No primeiro momento, o químico Gilberto Chierice descobre que a substância fosfoetanolamina sintética tem efeitos importantes para atacar tumores cancerígenos. A substância é usada para atender pessoas com câncer em estado tão avançado que os médicos já não dão mais esperanças. De forma eficaz, a substância faz o câncer ceder e as pessoas passam e ter melhoras inegáveis, mas os médicos não querem isso, pois paciente desenganado por médico tem de morrer – assim alguns pensam. Com o aumento do uso da fosfoetanolamina, a USP São Carlos precisa garantir a produção das cápsulas, de forma a garantir o atendimento a todos os que precisarem.
Depois de criados os primeiros obstáculos, a Justiça obriga a USP a entregar o remédio, que os órgãos médicos e autoridades comprometidas passam a dizer que não é remédio, mesmo curando, pois não passou pela burocracia que regula a fabricação de medicamentos. A costumeira desumanidade dos órgãos de classe médicos e autoridades da saúde entram em ação e aparecem decisões judiciais suspendendo a entrega da substância. Mas o assunto vai até o Supremo Tribunal Federal – STF e este órgão manda entregar a fosfoetanolamina às pessoas que estão em tratamento de câncer.
O assunto chega ao parlamento nacional. Câmara dos Deputados aprova a produção da substância. Senado confirma aprovação. Aí chega a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa e diz para a Presidência da República vetar o projeto.
Entrementes, a USP, ao invés de preparar-se para atender à demanda, que tende a aumentar, toma uma decisão que coroa a estupidez reinante nessa área. Mandou lacrar o laboratório onde a fosfoetanolamina era produzida.
Não ficou só nisso. Agora, além desses obstáculos que os usuários da substância vêm enfrentando, ao invés de prestar honrarias ao homem que descobriu que o tratamento do câncer poderia ter um novo e forte aliado, a USP quer enquadrá-lo no Código Penal como charlatão.
Eis a notícia, que vem da grande imprensa:
“Investigação de curandeirismo
A Procuradoria da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, denunciou à Polícia Civil o químico Gilberto Chierice, pesquisador que desenvolveu a fosfoetanolamina sintética, a chamada ‘pílula do câncer’, nos laboratórios do Instituto de Química. A universidade alega que ele cometeu crime de curandeirismo e de expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto iminente, previstos como crimes nos artigos 284 e 132 do Código Penal, respectivamente. A pena para o primeiro é de prisão de 6 meses a 3 anos e, para o segundo, de 3 meses a 1 ano. O pesquisador e a USP não comentaram o assunto.”
Quando alguém mostra alguma forma de enfrentar as doenças, que não seja entupindo os pacientes de remédios, termina assim. Pois também tentaram condenar o Dr. Luiz Moura, que mostrou a eficácia da auto-hemoterapia no combate a muitas doenças. Ele foi absolvido e inocentado de todas as acusações feitas em processo do Conselho de Medicina do Rio de Janeiro e Conselho Federal de Medicina.