A sociedade busca coordenar o talento e o sucesso alheios, por isso um dos grandes temores nossos é ser diferente e não aceita. “Sentimos medo daquilo que pessoas possam pensar ou dizer de nós”, completa a doutora e pesquisadora do universo feminino Alice Schuch.
Cita Alice:”passar-se por pequena não ajuda as mulheres, pois dentro de cada uma de nós existe um autêntico e verdadeiro swing, algo que nasceu conosco, é só nosso e espera ser cultivado. Algo que não se pode ensinar nem aprender, é o meu jogo, aquele que me foi dado quando vim ao mundo”.
Alice Schuch lembra que o psicólogo Solomon Ash, em 1951, surpreendeu-se ao verificar o quanto é inverídico afirmar que os seres humanos são livres para determinar seu percurso. Ash convidou 123 jovens para tomar parte em um teste de visão, sem mencionar que se tratava de uma pesquisa sobre a conduta humana em ambiente social. No grupo foram introduzidos sete alunos que, acordados com o pesquisador escolhiam sempre a resposta incorreta. A solução era tão clara que seria impossível errar, contudo apenas 25% dos participantes mantiveram o próprio critério enquanto os demais 75% se deixaram influenciar. Concluiu-se que a totalidade dos jovens reconheceu claramente a resposta correta, mas não verbalizou por medo de se equivocar, de ser exposto ao ridículo ou de discordar do grupo.
Nosso grande medo, refere a escritora Marianne Willianson, “é que sejamos poderosas além da medida, é nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta”.
Nesse caso, a dúvida constante das mulheres seria: “quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentosa e incrível? Mas, se o swing é meu, quem sou eu para não ser brilhante, atraente, talentosa e incrível?”, mostra Alice.