O atraso sistemático no pagamento dos servidores do município de Natal foi alvo de críticas da socióloga e candidata à Prefeitura do Natal, Márcia Maia. Em vídeo publicado em sua página no Facebook, ela afirma que o atual prefeito, Carlos Eduardo Alves, repete Micarla ao atrasar o pagamento do funcionalismo público de forma sistemática.
“Não foi ele quem prometeu um tratamento digno, não foi ele quem criticou tanto Micarla e agora vem e faz o mesmo? Se não paga o salário em dia, não pode exigir um bom trabalho, se não paga o salário, você está dizendo que não respeita quem trabalha pela nossa cidade”, critica.
Os jornais, ainda no início do mês de dezembro de 2015, já alertavam para o fato de que aquele seria o último em que a prefeitura municipal do Natal garantiria o pagamento dos servidores até o último dia útil, conforme calendário anual tradicionalmente divulgado no início do ano. `
Em fevereiro, a Justiça do Rio Grande do Norte chegou a intervir e determinou a suspensão do ato administrativo que modificou o calendário de pagamento dos servidores do município de Natal. A decisão, à época, ordenava que os salários dos servidores fossem pagos até o último dia útil do mês de referência.
“Tão grave quanto o atraso dos salários, é a insensibilidade, a indiferença do prefeito Carlos Eduardo, será que ele não percebe que o funcionário público depende do salário para viver. Salário não é luxo, é para pagar o aluguel, fazer a feira, comprar remédio, pagar as contas”, afirma.
Márcia questiona o fato de o servidor trabalhar o mês inteiro e ter o direito de receber em dia negado pela falta de sensibilidade e indiferença do gestor. Além disso, ela aponta a falta de diálogo com o funcionalismo para buscar uma solução.
“Ele se nega a dialogar, fecha as portas do gabinete para os funcionários da prefeitura e o servidor se vê na situação de usar o último recurso que tem ao alcance que é parar. No fim, quem paga o preço dessa insensibilidade e arrogância é quem nada tem haver com isso: a população”, lamenta.
Mas os problemas no tratamento do funcionalismo, segundo Márcia, não se resumem aos salários atrasados. Há ainda o déficit de profissionais em diversas secretarias do estado para prestação do serviço, falta de estrutura de trabalho para os profissionais, dentre outros problemas.