Inovador, o livro de Michael C. Bush, CEO do Great Place to Work, é um chamado para liderar; para que as organizações desenvolvam cada grama de potencial humano e saibam extrair o melhor de todos e para todos.
Para a maioria das pessoas do mundo, o local de trabalho não tem os elementos fundamentais que nos fazem prosperar como seres humanos – coisas básicas como respeito, oportunidades de crescimento pessoal e de conquistas; a formação de uma comunidade acolhedora e um senso de significado. Em contrapartida, o funcionário contemporâneo espera um o ambiente de negócios com valores além do salário e plano de carreira. Como resultado dessa expectativa, sobretudo das novas gerações, os líderes têm o desafio de criar uma cultura proeminente para todos. No livro A Great Place for All, Michael C. Bush e a equipe da consultoria global – responsável para pesquisa Melhores Empresas para Trabalharem mais de 50 países – mostram cases concretos de como se tornar um líder para todos. Inovadora, a obra é um chamado para liderar; para que as organizações desenvolvam cada grama de potencial humano e saibam extrair o melhor de todos e para todos.
Segundo Ruy Shiozawa – CEO do Great Place to Work Brasil e autor do prefácio da edição nacional da obra – os líderes devem compreender a força que o movimento pela melhoria do ambiente de trabalho tem adquirido nos últimos anos. “As melhores empresas para trabalhar estão cada vez mais responsáveis socialmente. Boas companhias para trabalhar devem ser boas para todos: brancos, negros, homens, mulheres, heterossexuais, transexuais, jovens, idosos, ricos e pobres. Esse é o conceito For All, que deve nascer e ser fomentado nos bons ambientes de trabalho; deve ser, ainda, transpassado para além dos muros corporativos”, analisa o executivo.
As pesquisas conduzidas pelo Great Place to Work e destacadas no livro mostram que o conceito For Allacelera o desempenho das empresas. Os locais de trabalho com alta confiança ultrapassam os concorrentes; quanto maior for o empenho das empresas em perseguir esse parâmetro, mais alto será o potencial do retorno. O fato é que mesmo as melhores empresas ainda têm muito a aperfeiçoar. “Por melhores que sejam, em geral, as 100 Melhores Empresastêm demostrado desníveis significativos no que diz respeito à experiência do funcionário em grupos específicos. Por exemplo, há uma diferença relevante entre a experiência de trabalho de homens e mulheres; entre trabalhadores assalariados e não; entre executivos e colaboradores. Esses desníveis mostram que a experiência não é boa para todos e que os que sentem a diferença, provavelmente não darão o seu melhor para a empresa”, afirma Bush, no capítulo Faturamento maior, lucro maior.
O livro mostra, por meio de histórias inspiradoras e pesquisas abrangentes, que um Great Place to Work For Allbeneficia os indivíduos que nela trabalham e contribuem para uma sociedade global melhor. São mais valorizadas no mercado de ações – e têm aumento da receita três vezes mais rápido que empresas concorrentes menos inclusivas. Na obra, os autores explicam porque a maximização do potencial humano é imprescindível para o sucesso; mostram como as organizações devem despertar o que há de melhor em todos por meio de valores, liderança eficaz e confiança – de forma a inovar e crescer.
Inspiração corporativa
Os profissionais mais inovadores – tanto no Brasil, quanto em diversos países – têm buscado empresas cuja contribuição social seja relevante para garantir um alinhamento de valores pessoais com o propósito das organizações. Não raro, os dirigentes dessas empresas são líderes empresariais e comunitários com voz na sociedade e capacidade de influenciar eticamente a condução dos negócios e lideranças sociais. No Brasil, um dos destaques é Márcio Fernandes, CEO da Elektro Eletricidade e Serviços por seis anos e que capitaneou uma revolução na gestão de pessoas; incrementou investimentos em desenvolvimento profissional na forma de planejamento de carreira e opções de treinamento. Com apoio da empresa, vários eletricistas concluíram o ensino médio e entraram na faculdade – eletricistas se tornaram engenheiros elétricos com o apoio da empresa. Sob o comando de Fernandes, não por acaso a empresa esteve na primeira posição do ranking Melhores Empresas para Trabalhar no Brasilpor cinco anos consecutivos; entre 2013 e 2017, a companhia atingiu altos índices de confiança dos funcionários na organização.
Estudos do GPTW mostram que essa cultura de confiança resulta em retornos do mercado de ações duas ou três vezes maior do que a média do mercado – ou seja, investir na gestão de pessoas dá lucro. A confiança, inclusive, evita a rotatividade dos millennials. Os que julgam as empresas como um Great Place to Work têm 20% mais chances de permanecerem na empresa no longo prazo.
Por mais de uma década, uma empresa independente de investimentos acompanhou a performance das 100 Melhores Empresas para Trabalhar listadas na Fortune (Estados Unidos) e em um portfólio simulado, a pesquisa mostrou que as Melhores apresentam um retorno cumulativo quase três vezes maior do que o indicado pelos índices Russel 3000 e Russel 1000. Um outro estudo de Alex Edmans, da London Business School, chegou à conclusão semelhante e mostrou que a cultura de confiança está por trás de fortes resultados dessas empresas no mercado de ações. O economista Kenneth Arrow, vencedor do Prêmio Nobel, explica que “supostamente, toda transação financeira tem em si um elemento de confiança; certamente, pode se argumentar, de forma plausível, que muito do atraso econômico do mundo pode ser explicado pela falta de confiança mútua”. No livro, todos esses cases e estudos são detalhados, analisados e ilustrados com gráficos.
As empresas que são um melhor lugar para trabalhar encorajam um senso de prosperidade compartilhada que vai além do dinheiro; elas ajudam um número cada vez maior de pessoas a sentirem que estão compartilhando uma vida boa. Para ilustrar essa premissa, o livro traz o case da Liderman – empresa peruana de serviços de segurança. A maior parte dos funcionários da empresa é composta por seguranças que ganham um salário de quatrocentos dólares por mês e são moradores da periferia de Lima. Os líderes da empresa observaram que muitos dos colaboradores moram em casas sem banheiros decentes; eles e as famílias tinham que usar banheiros fora de casa – ou adotar métodos precários. A empresa criou, então, uma política de empréstimos para que os funcionários pudessem reformar as casas e construir banheiros melhores. Os funcionários ficaram tão motivados que, ao longo do processo, foram compartilhando online fotos de antes e depois dos projetos. A ação mostra que a possibilidade de gerar dignidade via progresso econômico. Hoje, embora a economia global exclua uma grande parte das pessoas, os Great Place to Work for Allvão em direção contrária ao impulsionar oportunidades econômicas e empoderamento ao redor do globo.
Ficha técnica
Título:A Great Place to Work For All
Autor: Michael C. Bush
Categoria:Negócios
Páginas: 288
ISBN:978-85-5578-071-4
Preço sugerido:R$ 39,90
SOBRE O GREAT PLACE TO WORK
Autoridade mundial e culturas empresariais de alta confiança e alto desempenho, o Great Place to Work tem escritórios em mais de 50 países. A missão é construir um mundo melhor, ajudando as organizações a se tornarem Great Place to Work For All. Ao longo dos últimos 30 anos, conduzem pesquisas profundas centradas na experiência dos funcionários no que diz respeito aos aspectos que se tornam uma empresa ótima; hoje, atuam para a criação de um ambiente de trabalho For All. Décadas de estudos demonstram que empresas com culturas de alta confiança obtêm retornos melhores, além de inovação, satisfação de clientes e pacientes, comprometimento dos funcionários e agilidade organizacional.
Os clientes se beneficiam de um banco de dados e de análises sem paralelos de como trabalham as empresas líderes de todo o mundo, assim como de uma metodologia de pesquisa já testada e aprovada pela indústria. A cada ano, cerca de 4 milhões de funcionários em todo o mundo em mais de seis mil empresas participam da sondagem para estabelecer o Trust Index– juntas, essas empresas empregam aproximadamente 10 milhões de pessoas.
TRECHOS DO LIVRO
Página 51
“(…) estamos entrando em uma nova fronteira no mundo dos negócios. Esse território ainda pouco explorado tem a ver com o aproveitamento de cada centímetro de potencial humano, porque todo funcionário é importante em uma economia de conectividade, inovação e qualidades humanas como paixão, caráter e colaboração.”
Página 108
“(…) Tradicionalmente, a ideia de expandir a visão e incluir o potencial humano de todos os colaboradores não tem sido levada muito a sério por líderes operacionais. Em vez disso, é dada uma grande ênfase na identificação e desenvolvimento de altos potenciais. É claro que diferentes funcionários contribuem com menor ou maior valor para o sucesso da empresa.”
Página 246
“(…) Até 2030, esperamos que as conversas sobre trabalho sejam bem diferentes. Em 2030, as pessoas procurarão por empresas cuja missão e cultura combinem com elas e não por aquelas que lhe pareçam menos chatas, estressantes ou abusivas. Esperamos que todas as pessoas olhem para uma empresa e vejam ali indivíduos semelhantes a elas, em todos os níveis hierárquicos.
SOBRE A EDITORA
A Primavera Editorial é uma editora que busca apresentar obras inteligentes, instigantes e acalentadoras para a mulher que busca emancipação social e poder sobre suas escolhas. www.primaveraeditorial.com