Por Cláudio Vasconcellos*
Uma das questões centrais em um ambiente educacional é a metodologia de ensino. E isso é um dos principais aspectos que diferencia estudar com um professor particular e estudar em uma escola de idiomas, pois nem todos os profissionais que ministram aulas particulares entendem e sabem quais as metodologias foram empregadas nos livros por eles adotados. Eu teria outras diferenças para destacar dentre essas formas antagônicas de se aprender um idioma, mas este não é o foco desse texto, talvez eu volte a falar sobre isso em outro momento.
A metodologia de ensino em uma instituição educacional corresponde basicamente à aplicação de diferentes métodos de ensino que guiam e facilitam o processo de ensino-aprendizagem, buscando construir um contínuo entre assuntos, abordagens e tudo que constitui um currículo em ESL – English as Second Language.
Atualmente, existem várias metodologias no mercado de ensino de idiomas e cada escola adota métodos destinados aos seus públicos-alvo. Na Times Idiomas, utilizamos uma metodologia única e exclusiva, que foi desenvolvida a partir de vários conhecimentos científicos e que garante que os diferentes tipos de alunos sejam comtemplados por ela. Por este motivo, os alunos visuais, auditivos e/ou sinestésicos estão em constante sinergia em um trabalho coeso e associado aos objetivos específicos de aquisição de linguagem.
Um dos métodos utilizados na metodologia de ensino da Times é o Flipped Classroom, método educacional difundido e utilizado por grandes universidades americanas, como Harvard, Oxford e ainda por institutos científicos conhecidos mundialmente, como o MIT (Massachusetts Institute of Technology), em Cambridge – Massachusetts.
No método Flipped Classroom a lógica organizacional da sala de aula é invertida para facilitar a aquisição linguística do idioma a ser trabalhado. Os alunos têm um primeiro contato com o conteúdo da aula em casa utilizando recursos educacionais digitais e interativos presentes no Times Connected, disponíveis no portal web e no aplicativo exclusivo da escola.
Aulas expositivas? Not anymore… O tempo em sala é dedicado às discussões e práticas orais, otimizando a aula para sanar as dúvidas dos alunos, criando foco no aspecto linguístico que eles mais necessitam, o speaking. O conteúdo é aprofundado, avaliado e nesta interação, novas perspectivas são lançadas, o que abrange ainda mais os conhecimentos a serem trabalhados no escopo selecionado.
Essa modalidade tem como resultado principal uma maior interação entre professores e alunos, o que permite um melhor aproveitamento do tempo de todos os que estão presentes na aula. O tempo que seria destinado à escrita e à resolução de atividades gramaticais, é agora direcionado à prática oral, emulando situações reais com produções orais e espontâneas.
Muitas pessoas podem se perguntar o porquê de inverter a sala de aula. Minha principal resposta é que a interação oral é um elemento chave quando se trata de aquisição de linguagem. Aproximadamente ⅓ (um terço) da aula que era dedicado à escrita é então voltado às práticas orais desta escrita que foi elaborada em casa. Os alunos já fizeram as atividades em preparação para a aula e já têm um conhecimento prévio sobre o assunto que será abordado. O que facilita para o aluno comentar, discutir e falar de fato sobre o tema. Durante a aula, o professor pode oferecer novos desafios aos alunos que possuem maior facilidade e por outro lado, pode dar mais atenção àqueles com maior dificuldade.
Assim, com o Flipped Classroom alinhado a outros métodos educacionais que constituem a metodologia Times, conseguimos garantir a todos os nossos alunos o que eles mais almejam ao se matricularem em um curso de inglês: falar o idioma. De verdade!
*Cláudio Vasconcellos – coordenador pedagógico geral da Times Idiomas, desenvolvendo metodologias, materiais didáticos, além de fazer acompanhamento didático-metodológico em toda a rede. Mestre em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e doutor em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Cláudio já atuou como consultor pedagógico na Oxford University Press dando treinamentos a professores e coordenadores. Entre os congressos que já participou estão: XI Congrès Internacional de Linguistique Française – Zaragoza (Espanha), 2015; L’Association des Chercheurs et Etudiants Brésiliens en France (APEB-FR) – Paris (França), 2016; XX Internacional Conference of Linguistics – Porto (Portugal), 2017; e 4th Internacional Conference on Figurative Thought and Language (FLT4) – Braga (Portugal), 2018.