Brasília – Combustíveis têm primeira variação de preço em 2018 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Um dia após consumidores sentirem o aumento dos preços dos combustíveis, a Petrobras anunciou que reduzirá o preço médio de venda para as distribuidoras do gás de cozinha e da gasolina — a partir de amanhã (1º).
A empresa destaca, porém, que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no ponto de venda é afetado por outros fatores — como impostos e margens de lucro da distribuição e da revenda.
Destaca também que a redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia. A empresa busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, preservando um ambiente saudável para os consumidores.
Para o GLP, gás liquefeito de petróleo ou gás de cozinha, a empresa reduzirá R$0,10 por kg, equivalente a uma redução do preço de aproximadamente 4,0%.
Para a gasolina, a redução será de R$0,14 por litro, ou equivalente a -5,3% do preço médio.
Reforça-se que os repasses aos consumidores finais dependem dos postos de combustíveis.
As informações foram divulgadas pela própria companhia nesta sexta-feira (30).
Fonte: Brasil 61
Uma pesquisa feita pela Ipsos mostra que o preço do combustível é a terceira principal barreira para a compra de um veículo pelas famílias brasileiras. O dado foi apurado na versão 2023 da “Ipsos Drivers”, que foi divulgada na esteira do anúncio de reoneração dos combustíveis feito pelo Ministério da Fazenda na última segunda-feira (27).
Foram 1.200 entrevistas que traçaram um ranking dos entraves para o brasileiro ter um veículo. O primeiro motivo foi o alto custo da propriedade (33,4%), seguido pela taxa de juros dos financiamentos e o preço do combustível, razões apontadas por 32,5% dos entrevistados, cada uma.
Preço dos combustíveis
Na última segunda-feira (27), o Ministério da Fazenda anunciou a reoneração no preço dos combustíveis. Contudo, também foi anunciada uma queda no preço médio da gasolina e do diesel por parte da Petrobras para as distribuidoras. Essa redução começou a valer dia 1°: a gasolina passou de R$ 3,31 para R$ 3,18, queda de R$ 0,13 por litro. Para o diesel, o preço médio passa de R$ 4,10 para R$ 4,02, diminuição de R$ 0,08 por litro.
O economista e pesquisador da Unicamp Felipe Queiroz explica como isso impacta quem vai abastecer um veículo: “Por um lado, o governo volta a reonerar e por outro lado a Petrobrás anuncia uma redução nos preços dos combustíveis. E o efeito final dessa medida é uma redução média de 10 a 13 centavos no preço ao consumidor final que tende a ir às bombas”, explica.
Para quem precisa abastecer, essa instabilidade no preço do combustível gera preocupação, como conta a enfermeira Vilma Lobo, de 59 anos. “Essa variação impacta muito no planejamento orçamentário, porque a gente planeja um determinado valor para gastar de combustível e uma hora oscila para mais, uma hora oscila para menos. Mas, ultimamente, é sempre pra mais, a gente está gastando bem mais”, relata.
Reoneração dos combustíveis
Em entrevista coletiva na última terça-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou o motivo da volta dos impostos sobre os combustíveis ter acontecido apenas neste início de março. “Além dos rumores de golpe de estado que circulavam em Brasília, havia a questão da posse do novo presidente da Petrobras, que só aconteceu recentemente, então por essas razões, e apenas essas razões, o presidente decidiu estender a desoneração da gasolina e do etanol até 28 de fevereiro e do diesel e do gás de cozinha por um ano, até o final de 2023”, explicou.
Fonte: Brasil 61
Imagine se fosse possível obter energia usando água como matéria-prima em substituição ao petróleo e ao gás natural, reduzindo a zero a emissão de gás carbônico (CO2) nesse processo.
Decisão depende de questões financeiras, da suas crenças e valores
(Crédito: divulgação)
Quando precisa-se reduzir custos, um dos primeiros questionamentos é em relação ao carro. Muitos conseguem abandonar por completo, mas outros ainda dependem desse meio de transporte. Se for o seu caso, mesmo assim você deve se perguntar o que é melhor: álcool ou gasolina. A resposta mais curta e simples é depende. Isso porque ambos possuem vantagens e desvantagens, basta você colocar na balança e ver o que mais vale a pena para as suas necessidades.
A gasolina é derivada do petróleo e um dos principais combustíveis fósseis do mundo. Por causa das características inerentes à sua produção, ela colabora ativamente para a poluição das cidades, com a emissão de gases de efeito estufa. Além disso, não há comprovações reais de que ela seja a melhor opção para o motor do carro, já que o desempenho dele também depende de outros fatores, como limpeza de impurezas e manutenção. Mesmo com todos esses pontos, o preço da gasolina continua a disparar em vários estados brasileiros.
Apesar de todas essas informações, você pode se perguntar: mas por que, então, as pessoas preferem esse recurso finito de combustível? Existe uma explicação. A gasolina, de fato, possui maior eficiência energética. Portanto, o carro pode rodar por mais tempo com o tanque cheio. Além disso, nem todos os carros são flex – ou seja, permitem abastecer com álcool e gasolina. Por isso, se você percorre semanalmente longas distâncias, essa pode ser a melhor alternativa para você.
Para medir esses gastos, basta saber, que, em média, um carro com álcool entrega cerca de 70% da energia da gasolina como combustível. Isso quer dizer que com gasolina andará cerca de 30% a mais. Para fazer a conta de qual possui a maior eficiência energética, multiplique o valor da gasolina por 0,7 para chegar nos 70% mencionados e compare com o valor do álcool. Esse número, no entanto, pode variar de acordo com o carro e o modelo — carros flex podem fazer uma proporção maior de quilômetros por litro usando etanol.
O etanol, por sua vez, também possui vantagens. Ele é feito a partir de diversas matérias-primas e as emissões são consideradas neutras para o meio ambiente. Portanto, se você é uma pessoa ecológica, saiba que essa opção é a mais sustentável. No Brasil, o etanol é produzido por meio da cana-de-açúcar.
Além do fator de sustentabilidade, o álcool etílico ou etanol é muito mais barato do que a gasolina em algumas regiões. E, como sabemos, o financeiro pode pesar na hora da escolha.