Sabe quando a gente descobre aquele nosso super poder ou então aquela nossa fragilidade, a nossa criptonita pessoal? Segundo a atleta de alta performance e professora de inglês Fernanda Surian, quando a gente sabe qual é esse nosso potencial único, fica muito mais fácil usar essa informação para aprender mais e melhor, sobre tudo.
Fonte: Fernanda Surian
Fernanda Surian, atleta de alta performance há mais de 4 anos e professora de inglês há 11, lembra: “uma coisa é certa. Quando a gente não sabe o que é bom pra gente mesmo, alguém vai lá e vai dizer o que é. E o pior: muitas vezes, vamos ter que seguir a receita, simplesmente, porque não temos uma outra resposta”. Para ela, a única forma de resolver esse dilema é ter autoconhecimento: “sei que essa palavrinha está na moda e tem gente que já não aguenta mais, mas a notícia é: não tem mais volta! A não ser que você queira ficar repetindo fórmulas ultrapassadas ou seguindo o caminho que outras pessoas criaram, e que não necessariamente é bom pra você. Para usar seu poder pessoal para ir além, é preciso primeiro, saber qual é esse ingrediente especial que só você tem”, lembra ela.
Segundo Fernanda, seu super poder ou sua criptonita são fundamentais para criar um processo personalizado de aprendizado em tudo na vida: “imagine assim: você entra em um novo curso/academia/escola/trabalho. Se você já sabe como as coisas funcionam pra você: como aprende melhor, como produz mais e melhor, como se relaciona com o tempo, com a pressão, com os feedbacks, com as parcerias, com a hierarquia, pode começar com o pé direito, papo franco e mostrando a que veio. Já, se você não tem esse conhecimento, vai ter que ir tateando no escuro, seguindo o método tentativa e erro, e pode ser que você se perca nesse caminho”.
Para quem ainda não sabe quais são as próprias potencialidades, o caminho é ir observando como as coisas funcionam para si, ir moldando essa informação, e criando um PODER pessoal: “se tem uma coisa que eu aprendi nesses 12 anos lecionando é: tem zilhões de ferramenta de aprendizado. A grande questão é saber quais, quando e como usar. Para isso, o professor/chefe/coach tem que estar aberto para ouvir o aluno/colaborador/coachee, para entender o que funciona para ele. Se os dois não sabem, o caminho vai ficar mais longo, não tem jeito”.
“Tem alunos que já chegam sabendo qual a melhor frequência para estudar, melhores horários, o que funciona mais, se é vídeo aula, se é leitura, se é música, se é melhor silêncio, se gosta de ser corrigido, se detesta ser corrigido na hora. Ter esse conhecimento é ter poder sobre si mesmo, e conseguir ir além. Quem tem essa percepção, primeiro, aprende mais rápido, e segundo, dificilmente vai esquecer o que aprendeu, tem mais capacidade e fixação”, revela ela. Ou seja, entender a forma como aprende melhor dá poder sobre si mesmo.
“Tenho alunos que gostam de ser corrigidos na hora. Outros, travam com esse tipo de prática. Mas quem sabe o que gosta mais e o que funciona está alguns passos além”, explica Fernanda, que finaliza: “muitas vezes, vamos observando e reconhecendo, juntos, o que funciona, Vamos ganhando PODER sobre a melhor forma de agir. E, acredite, isso vale pra vida”!
Sobre Fernanda Surian
Professora de inglês desde 2008, Fernanda já coordenou professores, deu aula fora do Brasil e agora oferece um curso próprio com foco em inglês instrumental. Formada em nutrição, Fernanda foi se especializar no inglês cursando tradução e legendagem. É certificada por Cambridge e pelo CELTA. Em 2014, Fernanda se apaixonou pelo mundo do Crossfit e começou uma carreira de atleta de alta performance. Desde 2016, Fernanda uniu os dois mundos e hoje compartilha em seu blog informações preciosas sobre técnica, treino e autoconhecimento e oferece cursos com foco nesse universo do esporte, para ajudar coaches e alunos a melhorarem seu desempenho.