O grafeno pode ser considerado um material de muitas utilidades, quase como o plástico e o silício – o segundo usado para a produção de componentes eletrônicos.
O material promete ser um grande revolucionário para a indústria tecnológica, devido a sua resistência, transparência e por ser um bom condutor elétrico.
Além disso, o material pode ser utilizado para necessidades climáticas e energéticas, como roupas térmicas e o armazenamento de energia em um adesivo elaborado ao corpo humano.
Com inúmeras vantagens e características extraordinárias, você possivelmente já leu algo sobre o material que estará inserido em nossos celulares, tablets, computadores, carros e produtos do dia a dia. Pois é, a era do grafeno está apenas começando!
Imagine poder carregar seu celular em apenas 15 minutos e só carregá-lo uma semana depois. Além disso, o grafeno permite que você dobre seu celular, amasse e o contorça sem danificá-lo ou alterar o seu funcionamento.
Atualmente, já temos exemplos dessas características promissoras no mercado. Recentemente, a Samsung lançou o seu mais novo sucesso: o Galaxy Z flip com tela dobrável.
Descoberta
O grafeno foi descoberto pelos investigadores André Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester no Reino Unido.
O material foi descoberto no final de 2004, no centro de Nanotecnologia da própria universidade.
Porém, embora esteja em evidência agora, as pesquisas com grafeno começaram em 1947 pelo físico Philip Russel Wallace, o primeiro a descobrir e estudar, mas com recursos bem limitados.
Em 1962 o material se tornou realidade graças aos químicos alemães Ulrich Hofmann e Hanns-Peter Boehm, quando os mesmos batizaram o composto , resultado da junção das palavras “grafite” e o sufixo “-eno”
Mas, apesar de todas as pesquisas, o material era conhecido apenas pela comunidade científica. Depois que André Geim e Konstantin Novoselov fizeram alguns testes potenciais, o grafeno ficou conhecido, resultando no Nobel de Física aos pesquisadores.
Agora que já sabemos a sua função e utilidade, vamos descobrir o que é esse tal de ‘’grafeno’’
O que é grafeno?
Resumidamente, o grafeno é um material derivado do grafite – o mesmo usado em lápis de escrever. A diferença é que o grafeno possui uma estrutura hexagonal cujos átomos estão distribuídos individualmente, criando uma fina camada de carbono.
O grafeno é o material mais forte, para se ter idéia, uma folha de grafeno pode suportar o peso de um elefante sem se romper. Além disso, é o mais leve e mais fino (densidade de um átomo) que existe.
Apesar disso, ele é transparente, elástico, conduz eletricidade melhor que qualquer outro componente e pode ser mergulhado sem enferrujar ou danificar sua estrutura.
Possibilidades
A facilidade do uso do grafeno vai permitir que ele seja empregado em quase toda indústria, principalmente no âmbito tecnológico, especificamente nos celulares e tabletes.
Futuramente, a indústria vai abandonar esse modelo de design conservador e adotar visuais gráficos modernos. A produção será voltada a um celular totalmente flexível que poderá ser dobrado e desdobrado sem ser prejudicado.
Além disso, ele poderá ser transparente como um espelho e ter a mesma espessura de uma folha de papel.
Outro ponto importante que vai deixar todo mundo feliz é a bateria – pesadelo na vida dos usuários. Em 2011, pesquisadores da Northwestern, desenvolveram uma bateria capaz de manter o celular carregado por mais de uma semana com apenas 15 minutos de carga.
Para a indústria automotiva (até blindagem de carros), naval e a aeronáutica, veículos bem mais leves e econômicos. O material poderá produzir painéis solares e fones de ouvido, além da desintoxicação da água e transformar água salgada em água doce. E mais uma surpresa: até os preservativos poderão ser feitos por meio do grafeno.
O grafeno revolucionará a indústria em todos os aspectos, podendo alavancar o processo até em materiais de produção, como cabos elétricos e motor elétrico trifásico.