Adolescência. Período de delícias para uns, problemático para outros (sobretudo, para os pais), e turbulento para todos. É inegável que nesta fase os jovens sentem e sofrem mais, além das emoções “durarem para sempre”. Mas como seria diferente, se o próprio cérebro adolescente ainda está em desenvolvimento?
Estudiosos como Jay Giedd, neurocientista norte-americano, mostram que o exagero sentimental é explicado pelo fator biológico, como o processo de formação da região que engloba o córtex pré-frontal, o sulco temporal superior e o córtex parietal superior. Por ainda estar se estabelecendo, tal região é a responsável pela impulsividade e sentimentos viscerais da adolescência.
Uma das emoções mais comuns, seja demonstrada, seja suprimida, é o ciúme. Dos amigos, do namoradinho ou namoradinha, e até da paixão platônica. O adolescente sente que ninguém tem o direito de roubar a pessoa que ele gosta, afinal, pertence a ele e ninguém mais.
No romance “A Garota das Sapatilhas Brancas”, de Ana Beatriz Brandão, Melissa é uma garota mimada e ciumenta, que sofre por causa da amizade de seu namorado, Daniel, com Diana. Ela chega até mesmo a negar o sentimento, como no trecho “Eu não tenho ciúme dela! Só não entendo porque você teve que trazer essas pessoas. Não podia ser só nós dois? É em mim que você tem que se concentrar. Não na surdinha”. Como muitos adolescentes, Melissa está num período de conflitos com suas emoções e controle de suas ações.
Para saber mais sobre a obra ou entrevistar Ana Beatriz Brandão, entre em contato com Juliana pelo e-mail redacao3@liliancomunica.com.br ou pelo telefone (11)2275-6787.
O que você faria se tivesse uma segunda chance?
A Garota das Sapatilhas Brancas, spin-off de O Garoto do Cachecol Vermelho, traz versão e lembranças de Daniel e de outros personagens queridos pelos fãs da escritora
Ana Beatriz Brandão, escritora com apenas 17 anos, acaba de lançar seu novo livro pela Editora Verus, do Grupo Editorial Record: A Garota das Sapatilhas Brancas. Spin-off de O Garoto do Cachecol Vermelho, que já está na quinta edição, este segundo romance da autora e quarto livro já publicado, mostra, através das lembranças de diversos personagens já conhecidos e amados pelo leitor, como decisões podem afetar o destino. E os fãs já podem preparar os lenços novamente porque a trama é cheia de emoções.
Na história, Daniel Lobos vive a vida plenamente. Dono de um coração enorme, o jovem divide seu tempo entre duas paixões: a música e as causas sociais. Até que seu caminho cruza o de Melissa, uma bailarina preconceituosa e mesquinha, que põe à prova aquilo em que ele mais acredita: que todo mundo merece uma segunda chance.
Diferentemente do que acontece em O Garoto do Cachecol Vermelho, agora os leitores irão acompanhar o outro lado da história, que é o de Daniel, portador de uma doença degenerativa sem cura, a Esclerose Lateral Amiotrófica, mais conhecida como ELA.
Não sabia o que pensar, e nem como agir. Era como se todos os pensamentos que eu pudesse ter naquele momento tivessem sido sugados da minha mente. Tudo o que podia fazer era sentir, e acho que nem isso conseguia fazer direito. Eu tenho esclerose lateral amiotrófica. Tenho uma doença degenerativa sem cura.
Vítima da mesma doença do pai, ele tenta se desviar dos familiares que tanto fazem perguntas sobre seu estado enquanto faz de tudo para arrancar sorrisos de Melissa. Quando ele propõe a ela o plano de passar dois meses juntos para que ela passe a ver a vida de forma diferente, a aproximação entre os dois se torna inevitável. Agora, nada mais será como antes.
Quando ela apertou minha mão, selando nosso acordo, eu soube que conseguiria. Nunca tive tanta certeza de algo na vida, como se de repente tudo fizesse sentido. Posso ter parecido um louco naquele momento, afinal nos conhecíamos fazia tão pouco tempo. Mas a cada encontro com Melissa eu sentia como se estivéssemos destinados a nos encontrar naquela noite de Ano-Novo. Como se o universo tivesse conspirado para nos levar até aquele momento.
E os fãs podem se orgulhar ao adquirirem a obra. É que parte dos direitos autorais deste livro será doada para instituições ligadas à esclerose lateral amiotrófica (ELA). As doações, que contam com o apoio da Verus Editora e do Grupo Editorial Record, irão para o Instituto Paulo Gontijo e a Associação Regional de Esclerose Lateral Amiotrófica (ARELA-RS). Os leitores de O Garoto do Cachecol Vermelho também continuam contribuindo para a Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (ABRELA).
Sobre a autora: Viver em um mundo cercado de magia – esse sempre foi o sonho de Ana Beatriz Brandão. Ela descobriu que era possível tornar isso realidade através da leitura quando conheceu O Pequeno Príncipe, aos cinco anos de idade.Targaryen, potterhead, narniana, semideusa e tributo, Ana vive muitas aventuras todos os dias. Aos treze anos, descobriu que contar histórias era sua paixão e desde então escreveu diversos livros, entre eles O Garoto do Cachecol Vermelho, Sombra de um anjo e Caçadores de almas. Seu maior sonho é poder continuar contando suas histórias para todos aqueles que, como ela, acreditam que os livros são a melhor forma de tocar o coração das pessoas e mudar suas vidas.