefas domésticas, ela está sempre com disposição para colocar as leituras e os trabalhos do curso em dia. Estudar reacendeu a chama da vida da minha mãe”.
Ronilda tem hipotireoidismo e hipertensão, o que dificulta seu ingresso em um curso presencial. A possibilidade de fazer a própria agenda de estudos no EAD foi um atrativo. “O perfil da minha mãe se encaixou muito bem com a proposta da Uninter. Ter à disposição os monitores e o laboratório de informática para quando ela tem dúvidas com o computador também auxilia bastante”, explica Mônica.
Aos domingos, após a escola dominical na Igreja Presbiteriana, toda a família se reúne na casa de Ronilda. “Nós fazemos um paralelo do que vimos no culto com o que estamos estudando. Meu pai gosta de história e sempre acaba se envolvendo. Agora é a hora de a gente retribuir todo o carinho e cuidado que nossa mãe teve conosco”, diz.
Terceira idade no ensino superior
O ensino à distância está oportunizando que a terceira idade ingresse no ensino superior. A possibilidade de estudar em casa e continuar se dedicando à família, além de evitar o stress dos deslocamentos diários, são os maiores motivadores. Na Uninter, são 500 alunos com 70 anos ou mais espalhados nos mais de mil polos de apoio presencial em todo o País.
Sobre o Grupo Uninter
O Grupo UNINTER é o maior centro universitário do país, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e a única instituição de Ensino à Distância do Brasil recredenciada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). Sediado em Curitiba – PR, já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 210 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com mais de mil polos de apoio presencial, estrategicamente localizados em todo o território brasileiro, mantém cinco campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade. Para saber mais acesse uninter.com.