Aprendizagem Interativa: rendimento dos estudos
A aprendizagem interativa é um processo educacional onde os alunos participam ativamente do processo de conhecimento e aprendizado. [Ler mais…]
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Data marca a importância da primeira etapa da educação básica na formação integral das crianças
Dia Nacional da Educação Infantil: Valorizando os Primeiros Passos da Aprendizagem
O Dia Nacional da Educação Infantil é celebrado em agosto no Brasil. A data tem um significado profundo, uma vez que marca a importância da primeira etapa da educação básica na formação integral das crianças. Esta fase, que abrange o atendimento de crianças de 0 a 5 anos, é crucial para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social.
Niton explica que a data foi escolhida em homenagem à Dra. Zilda Arns, pediatra e sanitarista reconhecida pelo seu trabalho à frente da Pastoral da Criança, organização que tem como objetivo a promoção e defesa da vida das crianças, contribuindo de forma significativa para a redução da mortalidade infantil e para a educação infantil no Brasil.
A fase inicial da educação é determinante para a construção de aprendizados fundamentais e para o desenvolvimento integral da criança. Além dos aspectos cognitivos, a educação infantil:
Promover socialização:A criança aprende a conviver com outras, respeitando diferenças e construindo relações.
Desenvolver habilidades socioemocionais: Autoestima, empatia e gestão de emoções são alguns dos aspectos trabalhados nessa etapa.
Estabelecer a base para aprendizados futuros: Uma boa educação infantil pode influenciar positivamente o desempenho acadêmico da criança em etapas subsequentes da educação.
Apesar da reconhecida importância, a educação infantil ainda enfrenta desafios no Brasil:
Acesso:Muitas crianças, especialmente em regiões mais carentes, ainda não têm acesso a creches e pré-escolas de qualidade.
Qualidade: A formação de professores e a infraestrutura são áreas que necessitam de constante investimento e atenção.
Políticas Públicas:É fundamental que haja políticas públicas efetivas de valorização e investimento na educação infantil.
O Advogado e militante das agendas sociais inclusivas Nilton Serson, afirma que o Dia Nacional da Educação Infantil serve não apenas para reconhecer a importância desta etapa educacional, mas também para reforçar a necessidade de investimentos e políticas que garantam a qualidade e o acesso universal. É uma oportunidade de reflexão e comprometimento com os primeiros passos da jornada educacional de cada criança no país. Celebrar esta data é reconhecer que o futuro da nação se constrói desde os primeiros anos de vida de seus cidadãos.
para saber mais: Nilton Serson
“O olho vê somente o que a mente está preparada para compreender” (Henri Bergson)
O neuro optometrista é o profissional que avalia as medidas da visão, considerando a importância do cérebro na percepção visual, ou seja, como a luz captada pelos olhos é transformada em imagens no cérebro para entendermos a realidade do mundo. O que vemos não é exatamente o que existe na realidade, mas sim uma percepção formada pelo cérebro a partir das nossas experiências vividas.
Quando as informações visuais não estão organizadas é impossível compreender bem as informações dos demais sentidos – audição, tato, paladar, olfato, propriocepção – sem fazer um grande esforço. Estas alterações no processamento visual podem trazer alterações sensoriais e sintomas de atraso no neurodesenvolvimento principalmente em pessoas no Espectro do Autismo, que podem apresentar como consequência, problemas de aprendizagem e no comportamento.
Pense agora e responda as perguntas abaixo:
Saiba que é importante procurar uma avaliação do processamento visual se você respondeu sim a uma das perguntas acima.
A visão é a capacidade de enxergar que pode ser aprendida durante toda a vida, e está relacionada à habilidade de leitura e escrita. Um exemplo importante de uma habilidade visual necessária para ler e escreve são: a capacidade de ajustar o foco e deixar a imagem nítida; e a capacidade de aproximar os olhos para enxergar um objeto, pois é a partir dessas habilidades que a visão dos dois olhos conseguirá formar uma única imagem.
Outra habilidade necessária durante a leitura é a capacidade de seguir objetos com os olhos em uma linha contínua chamada de rastreamento visual, que pode interferir em atividades que exigem atenção, concentração, assim como para atividade de leitura e escrita.
Quando uma criança apresenta dificuldades escolares, é importante ressaltar a necessidade de uma avaliação do processamento visual por um neuro optometrista. A avaliação com este profissional será importante para descobrir se há uma boa percepção visual e, consequentemente, uma boa e capacidade de aprendizagem para a leitura e a escrita. Em caso de alterações encontradas é indicado um tratamento com terapia visual com estimulações e exercícios visuais para aumentar a consciência sobre o que enxergamos.
A terapia visual pode ser trabalhada com lentes, prismas, filtros coloridos e realiza exercícios com os olhos, sendo uma ótima uma solução para trabalhar as dificuldades de aprendizagem ao trabalhar as habilidades visuais das crianças em fase escolar. Os benefícios dos exercícios visuais podem melhorar a acuidade visual, a visão dos dois olhos trabalhando em conjunto, a percepção visual e melhorar a compreensão na leitura, bem como as capacidades para a escrita, aumentando os desempenhos escolares dos alunos, principalmente nos casos de transtornos de desenvolvimento infantil.
Por isso, nos casos de dificuldades no neurodesenvolvimento é imprescindível o acompanhamento por um profissional neuro optometrista para verificar a necessidade de terapia visual durante a fase escolar das crianças, adolescentes e até mesmo de adultos, uma vez que existem mais de 50 tipos de testes para avaliar e medir a visão e pelo menos 17 habilidades visuais ligadas à aprendizagem.
(*) Daniela Yoshida – optometrista, professora e autora do livro “Autismo: uma maneira diferente de ser” com o capítulo “Transtorno do Espectro Autista (TEA) e visão”. Instagram: @daniyosh
A emocionante reação de ouvir com qualidade pela primeira vez emociona internautas e mostra a importância do som para a conexão com outras pessoas
Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, a reação de Gigi, bebê com deficiência auditiva, ao ouvir a voz dos pais pela primeira vez com o auxílio de um aparelho auditivo emocionou milhares de pessoas ao redor do mundo. O compartilhamento foi feito pelo pai da menina, Levi Lindsay.
Gigi nasceu com surdez completa no ouvido esquerdo e com audição parcial no ouvido direito e, mesmo não tendo perda absoluta, a falta da audição completa prejudicava a interação com outras crianças e até mesmo com os pais.
A fonoaudióloga Márcia Bonetti, da Audiba Aparelhos Auditivos, aponta que a audição é essencial para o desenvolvimento da linguagem em crianças.
“O não ouvir priva o nosso córtex auditivo de receber estímulo sonoro e identificar sons. Assim, a reprodução dos pequenos é impactada”, aponta a especialista. “A perda auditiva na infância pode ter várias causas, como a rubéola gestacional, surdez congênita, entre outras enfermidades”, completa.
Pelas redes sociais, o Levi Lindsay comenta que o futuro é incerto, mas que a adaptação de Gigi com o aparelho auditivo foi bem positiva. A família mora nos Estados Unidos. Sobre o assunto, Márcia destaca que o tratamento para a deficiência auditiva em crianças tem início após exames e indicações médicas, podendo ser cirúrgico, medicamentoso ou, como foi o caso da Gigi, com uso de prótese auditiva.
“A surdez acaba deixando os deficientes afastados do resto da sociedade. Seja em uma conversa informal ou na fila do banco, a audição sempre está presente. Quando essa perda acompanha o indivíduo desde o nascimento, a conexão com os outros demora para ter a profundidade que existe quando a audição não é um empecilho”, aponta a fonoaudióloga. “É natural que a família encare, no primeiro momento, o diagnóstico como um luto, mas sempre há recursos para desenvolver essa afinidade”.
Terapias fonoaudiológicas e até a Língua Brasileira de Sinais (Libras) podem ser adotadas, caso outras formas de tratamento não sejam indicadas.
O som e a repetição
Márcia destaca que, quando não tratada, a deficiência auditiva pode prejudicar permanentemente a capacidade de fala, visto que a criança não recebe a quantidade necessária de estímulos auditivos ou não é capaz de compreender determinadas frequências de som.
“Sem a audição ou com uma audição parcial, a criança não consegue ouvir sua própria voz, o que vai impedi-la de entender o que fala e se adaptar com as pessoas ao redor”, acrescenta a fonoaudióloga, apontando para a atenção em pequenos sinais. “Como é uma parte muito importante para a aprendizagem da criança, identificar desde cedo a deficiência é fundamental para o tratamento precoce”.
Até os cinco meses, o bebê reage a sons altos, além da vocalização de risos, choros, entre outros sons. A partir dos seis meses, é possível o reconhecimento de vozes familiares e a tentativa de repetição dos sons.
“Caso a criança não demonstre interação com sons, não atenda ao próprio nome e esteja com atraso de fala, é recomendado que os pais façam uma visita a especialistas, para que seja analisado o caso com maior cuidado”, finaliza a fonoaudióloga.
O artigo Histórias em quadrinhos, instrumentos viáveis no processo ensino-aprendizagem, publicado na Revista Científica Cognitionis, traçou a origem dos quadrinhos no Brasil e sua importância como instrumento pedagógico.
A pesquisadora Brenda Sena de Jesus, autora do artigo publicado pela Logos University International, UniLogos, abordou os benefícios que os HQ’s podem trazer para a ascensão do aluno no desenvolvimento cognitivo. “É uma ferramenta que proporciona de forma simples, acessível e diferenciada, o processo de letramento e interpretação, que além de auxiliar na minimização dos problemas com grafia, na dificuldade de comunicação e de expressão oral, também pode despertar talentos artísticos e de atuação teatral”, explica Brenda.
Segundo Brenda, a globalização promoveu um ambiente com muitos recursos tecnológicos, tornando a leitura tradicional pouco interessante para as crianças. “Os quadrinhos incentivam a leitura. Precisamos refletir sobre os possíveis usos das HQ’s em sala de aula”, enfatiza.
A Revista Científica Cognitionis é um periódico interdisciplinar, de publicação semestral, que objetiva a divulgação de artigos científicos, resultados de projetos de pesquisa, resenhas, resumos de dissertações, entre outras modalidades de produção científica das mais diversas áreas do conhecimento
Imagens: Unilogos e Pixabay
Maria Paula Mansur Mäder*
Qualidade na educação é um conceito complexo que pode se modificar conforme o contexto, os valores, a cultura e a identidade de cada local. O assunto está sempre presente nas discussões sobre as políticas públicas da educação no país. Isso ocorre porque uma educação de qualidade é fundamental para promover mudanças significativas. Sabemos que sem ela não haverá condições de alcançar avanços fundamentais em nosso país.
É certo que a educação não vai resolver sozinha todos os desafios do Brasil, mas para melhorar e qualificar a participação cidadã e política, e promover uma sociedade mais saudável, reduzindo a pobreza e as desigualdades sociais, o caminho passa, sem dúvida, pela educação. Para proporcionar uma educação de qualidade para todos, há um amplo leque de componentes envolvidos, tais como a formação do professor, a governança e a gestão das escolas, as condições de trabalho e ensino, a infraestrutura, os materiais didáticos, dentre outros.
Mas afinal, o que garante qualidade na Educação?
Para a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e a OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a qualidade na educação envolve relações entre os recursos materiais e humanos. Ela pode ser medida por meio do desempenho dos alunos como, por exemplo, utilizando-se dos resultados apresentados pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O índice relaciona informações do rendimento escolar e do desempenho dos estudantes, numa combinação entre o fluxo (aprovação/reprovação) e a aprendizagem (proficiência em matemática e português), demonstrando em valores de 0 a 10 como está o andamento dos sistemas de ensino no Brasil, tanto em âmbito nacional quanto nas unidades da federação, nos municípios e até mesmo nas escolas.
O último Ideb, divulgado em 2019, confirmou mais uma vez uma tendência na educação brasileira: os índices são sempre melhores no início do primeiro ciclo, vão perdendo força no final desse ciclo e ficam praticamente estagnados no ensino médio. Os dados levam em conta todas as redes de ensino, porém, é nas municipais que se concentram seis de cada dez alunos do ensino fundamental em nosso país.
Os desafios da educação básica brasileira não são conjunturais, são problemas de ordem complexa que exigem a implantação de estratégias de médio e longo prazos. E é nesse sentido que o trabalho desenvolvido pelos Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADEs) merece destaque, representando uma alternativa que já apresenta resultados positivos na implantação de programas que contribuem para que os municípios consigam superar seus desafios e dar saltos de qualidade na educação.
No trabalho de cooperação intermunicipal, as metas são estabelecidas em conjunto, elencando as prioridades comuns do território. Por conta disso, as prefeituras ou outros cargos públicos podem ser renovados, mas o programa continua em desenvolvimento. Relações partidárias tampouco se envolvem nesse modelo de trabalho. A proposta é que o ambiente de debate nos ADEs seja suprapartidário, respeitando diferenças e valorizando semelhanças.
No Brasil, já são 13 diferentes experiências de Arranjos implantadas, que envolvem 225 municípios. Com baixo custo e grande colaboração entre todos, esses territórios vêm alcançando resultados significativos – e indicadores como o Ideb mostram a efetividade do trabalho. Não há dúvidas de que alcançar a qualidade na educação para um número cada vez maior de crianças e jovens é fator fundamental para tornar o Brasil um país melhor para todos os seus cidadãos. Talvez, criar um contexto de independência dos fatores políticos possa ser um tempero extra para garantir melhores condições aos nossos alunos.
* Maria Paula Mansur Mäder é mestre em Comunicação e Linguagens, doutora em Educação e pesquisadora do Instituto Positivo.
* Por Safira Dib, analista de treinamento na Creditas
O que nos cerca são ecossistemas, e somos ecossistemas em totalidade. Existimos como parte na inter-relação entre os seres, o ambiente e suas características, os formando. E com força, esse conjunto está bem presente no aprendizado. Uma das minhas primeiras pesquisas sobre o tema casa muito com essa reflexão: ela diz que enquanto seres humanos, aprendemos continuamente dentro de nossos ambientes todos. Sublinha-se essa constância do aprendizado, porque a continuidade é o que faz a sua potência. Até mesmo quando enxergamos algum tipo de esgotamento ou completude de conteúdos, ou seja, quando achamos que já sabemos tudo sobre eles, há sempre espaço para potencializá-lo. Há sempre reflexões a serem despertadas, porque o aprendizado é essa exata procura constante.
Falar sobre isso é trazer à tona a essência do Lifelong Learning, somos seres em aprendizado contínuo. E é preciso aprender a vida toda, numa incansável busca por melhores versões de nossos repertórios e de nós mesmos. E dentro dessa dinâmica, existe a condição de que tudo ensina. Há conhecimento em fontes tantas e em tantos de nossos contatos durante a vida. Temos fontes espalhadas por toda ela, o que gera muito aprendizado, mesmo que não seja um processo consciente — há sempre portas sendo abertas desde informalidades até os lugares mais conhecidos como fontes de conhecimento. É possível aprender dentro e fora das salas de aula.
Muitas vezes, as conversas de bar ensinam bastante. E a vida ensina como um todo.
É nessa curva incessante que descansa o motivo da criação de trilhas de aprendizado, e não apenas de treinamentos independentes entre si. Na jornada de aprendizado cada vez mais ampla, com impacto e desenvolvimento marcados, a construção de trilhas deixa alguns fatores mais visíveis e aderentes nos passos do consumo de informações e ensino. Para quem os consome e participa desses momentos, o entendimento de etapas bem definidas, ajuda a colecionar conhecimento de forma mais organizada e, até mesmo, mais prática.
Em que sentido as trilhas são práticas?
A praticidade presente é a possibilidade de poder encaixar os conteúdos vistos nas realidades específicas enquanto se aprende — uma vez conectados, gerando uma trilha, a experimentação é feita entre um treinamento e outro. Fica até mais fácil identificar o desenvolvimento em si, porque se escancara essa centralidade no conteúdo de maneira ininterrupta por um tempo. É um degrau por vez, mas com muita consciência da escada e de que elevação se está falando. As trilhas conectam nossas experiências com a ideia de escalada de fases.
Faça um paralelo aqui com a trilha de João e Maria, aquele ditado do caminho das pedras. São esses caminhos tão bem definidos que levam protagonistas para o desdobramento de suas histórias. Sem as demarcações, João e Maria não conseguiriam voltar para casa sozinhos. Com a trajetória montada, fica mais claro onde precisamos chegar. As trilhas servem como mapas tracejados buscando aprofundamento e aprimoramento na constância do aprender. Eu lembro de dizer isso em uma conversa com o fundador da nossa Academy, sobre a Academy em si. Falei que a importância de termos a universidade corporativa dentro da Creditas era exatamente poder indicar caminhos e celebrar desenvolvimentos a partir deles.
Desenho de Trilhas para além do destino original
Lembro de brincar falando o seguinte: é como se alguém perguntasse pra gente como faz pra ir da sala em que estamos até o banheiro feminino, e nós desenhássemos um mapa muito completo de como fazer esse trajeto, colocando dicas e pontos importantes para que ela experimentasse no caminho. Com o desenho em mãos, seria quase que impossível se perder para chegar até o banheiro. E além disso, com nossas indicações, ela poderia passar na mesa do Dodô para ganhar um abraço, passar na mesa da Ana para ganhar uma lapiseira ou passar na mesa da Monique para ganhar confiança. Ela chegaria até o banheiro e cumpriria seu objetivo com contribuições ainda maiores.
Assim são os ecossistemas do aprendizado: a gente pode levar muito mais do que a trajetória da sala até o banheiro. Com o Dodô pode-se levar muito sobre empatia, com a Ana, a armação de instrumentos para serem usados em tantas circunstâncias e com a Monique, seria possível aprender sobre inteligência emocional. As trilhas criam bagagens potentes que buscam combinar desenvolvimentos e por isso são a materialização de continuidades do aprendizado. E como vimos, a continuidade é a chave da potência. Nas trilhas é possível visitar a elevação total do indivíduo, em acompanhamento contínuo. Elas agem como verdadeiras fontes da inter-relação, porque são a criação de espaços seguros de ensino, desconstrução, identificação e reaprendizado. Tudo articulada-se conforme o processo completo: da estratégia à cultura, das hard às power skills, e da conexão do negócio até a rotina.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Positivo (UP), de Curitiba (PR) estudou a influência de uma dieta hipercalórica materna e chegou a resultados que revelam um novo indicador em relação aos problemas advindos da obesidade. Coordenada por Thais Casagrande e co-orientada por Marcelo Loureiro, professores do mestrado e doutorado em Biotecnologia Industrial da UP, a pesquisa teve como objetivo verificar se a obesidade induzida por alimentação rica em calorias administrada antes e durante a gestação pode predispor ao desenvolvimento de obesidade, doenças metabólicas e alterações comportamentais nos filhos.
De acordo com a pesquisadora, um ponto interessante do estudo, realizado com ratos de laboratório, foi a constatação de que os filhos nascidos de mães que receberam uma alimentação não saudável e uma dieta desequilibrada, rica em carboidrato e gordura, no período gestacional, permaneceram na vida adulta com déficit cognitivo, ou seja, demoraram mais para aprender. De acordo com a pesquisadora, esse fato surpreendeu a equipe. “Percebemos que os animais filhos de mães obesas eram mais lentos, mas a constatação do déficit cognitivo nos surpreendeu. Esperávamos que esses animais adultos tivessem maior ganho de peso, o que não aconteceu, mostrando que a influência da dieta materna durante a gestação é muito maior do que a interferência epigenética”, resume.
Thais observa que esse indicador deve ser avaliado com profundidade e aliado a outros pontos relacionados com a obesidade das mães. “Esperamos no futuro aplicar esses resultados principalmente na orientação da dieta materna mais saudável, um fator possível de ser prevenido”, pontua. O estudo faz parte de uma linha de pesquisa sobre obesidade e metabologia, da qual fazem parte professores do programa de pós-graduação em Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo e alunos de mestrado, doutorado e graduação. A pesquisa foi aprovada previamente pelo Comitê de Ética em Uso de Animais em Pesquisa da UP e seguiu as recomendações do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (COBEA), para garantir toda cautela e cuidados éticos com os animais.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo é referência em ensino superior entre as IES do estado do Paraná e uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta, mais de 400 mil m² de área verde no câmpus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A instituição conta com três unidades em Curitiba (PR) e uma em Londrina (PR) e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de Graduação, centenas de programas de especialização e MBA, sete programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam mais de 3.500m². Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações em www.up.edu.br
Acredito que a maior aprendizagem nestes últimos meses, tem sido, o repensar sobre a nossa vida. Gostaria de citar muitas referências teóricas, estudos aprendizagens técnicas. Mas o que mais me marca é o se reconstruir na própria vida. O estar constante com a família, a verificação de quem são os verdadeiros amigos, o repensar em viver melhor com menos (…) e ao mesmo tempo nos deparando com os excessos que cometemos para ficar dentro do padrão estabelecido pela sociedade globalizada, exponencial, líquida e de aparência que o capitalismo fez florescer na humanidade. O que queremos resgatar aqui é a importância que damos para os momentos que vivemos em nossas vidas.
Este momento de crise tem permitido passar por um processo de ressignificação de muitos valores. O exercício da compreensão em suas relações também nos faz repensar e reconstruir a nossa vida pessoal e profissional. Paulo Freire deu significativas contribuições neste sentido. Diz ele que “não há educação fora das sociedades humanas e não há homem no vazio”. É momento de olhar para nossa prática e perceber que ela não será como outrora.
A pergunta que fica é: como perceber o novo tempo com novas possibilidades e não buscar o encontro do que já não o é mais? Confuso? Sim, sem dúvida. Ainda em Paulo Freire temos uma pequena luz a utilizarmos o termo “andarilhagem”. Ao impregnarmos em nossa vida (pessoal e profissional) a andarilhagem, compreendemos que todos os momentos são de transição e aprendizagem para os momentos seguintes. Ou seja, a transitoriedade da vida se faz minuto a minuto.
Em que pese as dificuldades e os enormes desafios impostos à educação dada pela atual crise pandêmica, ressaltamos a necessidade da perseverança, do amor e da busca por novos conhecimentos para que possamos superar juntos no processo de desconstrução e construção de novos espaços integradores entre o indivíduo e as práticas educativas.
É preciso lembrar que resiliência é da natureza como um todo, o reinventar-se faz parte da evolução, aprender com a observação empírica ordena luz à sistematização científica. Interessante que na história, os fatos se repetem em novas roupagens e endereços. Vivemos em um tempo de infinitas reminiscências. Entretanto requer ponderar que a formação é continua e a evolução se dá a partir da revolução, do caos a ordem, da ordem ao caos, e assim, nesta sequência combinada até que tenhamos uma mudança e que provavelmente virá da força motriz, da natureza, assim como está acontecendo neste momento em nossas vidas, uma força invisível, nos faz reconfigurar tudo. Interessante é que este diálogo se estabelece por meio do movimento empírico.
No caso do trabalho docente, ser professor exige estudar sempre, cuidar mesmo que, de uma única flor, na esperança de que o jardim floresça. Reflexões importantes e necessárias sobre, entre outras coisas, formação inicial e continuada de professores e organização aprendente.
Sofremos uma significativa ruptura nos rumos da prática educativa, advindas da racionalidade técnica, que de certa forma está solicitando reflexão, na área afetiva e emocional. A educação promove uma contínua aprendizagem.
Estamos aprendendo muito e revisitando teorias basilares de convivência humana, da aprendizagem, da psicologia e buscamos de forma mágica fórmulas para virarmos a chave de nossas vidas de forma emergencial, sabemos que toda e qualquer mudança o tempo impera. Mas, não está sendo fácil! Também precisamos aprender a ser resilientes, a ter paciência e esperança em dias melhores. O termo resiliência nunca foi tão usado.
É um momento de renovação de hábitos, de fé, de esperança, na vida, nas relações e no trabalho. Que sejamos pessoas melhores. Aprender a buscar, a ouvir e compreender de fato o que realmente é importante na vida.
Baumann, o filósofo que tanto nos mostrou, mesmo antes de nossa percepção, o que seria esta modernidade líquida, talvez nunca tenha pensado em uma modernidade tão líquida com certeza. E como este momento faria a humanidade refletir acerca das suas fragilidades, que tivéssemos aumento substancial de suicídios, da discrepância exponencial da divisão de classe econômica (…) muitas são as mazelas que ficam transparentes e evidenciadas, assim, cabe reconhecermos o que realmente é importante na vida?
Autoras:
Dinamara P. Machado é diretora da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.
Gisele do Rocio Cordeiro é coordenadora da área de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.
Brincar é importante para as crianças? Para a psicopedagoga e CEO do Instituto Neuro Saber Luciana Brites, é algo fundamental para o desenvolvimento delas. É nessa discussão que se pauta o novo livro da especialista: “Brincar é fundamental – Como entender o neurodesenvolvimento e resgatar a importância do brincar durante a primeira infância”.
Segundo a autora, a obra pode ser encarada como um guia prático, de linguagem acessível, para mães, pais, educadores e profissionais que lidam com crianças e que desejam compreender melhor, de forma simplificada, o desenvolvimento na primeira infância.
Para a especialista, o livro tem como proposta central ajudar o leitor a identificar e a compreender as etapas do neurodesenvolvimento da criança. Por exemplo, o público vai entender melhor quais são os estímulos adequados e os aspectos que ajudam na estimulação; vai saber como otimizar o desenvolvimento dos pequenos, seja em casa ou na escola; além de destacar a importância do desenvolvimento adequado na primeira infância para que a criança se torne um adulto pleno, realizado e feliz.
– Reunimos referências de publicações de renomados pesquisadores da área com a proposta de oferecer uma importante base científica para auxiliar efetivamente os pais e profissionais na educação de seus filhos e estudantes – ressalta.
Desenvolvendo-se brincando
Segundo Luciana Brites, são nos primeiros anos de vida que o “brincar” representa uma situação de criatividade espontânea capaz de enriquecer o conhecimento, a sociabilidade e as funções cerebrais no processo de aprendizagem. A profissional explica que durante essa atividade a criança emite criatividade, expressa fantasias, sensações, e emoções internas, além de adquirir maturidade, resultados que a gratificam continuamente.
– O brincar é fundamental, porém, você e a sua criança precisam remar juntos, como se estivessem em uma canoa, se quiserem avançar e chegar a algum lugar. Para isso, o apoio e a companhia de pais e professores vão ser valiosos no desenvolvimento adequado delas – conclui.
Sobre a autora
CEO do Instituto NeuroSaber, Luciana Brites é mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Mackenzie, especializada em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Centro Universitário Filadélfia (Unifil), em Londrina. É especialista em psicomotricidade pelo Instituto Superior de Psicomotricidade e Educação (ISPE), em São Paulo. Também é palestrante e coautora dos livros “Como saber do que seu filho realmente precisa?” (2018), “Mentes únicas” (2019) e “Crianças desafiadoras” (2019).
Serviço:
Livro: Brincar é fundamental – Como entender o neurodesenvolvimento e resgatar a importância do brincar durante a primeira infância
Autora: Luciana Brites
Formato: 16×23
Páginas: 176
Preço de capa: R$39,90
Gênero: Desenvolvimento pessoal/Educação
Link para comprar: https://amzn.to/2H44cOo
Por Jason Quesada
Como professora da pré-escola e educação especial, minha esposa tem mais paciência no dedo mindinho do que a maioria das pessoas que conheço tem em todo o corpo. Está acostumada à agitação e ao barulho das crianças durante a aula, isso é o que escolheu quando decidiu sua profissão. Mas a uma pandemia, não. Por causa da covid-19, agora entra em uma escola vazia e ensina de forma remota às crianças de três a quatro anos de idade isolada por horas a fio. Na primeira semana de aula, seu grupo de alunos comemorou três aniversários. Minha esposa estava sentada em seu escritório com um chapéu de festa, cantando sozinha em voz alta. “É desencorajador vê-los sentados em frente a uma tela todo dia”, ela me disse. “Suas amizades estão diminuindo. O brilho nos olhos não está lá.”
Como seu marido, sei que, como professora, essa experiência é assustadora para ela. Já não existem aqueles “milhões de pequenos momentos” que ela diz serem necessários para conhecer cada aluno em nível pessoal. A interação cara a cara, pela qual ela é apaixonada, acabou. “O ensino a distância nunca será igual à escola real, mas temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para continuar”, disse. “Nossos alunos precisam de nós.”
Não poder fazer o suficiente
Como um pai que trabalha em tempo integral em casa, o aprendizado remoto também pode ser desafiador do outro lado da tela. Nossos filhos, de 10 e 13 anos, costumam ficar entediados sentados em frente ao computador o dia todo. Tenho a impressão de que seus professores não se atrevem a desafiá-los porque não estão presentes para ver o que está acontecendo. Também não consigo ver o que está ocorrendo o tempo todo, pois das 9 às 17h (se não mais) fico em um ambiente separado usando meus próprios itens de trabalho para fazer home office. Eu me pergunto: quanto tempo usando a tela as crianças ficam em cada dispositivo? Tento ter certeza de que estão gastando seu tempo de forma produtiva, mas não há muito que eu possa realmente fazer.
É com isso que mais tenho lutado: a sensação de não ser capaz de fazer o suficiente por minha esposa e filhos quando sei que suas experiências poderiam ser melhores. Em meu trabalho como gerente global de Marketing de Redes Sociais na Avaya, compartilho histórias de como as empresas estão criando experiências importantes com nossas soluções de comunicação e colaboração. Acabamos de compartilhar uma história incrível de um diretor de escola que fez a transição de todo o seu grupo de alunos para um programa de aprendizagem on-line em uma semana, usando a solução de videoconferência e colaboração em equipe baseada na nuvem, o Avaya Spaces. A adaptação foi simples para pais e professores, e a escola não perdeu o ritmo com seu currículo planejado.
Enquanto isso, minha esposa teve de passar por 30 horas de treinamento antes do início do novo ano escolar. Espera-se que ela use várias plataformas diferentes para controlar as tarefas e organizar seu plano de estudo. Apenas uma conta de videoconferência foi criada para sua classe, o que torna impossível a criação de pequenos grupos ou programas de educação individual (que são cruciais para seus alunos de educação especial). Ela me disse que, se não fosse por sua amizade com o administrador de TI da escola, ela estaria com problemas.
Obtenha tudo em um lugar só
Com o Avaya Spaces, é possível criar “espaços” infinitos para atender praticamente a todas as necessidades dos alunos e das aulas. O professor pode criar um “espaço” separado para os alunos terem reuniões individuais, onde podem compartilhar certas informações que não pertencem à turma toda, e os assistentes também podem participar. É possível ainda organizar “espaços” abertos simultaneamente para monitorar diferentes alunos ou grupos de alunos (isso é algo que ela diz que seus colegas que ensinam em séries mais avançadas ficariam deslumbrados em ter). Os alunos mais velhos podem usar o aplicativo Avaya Spaces para smartphones, para passar para um aprendizado mais interativo, e os professores e pais também podem usar o aplicativo para ficar por dentro das atualizações de seus filhos 24 horas por dia, 7 dias por semana.
O aprendizado digital pode ser altamente interativo e abrir novas portas e oportunidades para ver, falar e trabalhar com outros alunos e professores. O que nossos filhos estão experimentando neste momento é a “aprendizagem em crise”. Não estou de forma alguma sugerindo que tenho todas as respostas, mas, como alguém que depende muito do Avaya Spaces para realizar o próprio trabalho, sei que a plataforma facilitaria muito a experiência de educação on-line para minha esposa, meus filhos e muitos outros. Essa situação está impulsionando uma nova era de inovação na educação, na qual soluções como essa estarão no centro das necessidades. Não há desculpa para as escolas não inovarem e criarem experiências que são realmente importantes para nossos professores, crianças e famílias.
Para todos os pais como eu, continuem! Para todos os professores (incluindo minha esposa), por favor, saibam o quanto vocês são respeitados e apreciados durante este período desafiador e complicado. Vamos permanecer unidos e seguir criando experiências significativas, dentro e fora da sala de aula.
Jason Quesada é gerente global de Marketing de Redes Sociais da Avaya
Os estudantes estão aprendendo com o ensino remoto? Esta é uma das perguntas mais exploradas nos diferentes contextos midiáticos e sociais nesse tempo de pandemia. Interessante é pensar que esta questão do método ou meio remoto trouxe a insegurança e incerteza sobre a aprendizagem adquirida pelo estudante e expôs o docente ao ser visto aplicando seu plano de aula, muitas vezes, igualmente desenvolvido para o ensino na sala de aula física.
Agora, ao refletir sobre aprendizagem adquirida é preciso buscar nas fontes de estudos pedagógicos que aprender é um processo. Existe um ciclo de ações que são vivenciadas e levam cada aprendente ao seu tempo alcançar o conhecimento que o docente tem por objetivo em seu plano de aula.
Desenvolver competências e habilidades para expressar a aquisição de aprendizados e ter condições de aplicá-los em suas vidas e contextos acontece de forma processual, formativa e contínua. Para ocorrer este fenômeno é preciso experiência.
Então, como estabelecer em ambiente remoto possibilidades de aprendizagem experiencial? Acredito que a partir do momento que o docente se voltar para o seu Plano de Aula e buscar desenhá-lo não somente com as novas ferramentas necessárias no momento, as chamadas digitais, mas harmonizá-las com atividades que, dentro de um processo cíclico, ofereça o encontro do aprendente com novos conhecimentos.
Para demonstrar na prática esta opinião, a teoria do Ciclo de Aprendizagem Vivencial (CAV) de David Kolb, vem apoiar uma representação e indicação de pensamento sobre a dinâmica que pode ser dada a um Plano de Aula aplicado no ensino remoto.
Kolb descreve o processo de aprendizagem experiencial tendo como base um ciclo contínuo de quatro momentos, o qual chama de Ciclo de Aprendizagem Vivencial (CAV): experiência concreta (agir), observação reflexiva (refletir), conceitualização abstrata (conceitualizar) e experimentação ativa (aplicar).
Talvez você deva estar se perguntando, mas como desenvolver experiências em ambiente remoto? Em grupo? Discussões? Reflexões? Aprendizados? É possível? Sim, é possível. Veja a seguir na descrição de cada momento do CAV uma indicação de possibilidades de ações em ambiente remoto.
Momento 1 – Experiência concreta também conhecida como Vivência (agir): Inicia-se o ciclo com uma atividade de abordagem que leve o estudante a buscar memórias sobre as experiências que ele possa ter com o tema a ser trabalhado. O que pensa? O que acredita? O que já viveu? O que tem de curiosidade? É quando ele vai ser ativado agindo sobre um estímulo, podendo ser este em forma de uma pergunta-norteadora; uma imagem; uma cena de vídeo; uma música; uma frase ou algo que seja pertinente para acessar suas lembranças e provocar vontade de compartilhar. Pode ser usada uma ferramenta de aplicativo, atividade on line ou um game. O que não pode perder de vista é a intenção de mobilizar o grupo para o que será proposto de novo a partir do seu conhecimento prévio.
Momento 2 – Observação reflexiva ou Análise (refletir): Importante em seguida da vivência aplicada o docente levantar quais foram os sentimentos, sensações, lembranças, curiosidades geradas com esta ação e trazer para análise dos conceitos que deseja trabalhar um material que permita o estudante refletir sobre o que veio à sua mente na vivência e o que o material traz de conteúdo para ele então, se apropriar, gerando assim uma oportunidade de aquisição de novos aprendizados. Esse material pode ser um esquema, um mapa conceitual, um infográfico, um texto curto ou dividido em partes para análise de conceitos sobre o conteúdo a ser abordado. Para a prática no ambiente remoto dessa análise pode ser usada uma ferramenta de formulário on line em que ao responder o grupo possa visualizar as respostas ao mesmo tempo, ainda, utilizar ferramentas por exemplo, da Microsoft como Sway, SharePoint; Whiteboard; outros como Padlet; Popplet entre os mais diversos recursos que se encontra hoje disponível na internet.
Momento 3 – Conceitualização abstrata ou Sistematização da aprendizagem (conceitualizar): depois de vivenciar uma experiência e analisar conceitos é preciso sistematizar os aprendizados ocorridos; conceitualizar, ou seja, gerar aderência entre o que era conhecimento prévio particular dos indivíduos do grupo e o conhecimento proposto pelo docente e então generalizar em conhecimento novo, de forma sistematizada, para que se visualize a aplicabilidade. É momento de realizar o famoso Registro, gerando um produto ou produção. Este momento pode ser registrado usando a divisão em grupos que os estudantes se comuniquem via uma plataforma digital da escolha deles como whatsapp; messenger; skype ou outros que possam produzir Podcast; Nearpod; painéis conceituais com aplicativos de diferentes tipos e em retorno à ferramenta de encontro com o docente apresentem seus resultados e possam fornecer aos outros participantes diferentes experiências.
Momento 4 – Experimentação ativa ou processamento (aplicar): ao terminarem as apresentações de seus aprendizados um dos momentos mais significativos é processar todos os acontecimentos os relacionando com o cotidiano, com o contexto de vida, com a prática profissional. Importante todos terem oportunidade de exemplificar situações concretas de uso do novo conhecimento. Nesse momento o que vale é a expressão falada. Uma partilha. O que dará oportunidade de fazer do ambiente remoto presencial. Sim, com uma presença significativa.
Para fechar o ciclo, o docente pode deixar um desafio de campo. Indicar uma forma dos estudantes aplicarem seus conhecimentos e assim obterem experiências em meio prático. Com certeza, ouso dizer que o ambiente remoto deixará de ser à distância quando o processo de aprendizado acontecer de forma cíclica, para dar o tempo necessário a cada elemento envolvido para adaptar-se e acomodar-se às novidades, e, assim, perder os medos do desconhecido e se permitir viver o presencial nesse novo formato.
Autora: Elaine Oliveira Santos é pedagoga, especialista em Dinâmica dos Grupos e professora da Área de Educação da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.
A história da humanidade é reflexo de como organizamos nossas vidas, enfrentamos adversidades, reagimos às experiências vividas nas relações sociais e, consequentemente, como aprendemos, seja por meio de experiências boas ou por meio de desafios, perdas e frustrações. Sabemos que aprender é um aspecto relacionado ao desenvolvimento natural dos seres humanos, e ele não se reduz ao ambiente escolar; é indissociável a nós e é um processo que ocorre ao longo da vida. Para tanto nos questionamos: as situações desafiadoras podem ser concebidas como novas oportunidades de aprendizagem?
Para enfrentar esses desafios no âmbito educacional, de forma acelerada por imposição da pandemia, precisamos aprender a lidar com as incertezas, repensar os processos de ensino e aprendizagem e enfrentar as mudanças que impactam a todos: gestores, professores, estudantes e sociedade.
Partindo da ideia de que a aprendizagem é uma atividade emocional, conforme teoriza o autor norte americano Guy Claxton, precisamos desenvolver a competência de aprender com a própria experiência e lidar com os sentimentos que surgirão ao longo do processo, para superá-los, caso necessário.
Entre os quatro pilares da aprendizagem destacados por Claxton, (resiliência, desenvoltura, reflexibilidade e reciprocidade) é a resiliência que se refere à nossa capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão em situações diversas, mantendo o equilíbrio emocional ao tolerar os diferentes sentimentos, sejam eles a angústia, a fuga, o medo, a vergonha do não saber, entre outros.
Os desafios que a vida nos impõe precisam ser vistos como oportunidades para experimentar novas aprendizagens. Cabe a nós trabalharmos para construir espaços em que educadores e educandos assumam uma compreensão da aprendizagem ao longo da vida. Para tanto, precisamos de educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas ao novo, que possam dialogar e enriquecer o outro. Precisamos de educadores com uma nova concepção sobre seus potenciais de aprendizagem, que tenham a capacidade de aprender com o seu próprio processo de aprender.
Autoras:
Cláudia Sebastiana Rosa da Silva é professora e tutora da Área de Educação da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.
Gisele do Rocio Cordeiro é pedagoga e coordenadora da Área de Educação da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.
Uso de recursos de tecnologia para aproximar a turma, aplicação de técnicas de avaliação das atividades realizadas em casa e priorização da avaliação qualitativa são essenciais para entender o processo de evolução dos alunos
Por Bianka de Andrade Silva, Gerente de Avaliação e Produtos Digitais do SAE Digital
Foto: Julia Morettini de Siqueira – aluna do 7º ano do Colégio Moriah de Guarulhos | Crédito: Divulgação SAE Digital
Em tempos de restrição à circulação de pessoas e da busca por medidas para manter a educação em funcionamento, pensar nos processos de avaliação da aprendizagem no ensino remoto é tão importante quanto as demais etapas de preparação e execução das aulas.
Tudo começa com uma boa adequação do plano de aula, seguida pela preparação de videoaulas e, por fim, a seleção de materiais e conteúdos qualificados para servir de base de estudo. Mas todo esse trabalho pode não alcançar o efeito desejado se o aprendizado do estudante não estiver sendo acompanhado e avaliado da maneira correta.
Em meio a esse panorama inesperado e inédito para a maioria dos profissionais da Educação Básica, é normal surgirem muitas dúvidas. Mas, mesmo que as condições atuais imponham o isolamento social e o ensino a distância, o processo avaliativo, assim como o todo das práticas pedagógicas, precisa continuar sendo realizado.
Os segredos são usufruir da experiência que nós, professores, sempre tivemos em gerenciar as tarefas de casa dos nossos alunos, aprender com o que esse cenário temporário nos impõe e usar a tecnologia para promover uma aproximação virtual com os estudantes.
Para fazer isso de forma organizada e eficiente, no entanto, é preciso considerar alguns pontos de reflexão e orientação que podem guiar os educadores e gestores escolares na repentina missão de aplicar avaliações on-line. Veja algumas dicas:
Avalie todo o ciclo de aprendizagem
Antes de mais nada, é fundamental entender que a avaliação é um processo amplo e possui especificidades e delicadezas. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a verificação do rendimento escolar deve se basear na avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno.
Esse documento também preconiza a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. Dessa forma, atribuir nota aos alunos é a atitude resultante de um processo que abrange todo o ciclo de aprendizagem, ou seja, em sentido amplo, a avaliação é um processo transversal às práticas educacionais.
Use instrumentos variados de avaliação no ensino remoto
Para que o acompanhamento do aprendizado e as avaliações sejam coerentes e adequadas, principalmente quando falamos de educação remota, é imprescindível que esse processo seja vivenciado por professores e alunos no dia a dia escolar. A dica para os educadores é variar o máximo possível os instrumentos pelos quais avaliam os seus alunos no ensino a distância.
O ideal é que ao longo do período planejado, que pode ser bimestral, trimestral ou semestral, sejam realizadas provas objetivas, discursivas e orais, bem como provas com consulta e sem consulta, além de seminários, observações a participações e autoavaliações, dependendo da maturidade e faixa etária da turma.
Tendo isso em mente, é possível concluir que a avaliação é também um processo formativo, ou seja, deve existir de forma integrada à prática pedagógica, no intuito de contribuir e retroalimentar o desenvolvimento das competências dos alunos. É a partir dela que se mapeiam conhecimentos e habilidades consolidados e a consolidar, e se revisa e redireciona o ensino.
Priorize a avaliação qualitativa
Ao invés de atribuir notas baseadas em índices de acertos e erros, é possível avaliar as entregas das tarefas da mesma forma que as atividades de casa são avaliadas. Se possível, fazer uma videoconferência após a realização de tarefas para que os estudantes compartilhem o que estudaram e para que o professor possa usar como instrumento avaliativo.
É válido destacar que não devemos nos ater a um processo avaliativo pautado apenas na atribuição de notas de 0 a 10. O contexto de ensino-aprendizagem é cheio de especificidades, que precisam ser observadas constantemente, especialmente no modelo de avaliação no ensino a distância.
Sobre Bianka de Andrade Silva
Com experiência de mais de dez anos nas áreas de Avaliação e Currículo e coordenação pedagógica, Bianka de Andrade Silva é doutoranda em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais. Já atuou na formação e supervisão de equipes para a execução de trabalhos na área de educação, como docente na educação de jovens e adultos e nos ensinos fundamental anos finais, médio técnico e superior, bem como na elaboração de materiais pedagógicos e de avaliações para a Educação Básica, vestibulares e concursos.
Sobre o SAE Digital
O SAE Digital é um sistema de ensino que conta com soluções educacionais completas para escolas conveniadas desde a Educação Infantil ao Ensino Médio e Pré-vestibular, que incluem materiais didáticos atualizados, assessoria pedagógica efetiva, tecnologia educacional relevante e avaliações formativas. Os produtos e soluções do SAE Digital atendem às necessidades educacionais de gestores, professores e estudantes em todas as regiões do país. Mais que um sonho, transformar a educação move o SAE Digital todos os dias.
Tecnologias como Inteligência Artificial, Big Data e Machine Learning chegam às salas de aula e consolidam a chamada educação do futuro
“Todo mundo deveria aprender a programar, pois isso nos ensina a pensar”. A famosa frase de Steve Jobs, endossada por outros magnatas da tecnologia, desafia o modelo pedagógico tradicional das escolas mundo afora e levanta a reflexão sobre a importância do aprendizado computacional em um mundo cada vez mais dependente de soluções tecnológicas. Para trocar informações e até para realizar as transações financeiras mais básicas hoje em dia precisamos de algum tipo de computador. Poucas são as pessoas, porém, que sabem como os dispositivos eletrônicos que utilizam quase que o dia inteiro funcionam de verdade.
Bill Gates, criador da Microsoft, advoga mundialmente em favor da disseminação desse conhecimento e defende que programação pode ser compreendida e aproveitada mesmo por quem não pretende seguir carreira na área no futuro. “Aprender a desenvolver softwares amplia a nossa mente e nos ajuda a pensar melhor, um aprendizado que pode ser aplicado em todas as áreas do conhecimento”, disse, em contribuição a um projeto da Code.org, instituição sem fins lucrativos que tem por objetivo disseminar o conhecimento da informática aos mais variados públicos.
Aprender a programar é uma habilidade tão fundamental quanto o raciocínio matemático, a leitura e a escrita. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, computação nas escolas parece uma realidade ainda bastante distante.
“Iniciando 2020, já tendo passado por 20% do século XXI, a dois anos da implantação obrigatória das metodologias que irão estruturar um ensino voltado a competências e habilidades, não vemos ações inovadoras nos sistemas de ensino público e privado que se diferenciem e conduzam inovações”, ressalta o consultor de educação da Fundação FAT, Francisco Borges. Mas este cenário deve mudar.
De acordo com um estudo do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), divulgado ano passado, a educação deve sofrer forte impacto de tecnologias como Inteligência Artificial, Big Data e Machine Learning nos próximos 20 anos, com o aumento da inserção do aprendizado computacional em sala de aula.
O estudo “Tendências em Inteligência Artificial na Educação” estima que 50% das escolas públicas e privadas do Brasil lançarão mão de ferramentas de aprendizado de máquina, computação em nuvem e IoT (internet das coisas) até 2030. “Adequar as metodologias de ensino às demandas do mercado para os próximos anos ajudará, inclusive, a reduzir o altíssimo índice de evasão escolar que enfrentamos no país. O uso de tecnologias na educação enriquece a prática pedagógica e coloca os jovens como protagonistas neste novo cenário de transformação digital”, avalia Borges.
A VIA Technologies, multinacional com sede em Taiwan, por exemplo, lançou duas soluções para o ensino de AI entre as crianças que são acessíveis até para aprender em casa, enquanto as aulas presenciais não retornam, por conta da pandemia da Covid-19. A primeira é o sensor de visão VIA Pixetto, uma plataforma intuitiva que facilita a compreensão dos princípios tecnológicos básicos do aprendizado de máquina e estimula o desenvolvimento de projetos de robótica e visão computacional em sala de aula.
“Ensinar aos alunos conhecimento teórico e prático de Inteligência Artificial e Machine Learning, tecnologias que fazem cada vez mais parte do nosso cotidiano, nunca foi tão imprescindível nas escolas do mundo todo”, avalia Richard Brown, vice-presidente de Marketing da VIA Technologies. “ Com o lançamento da VIA Pixetto, nossa meta é atender a essa demanda crescente, oferecendo uma plataforma intuitiva e cativante para estudantes aprenderem e explorarem o potencial de uso em seus próprios projetos”, complementa.
Outra solução inovadora é VIA AI Learning Kit, um pacote educacional que apresenta aos alunos os conceitos básicos de programação de computadores e aprendizado de máquina. O kit inclui todos os componentes de hardware necessários para construir um pequeno veículo autônomo. Depois de montar o veículo, os alunos usam habilidades básicas de programação para ensinar o kit a navegar de maneira independente por uma pista – uma forma básica de Inteligência Artificial. A plataforma de treinamento interativa prepara as crianças para o mundo ao oferecer uma experiência prática dos desafios envolvidos na criação de um veículo totalmente autônomo – um dos objetivos mais importantes no desenvolvimento da IA atualmente.
Como condição de educação ativa contemporânea, o conjunto das várias práticas pedagógicas ativas traz ao conceito de autonomia mais expressividade, energia e brilho, uma vez que leva o aluno a ser agente de sua própria aprendizagem e elaboração de conhecimento e, consequentemente, de sua formação como futuro cidadão. A autonomia desencadeia uma série de novas perspectivas pessoais – como a atitude e a autodeterminação, por exemplo – ao permitir que o aluno “se depare com situações-problema nas quais consiga exercitar tanto a sua capacidade intelectual quanto as suas ações práticas.
Dentre essas novas perspectivas, a atitude é, talvez, a que melhor define o comprometimento de se tornar autônomo. Na atitude está a determinação, a disciplina, o querer e o se permitir ser autônomo. É preciso autonomia e ter atitude para enfrentar problemas autênticos, pois estimulam-se pensamentos e reflexões; é preciso autonomia e ter atitude diante de situações desagradáveis, uma vez que é pela vivência e envolvimento que se formam valores morais e um comportamento social ativo, assim como é preciso autonomia e ter atitude frente a desafios, concorrências, competições e adversidades do dia a dia, visto que reforçam o aprender a aprender e desenvolvem o aprender a tomar decisões e propor soluções.
Aprende-se em um cenário contemporâneo de mudanças bastante expressivas nos setores tecnológico, social, comportamental e educacional. O diferencial do ensino e aprendizagem ativos – em relação à educação tradicional – está na estratégia sutil de formar indivíduos pensantes e reflexivos. Mais do que se apropriar de conhecimentos prontos, a autonomia, a criatividade e a atitude pessoal, transformam desafios problemáticos em soluções originais. De modo bem direto e claro, Cardoso et al (2013, p.75) afirmam que “uma competência adquirida em determinado contexto passe a ser aplicada num contexto diferente”, como aprendizado gradual e contínuo, como experiência vivenciada e consolidada.
Entretanto, não há como saber que situações os cidadãos precisarão enfrentar ou que problemas e projetos determinarão resoluções criativas numa sociedade daqui a 20 ou 30 anos, assim delimitam os autores Bacich et al (2015), Bender (2014), Cardoso et al (2013). Haja vista a comoção que se vivencia nos dias de hoje com a COVID-19: quem ou qual governo estava preparado para esse enfrentamento? Qual escola ou metodologia ensina a seus alunos, futuros cidadãos atuantes em suas comunidades e negócios, a agir e a se organizar diante de desafios sem precedentes?
Frente a estes questionamentos, a educação pode ter na aprendizagem ativa condições de crescimento e amadurecimento pessoal do aluno. Assim como aprende-se a ser responsável, também ser autônomo e mostrar atitude diante de desafios, deriva de ensinamentos e de prática.
Todavia, aliado a esse desenvolvimento pessoal, o aluno tem – como personagem principal do aprendizado – o compromisso com o bom percurso de seus estudos. Isto posto, seguem algumas dicas importantes e facilitadoras para incrementar a aprendizagem: 1 – amplie seu conhecimento por meio de diversas formas de envolvimento e compartilhamento de saberes (tarefas e materiais) com colegas e professores; 2 – participe de todas as etapas do processo de modo colaborativo e reflexivo; 3 – use a combinação de metodologias ativas com tecnologias digitais móveis a seu favor para organizar e produzir seus trabalhos; 4 – siga as referências de material e ensinamentos de seu professor/orientador; 5 – estabeleça uma disciplina de tempo e horários de estudo; 6 – respeite seu ritmo de estudo; 7 – acesse vídeos e materiais e estude antes da aula, anotando as dúvidas; 8 – valorize e aperfeiçoe suas competências (tecnológicas, matemáticas, expressão escrita, expressão oral e outras).
Afinal, o percurso do aprendizado não tem limites. Aprende-se a todo instante e em todo lugar, pela vida toda, de modo processual e contínuo. Por esta razão, há que se fazer do aprendizado um hábito e da (boa) atitude uma autonomia adquirida.
Autora: Virgínia Bastos Carneiro é professora do curso superior de Secretariado Executivo do Centro Universitário Internacional Uninter
Escola e família se completam na educação: saiba como aproveitar isso ao máximo
Com a experiência que as famílias brasileiras estão tendo de acompanhar as aulas virtuais dos filhos durante a pandemia, surge a oportunidade de desfazer um engano, infelizmente recorrente: o de que lugar de aprender é só na escola. Uma pesquisa do Instituto Avisalá revelou que 85% das pessoas acreditam que a educação diz respeito prioritariamente à instituição de ensino.
“Socialmente, é ainda muito comum fazer essa associação, mas a quarentena trouxe aos pais a oportunidade de ver seus filhos aprendendo, participar ativamente de suas descobertas e rever esse conceito”, avalia a diretora do Peixinho Dourado Berçário e Educação Infantil, Marianna Canova.
Apesar de a dinâmica da educação a distância ser desgastante para alguns pais, há famílias em que o acompanhamento do ensino tem sido muito gratificante. Em geral, as escolas que sempre trabalharam em parceria com as famílias encontraram menos resistência neste momento.
É o caso do Peixinho Dourado, onde toda semana ocorrem cafés virtuais, durante o distanciamento social, na forma de lives e reuniões. São oportunidades para tirar as inúmeras dúvidas que todo pai e mãe tem, e compartilhar experiências que dão certo.
Quer saber como desfrutar das descobertas do seu filho e estimular o aprendizado? Veja essas dicas da pedagoga Marianna Canova:
VALORIZE O APRENDIZADO
Criar uma cultura familiar de que aprender é importante é o melhor presente que você pode dar ao seu filho. Despertar o amor pelo aprendizado irá abrir caminhos para ele, não só na vida escolar, mas também para toda a vida.
SONS VÊM ANTES DA ESCRITA
Uma das grandes preocupações das famílias é com a alfabetização. Mas você sabia que hoje as escolas pensam esse processo ao longo dos três primeiros anos do Ensino Fundamental? Nem todo mundo aprende ao mesmo tempo, então relaxe: brincar com a leitura e a escrita sem fazer correções é a melhor dica para ajudar seu filho.
Outro ponto importante é a consciência fonológica, ou seja, que a criança perceba os sons ao seu redor (fonemas), para aos poucos associá-los às sílabas. Rimas, trava línguas, poemas são excelentes oportunidades para brincar com o som das palavras.
“Diga: ‘filho, como será que se escreve CANELA’? Ajude-o a pensar nos sons! Se a criança transformar CANELA em K – E – A, ou seja, com um som por sílaba, ótimo! Se só disse que começa com K, bom também… essa construção é gradativa, passando por diversas fases, como a pré-silábica, a silábica, silábica-alfabética e alfabética, mas ela precisa do estímulo social e de uma ambiente positivo”, recomenda a pedagoga.
APROVEITE TODA CURIOSIDADE E FAÇA PESQUISAS
Valorize as perguntas do seu filho: elas são preciosas. Seu pequeno gostou de uma formiga do jardim? Que tal ver vídeos sobre esse inseto, escolher uma foto e redesenhar? Se tiver interesse, a tentativa da escrita também é válida. “Aqui em casa o estegossauro foi o escolhido! Sabia que ele era o dinossauro mais feroz? A gente também aprende!”, brinca Marianna.
Outra excelente oportunidade vem da cozinha. “3 xícaras de farinha, 2 ovos, 1 xícara de açúcar…” Que tal desenhar os ingredientes?
MATEMÁTICA
Já reparou que os números estão em tudo? E é possível potencializar esse pensamento usando brincadeiras. Uma simples tarefa como arrumar a mesa pode se transformar em ferramenta de ensino. Jogos como bingo com letras ou números, lince, memória, dominó são excelentes para esse estímulo. Mas é importante que sejam coerentes com a faixa etária.
CANTINHO DO APRENDIZADO
A criança precisa ter tempo para lidar com as ideias e as coisas. Para os menores, vale um direcionamento maior, e dispor de forma estética alguns gravetos, por exemplo, ou materiais ricos como fubá e areia, para permitir a descoberta e experimentação. Os maiores podem ter um espaço físico dedicado a esse vínculo formal, com materiais como folha, tesoura e canetinha à disposição. Mas não é recomendado apressar o tempo das experiências.
Com essas dicas e o direcionamento que o coração de pai e mãe sabe dar, certamente seu filho irá entender que aprender é bom. Procure não cobrar resultados, e sim proporcionar um ambiente de estímulo constante.
Sobre a escola: O Peixinho Dourado Berçário e Educação Infantil já formou muitas gerações. Desde 1980 instalado no Alto da XV, em Curitiba, acolhe crianças de 4 meses a 6 anos, com uma proposta pedagógica diferente. Por acreditar que todo mundo nasce um pequeno cientista curioso, investe em projetos que partem das próprias crianças, incentivando a descoberta com o uso de diferentes temas e materiais. Sobretudo, traz o cuidado com cada aluno de maneira completa, desde uma alimentação bem saudável até os aspectos cognitivo, social, emocional e funcional.
Como condição de educação ativa contemporânea, o conjunto das várias práticas pedagógicas ativas traz ao conceito de autonomia mais expressividade, energia e brilho, uma vez que leva o aluno a ser agente de sua própria aprendizagem e elaboração de conhecimento e, consequentemente, de sua formação como futuro cidadão. A autonomia desencadeia uma série de novas perspectivas pessoais – como a atitude e a autodeterminação, por exemplo – ao permitir que o aluno “se depare com situações-problema nas quais consiga exercitar tanto a sua capacidade intelectual quanto as suas ações práticas.
Dentre essas novas perspectivas, a atitude é, talvez, a que melhor define o comprometimento de se tornar autônomo. Na atitude está a determinação, a disciplina, o querer e o se permitir ser autônomo. É preciso autonomia e ter atitude para enfrentar problemas autênticos, pois estimulam-se pensamentos e reflexões; é preciso autonomia e ter atitude diante de situações desagradáveis, uma vez que é pela vivência e envolvimento que se formam valores morais e um comportamento social ativo, assim como é preciso autonomia e ter atitude frente a desafios, concorrências, competições e adversidades do dia a dia, visto que reforçam o aprender a aprender e desenvolvem o aprender a tomar decisões e propor soluções.
Aprende-se em um cenário contemporâneo de mudanças bastante expressivas nos setores tecnológico, social, comportamental e educacional. O diferencial do ensino e aprendizagem ativos – em relação à educação tradicional – está na estratégia sutil de formar indivíduos pensantes e reflexivos. Mais do que se apropriar de conhecimentos prontos, a autonomia, a criatividade e a atitude pessoal, transformam desafios problemáticos em soluções originais. De modo bem direto e claro, Cardoso et al (2013, p.75) afirmam que “uma competência adquirida em determinado contexto passe a ser aplicada num contexto diferente”, como aprendizado gradual e contínuo, como experiência vivenciada e consolidada.
Entretanto, não há como saber que situações os cidadãos precisarão enfrentar ou que problemas e projetos determinarão resoluções criativas numa sociedade daqui a 20 ou 30 anos, assim delimitam os autores Bacich et al (2015), Bender (2014), Cardoso et al (2013). Haja vista a comoção que se vivencia nos dias de hoje com a COVID-19: quem ou qual governo estava preparado para esse enfrentamento? Qual escola ou metodologia ensina a seus alunos, futuros cidadãos atuantes em suas comunidades e negócios, a agir e a se organizar diante de desafios sem precedentes?
Frente a estes questionamentos, a educação pode ter na aprendizagem ativa condições de crescimento e amadurecimento pessoal do aluno. Assim como aprende-se a ser responsável, também ser autônomo e mostrar atitude diante de desafios, deriva de ensinamentos e de prática.
Todavia, aliado a esse desenvolvimento pessoal, o aluno tem – como personagem principal do aprendizado – o compromisso com o bom percurso de seus estudos. Isto posto, seguem algumas dicas importantes e facilitadoras para incrementar a aprendizagem: 1 – amplie seu conhecimento por meio de diversas formas de envolvimento e compartilhamento de saberes (tarefas e materiais) com colegas e professores; 2 – participe de todas as etapas do processo de modo colaborativo e reflexivo; 3 – use a combinação de metodologias ativas com tecnologias digitais móveis a seu favor para organizar e produzir seus trabalhos; 4 – siga as referências de material e ensinamentos de seu professor/orientador; 5 – estabeleça uma disciplina de tempo e horários de estudo; 6 – respeite seu ritmo de estudo; 7 – acesse vídeos e materiais e estude antes da aula, anotando as dúvidas; 8 – valorize e aperfeiçoe suas competências (tecnológicas, matemáticas, expressão escrita, expressão oral e outras).
Afinal, o percurso do aprendizado não tem limites. Aprende-se a todo instante e em todo lugar, pela vida toda, de modo processual e contínuo. Por esta razão, há que se fazer do aprendizado um hábito e da (boa) atitude uma autonomia adquirida.
Autora: Virgínia Bastos Carneiro é professora do curso superior de Secretariado Executivo do Centro Universitário Internacional Uninter
Como condição de educação ativa contemporânea, o conjunto das várias práticas pedagógicas ativas traz ao conceito de autonomia mais expressividade, energia e brilho, uma vez que leva o aluno a ser agente de sua própria aprendizagem e elaboração de conhecimento e, consequentemente, de sua formação como futuro cidadão. A autonomia desencadeia uma série de novas perspectivas pessoais – como a atitude e a autodeterminação, por exemplo – ao permitir que o aluno “se depare com situações-problema nas quais consiga exercitar tanto a sua capacidade intelectual quanto as suas ações práticas.
Dentre essas novas perspectivas, a atitude é, talvez, a que melhor define o comprometimento de se tornar autônomo. Na atitude está a determinação, a disciplina, o querer e o se permitir ser autônomo. É preciso autonomia e ter atitude para enfrentar problemas autênticos, pois estimulam-se pensamentos e reflexões; é preciso autonomia e ter atitude diante de situações desagradáveis, uma vez que é pela vivência e envolvimento que se formam valores morais e um comportamento social ativo, assim como é preciso autonomia e ter atitude frente a desafios, concorrências, competições e adversidades do dia a dia, visto que reforçam o aprender a aprender e desenvolvem o aprender a tomar decisões e propor soluções.
Aprende-se em um cenário contemporâneo de mudanças bastante expressivas nos setores tecnológico, social, comportamental e educacional. O diferencial do ensino e aprendizagem ativos – em relação à educação tradicional – está na estratégia sutil de formar indivíduos pensantes e reflexivos. Mais do que se apropriar de conhecimentos prontos, a autonomia, a criatividade e a atitude pessoal, transformam desafios problemáticos em soluções originais. De modo bem direto e claro, Cardoso et al (2013, p.75) afirmam que “uma competência adquirida em determinado contexto passe a ser aplicada num contexto diferente”, como aprendizado gradual e contínuo, como experiência vivenciada e consolidada.
Entretanto, não há como saber que situações os cidadãos precisarão enfrentar ou que problemas e projetos determinarão resoluções criativas numa sociedade daqui a 20 ou 30 anos, assim delimitam os autores Bacich et al (2015), Bender (2014), Cardoso et al (2013). Haja vista a comoção que se vivencia nos dias de hoje com a COVID-19: quem ou qual governo estava preparado para esse enfrentamento? Qual escola ou metodologia ensina a seus alunos, futuros cidadãos atuantes em suas comunidades e negócios, a agir e a se organizar diante de desafios sem precedentes?
Frente a estes questionamentos, a educação pode ter na aprendizagem ativa condições de crescimento e amadurecimento pessoal do aluno. Assim como aprende-se a ser responsável, também ser autônomo e mostrar atitude diante de desafios, deriva de ensinamentos e de prática.
Todavia, aliado a esse desenvolvimento pessoal, o aluno tem – como personagem principal do aprendizado – o compromisso com o bom percurso de seus estudos. Isto posto, seguem algumas dicas importantes e facilitadoras para incrementar a aprendizagem: 1 – amplie seu conhecimento por meio de diversas formas de envolvimento e compartilhamento de saberes (tarefas e materiais) com colegas e professores; 2 – participe de todas as etapas do processo de modo colaborativo e reflexivo; 3 – use a combinação de metodologias ativas com tecnologias digitais móveis a seu favor para organizar e produzir seus trabalhos; 4 – siga as referências de material e ensinamentos de seu professor/orientador; 5 – estabeleça uma disciplina de tempo e horários de estudo; 6 – respeite seu ritmo de estudo; 7 – acesse vídeos e materiais e estude antes da aula, anotando as dúvidas; 8 – valorize e aperfeiçoe suas competências (tecnológicas, matemáticas, expressão escrita, expressão oral e outras).
Afinal, o percurso do aprendizado não tem limites. Aprende-se a todo instante e em todo lugar, pela vida toda, de modo processual e contínuo. Por esta razão, há que se fazer do aprendizado um hábito e da (boa) atitude uma autonomia adquirida.
Autora: Virgínia Bastos Carneiro é professora do curso superior de Secretariado Executivo do Centro Universitário Internacional Uninter.
De acordo com uma pesquisa elaborada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), até abril de 2020, cerca de 60 países já adotaram o home office como uma alternativa ao trabalho presencial. E durante esse período surge a oportunidade para profissionais e empresas focarem mais em qualificação.
De olho nessa tendência, as empresas começaram a adotar metodologias de Ensino a distância (EAD) em seus treinamentos e ações de educação corporativa, buscando melhorar o desempenho dos colaboradores.
A questão é: como garantir que os programas de capacitação sejam eficientes também em ambientes digitais? Como o colaborador pode fazer para se engajar mais em um treinamento feito através da tela do computador?
É verdade que, mesmo antes da pandemia, o ensino a distância já estava em plena ascensão. Prova disso é que, ao final do ano passado, os alunos matriculados em cursos superiores EAD representavam mais de 26% do total de graduandos no Brasil.
E da mesma forma que nos cursos presenciais, já se sabe que o empenho e participação do aluno são itens fundamentais para conseguir um alto rendimento. No entanto, a tecnologia pode ser uma grande aliada.
Parece até redundante, usar da tecnologia para aprender com tecnologia, não é mesmo? Mas é a pura verdade. O colaborador pode explorar desses recursos para favorecer a sua eficiência em treinamentos digitais.
O estudo on-line começa pela familiarização com o ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Além do básico, que é garantir um local reservado e sem distrações para assistir aos conteúdos do treinamento, o AVA pode se tornar uma verdadeira sala de aula. É nele que estarão concentrados todos os materiais, o calendário com a programação de tarefas, as atividades a serem concluídas, além dos contatos dos professores e aprendizes.
E o que pode te ajudar nesta etapa? Existem diversas opções de aplicativos, por exemplo, para bloquear as redes sociais por um tempo, gerenciar de tarefas para não se esquecer de nada, agendas virtuais, entre várias outras.
Além disso, já existe uma série de devices dotados de tecnologias inovadoras, como a capacidade de isolar ruído externo, multiplicar a conectividade e ampliar as plataformas utilizadas.
Outro recurso que pode favorecer o colaborador durante um treinamento são os grupos digitais, formados por meio de apps e facilmente acessados até por dispositivos móveis. Estar em contato com pessoas que participam do mesmo treinamento, além de trocar ideias, dúvidas e compartilhar conteúdos é sempre uma ótima opção para aprendizagem.
Já no lado de quem planeja e executa os treinamentos, a tecnologia também oferece recursos e metodologias capazes de aperfeiçoar, e muito, todo o processo. Por isso, é preciso considerar que conceitos inteligentes de e-learning requerem recursos apropriados, pessoas treinadas e com tempo para desenvolver isso.
Além da abordagem multiplataforma, que envolve diferentes canais e recursos oferecidos pela tecnologia, o microlearning tem se mostrado um formato de aprendizagem efetivo em casos de treinamentos. Ele facilita o processo de treinamento em doses pequenas, de forma objetiva e direta.
Para isso, a dica é dividir o conteúdo em pequenas partes. É preciso fazer uma combinação acertada de aulas, textos e exercícios em vez de, simplesmente, transmitir pela internet uma palestra de horas, por exemplo.
Outra metodologia que vem sendo aplicada é o adaptive learning, fundamental para manter o conteúdo o mais interessante e relevante possível e aumentar o interesse do público. O conceito consiste, basicamente, em focar naquilo que complementa o conhecimento prévio da audiência. E uma simples pesquisa on-line, gerada de maneira gratuita por diversas plataformas existentes, pode evitar esse desgaste.
Além disso, para deixar o treinamento ainda mais refinado, podem ser disponibilizados artigos e materiais complementares aos conteúdos em um banco de dados, sem nenhuma complexidade.
Estamos vivendo tempos desafiadores e esta é a oportunidade perfeita para explorar todo o potencial que a comunicação e a educação à distância têm a oferecer.
*Luiz Alexandre Castanha é especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais. Mais informações em https://alexandrecastanha.wordpress.com/