Wallacy Medeiros – Queimaduras podem ser compreendidas como traumas decorrentes de agentes como energia térmica, química ou elétrica, capazes de produzir o aumento excessivo do calor e assim danificar os tecidos corporais acarretando morte celular
As festas juninas são sinônimo de quadrilhas, comidas típicas e também de fogueiras, balões e fogos de artifício. O contato mais frequente com fogueiras e o manuseio inadequado de fogos de artificio faz com que o risco de acidentes com queimaduras aumente. Esse risco torna-se ainda maior se considerarmos que estamos também em época de férias, período em que as crianças passam mais tempo em casa e, consequentemente, estão mais suscetíveis a acidentes domésticos que podem causar traumas como as queimaduras.
O professor Rodrigo Assis Neves Dantas, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), trabalhou durante oito anos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Estado (SAMU 192-RN) e é vice-coordenador de um projeto de extensão que instrui professores e alunos sobre a prevenção de queimaduras e sobre os primeiros socorros que devem ser tomados. Segundo Rodrigo Dantas, as queimaduras podem ser compreendidas como traumas decorrentes de agentes como energia térmica, química ou elétrica, capazes de produzir o aumento excessivo do calor e assim danificar os tecidos corporais acarretando a morte celular. Tais agravos podem ser classificados como queimaduras de 1º ao 4º grau, dependendo da gravidade.
“As queimaduras de 1º grau são aquelas mais simples, ocasionadas, geralmente, pela radiação solar. A de 2º grau atinge a epiderme e a derme da pele e se caracteriza pela formação de uma estrutura que a gente conhece como bolha. Já a queimadura de 3º grau acomete a epiderme, a derme e pode atingir músculos e outros tecidos. A de 4º grau, que é a mais grave de todas, atinge todos os tecidos da pele e pode atingir órgãos, tendões e até sistema neurológico,” explica o professor.
Anastácia Vaz Contato mais frequente com fogueiras e o manuseio inadequado de fogos de artificio faz com que risco de acidentes com queimaduras aumente
Rodrigo Dantas lembra ainda que as queimaduras não estão totalmente ligadas ao fogo. “Existem as queimaduras térmicas que podem ser pelo calor ou pelo frio, as queimaduras químicas, que são ocasionadas por substâncias como ácidos, e existem também as biológicas, que são ocasionadas, por exemplo, por caravelas e águas-vivas,” ressalta.
Os motivos são inúmeros e as crianças, por exemplo, podem se queimar brincando com fósforos, ao encostar em aparelhos elétricos quentes, no fogo ou fogão ou até mesmo serem queimadas pelo sol. Porém, baseando-se na literatura local e nos dados do atendimento do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Walfredo Gurgel, que é referência de atendimento de trauma do estado, a maior incidência de queimaduras é por conta de acidentes domésticos, de maneira geral com líquidos quentes. “Geralmente as crianças se queimam com líquidos quentes. Elas alcançam as panelas que estão no fogão com água fervendo, por exemplo, e puxam, então o líquido se derrama sobre seu corpo e causa a queimadura. Essa é a maior incidência,” afirma Rodrigo Dantas.
Um período que merece atenção é o das festas juninas. “Obviamente, na época das festas juninas, o risco de queimaduras por fogo aumenta bastante por causa do contato com os fogos de artifício e pela falta de segurança no seu manuseio, já que algumas empresas não indicam uma maneira adequada para utilização. Então é comum o aumento no número de casos, mas isso não significa que seja a maior incidência comparando com outros períodos do ano. A maior incidência continua sendo nos períodos de férias,” enfatiza.
Primeiros socorros
Segundo o professor, a primeira coisa que se deve fazer diante de uma queimadura por fogos de artificio, que é uma queimadura térmica, é conduzir imediatamente esse indivíduo para uma fonte de água corrente e limpa que esteja na temperatura ambiente, como o chuveiro. “Esse é o único tratamento pré-hospitalar que deve ser feito por leigos no atendimento a um paciente queimado. Dependendo da gravidade dessa queimadura o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) precisa ser acionado pelo 192,” afirma.
Anastácia Vaz Professor Rodrigo Assis Neves Dantas, do Departamento de Enfermagem da UFRN, é vice-coordenador de um projeto de extensão que instrui professores e alunos sobre prevenção de queimaduras e sobre primeiros socorros
O professor também fala sobre a aplicação de substâncias em queimaduras. “Há uma crença cultural de algumas pessoas de que se deve passar pasta de dente, urina, pó de café e outras substâncias para tratar queimaduras, mas isso não é aconselhável, como também não é aconselhável estourar as bolhas das queimaduras de 2º grau em ambiente doméstico. As bolhas precisam ser estouradas, mas dentro de um ambiente hospitalar,” esclarece.
Além disso, Rodrigo Dantas lembra que não se deve puxar a roupa do paciente caso ela esteja grudada na pele, pois isso pode aumentar a lesão e, consequentemente, contribuir para a piora do ferimento. “Nos casos de queimadura, há um consenso entre os especialistas de que não se deve desgrudar a roupa do contato da ferida, pois a roupa tende a colar na pele. Então, no ambiente pré-hospitalar, não se deve puxar para não aumentar a lesão e agravar ainda mais o quadro. Esse procedimento deve ser feito com anestesia dentro do ambiente hospitalar,” explica.
Um dos problemas causados pelos sistemas de transportes são os ruídos gerados com a sua intensificação. Os níveis de pressão sonora são as principais fontes de poluição sonora nos centros urbanos, incluindo o ruído de veículos rodoviários, de trem e de avião. Os efeitos desses ruídos podem provocar grandes alterações no metabolismo humano. Os efeitos do ruído excessivo afetam a comunicação verbal, tanto direta como indiretamente, causa incômodos, alterações no sistema auditivo que às vezes chegam a casos irreversíveis, entre outros fatores. Dessa forma, é importante saber como medir os níveis de pressão sonora provenientes de sistemas de transportes conforme a NBR 16425-1, editada em abril de 2016.
Mauricio Ferraz de Paiva
O aumento desenfreado do processo de urbanização das cidades brasileiras, especialmente a partir do início do século passado, teve como consequência uma crescente poluição sonora que se tornou um problema de vizinhança e posteriormente como uma questão relativa à qualidade de vida e à saúde pública. Com isso, causou gravíssimos prejuízos físicos e psicológicos aos seres humanos, abalando o meio ambiente.
Atualmente, são inúmeras as fontes de poluição sonora no cotidiano, a exemplo dos aeroportos, automóveis, bares, carros de som, casas de show, eletrodomésticos, manifestações públicas, máquinas industriais, templos religiosos, vendedores ambulantes, etc. A forma de propagação da poluição sonora é diferente dos demais tipos de poluição, pois não ocorre deslocamento permanente de moléculas ou transferência de matéria, mas de energia.
Consiste no conjunto de compressões e rarefações do meio em que se irradia a partir da fonte emissora, sendo semelhante a uma onda que se propaga desde o centro de um reservatório de água. É preciso destacar que a poluição sonora é um fenômeno que comporta certa relativização, já que cada indivíduo possui um grau determinado de sensibilidade auditiva. Isso só acontece até determinado limite, pois, quando essa sensibilidade é ultrapassada, as pessoas estão sujeitas a sofrerem os efeitos maléficos da poluição sonora.
A expansão das cidades, fenômeno chamado de urbanização, quando realizada de forma desordenada, acaba gerando impactos ambientais negativos. É o que acontece na maioria dos centros urbanos, pois o crescimento populacional se intensifica, e as condições do transporte público são precárias. A quantidade de veículos gera congestionamento em horário de pico, aumento do tráfego e, principalmente, aumento dos níveis sonoros gerados por motores, buzinas e demais atividades que causam desconfortos para a população. Isso preocupa, pois se trata de uma poluição invisível e pouco perceptível, e que tem ordem física, psicológica e fisiológica, ou seja, um transtorno da saúde pública.
A pressão sonora pode gerar graves efeitos sobre a qualidade de vida dos seres humanos e sobre o meio ambiente como um todo, além de causar problemas à saúde. Tais efeitos podem ser classificados como diretos ou indiretos.
Entre os problemas diretos estão a redução auditiva, a falha de comunicação, a surdez, e o incômodo; já entre os problemas indiretos estão os distúrbios clínicos, a insônia, o aumento da pressão arterial, a complicação estomacal, as fadigas físicas e mentais e a impotência sexual. A poluição sonora deve ser tratada como um problema social difuso e ambiental, que deve ser combatido pelo poder público com a adoção de políticas públicas de fiscalização, e a conscientização nas áreas com grande amplitude sonora.
Essa norma, sob o título geral Acústica – Medição e avaliação de níveis de pressão sonora provenientes de sistemas de transportes, tem previsão de conter as seguintes partes: Parte 1: Aspectos gerais; Parte 2: Sistema aeroviário; Parte 3: Sistema aquaviário; Parte 4: Sistema ferroviário; Parte 5: Sistema metroviário; e Parte 6: Sistema rodoviário.
A elaboração da NBR 16425 (todas as partes) foi motivada por: inexistência de normas técnicas brasileiras que estabeleçam procedimentos específicos de medição de níveis de pressão sonora, bem como avaliação do impacto sonoro ambiental decorrente dos sistemas de transporte; necessidade de estabelecer critérios para a localização de pontos de medição de níveis de pressão sonora, bem como para avaliação dos resultados, em função da ocupação do solo em relação às faixas de domínio e áreas não edificáveis dos modais de transporte terrestre e zonas de proteção de aeródromos e portos, muitas vezes invadidas ou ocupadas desordenadamente.
O conjunto de instrumentos deve ser calibrado por laboratório acreditado, membro da Rede Brasileira de Calibração (RBC), ou pelo Inmetro, ou por laboratório de calibração, em outros países, acreditado em rede reconhecida por acordo oficial brasileiro de reconhecimento mútuo (ILAC). A calibração deve ser realizada para: sonômetros, conforme a IEC 61672-3; microfones, conforme a IEC 61094-4; e calibradores sonoros, conforme a IEC 60942. Pela IEC 61672-3, a calibração do microfone fica implícita no teste acústico.
O sonômetro e o microfone devem ser calibrados para operação em campo livre. A periodicidade de calibração deve ser estabelecida com base nas recomendações do fabricante, podendo ser de até 24 meses, desde que justificada com base no histórico de dados de calibrações anteriores ou verificações intermediárias. A periodicidade de calibração inferior a 24 meses pode ser necessária em função da frequência de uso ou das condições ambientais de operação dos instrumentos.
As calibrações devem ser realizadas após qualquer evento que possa produzir danos aos instrumentos, sempre que o instrumento sofrer manutenção corretiva e sempre que a variação entre ajustes indicar instabilidade. As informações mínimas que devem constar nos certificados de calibração são aquelas apresentadas no Anexo A.
O conjunto de instrumentos (sonômetro, microfone e calibrador sonoro) deve ser aquele indicado pelo fabricante, conforme especificado pela IEC 61672-1. O sonômetro deve atender à EC 61672-1, para a Classe 1. Recomenda-se a utilização de sonômetro cujo modelo tenha sido comprovadamente aprovado, conforme a IEC 61672-2.
Para a medição e caracterização de som tonal, o sonômetro deve possuir filtros de 1/3 de oitava, que devem atender à IEC 61260, para a Classe 0 ou Classe 1. As medições de níveis de pressão sonora devem ser realizadas com o protetor de vento acoplado ao microfone do sonômetro.
Deve ser executada a correção da influência dos efeitos do protetor de vento na resposta em frequência do microfone, conforme instrução do fabricante para o modelo do protetor de vento utilizado. Opcionalmente ao uso de um sonômetro pode-se utilizar um sistema de medição de nível de pressão sonora constituído por microfone, cabos e conectores, placa de aquisição de dados, hardware e software, desde que o sistema de medição de nível de pressão sonora atenda às especificações da IEC 61672-1 e IEC 61672-3.
O calibrador sonoro deve atender à IEC 60942, para a Classe 1. O microfone de medição deve ser especificado para atender à IEC 61672-1 ou IEC 61094-4. Alguns microfones são especificados para atender à IEC 61672-1, porém não é mencionado o atendimento à IEC 61094-4.
O sonômetro deve ser ajustado, com o calibrador sonoro acoplado ao microfone, imediatamente antes de cada série de medições. O sistema de calibração elétrico interno do sonômetro, disponível em alguns modelos, não substitui o uso do calibrador sonoro.
O ajuste do sonômetro deve ser realizado com o valor indicado no certificado de calibração mais recente do calibrador sonoro, aplicada à devida correção do tipo de microfone, conforme orientações do fabricante. O microfone, o sonômetro e o calibrador sonoro devem ser compatíveis, conforme especificação do fabricante.
O ajuste do sonômetro deve ser realizado nas condições ambientais do local da medição, desde que isento de interferências sonoras que possam influenciar o ajuste. Recomenda-se que, dependendo do conjunto de instrumentos a ser utilizado, do tempo de medição, e das condições meteorológicas, sejam realizados ajustes intermediários com o calibrador sonoro.
Ao final de uma série de medições, no ambiente avaliado, deve ser lido o nível de pressão sonora com o calibrador sonoro ligado e acoplado ao microfone. Se a diferença entre a leitura e o valor ajustado inicialmente for superior a +0,5 dB ou inferior a -0,5 dB, os resultados devem ser descartados e novas medições devem ser realizadas.
No monitoramento de período completo ou de longa duração, verificações elétricas podem ser utilizadas para extensão do intervalo entre ajustes com o uso do calibrador sonoro, desde que essa tecnologia esteja incorporada no sonômetro ou no sistema de medição, e as orientações do fabricante sejam atendidas.
As verificações elétricas devem ser realizadas pelo menos duas vezes ao dia, em intervalos regulares. As verificações elétricas e sua contribuição na incerteza do resultado da medição sonora devem ser validadas através do ajuste com calibrador sonoro e do monitoramento da pressão atmosférica e temperatura ambiente.
Recomenda-se que, no monitoramento de período completo ou de longa duração, o ajuste com o calibrador sonoro acoplado ao microfone seja realizado conforme recomendações do fabricante. Nas medições executadas no nível do solo, o microfone deve ser posicionado entre 1,2 m e 1,5 m do solo.
Nas medições executadas em alturas superiores a 1,5 m do solo, a altura ou o pavimento de uma edificação onde a medição for executada deve ser declarada no relatório. No monitoramento contínuo de longa duração ou de período completo, com o uso de estações de monitoramento sonoro, recomenda-se que o microfone seja posicionado a pelo menos 4 m do solo. Quando não for possível assegurar as distâncias mínimas previstas nesta Parte da NBR 16425, as condições de execução das medições devem ser informadas no relatório.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
A Target recomenda e autoriza a reprodução e compartilhamento do conteúdo desta mensagem.
A implantação de um sistema de gestão da energia requer o comprometimento da alta direção da organização, mas, também, dos diversos níveis hierárquicos da empresa. Ao primeiro grupo caberá definir os objetivos e metas a serem alcançados em termos de desempenho energético e fornecer uma visão corporativa que permita a implantação bem-sucedida do sistema de gestão. Os demais níveis participam da operacionalização da política energética, da identificação das necessidades diárias e da proposição de melhorias nos processos, atuando como mola mestra do funcionamento de todo o programa. A principal questão quanto ao sucesso da implantação do sistema está na compreensão, por todos, de que esta iniciativa resultará, em última análise, em ganhos financeiros para a empresa, pois aumenta a sua competitividade ao reduzir custos produtivos desnecessários. Outros ganhos, relacionados à sustentabilidade econômica e ambiental do negócio, também serão obtidos, sem falar na redução de investimentos na ampliação incessante da infraestrutura necessária à distribuição de determinados insumos energéticos, tais como eletricidade e gás natural, entre vários outros.
Mauricio Ferraz de Paiva
A NBR ISO 50001 especifica os requisitos de um sistema de gestão da energia (SGE) para uma organização desenvolver e implementar uma política energética, estabelecer objetivos, metas e planos de ação que considerem requisitos legais e informações relativas ao uso significativo de energia. Um SGE habilita uma organização a atender sua política energética, tomar as devidas ações de melhoria de seu desempenho energético e demonstrar conformidade aos requisitos desta norma.
Pode-se ajustar a aplicação desta norma a requisitos específicos de uma organização – incluindo complexidade do sistema, grau de documentação e recursos – e abrange as atividades sob o controle da organização. Ela se baseia na estrutura de melhoria contínua do Plan-Do-Check-Act e incorpora a gestão da energia nas práticas organizacionais diárias, melhoria da competitividade e redução de emissões de gases de efeito estufa e outros impactos ambientais relacionados.
É aplicável independentemente dos tipos de energia utilizados. Pode ser utilizada para certificação, registro ou autodeclaração do SGE de uma organização. Ela não estabelece requisitos absolutos para o desempenho energético além daqueles estabelecidos na política energética da organização e de sua obrigação de conformidade a requisitos legais aplicáveis ou outros requisitos. Assim, duas organizações realizando operações semelhantes, mas com desempenhos energéticos distintos, podem ambas estar em conformidade com seus requisitos.
Especificamente em seu item 4.3 – Política energética: deve declarar o comprometimento da organização para atingir a melhoria do desempenho energético. A alta direção deve definir a política energética e garantir que esta: seja apropriada à natureza e escala do uso e consumo de energia da organização; inclua um comprometimento para melhoria contínua de desempenho energético; inclua um comprometimento para garantir a disponibilidade de informações e de recursos necessários para atingir objetivos e metas; inclua um comprometimento para cumprir com os requisitos legais aplicáveis e outros requisitos que a organização subscreve em relação à eficiência, uso e consumo de energia; forneça uma estrutura para estabelecer e revisar objetivos e metas energéticas; apoie a aquisição de produtos energeticamente eficientes, assim como de serviços e projetos para melhoria do desempenho energético; seja documentada e comunicada em todos os níveis da organização; e seja regularmente revisada e atualizada se necessário.
Fornece às organizações orientações práticas sobre como atender aos requisitos da NBR ISO 50001 relacionados ao estabelecimento, uso e manutenção dos indicadores de desempenho energético (IDE) e linhas de base energética (LBE) para a medição e alterações no desempenho energético. O IDE e a LBE são dois elementos-chave inter-relacionados da NBR ISO 50001 que permitem a medição, e, logo, a gestão do desempenho energético em uma organização.
O desempenho energético é um conceito amplo relacionado ao uso e consumo de energia e eficiência energética. Para gerenciar efetivamente o desempenho energético de suas instalações, sistemas, processos e equipamentos, as organizações precisam saber como a energia é utilizada e quanto é consumida ao longo do tempo.
Um IDE é um valor ou medida que quantifica resultados relacionados à eficiência energética, uso e consumo de energia em instalações, sistemas, processos e equipamentos. As organizações utilizam IDE como medida de seus desempenhos energéticos.
A LBE é uma referência que caracteriza e quantifica o desempenho energético de uma organização durante um período de tempo específico. A LBE permite que uma organização avalie alterações do desempenho energético entre dois períodos selecionados. A LBE também é utilizada para cálculos de economia de energia, como uma referência antes e depois da implementação de ações de melhoria do desempenho energético.
As organizações definem metas para o desempenho energético como parte do processo de planejamento energético em seus sistemas de gestão de energia (SGE). A organização precisa considerar as metas específicas de desempenho energético, enquanto identifica e estabelece o IDE e a LBE.
Esta norma inclui quadros de ajuda desenvolvidos para fornecer ao usuário ideias, exemplos e estratégias para medição do desempenho energético utilizando o IDE e a LBE. Os conceitos e métodos nessa norma podem também ser utilizados por organizações que não possuem um SGE.
Por exemplo, o IDE e a LBE podem também ser utilizados em nível de instalação, sistema, processo ou equipamento, ou para a avaliação de ações individuais de melhoria de desempenho energético. O contínuo comprometimento e o engajamento da alta direção são essenciais para a efetiva implementação, manutenção e melhoria do SGE, de forma a alcançar os benefícios da melhoria do desempenho energético. A alta direção demonstra seu comprometimento por meio de ações de liderança e um envolvimento ativo no SGE, garantindo contínua alocação de recursos, incluindo pessoal, para implementar e manter o SGE ao longo do tempo.
Para medir e quantificar efetivamente seu desempenho energético, uma organização estabelece o IDE e a LBE. Os IDE são utilizados para quantificar o desempenho energético de toda a organização ou de suas diferentes partes. As LBE são referências quantitativas utilizadas para comparar valores do IDE ao longo do tempo e para quantificar alterações no desempenho energético.
Os resultados do desempenho energético podem ser expressos em unidades de consumo (por exemplo, GJ, kWh), consumo específico de energia (CEE) (por exemplo, kWh/unidade), potência de pico (por exemplo, kW), alteração percentual em eficiência ou proporções adimensionais etc. A relação geral entre o desempenho energético, o IDE, a LBE e metas energéticas é apresentada na Figura 1.
O desempenho energético pode ser afetado por uma série de variáveis relevantes e fatores estáticos. Eles podem estar relacionados às condições variáveis de negócio, como demanda de mercado, vendas e rentabilidade.
Uma visão geral sobre o processo de desenvolvimento, utilização e atualização dos IDE e LBE é ilustrada na figura abaixo. Este processo auxilia a organização a melhorar continuamente a medição do seu desempenho energético.
A quantificação do consumo de energia é essencial para a medição do desempenho energético e das melhorias do desempenho energético. Quando múltiplas formas de energia forem utilizadas, é útil converter todas as formas para uma unidade de medição de energia comum. Convém tomar cuidado para que a conversão seja feita de forma que represente a energia total consumida em uma organização apropriadamente, incluindo perdas em processos de conversão de energia.
A identificação dos usos da energia, como sistemas energéticos (por exemplo, ar comprimido, vapor, água fria etc.), processos e equipamentos, auxilia a categorização do consumo de energia e a focar o desempenho energético nos usos que são importantes para uma organização. A eficiência energética é uma métrica frequentemente utilizada para se medir desempenho energético e pode ser utilizada como um IDE.
A eficiência energética pode ser expressa de diferentes maneiras, como saída de energia/entrada de energia (eficiência de conversão); energia requerida/energia consumida (onde a energia requerida pode ser obtida a partir de um modelo teórico ou alguma outra relação); saída de produção/entrada de energia (por exemplo, as toneladas de produção por unidade de energia consumida).
A análise de dados é normalmente necessária para determinar a significância de variáveis relevantes. Algumas variáveis são mais relevantes para o consumo de energia que outras.
Por exemplo, quando o uso de energia por unidade de produção estiver sendo medido, a contagem do número de produtos finais pode fornecer um resultado errôneo se houver produção de saídas intermediárias e se estas saídas intermediárias forem desperdícios, valor agregado ou reciclados. Uma vez que variáveis relevantes tenham sido isoladas, técnicas de modelagem adicionais podem ser usadas para determinar a natureza precisa da relação.
Enfim, um sistema de gestão de energia auxilia as indústrias a otimizar o uso de energia sistematicamente, economicamente e ecologicamente. A gestão de energia ajuda a melhorar a eficiência energética de processos, equipamentos e dispositivos, além de reduzir os custos, o consumo de energia e as emissões de CO2, entre outras vantagens.
Além disso, permite a redução de custos com energia e vida útil de equipamentos; a redução da emissão de gases de efeito estufa; uma política para o uso mais eficiente de energia envolvendo até a alta administração; a integração com sistemas de gestão existentes; metas para redução; rateio de custos setorizados e transparência dos consumos de energia por departamentos; e a melhoria contínua do perfil de uso da energia.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
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Entende-se como call center o ambiente de trabalho no qual a principal atividade é conduzida via telefone e/ou rádio com utilização simultânea de terminais de computador. Entende-se como trabalho de teleatendimento/telemarketing aquele cuja comunicação com interlocutores clientes e usuários é realizada à distância por intermédio da voz e/ou mensagens eletrônicas, com a utilização simultânea de equipamentos de audição/escuta e fala telefônica e sistemas informatizados ou manuais de processamento de dados. Essa configuração aliada à organização estrutural e funcional do trabalho faz com que a categoria esteja exposta a lesões por esforços repetitivos, ou distúrbios osteomusculares (LER/DORT), disfonias ocupacionais, transtornos mentais e Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR), além de fadiga relacionada aos movimentos musculares, ao esforço postural, visual e da alta estimulação da atividade mental e emocional. Por isso, pelo fato desse tipo de trabalho ter grande pressão de tempo, elevado esforço mental, grande esforço visual, rigidez postural, sobrecarga estática muscular, gravação e escuta de diálogos, entre outros fatores potenciais causadores de estresse e desgaste, e do significativo aumento de profissionais dessa atividade, assim como o significativo aumento das doenças ocupacionais desse segmento, foi aprovado o Anexo II da Norma Regulamentadora nº 17 – Trabalho em Teleatendimento/Telemarketing.
Mauricio Ferraz de Paiva
A ergonomia pode ser definida como o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente e, particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento. Ela busca instituir os métodos que ajustem e melhorem as condições de trabalho, ocasionando conforto aos trabalhadores, além de trazer segurança e eficiência para a realização das atividades a serem desempenhadas.
Os trabalhadores em teleatendimento/telemarketing podem sofrer distúrbios osteomusculares que são causadas por posturas incorretas, exigência de posturas estáticas prolongadas, proibição de saída do posto de trabalho, digitação repetida, mobiliário desconfortável, posto de trabalho em condições inadequadas (posição e tamanho dos equipamentos, iluminação e temperatura, etc.). O punho, a mão, a coluna lombar e os membros inferiores são atingidos, geralmente, por tendinites, sinovites, hérnias de disco e edemas.
Além disso, a sensibilidade visual é afetada e a fadiga visual é acentuada dependendo do tipo de tela e da iluminação do posto de trabalho. Por isso, eles apresentam dores nos dedos, formigamento, perda de força motora, redução dos movimentos, dores nos ombros, dores nas costas, inchaços, formigamento das pernas, dos pés, inchaços dos membros inferiores, fadiga visual, perda auditiva, labirintite e, ainda, após longos períodos, acúmulo de gordura no abdômen.
Quanto aos distúrbios emocionais estão relacionados a gestões organizacionais e psicossociais da política administrativa da empresa. A intensidade das sobrecargas emocional e mental está relacionada à organização de volume escalonado de trabalho, à carga cognitiva, ao ritmo exigido pelas tarefas prescritas, ao nível de participação pessoal, ao planejamento laboral e mais, a forte pressão por produtividade através de metas de vendas e obtenção de resultados.
Dessa forma, podem apresentar desconforto emocional com ansiedade e insegurança, sendo elevado o número de estresse, síndrome do pânico, depressão, e doenças de base emocional como alergias, gripes, dores de estômago, dores de cabeça, irritabilidade, anemias e até fibromialgias. Algumas ações simples como pequenas paradas na jornada de trabalho, movimentação, descontração e hidratação não resolvem totalmente o problema, mas auxiliam de maneira significativa a minimizar os problemas, enquanto todas as adequações se estabelecem.
A Norma Regulamentadora Nº 17 (NR 17) foi publicada com dois anexos, visando a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. Um deles objetiva o trabalho em teleatendimento/telemarketing.
Entende-se como trabalho de teleatendimento/telemarketing aquele cuja comunicação com interlocutores clientes e usuários é realizada à distância por intermédio da voz e/ou mensagens eletrônicas, com a utilização simultânea de equipamentos de audição/escuta e fala telefônica e sistemas informatizados ou manuais de processamento de dados. Os operadores de teleatendimento/telemarketing exercem uma atividade necessária e que expõe o seus trabalhadores a sérios riscos físicos e emocionais sendo necessária uma política integrada de gestão para dar as melhores condições de trabalho a esse tão importante profissional.
A empresa contratante precisa atentar a alguns parâmetros. O monitor de vídeo e o teclado devem estar apoiados em superfícies com mecanismos de regulagem independentes, sendo aceita uma superfície regulável única para teclado e monitor quando este for dotado de regulagem independente de, no mínimo, 26 centímetros no plano vertical.
A bancada sem material de consulta deve ter, no mínimo, profundidade de 75 centímetros medidos a partir de sua borda frontal e largura de 90 centímetros que proporcionem zonas de alcance manual de, no máximo, 65 (sessenta e cinco) centímetros de raio em cada lado, medidas centradas nos ombros do operador em posição de trabalho. Já a bancada com material de consulta deve ter, no mínimo, profundidade de 90 centímetros a partir de sua borda frontal e largura de 100 centímetros que proporcionem zonas de alcance manual de, no máximo, 65 centímetros de raio em cada lado, medidas centradas nos ombros do operador em posição de trabalho, para livre utilização e acesso de documentos.
Somam-se a isso que o plano de trabalho deve ter bordas arredondadas, as superfícies de trabalho devem ser reguláveis em altura em um intervalo mínimo de 13 centímetros, medidos de sua face superior, permitindo o apoio das plantas dos pés no piso. O dispositivo de apontamento na tela (mouse) deve estar apoiado na mesma superfície do teclado, colocado em área de fácil alcance e com espaço suficiente para sua livre utilização e o espaço sob a superfície de trabalho deve ter profundidade livre mínima de 45 centímetros ao nível dos joelhos e de 70 centímetros ao nível dos pés, medidos de sua borda frontal.
Nos casos em que os pés do operador não alcancem o piso, mesmo após a regulagem do assento, deverá ser fornecido apoio para os pés que se adapte ao comprimento das pernas do trabalhador, permitindo o apoio das plantas dos pés, com inclinação ajustável e superfície revestida de material antiderrapante.
Fundamental que os assentos devem ser dotados de apoio em cinco pés, com rodízios cuja resistência evite deslocamentos involuntários e que não comprometam a estabilidade do assento, superfícies onde ocorre contato corporal estofadas e revestidas de material que permita a perspiração, base estofada com material de densidade entre 40 a 50 kg/m³ e a altura da superfície superior ajustável, em relação ao piso, entre 37 e 50 centímetros, podendo ser adotados até três tipos de cadeiras com alturas diferentes, de forma a atender as necessidades de todos os operadores, profundidade útil de 38 a 46 centímetros, borda frontal arredondada, características de pouca ou nenhuma conformação na base e encosto ajustável em altura e em sentido antero-posterior, com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
Não se pode esquecer-se do apoio de braços, regulável em altura de 20 a 25 centímetros a partir do assento, sendo que seu comprimento não deve interferir no movimento de aproximação da cadeira em relação à mesa, nem com os movimentos inerentes à execução da tarefa. Os locais de trabalho devem ser dotados de condições acústicas adequadas à comunicação telefônica, adotando-se medidas tais como o arranjo físico geral e dos postos de trabalho, pisos e paredes, isolamento acústico do ruído externo, tamanho, forma, revestimento e distribuição das divisórias entre os postos.
Os ambientes de trabalho devem atender aos seguintes parâmetros: níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152 (NB95) de 12/1987 – Níveis de ruído para conforto acústico que fixa níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos, observando o nível de ruído aceitável para efeito de conforto de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB; índice de temperatura efetiva entre 20° e 23 °C; velocidade do ar não superior a 0,75 m/s; e umidade relativa do ar não inferior a 40%. Para alcançar tais propósitos faz-se necessário que os equipamentos sejam adaptados às características físicas e psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho que será realizado.
Para o cálculo do tempo efetivo em atividade de teleatendimento/telemarketing devem ser computados os períodos em que o operador encontra-se no posto de trabalho, os intervalos entre os ciclos laborais e os deslocamentos para solução de questões relacionadas ao trabalho. Para prevenir sobrecarga psíquica, muscular estática de pescoço, ombros, dorso e membros superiores, as empresas devem permitir a fruição de pausas de descanso e intervalos para repouso e alimentação aos trabalhadores.
Com o fim de permitir a satisfação das necessidades fisiológicas, as empresas devem permitir que os operadores saiam de seus postos de trabalho a qualquer momento da jornada, sem repercussões sobre suas avaliações e remunerações. Nos locais de trabalho deve ser permitida a alternância de postura pelo trabalhador, de acordo com suas conveniência e necessidade.
Importante: os mecanismos de monitoramento da produtividade, tais como mensagens nos monitores de vídeo, sinais luminosos, cromáticos, sonoros, ou indicações do tempo utilizado nas ligações ou de filas de clientes em espera, não podem ser utilizados para aceleração do trabalho e, quando existentes, deverão estar disponíveis para consulta pelo operador, a seu critério.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
A Target recomenda e autoriza a reprodução e compartilhamento do conteúdo desta mensagem.
No mercado é possível encontrar vários tipos de tubulação para instalações hidráulicas. Cada uma possui suas vantagens e desvantagens. O cobre já vem sendo usado há muitos anos nas tubulações, porém perdeu espaço neste nicho de mercado devido ao surgimento de novas tecnologias – produtos à base de polímeros ou plásticos. Contudo, a tubulação de cobre possui uma elevada vida útil, mas a sua instalação é mais complexa. As conexões precisam ser soldadas com chama, além de este material exigir o uso de isolamento térmico, pois transmite o calor da água para a parede e precisa de juntas de dilatação. Mas, a sua aplicação diminui os custos e os prazos ao oferecer amplas opções de diâmetros e espessuras em suas paredes, o que permite uma grande adaptação a outras peças, especialmente em instalações de água e de gás. A manutenção é mais fácil que a de outros tipos de tubos e a vida útil é eterna. Importante é que as tubulações de cobre sejam utilizadas de acordo com a norma técnica.
Mauricio Ferraz de Paiva
O cobre está sendo usado para o transporte de água há milhares de anos e a primeira instalação conhecida foi feita em um templo egípcio há quase 5.000 anos. O material pode suportar temperaturas e pressões elevadas e pode ser exposto aos raios UV, temperatura e oxigênio de ambientes abertos.
A tubulação de cobre pode ser utilizada em vários serviços: água potável, aquecimento, gás, gases medicinais, sistemas de energia solar, extintores de incêndio, sistemas de ar condicionado. Ela atende aos requisitos de segurança em uma ampla gama incomparável de temperaturas e pressões.
Devido à sua excelente condutividade térmica, o cobre é o melhor material para a troca de calor (ou fluidos frios), por isso que é um dos mais eficientes aquecimentos irradiados com circuitos em tubo de cobre. São materiais excelentes no combate ao acúmulo de germes e bactérias. E, em casos de demolição ou renovação, podem ser 100% reciclados sem perda de desempenho para ser reaproveitado.
O cobre tem uma característica única entre os materiais utilizados para o transporte de água potável: suas propriedades de higiene podem combater e inibir a proliferação de bactérias. Isso ajuda a água a se manter potável e saudável. Diversos trabalhos de pesquisa têm demonstrado o benefício do cobre e alguns hospitais decidiram instalar tubos de cobre para o seu sistema de tubulação de água para proteger a saúde de seus pacientes. Além disso, o tubo de cobre pode libertar apenas os íons de cobre na água, que são necessários para o metabolismo do nosso corpo: a água que bebemos e usamos não irá conter aditivos, pigmentos, compostos orgânicos voláteis ou outros compostos sintéticos.
O cobre é o material de escolha para instalações de aquecimento, graças à sua confiabilidade e segurança. Ele funde a 1.083°C, por isso a água quente ou vapor não amolecem ou alteram a forma do tubo, ou seja, a alta temperatura não encurta a vida do tubo e, consequentemente, a vida útil da instalação. Além disso, possui uma excelente condutividade térmica e, por esse motivo, é o material mais eficiente para sistemas de troca de calor.
Os tubos de cobre para gás podem ser colocados em quase toda parte: interior e exterior, incorporado, no solo ou em estruturas dedicadas, porque é capaz de cumprir os requisitos de segurança para este tipo de instalação. O metal vermelho não é permeável a gases e ar, de forma que nenhum vazamento ou contaminação de fora é possível; oxigênio, raios UV e temperatura não diminuem suas propriedades mecânicas.
Atualmente, o encanamento para condução da água quente nas residências requer a atenção de quem está reformando ou tem planos de modernizar o imóvel. Isso porque as tubulações hidráulicas precisam ser adequadas para condução da água com segurança e eficácia.
Nessa escolha, a preferência deve considerar a durabilidade do material, a resistência à pressão e a temperaturas elevadas, características das tubulações de cobre, que ainda têm a vantagem de não sofrer deformações ou acúmulo de resíduos sólidos em suas paredes. Por ser um metal com boa condutividade térmica, o cobre evita a perda de calor da água, conservando-a quente no interior da tubulação até a saída. O metal se funde a 1.083°C, de forma que a água e o vapor quentes não causam qualquer dano às tubulações.
Dependendo da necessidade, os tubos podem ser embutidos ou aparentes e usados para condução de água potável, água aquecida, gás, sistemas de ar-condicionado e de energia solar. O material não racha nem sofre ressecamento, por isso pode ser exposto à ação do sol, chuva, calor ou frio, em ambientes abertos.
O diâmetro dos tubos de cobre pode, inclusive, ser menor se comparado a de outros materiais, pois sua parede lisa e íntegra não retém sujeira, evitando incrustações e estreitamentos da passagem da água. As prumadas de cobre resistem à pressão pelo menos 3,5 vezes mais que o mínimo exigido em norma. Essas tubulações também têm grande resistência quando a pressão aumenta em função de uma parada brusca da água, no caso do fechamento de uma válvula de descarga ou de um refluxo.
A NBR 15345 de 11/2013 – Instalação predial de tubos e conexões de cobre e ligas de cobre – Procedimento estabelece os requisitos mínimos de montagem e instalação de tubos de cobre, conexões de cobre e ligas de cobre, usados para condução de água fria, água quente, gases combustíveis, gases refrigerantes, gases medicinais e outros fluidos; em instalações residenciais, comerciais, industriais, hospitalares, de combate a incêndio, bem como para outras aplicações compatíveis; em termos de segurança, durabilidade, manutenção e estanqueidade.
Não tem por objetivo estabelecer requisitos de segurança, associados ao uso de sistemas que utilizam tubos de cobre e conexões de cobre e ligas de cobre. As práticas apropriadas de segurança e a aplicabilidade de requisitos adicionais devem ser estabelecidas e adotadas antes do uso pretendido.
O material utilizado nas instalações deve ser manuseado e armazenado de modo que sejam preservadas suas características originais. Os tubos e conexões devem ser armazenados em local limpo, coberto, arejado e sem umidade. Quando for impraticável o armazenamento nessas condições, os tubos devem ser dispostos com uma inclinação mínima de 5 %.
Os tubos e conexões não podem manter contato direto com o solo. Os tubos devem ficar em cima de apoios, a uma altura mínima de 75 mm, e as conexões acondicionadas em caixas colocadas em prateleiras.
Sobre os tubos não podem ser colocados produtos químicos, vergalhões e outros materiais que possam causar danos à sua superfície e não podem sofrer choques mecânicos. Os tubos não podem ser arrastados por ocasião de seu transporte.
Os tubos não podem ser cobertos com lona plástica, para evitar que ocorra acúmulo de umidade pela falta de ventilação ou aeração adequada. Os tubos de cobre não podem ser colocados em contato com tubos de aço, arames de aço, aço para construção ou outro metal que não seja de cobre ou de suas ligas. Os tubos devem ser verificados quanto à sua integridade e limpeza antes da sua utilização.
Em tubulações aparentes, devem ser utilizados suportes para a fixação. Os materiais de fixação não podem ser constituídos de materiais que possam provocar danos na superfície dos tubos ou algum tipo de corrosão. Os suportes podem ser fixados nas alvenarias de elevação ou fechamento, em lajes e em outros elementos estruturais, ou então apoiados na superfície.
A fixação dos suportes na edificação deve ser feita com materiais adequados à utilização da edificação e ao meio no qual o material será aplicado. Sempre que houver mudança de direção no caminhamento da tubulação ou for identificado um ponto de possível fragilidade ou esforço, deve ser instalado um suporte para a fixação da tubulação.
Para tubos enterrados, devem ser previstos meios de proteção que garantam a integridade dos tubos (por exemplo, laje, canaletas ou envelopamento de concreto), sempre que identificado algum tipo de agressão ou esforço potencial. As tubulações devem receber proteção anticorrosiva através de aplicação de fitas adesivas específicas para tal finalidade, ou outros meios adequados, levando-se em conta o meio onde estão instaladas e o material da própria tubulação.
Em paredes construídas em alvenaria, a fixação da tubulação deve ser feita com argamassa de cimento e areia, evitando-se o contato com materiais heterogêneos ou potencialmente corrosivos. No caso de paredes pré-moldadas, sistemas dry wall, pisos elevados e tetos rebaixados, a fixação da tubulação deve ser feita por intermédio de suportes de fixação adequados de forma a manter a tubulação permanentemente posicionada.
O instalador deve possuir habilitação formal (treinamentos, certificados de qualificação, experiência profissional na área, etc.) para realização dos serviços de união entre tubos e conexões, bem como instalação da tubulação, contemplando no mínimo as seguintes capacitações: interpretação de projetos; identificação dos componentes a serem utilizados (incluem as dimensionais); realização de cortes em tubos e limpeza de tubos e conexões; realização do processo de solda; realização do processo de flangeamento; realização do processo de prensagem radial; familiaridade com elementos da instalação; operação de equipamentos para instalação; conhecimento das normas técnicas de instalações específicas; e conhecimento desta norma.
A limpeza deve ser sempre realizada ao término da montagem da tubulação. Nas instalações prediais de água e proteção contra incêndio, recomenda-se a lavagem da tubulação para retirar impurezas e excessos de materiais procedentes da soldagem (fluxo e solda) e da montagem de conexões (elementos de vedação) que possam ter permanecido em seu interior.
A lavagem da tubulação é realizada por circulação de água limpa por toda a tubulação, com pressão mínima de 9 m de coluna d’água, deixando circular a água até que ela apresente aparência livre de sujeira e materiais impróprios. Caso o sistema não entre em operação, esgotar a água da tubulação até a sua efetiva utilização.
A instalação de tubos e conexões deve ser ensaiada quanto à sua estanqueidade. O procedimento específico para verificação da estanqueidade deve ser conforme o tipo de instalação executada. Os ensaios de estanqueidade devem ser realizados por pessoal devidamente habilitado.
A estanqueidade deve ser verificada antes e após o fechamento de paredes, tetos ou pisos. A estanqueidade da instalação pode ser verificada por partes ou na totalidade.
No caso de o ensaio ser feito por partes, após a conclusão da instalação, é necessário fazer uma verificação da estanqueidade de toda a tubulação. As partes da instalação que apresentarem vazamento devem ser substituídas ou reparadas, e a instalação deve ser novamente ensaiada até a sua completa estanqueidade.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
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O Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio Grande do Norte – SINPEF-RN, juntamente com a Federação Nacional dos Policiais Federais, diante da lastimável situação da violência urbana que se instalou no Brasil e mais especificamente no RN, iniciou uma forte campanha de mídia para trazer à sociedade uma alternativa a esse terrível problema: a otimização das investigações pela Polícia Federal.
As entidades sindicais passaram a defender a aprovação na Câmara dos Deputados da PEC 361, que visa reformular a PF transformando-a do modelo burocrático e contraproducente atual em uma Polícia nos mesmos moldes de sucesso do FBI Americano.
A campanha está estampada em outdoors na capital e na Grande Natal, com o intuito de mostrar para sociedade que os policiais federais exigem mudanças.
O LED (diodo emissor de luz) é basicamente um componente eletrônico formado por meio de uma junção p-n de um semicondutor. Quando os semicondutores recebem a deposição de elementos providos de carga (positiva ou negativa) acabam se tornando levemente carregados positivamente (com ausência de elétrons), ou negativamente (com elétrons livres). Além do uso doméstico, a aplicação do LED em sistemas de iluminação pública é apropriada e já supera as tecnologias convencionais, pois permite o controle e a dimerização a distância mais facilmente, com um custo de manutenção bem menor. Em economia de energia, o LED quando comparado com outras tecnologias e dependendo do sistema que irá substituir, pode atingir até a 80% de redução no consumo de energia. A utilização de luminárias LED na iluminação pública de cidades brasileiras ainda é muito reduzida considerando os aspectos positivos que tal tecnologia pode oferecer. Porém, é importante que os gestores públicos adotem uma regra básica em seus processos licitatórios: as luminárias LED necessitam seguir a norma técnica quanto ao seu desempenho.
Mauricio Ferraz de Paiva
Atualmente, o Brasil conta com aproximadamente 15 milhões de pontos de iluminação pública, o que equivale a 3% do consumo total de energia elétrica. Isso quer dizer que são consumidos cerca de 9,7 bilhões de kWh/ano, contudo os custos desses serviços não se limitam à remuneração pela energia necessária ao seu funcionamento, mas incluem os de manutenção e operação do sistema, que exige a mobilização de equipes treinadas e equipamentos específicos.
Importante ressaltar que a iluminação pública é essencial à qualidade de vida nos centros urbanos, atuando como instrumento de cidadania, permitindo aos habitantes desfrutar plenamente do espaço público no período noturno. Além de estar diretamente ligada à segurança pública no tráfego, previne a criminalidade, embeleza as áreas urbanas, destaca e valoriza monumentos, prédios e paisagens, facilita a hierarquia viária, orienta percursos e aproveita melhor as áreas de lazer.
Assim, a melhoria da qualidade dos sistemas de iluminação pública traduz-se em melhor imagem da cidade, favorecendo o turismo, o comércio e o lazer noturno, ampliando a cultura do uso. As lâmpadas LED se apresentam como um potencial substituto para as lâmpadas convencionais, uma vez que prometem com menor potência, vida útil muito superior, maior flexibilidade de focar as áreas de interesse a serem iluminadas e menor impacto ambiental pela não utilização do mercúrio, atendendo a todos os quesitos necessários.
Os seguintes tipos de luminárias LED são distinguidos: Tipo A – Luminárias que usam módulos de LED que atendem aos requisitos da IEC 627171; Tipo B – Luminárias que usam módulos de LED que não atendem aos requisitos IEC 62717; Tipo C – Luminárias que usam lâmpadas LED e atendem aos requisitos da IEC 62722-1. Os requisitos desta norma estão relacionados somente ao ensaio de tipo.
Esta norma não cobre as luminárias LED que produzem luz colorida intencionalmente; muito menos cobre luminárias que utilizam OLED (LED orgânico). Estes requisitos de desempenho são adicionais aos requisitos da IEC 62722-1, Seções 1 a 9, exceto nesta parte 2-1, onde são especificados métodos alternativos de medição ou limites.
Como esta norma foi simultaneamente desenvolvida e editada com a norma para módulos de LED, onde for apropriado, os requisitos fornecidos pela IEC 62717 de módulos podem ser transferidos para luminária inteira. A vida útil das luminárias LED é, na maioria dos casos, muito maior do que a praticada nos ensaios.
Os gestores públicos em suas licitações precisam se preocupar com a qualidade dos produtos e somente aprovar os fornecedores que cumpram as normas técnicas. A observância das normas técnicas brasileiras é obrigatória e já existe jurisprudência dos tribunais nacionais dizendo que há implicações criminais pela sua não observância. As normas técnicas são prescrições científicas e consensuais com uma função orientadora e purificadora do mercado.
No caso das luminárias LED, são importantes as informações dos parâmetros mostrados na Tabela 1 devem ser fornecidas pelo fabricante ou fornecedor responsável na folha de dados do produto, catálogos ou site. A conformidade é verificada por inspeção.
A verificação das afirmações de vida útil pelos fabricantes não pôde ser ensaiada de forma suficientemente confiável. Por essa razão, o nível de aceitação ou rejeição da declaração de vida útil por um fabricante, passado 25 % da vida útil nominal (com o máximo de 6 000 h), está fora do escopo desta norma.
Ao contrário da validação de vida útil, esta norma optou por definir categorias de manutenção de lumens em ensaios finitos. Portanto, o número da categoria não implica uma previsão da vida útil alcançada. As categorias são características de depreciação do fluxo luminoso, mostrando o comportamento de acordo com as informações do fabricante que as providenciou antes do ensaio ser realizado.
A fim de validar a afirmação da vida útil, um ensaio de extrapolação de dados é necessário. Um método geral de projetar os dados de medição para além do tempo de ensaio está sob consideração. Para explicações de métricas de vida útil, consultar a IEC 62717, Anexo C.
A expectativa é que as luminárias LED possam ligar e operar satisfatoriamente em tensões entre 92 % e 106 % da tensão de alimentação nominal e em um ambiente com temperatura de acordo com o intervalo declarado pelo fabricante. A avaliação de LOR (relação de saída de luminosidade) para luminárias LED está sob consideração.
As luminárias LED são as que incorporam fontes de luz LED. Elas têm módulos de LED com o mesmo método de controle e operação (semi-integrado, integrado); módulos de LED com a mesma classificação, de acordo com os métodos de instalação (referência é feita na NBR IEC 62031:2013, Seção 6) e utilizando os módulos LED de uma mesma família como especificado na IEC 62717:2014, 6.2 e a mesma classe de proteção contra choques elétricos; as mesmas características de projeto, distinguidas por características de materiais comuns, componentes e/ou métodos de processamento e gerenciamento de calor.
A primeira edição da IEC 62722-2-1, de desempenho de luminárias LED no segmento de iluminação geral, reconhece a necessidade de ensaios pertinentes para luminárias usando uma nova fonte de luz, algumas vezes chamada de “luz de estado sólido”. Esta publicação foi desenvolvida paralelamente e editada simultaneamente com as normas de luminárias para uso geral e módulos de LED.
As alterações na norma de desempenho de luminárias terão impacto nas normas de módulos e vice-versa, devido ao comportamento do LED. Portanto, no desenvolvimento da IEC 62722-2-1, houve consulta mútua dos especialistas dos dois produtos.
As disposições da norma representam o conhecimento técnico de especialistas da indústria de semicondutores (chip de LED), bem como da indústria elétrica de fontes de luz e luminárias. As condições para os ensaios elétricos e características fotométricas, manutenção do fluxo luminoso e vida útil são dadas no Anexo A.
Em todos os ensaios são medidos “n” luminárias LED do mesmo tipo. O número “n” deve ser o mínimo de produtos dados na Tabela 3. As luminárias LED usadas em ensaios longos não podem ser utilizadas em outros ensaios.
Cada amostra de luminária deve atender a todos os ensaios pertinentes, com exceção dos ensaios de 10.3, onde uma amostra é requerida para cada um dos três ensaios separadamente mencionado na Tabela 2 e na Tabela 3. No intuito de reduzir os tempos de ensaio, o fabricante ou fornecedor responsável pode submeter luminárias adicionais ou partes de luminárias, desde que estas possuam o mesmo material e design das luminárias originais e que os resultados dos ensaios sejam os mesmos, se forem realizados em uma luminária idêntica.
As luminárias LED que possuem controle dimerizável devem ser ajustadas no máximo valor de saída para todos os ensaios. As luminárias com ponto de cor ajustável devem ser ajustadas e definido um valor fixo, conforme indicado pelo fabricante ou fornecedor responsável. As de geometria linear e variação no comprimento devem ser ensaiadas no comprimento que os parâmetros são dados (por exemplo, desempenho por x cm).
Somente os ensaios para medição do desempenho inicial são realizados, quando o módulo de LED é operado dentro de sua temperatura limite tp. As informações para o projeto da luminária dadas na IEC 62717, Seção B.1, requerem módulos LED para serem operados dentro de suas temperaturas-limite tp.
A temperatura tp deve ser medida de acordo com o procedimento do ensaio térmico definido na NBR IEC 60598-1:2010, 12.4 (funcionamento normal). Quando a luminária é operada em sua própria temperatura ambiente nominal máxima para o desempenho (tq), o limite tp (para o desempenho declarado – Tabela 2, IEC 62717) de módulos de LED que operam no interior da luminária não pode ser ultrapassado.
A tensão de ensaio para a luminária deve ser 1,00 vez a tensão nominal da luminária. Em luminárias destinadas a serem alimentadas com corrente constante, a corrente de ensaio deve ser de 1,00 vez a corrente nominal da luminária.
Para as luminárias de rodovias e as de iluminação de rua e os projetores destinados para uso externo somente, a redução da temperatura medida de acordo com a NBR IEC 15129:2012, 3.12.1 e a IEC 60598-2-5:2015, 5.12.1, respectivamente, não pode ser aplicada para a temperatura de tp do módulo de LED. A temperatura de desempenho ambiente tq é medida em um compartimento à prova de corrente de ar, como a temperatura do ar, em uma posição perto de uma das paredes perfuradas em um nível com o centro da luminária (ver item e) da NBR IEC 60598 -1:2010, Seção K.1. da IEC 62717:2014, Seção 7, se aplicam às luminárias LED.
No caso de a potência não ser constante, a média da potência é medida em um tempo apropriado. A luminária pode conter componentes (por exemplo, controladores digitais ou sensores) que não estão consumindo potência constante, mas pode estar no modo de espera stand by e, em seguida, entrar em operação e consumir potência.
A vida útil da luminária LED pode ser muito maior do que a realmente verificada na prática nos ensaios. Além disso, a depreciação na emissão de luz varia de fabricante para fabricante fazendo com que o método de suposição geral seja dificultado. Esta norma optou por categorias de manutenção do fluxo luminoso que cobrem a depreciação inicial do fluxo luminoso até um tempo operacional estabelecido em 6.1.
Devido a este tempo de ensaio limitado, não é possível ser confirmada a declaração de vida de luminárias LED, muito menos rejeitar na maioria dos casos. A vida útil de uma luminária refere-se às projeções de manutenção do lúmen das fontes de luz de LED integrados em que a luminária ou o número de horas que uma luminária LED vai entregar uma quantidade suficiente de luz em uma determinada aplicação.
A vida da luminária, por outro lado, tem a ver com a confiabilidade dos componentes de uma luminária LED como um sistema, incluindo os eletrônicos, materiais, invólucro, cabos, conectores, selos, e assim por diante. Todo o sistema dura apenas até vida mais curta do componente crítico, mesmo que seja um componente crítico com selagem a intempéries, um elemento óptico, um LED, ou qualquer outra coisa.
A partir deste ponto de vista, fontes de luz LED são simplesmente um componente crítico entre muitos – embora sejam muitas vezes o componente mais confiável em todo o sistema de iluminação. Se uma luminária LED estiver equipada com um módulo de LED substituível, a vida da luminária pode ser dissociada do módulo de LED e de sua vida. Isso traz a vida da luminária mais perto da definição atual da vida da luminária para fontes de luz convencionais.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
A Target recomenda e autoriza a reprodução e compartilhamento do conteúdo desta mensagem.
Uma boa informação é a forma como a mensagem está estruturada, ou seja, ela é um conjunto de elementos e normas combinados na formação da mensagem. E, importante, só ocorre a comunicação quando quem recebe a informação reage e altera momentaneamente o seu comportamento. Atrair a atenção sobre lugares, objetos e situações, a fim de sinalizar ou alertar, em face de uma situação de risco, de perigo, quando bem planejada e executada, é uma forma eficiente de prevenir acidentes no ambiente de trabalho. Esse tipo de orientação precisa ter uma tipologia de fácil leitura e compreensão; incluir painéis informativos em todos os locais de risco com visualidade e localização de fácil acesso; ter cores, letra/fundo, possibilitando contraste adequado. Os sinais devem ser claramente vistos sob quaisquer condições de iluminação e ser claramente distinguidos de outros sinais e associar um significado específico de comunicação. Quando houver a necessidade de uma identificação mais detalhada (concentração, temperatura, pressões, pureza, etc.), a diferenciação deve ser feita por meio de faixas de cores diferentes, aplicadas sobre a cor básica. A NR 26 – Sinalização de Segurança objetiva fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes.
Mauricio Ferraz de Paiva
A saúde e a segurança dos trabalhadores no Brasil ainda são preocupantes. Muitas foram as conquistas nas melhorias das condições de trabalho, mas os riscos, as doenças ocupacionais, o assédio moral e o alto ritmo de produção imposto pelas organizações, levam milhões de trabalhadores ao adoecimento, afastamento do trabalho e mortes.
A busca por ambientes de trabalho mais seguros está fazendo com que os trabalhadores adotem cada vez mais a prevenção de acidentes. Ela deixou de ser algo a ser feito apenas a partir da conscientização e passou a ser algo que pode chegar às pessoas por mais de um sentido e diga-se de passagem o mais poderoso deles – a visão.
Dos cincos sentidos, a visão humana é a que provê o maior número de informações a serem processadas pelo cérebro. Estima-se que metade do potencial de processamento cerebral humano seja utilizada para lidar com informações visuais e sabe-se também que o ser humano é um animal predominantemente visual.
Esse processo ocorre de forma extremamente rápida e em condições bastante favoráveis, por exemplo, uma pessoa com acuidade visual normal é capaz de identificar uma letra a uma distância 700 vezes maior que a altura da mesma (860 vezes a distâncias muito pequenas). Ou seja, uma letra de um centímetro a uma distância de 7 m, ou letras de 2 mm a uma distância de 1,40 m.
Segundo a NR 26 – Sinalização de Segurança devem ser adotadas as cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. Por estas entre outras tantas razões a questão da sinalização como ferramenta para a prevenção é de suma importância para o sucesso de qualquer programa de segurança que tenha como objetivo alcançar melhores resultados.
Assim, devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais.
A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
O produto químico utilizado no local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para a segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas. A classificação de substâncias perigosas deve ser baseada em lista de classificação harmonizada ou com a realização de ensaios exigidos pelo processo de classificação.
Na ausência de lista nacional de classificação harmonizada de substâncias perigosas pode ser utilizada lista internacional. Os aspectos relativos à classificação devem atender ao disposto em norma técnica oficial vigente.
A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o produto. Ela deve conter os seguintes elementos: identificação e composição do produto químico; pictograma(s) de perigo; palavra de advertência; frase(s) de perigo; frase(s) de precaução; e informações suplementares.
O produto químico não classificado como perigoso a segurança e saúde dos trabalhadores conforme o GHS deve dispor de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a indicação do nome, a informação de que se trata de produto não classificado como perigoso e recomendações de precaução. Os produtos notificados ou registrados como saneantes na Anvisa estão dispensados do cumprimento das obrigações de rotulagem preventiva.
O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado nacional deve elaborar e tornar disponível ficha com dados de segurança do produto químico para todo produto químico classificado como perigoso. O formato e conteúdo da ficha com dados de segurança do produto químico devem seguir o estabelecido pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.
No caso de mistura deve ser explicitado na ficha com dados de segurança o nome e a concentração, ou faixa de concentração, das substâncias que: representam perigo para a saúde dos trabalhadores, se estiverem presentes em concentração igual ou superior aos valores de corte/limites de concentração estabelecidos pelo GHS para cada classe/categoria de perigo; e possuam limite de exposição ocupacional estabelecidos.
Os aspectos relativos à ficha com dados de segurança devem atender ao disposto em norma técnica oficial vigente. Isso se aplica também a produto químico não classificado como perigoso, mas cujos usos previstos ou recomendados derem origem a riscos a segurança e saúde dos trabalhadores.
O empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores às fichas com dados de segurança dos produtos químicos que utilizam no local de trabalho. Os trabalhadores devem receber treinamento: para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de segurança do produto químico; e sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro e procedimentos para atuação em situações de emergência com o produto químico.
As cores e suas principais utilizações:
Vermelho
Utilização – Para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias; em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência. Não deve ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa alerta).
Amarelo
Utilização – O amarelo deverá ser empregado para indicar cuidado. Usado para sinalizar locais onde as pessoas possam bater contra, tropeçar, etc. ou ainda em equipamentos que se desloquem como os veículos industriais. Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos. Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização.
Branco
Utilização – Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas, direção e circulação, localização e coletores de resíduos; localização de bebedouros; áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência; áreas destinadas à armazenagem e zonas de segurança.
Preto
Utilização – O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.).
Verde
Utilização – O verde é a cor da segurança e deve ser utilizado para canalizações de água; caixas de equipamento de socorro de urgência; caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança; macas; lava-olhos; dispositivos de segurança; mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica), etc.
Laranja
Utilização – Deve ser empregado para canalizações contendo ácidos; partes móveis de máquinas e equipamentos; partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas; faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; faces externas de polias e engrenagens; botões de arranque de segurança; dispositivos de corte, borda de serras e prensas.
Púrpura
Utilização – Usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares.
Cinza
Utilização – Cinza claro – usado para identificar canalizações em vácuo; Cinza escuro – usado para identificar eletrodutos.
Enfim, o uso das cores é essencial por permitir a rápida identificação de determinados produtos químicos em tubulações possibilitando assim reações em tempo hábil diante de emergências. Igualmente, a sua utilização é uma forma bastante eficaz de trabalhar com grupos de trabalhadores com dificuldades para leitura – sendo a identificação e compreensão da situação quase que imediata nestes casos.
Usar cores como meio para prevenção deve ser algo criterioso. O uso sem critérios pode criar mais confusão do que prevenção. Além disso, deve haver preocupação e cuidados com as questões da fadiga visual ou outras situações que causem desconforto ou confusão aos trabalhadores.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
A Target recomenda e autoriza a reprodução e compartilhamento do conteúdo desta mensagem.
Em vista de relatos dos consumidores relacionados à dificuldade em conservar a temperatura do líquido por muito tempo; e registros de acidentes associados a queimaduras, foram analisadas, em laboratório, as amostras de modelos de nove marcas de garrafas térmicas de uso doméstico, com o objetivo de avaliar o desempenho e a segurança do produto. Os resultados revelaram uma tendência de conformidade do produto disponível no mercado nacional, contudo chegou-se à conclusão de que a NBR 13282 de 04/1998 – Garrafa térmica com ampola de vidro – Requisitos e métodos de ensaio necessita ser atualizada.
Mauricio Ferraz de Paiva
Uma garrafa térmica é um recipiente térmico, frasco, jarra, garrafa e outros, composto de um corpo externo e uma parte interna constituída por uma ampola de vidro ou metal, com a finalidade de se obter o máximo isolamento térmico para manutenção da temperatura dos líquidos ou alimentos contidos neste recipiente.
O físico-químico escocês James Dewar foi quem inventou, em 1892, o sistema de isolamento a vácuo, que é o princípio da garrafa térmica. A ideia é simples e trata-se de um vaso de vidro de paredes duplas com um espaço no meio, fechado a vácuo. As paredes recebem um revestimento metálico, formando superfícies espelhadas.
O vácuo tem a função de impedir a transferência de calor e as superfícies espelhadas servem para refletir o calor, impedindo assim que este seja transmitido por radiação. Desta forma, a garrafa térmica pode conservar líquidos com temperaturas diferentes no meio ambiente: quente e fria, mas é claro que as temperaturas se igualam com o tempo, pois não existe vácuo absoluto e nem espelhos 100% refletores.
As garrafas térmicas de uso doméstico são classificadas, basicamente, em dois tipos, automática ou com bomba: garrafa térmica automática – popularmente denominada de garrafa térmica de rosca, é a garrafa dotada de tampa, que permite servir o líquido sem necessidade da retirada completa da tampa; garrafa térmica com bomba – é a garrafa dotada de dispositivo de bombeamento, normalmente, incorporado à tampa, que permite servir o líquido sem que seja necessário incliná-la.
Além desta classificação, a garrafa térmica também pode ser classificada, de acordo com o seu tipo ou uso, como garrafa térmica de mesa (garrafa para uso em interiores, sendo que a posição de repouso da garrafa deve ser sempre na vertical) e garrafa térmica portátil (garrafa dotada exclusivamente de tampa de fechamento hermético).
O Inmetro identificou várias reclamações relacionadas ao desempenho da garrafa térmica, ou seja, à dificuldade em conservar a temperatura do líquido por muito tempo. Igualmente, foram registrados acidentes com garrafas térmicas, a maioria deles associadas às queimaduras nas mãos, rosto e outras partes do corpo.
A partir disso, foram analisadas, em laboratório, as amostras de modelos de nove marcas de garrafas térmicas de uso doméstico, com o objetivo de avaliar o desempenho e a segurança do produto. Destas, apenas uma foi considerada não conforme, pois possuía uma capacidade volumétrica abaixo do informado na embalagem, além de ter sido reprovada na avaliação de eficiência térmica.
Para a avaliação, realizada no Laboratório de Termometria e no Laboratório de Fluídos, ambos localizados no Campus do Inmetro em Xerém, foram verificados seis requisitos, como o de eficiência térmica, para verificar a capacidade de conservar a temperatura do líquido, e o de impacto, para avaliar a capacidade de não haver quebra no caso de queda.
NBR 13282 de 04/1998 – Garrafa térmica com ampola de vidro – Requisitos e métodos de ensaio estabelece os requisitos e métodos de ensaios que devem ser atendidos pelas garrafas térmicas com ampolas de vidro. Segundo a norma, a classificação do produto, quanto ao tipo ou uso, inclui a garrafa térmica de mesa para uso em interiores com dispositivo de bombeamento ou qualquer outro tipo de tampa, não necessariamente hermética, dotada ou não de alça, sendo que a posição de repouso da garrafa deve ser sempre a vertical. A portátil é exclusivamente com tampa de fechamento hermético, dotada ou não de alça, inclusive a tiracolo.
Quanto à construção, existe a garrafa térmica com bomba, dotada de dispositivo de bombeamento, normalmente incorporado à tampa, manual ou automático, que permite servir o líquido sem que seja necessário incliná-la. A garrafa térmica com vidro exposto é aquela em que parte da superfície externa da ampola é aparente. A térmica com tampa automática é dotada de tampa que permite servir o líquido sem necessidade da retirada completa da tampa.
Já o acionamento e a remoção de qualquer parte da garrafa térmica, como copo, tampa, etc., necessários para enchê-la ou servir seu conteúdo, devem ser fáceis e não exigir grandes esforços. O dispositivo de bombeamento deve ser de fácil manuseio e não deve permitir que ocorra o autobombeamento.
As garrafas térmicas, em todas as suas partes, devem estar livres de rebarbas que representem perigo em potencial para o seu usuário. Em garrafas térmicas nas quais for prevista a desmontagem para reposição ou limpeza de componentes, tanto estas operações quanto a posterior montagem devem ser realizadas com facilidade.
A norma determina que as partes destinadas a entrar em contato com o líquido ou alimento contido na garrafa térmica devem atender ao previsto na resolução nº 045/77 da CNNPA ou qualquer outra que venha substituí-la. Toda garrafa térmica deve ser identificada no corpo externo, em local visível, com as seguintes informações: classificação quanto ao tipo; capacidade nominal, em litros (L); o número desta norma; e outras informações exigidas pela legislação em vigor.
A norma exige que toda garrafa térmica deve ser acompanhada de uma instrução de uso, em português, onde constem as seguintes informações: utilização; limpeza; cuidados, incluindo a informação de que a garrafa térmica não deve ser agitada e que a garrafa térmica com bomba não é estanque; precauções; condições de garantia; alerta de que a capacidade volumétrica real da garrafa térmica pode ser inferior em até 10% da capacidade nominal; e outras informações exigidas pela legislação em vigor.
A instrução de uso deve ser redigida com letras de tamanho mínimo de 1,5 mm. As garrafas térmicas devem ser transportadas de maneira cautelosa, evitando-se solavancos e batidas que possam vir a causar danos à ampola de vidro. No recebimento e armazenagem, deve-se evitar o empilhamento exagerado. Neste caso, devem-se respeitar os avisos contidos nas embalagens e separar todo o produto que demonstre claramente estar com a ampola de vidro quebrada.
Enfim, os resultados obtidos na análise do Inmetro revelaram uma tendência de conformidade em relação aos requisitos técnicos vigentes na norma NBR 13282, pois apenas uma das marcas analisadas não atendeu a dois requisitos técnicos previstos pela norma brasileira aplicável ao produto. Contudo, a partir dos resultados encontrados, o Inmetro considera que a norma técnica utilizada como base para a realização dos ensaios deva ser revisada, não só pelo fato dela ter sido publicada em 1998.
Ou seja, foi editada há 18 anos, sendo que as boas práticas internacionais de normalização recomendam que as normas sejam analisadas sobre a ótica da necessidade de revisão a cada cinco anos, mas principalmente pelo fato dela restringir o desenvolvimento tecnológico do produto, a partir da definição de requisitos dimensionais e do tipo de material a ser utilizado. Diante disso o Inmetro solicitou à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o fórum nacional de normalização, a revisão da norma NBR 13282:1998 para contemplar os modelos de garrafas térmicas com revestimento metálico.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria – mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
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No Brasil, já se tornou comum um cenário nas cidades: pontes, passarelas e viadutos com ferragens expostas, trincas, rachaduras e até árvores crescendo entre fendas. Dessa forma, as obras de engenharia se tornaram uma das marcas das cidades feitas em concreto e a maioria, depois de um tempo, torna um risco para a sociedade. São viadutos, passarelas e pontes que se desfazem sem manutenção. Algumas, mesmo reformadas, vão precisar de obras constantes. O tempo, a maresia e o uso trabalham contra. Assim, a inspeção dessas obras de arte especial (OAE) se torna fundamental para diminuir o perigo de colapso dessas estruturas. A inspeção de estruturas de concreto é um conjunto de procedimentos técnicos e especializados que compreendem a coleta de dados necessários à formulação de um diagnóstico e prognóstico da estrutura, visando manter ou reestabelecer os requisitos de segurança estrutural, de funcionalidade e de durabilidade. E tudo deve ser feito conforme a norma técnica.
Mauricio Ferraz de Paiva
Alguns especialistas estimam que no país cerca de 20% das pontes, viadutos e passarelas existentes requerem detecção e tratamento de patologias de forma emergencial. Ou seja, necessitam de algum tipo de inspeção. A inspeção pode ser realizada em três níveis: estrutural, funcional e durabilidade.
Na parte estrutural, é verificado se a obra ainda tem a capacidade de sustentação pré-estabelecida no projeto; no levantamento funcional é levantado se a obra tem problema de pavimento, acessibilidade, impermeabilização e se há proteção aos pedestres. No levantamento de durabilidade entra uma análise de patologias como desgaste no concreto quando houver segregação, impacto de veículos, fissuras e presença de umidade.
A NBR 9452 (NB1018) de 04/2016 – Inspeção de pontes, viadutos e passarelas de concreto – Procedimento especifica os requisitos exigíveis na realização de inspeções em pontes, viadutos e passarelas de concreto e na apresentação dos resultados destas inspeções. A inspeção de estruturas de concreto é um conjunto de procedimentos técnicos e especializados que compreendem a coleta de dados necessários à formulação de um diagnóstico e prognóstico da estrutura, visando manter ou reestabelecer os requisitos de segurança estrutural, de funcionalidade e de durabilidade. A norma cita a sigla OAE – obra de arte especial, uma estrutura classificada como ponte, pontilhão, viaduto ou passarela.
Os tipos de inspeções considerados nesta norma são: cadastral; rotineira; especial; e extraordinária. A inspeção rotineira é a de acompanhamento periódico, visual, com ou sem a utilização de equipamentos e/ou recursos especiais para análise ou acesso, realizado em prazo não superior a um ano.
Na inspeção rotineira deve ser verificada a evolução de anomalias já observadas em inspeções anteriores, bem como novas ocorrências, reparos e/ou recuperações efetuadas no período. A inspeção rotineira deve conter: introdução contendo informações básicas, como rodovia e trecho inspecionado no caso de um lote de OAE; a classificação da OAE; os comentários quanto a eventuais alterações do estado geral da OAE detectadas em relação à inspeção anterior; ficha de inspeção rotineira contendo registro de anomalias de acordo com o Anexo B; registro fotográfico; e demais informações consideradas importantes para a inspeção.
A inspeção especial deve ter uma periodicidade de cinco anos, podendo ser postergada para até oito anos, desde que se enquadre concomitantemente aos seguintes casos: obras com classificação de intervenção de longo prazo; obras com total acesso a seus elementos constituintes na inspeção rotineira.
A inspeção especial deve ser pormenorizada e contemplar mapeamento gráfico e quantitativo das anomalias de todos os elementos aparentes e/ou acessíveis da OAE, com o intuito de formular o diagnóstico e prognóstico da estrutura. Pode ser necessária a utilização de equipamentos especiais para acesso a todos os componentes da estrutura, lateralmente e sob a obra e, se for o caso, internamente, no caso de estruturas celulares. Para elementos submersos, a inspeção subaquática deve ser realizada conforme Anexo F.
A inspeção especial deve ser feita antecipada quando: a inspeção anterior indicar uma classificação de intervenção em curto prazo (notas de classificação 1 e 2, conforme Tabela 1) nos seus parâmetros de desempenho estrutural e de durabilidade; forem previstas adequações de grande porte, como alargamentos, prolongamentos, reforços e elevação de classe portante. O procedimento para a inspeção especial deve seguir o roteiro apresentado no Anexo D.
A inspeção extraordinária é gerada por uma das demandas não programadas a seguir, associadas ou não: necessidade de avaliar com mais critério um elemento ou parte da OAE, podendo ou não ser gerada por inspeção anterior; ocorrência de impacto de veículo, trem ou embarcação na obra; ocorrência de eventos da natureza, como inundação, vendaval, sismo e outros.
A inspeção extraordinária deve ser apresentada em relatório específico, com descrição da obra e identificação das anomalias, incluindo mapeamento, documentação fotográfica e terapia recomendada. Pode ser necessária a utilização de equipamentos especiais para acesso ao elemento ou parte da estrutura.
Para elementos submersos, a inspeção subaquática deve ser realizada conforme Anexo F. O fluxograma do Anexo C orienta os passos decisórios para as inspeções a serem realizadas. As OAE devem ser classificadas segundo os parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade e a gravidade dos problemas detectados, respeitando as Normas Brasileiras aplicáveis em cada caso.
Os parâmetros estruturais são aqueles relacionados à segurança estrutural da OAE, ou seja, referentes à sua estabilidade e capacidade portante, sob o critério de seus estados limites último e de utilização, conforme NBR 6118. Sob o ponto de vista de prioridades de ações de recuperação, é frequente estes parâmetros serem objeto de maior atenção, notadamente quando a obra apresenta sintomatologia já visualmente detectável de desempenho estruturalmente anômalo.
Por parâmetros funcionais entendem-se aqueles aspectos da OAE relacionados diretamente aos fins a que ela se destina, devendo, para tanto, possuir requisitos geométricos adequados, como: visibilidade, gabaritos verticais e horizontais. Deve proporcionar também conforto e segurança a seus usuários, apresentando, por exemplo, guarda-corpos íntegros, ausência de depressões e/ou buracos na pista de rolamento e sinalização adequada.
Designam-se por parâmetros de durabilidade aquelas características das OAE diretamente associadas à sua vida útil, ou seja, com o tempo estimado em que a estrutura deve cumprir suas funções em serviço. A inspeção subaquática é a inspeção detalhada dos elementos submersos da OAE, com o intuito de detectar e identificar as anomalias eventualmente existentes.
A classificação das obras consiste da atribuição de avaliação de sua condição, que pode ser excelente, boa, regular, ruim ou crítica, associando notas aos parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade. Essas notas de avaliação devem variar de 1 a 5, refletindo a maior ou menor gravidade dos problemas detectados. A classificação deve seguir o estabelecido na Tabela 1, que correlaciona essas notas com a condição da obra e caracteriza os problemas detectados, segundo os parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade.
Tabela 1 – Classificação da condição da obra de arte especial
As inspeções subaquáticas devem ser consideradas como parte integrante das inspeções especiais, quando realizadas em intervalos regulares, ou extraordinárias, quando realizadas em situações excepcionais decorrentes de alterações ambientais ou acidentes. As anomalias detectadas na inspeção subaquática devem ser registradas por recursos de mídia, além de toda documentação descrita no Anexo D. Na execução da inspeção subaquática devem ser observadas as recomendações das normas regulamentadoras de segurança pertinentes ao assunto.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
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O desabamento de parte da recém-inaugurada ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, em São Conrado, no Rio de Janeiro, deixou pelo menos dois mortos. Segundo os especialistas, o projeto básico não levou em conta a força do mar e comparou a parte superior da ciclovia, onde fica a pista, como uma passarela comum. O estudo foi insuficiente, devia ter mais detalhes e parece não ter levado em conta as normas técnicas. Faltou, ainda, uma análise por segmento do costão que acompanha a avenida, para os vários sentidos de ataques das ondas. Enfim, o projeto da ciclovia que desabou não previa a possibilidade de ondas fortes que são comuns em toda a costa daquela região.
Mauricio Ferraz de Paiva
Inaugurada em janeiro, a ciclovia que desabou custou quase R$ 45 milhões e foi construída como atrativo para os Jogos Olímpicos, que serão realizados em agosto. O nome é em homenagem ao compositor da canção Do Leme ao Pontal, Tim Maia. Leme e Pontal são localidades da orla da cidade que serão interligadas pela ciclovia após o fim das obras – o trecho entre São Conrado e Barra ainda não foi inaugurado.
O consórcio Contemat/Concrejato afirmou ter sido contratado para desenvolver o projeto executivo, a partir do projeto básico fornecido pela contratante, ou seja, a prefeitura. Engenheiros disseram que o projeto básico não levou em conta a força do mar e comparou a parte superior da ciclovia, onde fica a pista, como uma passarela comum. O estudo foi simplório, foi insuficiente, devia ter mais detalhes. Faltou uma análise por segmento do costão, para os vários sentidos de ataques das ondas.
A Secretaria de Obras declarou que o projeto básico é apenas conceitual e cálculos como impacto das ondas e outras especificações são objeto do desenvolvimento do projeto executivo, que traça todos os detalhes técnicos para a execução da obra. No caso da ciclovia da Niemeyer, o projeto executivo foi desenvolvido pelo consórcio Contemat/Concrejato.
O problema é que não foi previsto no projeto essa força excepcional porque a onda levantou a laje (ponte). Acho que foi uma falha de projeto. Só tem uma viga central praticamente, então, não tem resistência para o momento de força. São dois apoios, ele não conseguiu suportar esse esforço de rotação, devido à onda que bateu. Foi falha de concepção do projeto.
Uma vistoria nos pilares 48, 49 e 50 da ciclovia, justamente os que sustentavam o trecho que desabou, destaca que os danos causados pela ação de fortes ondas foram fator determinante para o desabamento da pista. No pilar 49, os peritos do Grupo de Apoio Técnico Especializado (Gate) do Ministério Público localizaram rachaduras, enquanto o pilar 48 apresenta desgaste de material. Ainda segundo o relatório dos peritos, o fator determinante para o desabamento foi o fato de a pista estar somente apoiada nos pilares danificados, sem qualquer tipo de ancoragem.
As telas soldadas, que são armaduras pré-fabricadas soldadas em todos os pontos de cruzamento, apresentam inúmeras aplicações na construção civil, destacando-se o uso em lajes de concreto armado maciças, mistas (nervuradas), pré-fabricadas, cogumelo, pré-lajes e protendidas. As telas soldadas reduzem o custo final de armação, economizando tempo, mão de obra e material. Controlam o aparecimento de trincas, garantindo maior qualidade da estrutura de concreto.
A NBR 6118 (NB1) de 04/2014 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento estabelece os requisitos básicos exigíveis para o projeto de estruturas de concreto simples, armado e protendido, excluídas aquelas em que se empregam concreto leve, pesado ou outros especiais. A norma, em seu item 14.4.2.1 define as placas como sendo elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações normais a seu plano.
As placas de concreto são usualmente denominadas lajes e a norma estipula que lajes com espessura maior que 1/3 do vão devem ser estudadas como placas espessas. As prescrições sobre as lajes estão contidas nos itens 13.2.4, 13.2.5.2, 13.3, 14.7, 19 e 20. As lajes, na maioria das vezes, destinam-se a receber as cargas verticais que atuam nas estruturas de um modo geral, transmitindo-as para os respectivos apoios, que comumente são vigas localizadas em seus bordos, podendo ocorrer também a presença de apoios pontuais (pilares).
Na prática, existem diferentes tipos de lajes que são empregadas nas obras de um modo geral, sendo que podem ser classificadas de várias formas. Quanto a sua composição e forma, as lajes podem ser: mistas pré-moldadas, mistas moldadas na obra, maciças e nervuradas. Quanto ao tipo de apoio, podem ser: contínuas, isoladas, em balanço e cogumelo e lisas Para o emprego da maioria dos processos de cálculos correntes, é necessário que cada painel individual de laje apresente as condições de bordo bem definidas. Os bordos das lajes são ditos de engastados, apoiados ou livres.
As cargas atuantes nas lajes são de natureza permanente (g) e de natureza acidental (q). Os valores delas são indicados pela NBR 6120 (NB5) de 11/1980 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações que fixa as condições exigíveis para determinação dos valores das cargas que devem ser consideradas no projeto de estrutura de edificações, qualquer que seja sua classe e destino, salvo os casos previstos em normas especiais. As cargas de natureza permanente que atuam nas lajes são compostas basicamente pelo peso próprio da laje, peso da regularização, peso do enchimento, peso do revestimento, peso dos elementos construtivos fixos e peso das instalações permanentes.
Segundo a norma, estruturas de placas podem ser analisadas admitindo as seguintes hipóteses: manutenção da seção plana após a deformação; representação dos elementos por seu plano médio. A determinação dos esforços solicitantes nas lajes envolve modelos matemáticos complexos de cálculos de placas, sendo, portanto, de utilização pouco prática.
Assim, é comum a utilização de processos simplificados que permitem a determinação dos esforços solicitantes nas lajes, sendo que os mesmos devem atender às prescrições da NBR 6118. A análise do comportamento estrutural pode ser efetuada por diferentes métodos. O linear, com ou sem redistribuição dos esforços: aplicam-se os métodos baseados na teoria da elasticidade, com coeficiente de Poisson igual a 0,2, que considera o concreto armado como se fosse um material homogêneo, de comportamento elástico.
A análise plástica é usada para a consideração do estado limite último, a análise de esforços pode ser realizada através da teoria das charneiras plásticas, que considera o concreto armado em regime rígido-plástico, admitindo a presença de fissuras. A análise não linear permite as verificações de estados limites últimos e de estados limites de serviço.
Para a compensação dos esforços (item 14.7.6.2 da norma), nas arestas comuns entre as lajes contínuas armadas em duas direções, geralmente existem dois valores diferentes de momentos fletores negativos, pois o cálculo dos esforços é feito para cada painel isolado. Portanto, é necessário efetuar a correção desses momentos negativos e, consequentemente, o ajuste dos momentos positivos.
Enfim, para o cálculo das reações de apoio das lajes maciças retangulares com carga uniforme, podem ser feitas as seguintes aproximações: as reações em todos os apoios são as correspondentes às cargas atuantes nos triângulos ou trapézios determinados através das charneiras plásticas, sendo que estas podem ser, de maneira aproximada, consideradas uniformemente distribuídas sobre os elementos estruturais que lhes servem de apoio; quando a análise plástica não for efetuada, as charneiras podem ser aproximadas por retas inclinadas, a partir dos vértices com os seguintes ângulos: – 45º entre apoios do mesmo tipo; -60º a partir do apoio considerado engastado, se o outro for considerado simplesmente apoiado; – 90º a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre. No item 19.4, para as lajes e elementos lineares, a norma faz as prescrições em relação a atuação dos esforços cortantes.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
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*Por Victor Simas, presidente da Confenar – Confederação Nacional das Revendas da Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição
A tecnologia está tão presente em todos os processos de nossa rotina, que é bem difícil de encontrar alguém que não tenha um smartphone ou que não utilize a web para realizar os seus negócios. Tamanha facilidade modificou profundamente a nossa vida e, hoje, somos dependentes de todos esses artifícios.
Na logística não é diferente, o investimento em sistemas tecnológicos facilita de forma expressiva o dia-a-dia das distribuidoras. Isso porque possibilita mais convergência entre as pessoas e o negócio, além de gerar facilidades, como maior interação entre os departamentos, acompanhamento das rotas e entregas, entre outros.
Mas, por outro lado, esse cenário também tem gerado um cuidado inédito em várias empresas. Privacidade e segurança deixaram de ser riscos de grandes corporações para estar na pauta de pequenos e médios negócios. Na Confenar, estamos atentos ao assunto focando a proteção dos patrimônios intelectuais e também as informações confidenciais. Invasões e sequestros de dados que têm acontecido em diferentes empresas no País nos levam a tomar cuidados redobrados.
Para garantir a segurança da sua empresa, vale a pena tomar algumas ações importantes. Na Confenar, por exemplo, criamos o Comitê da Tecnologia de Informação, que se dedica a realizar uma série de iniciativas voltadas para que as redes associadas se mantenham protegidas diante de diversos tipos de ameaça. A estruturação de uma equipe especializada para essa atividade é fundamental para que ela tenha um retorno positivo ao negócio. A segurança, claro, não deve estar de fora do escopo de atuação deste comitê.
Outra recomendação para evitar que tais ataques cheguem até a empresa é realizar treinamentos com toda a equipe para sanar dúvidas e compartilhar o cenário arriscado de expor dados na web sem proteção. Disparar e-mails com dicas e orientações para que as revendas estejam mais protegidas é uma prática que dá resultado com pouco investimento.
Outras ações são fundamentais, como investir em softwares de antivírus, mantendo-os sempre atualizados, ter firewall de proteção contra eventuais invasores, restringir acesso de uso de USB, exigir a troca frequente das senhas dos usuários e evitar qualquer tipo de pirataria. É bom ressaltar também a importância de não fazer downloads não autorizados e de não abrir anexos de contatos que não sejam de sua confiança. Essas práticas irão manter sua empresa longe dos riscos da internet.
O uso das lâmpadas LED (Light Emitting Diodes) vem aumentando muito, devido ao seu baixo consumo de energia, vida útil mais longa e menor impacto ambiental. Contudo, elas devem atender aos requisitos mínimos com foco no desempenho energético, segurança elétrica e compatibilidade eletromagnética, conforme especificado nas normas técnicas. Com grande diversidade de modelos, esse tipo de lâmpada possui características específicas que o diferencia dos produtos que estão no mercado há mais tempo. Os LED são componentes eletrônicos que geram luz com baixo consumo de energia, ou seja, antes de comprar, confira nas embalagens o fluxo luminoso em lumens (lm) – quantidade de luz emitida; a potência em Watts (W) – consumo de energia elétrica; e a eficiência luminosa (lm/W) – relação do fluxo luminoso com a potência. Assim, podem durar, dependendo do modelo, pelo menos 25 vezes mais do que as lâmpadas incandescentes e quatro vezes mais do que as fluorescentes compactas. Entretanto, o tempo (em horas de funcionamento) estimado na embalagem não significa o tempo que ela vai levar para queimar e sim o período que a lâmpada passará a funcionar com mais ou menos 70% da capacidade luminosa original. Alguns fatores não relacionados com a qualidade do produto podem afetar sua durabilidade, como oscilações da rede elétrica ou mau contato no ponto de instalação e o não cumprimento dos requisitos técnicos disponibilizados nas normas em sua fabricação.
Mauricio Ferraz de Paiva
Basicamente, no mercado, existem dois tipos de LED: as de baixa potência, utilizadas para sinalização, árvores de Natal, decorações e situações que demandam baixa luminosidade, e as de alta potência, que emitem mais luz, podendo ser utilizadas para iluminação de ambientes que exijam maior luminosidade. As de alta potência podem variar em relação ao tipo de distribuição luminosa da lâmpada, que pode ser não direcional ou direcional.
As não direcionais são lâmpadas de iluminação geral, tal como eram as incandescentes. O foco é aberto e a distribuição de intensidade luminosa é uniforme em todo o entorno, possuindo um ângulo que pode variar entre 0° e 135°, simetricamente em torno do eixo vertical.
As direcionais têm o facho de luz dirigido, correspondendo a um cone com ângulo de abertura de 120° – produzido por um refletor que direciona a luz. Além dessas, existem as LED tubulares com o foco luminoso equivalente ao da fluorescente tubular.
As lâmpadas LED costumam ter tonalidades de cores que podem ser identificadas nas embalagens como temperaturas de cor, expressas em Kelvin (K). Essas temperaturas não estão associadas diretamente à quantidade de calor gerado pela lâmpada. A luz emitida passa por uma sequência de cores, que vai do vermelho ao laranja e daí para amarelo, branco e azul, tal como acontece com a ponta de um maçarico, por exemplo.
A NBR IEC 62031 de 05/2013 – Módulos de LED para iluminação em geral – Especificações de segurança especifica os requisitos gerais e de segurança para módulos de diodos emissores de luz (LED): módulos de LED sem dispositivo de controle integrado para operação sob tensão, corrente e potência constantes; módulos de LED com dispositivo de controle integrado para uso com alimentação cc até 250 V ou alimentação ca até 1.000 V em 50 Hz ou 60 Hz. A primeira edição de uma norma para segurança de módulos de LED para iluminação em geral reconhece a necessidade de ensaios pertinentes para esta nova fonte de luz elétrica, às vezes chamada de iluminação de estado sólido.
A ABNT IEC/PAS 62612:2013 – Lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado para serviços de iluminação geral – Requisitos de desempenhoespecifica os requisitos de desempenho para lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado, com tensão de alimentação até 250 V, juntamente com os métodos de ensaio e condições requeridas, previstas para uso doméstico e iluminação geral similar, tendo potência nominal de até 60 W; tensão nominal de até 250 V ca ou cc; bases da lâmpada de acordo com NBR IEC 62560. Os requisitos desta norma referem-se apenas aos ensaios de tipo.
Enfim, uma lâmpada incandescente de 60 W, que permaneça ligada quatro horas por dia, consome 7,2 kWh ao mês. Uma casa de cinco cômodos tem, em média, dez lâmpadas incluindo a garagem e a área de serviço. Levando-se em conta o custo de R$ 0,50/kW serão R$ 14,40 a pagar. Em comparação com uma lâmpada fluorescente compacta equivalente (15 W) o consumo é de 1,8 kWh/mês. No mesmo exemplo, seriam gastos R$ 3,60 com esta iluminação. Já com uma lâmpada LED de 8 W a economia é de 90% em comparação com a incandescente. Na mesma casa, o custo com a iluminação seria de R$ 1,92. Apesar do custo inicial de uma lâmpada LED ainda ser alto em relação às demais, o tempo de duração é dez vezes maior, o que compensa a troca e a manutenção.
Desde que foram lançadas, as lâmpadas LED têm evoluído em relação a uma característica que é chamada IRC (Índice de Reprodução de Cor). Nesse índice, a referência é a luz do sol, que é considerada 100%. Inicialmente, as lâmpadas LED apresentavam entre 60% e 65% de IRC; atualmente estão entre 85% e 90%, com tendência a subir.
Com a evolução do processo de construção do LED, estes componentes passaram a emitir luzes em cores diferentes, mesmo tendo uma carcaça transparente. Além disso, surgiram os LED capazes de reproduzir várias cores, sendo assim, um mesmo componente poderia criar centenas ou até milhares de cores diferentes.
Claro que para isso, a tecnologia no componente evoluiu muito, mas o modo de funcionamento continuou quase o mesmo. Através de um controle de alta precisão na corrente elétrica, o LED consegue emitir tonalidades de cores diferentes, o que se tornou um fator muito importante para as novas tecnologias que têm aderido este pequeno item da eletrônica.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
Sobre a Target – Há mais de vinte anos a Target vem se consolidando como referência para o desenvolvimento de soluções que facilitam o acesso e gerenciamento de informações tecnológicas críticas para os mais diversos segmentos corporativos. Através de uma equipe de técnicos e engenheiros especializados, a Target oferece hoje muito mais do que simples informações tecnológicas ao mercado em que atua. A Target oferece VANTAGEM COMPETITIVA.
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As quedas em altura constituem uma das causas mais comum de lesões e mortes no decorrer de trabalhos de construção/reparação. Entre as causas podem ser citados o trabalho em andaimes ou plataformas que não estão equipados com guardas de segurança, ou sem que o trabalhador tenha um equipamento de segurança corretamente colocado; telhados frágeis; e escadas que não são adequadamente apoiadas, posicionadas e fixadas. Seja em trabalhos em casa ou em uma indústria, o trabalhador necessita estar consciente dos riscos que corre nos trabalhos em altura e como prevenir acidentes. Dessa forma, existem normas regulamentadoras e normas técnicas que devem ser cumpridas, pois há que se ter atenção redobrada para a execução de trabalho em altura. Nas atividades realizadas em locais elevados, com altura superior a dois metros do piso, o risco de queda pode ter consequências graves e fatais. As ocorrências de acidente de trabalho em altura são provenientes do não atendimento às normas de saúde e segurança do trabalho.
Mauricio Ferraz de Paiva
As quedas com diferença de nível têm sido uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais do mundo, sendo que no Brasil é a principal causa de mortes na indústria. Esses acidentes de trabalho provocados por quedas em altura estão relacionados principalmente à ausência de proteções coletivas e procedimentos que visem à eliminação do perigo e até a capacitação e treinamento dos trabalhadores envolvidos nas atividades laborais.
A Norma Regulamentadora (NR 35) estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2 m do nível inferior, onde haja risco de queda.
Cabe ao empregador: garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nessa norma; assegurar a realização da Análise de Risco – AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho – PT; desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura; assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis; adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nessa norma pelas empresas contratadas; garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle; garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nessa norma; assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível; estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura; assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade; e assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nessa norma.
Já os trabalhadores devem cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador; colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nessa norma; interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis; e zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
Quanto à capacitação e treinamento, o empregador deve promover um programa para capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em altura. Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir: normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura; análise de risco e condições impeditivas; riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle; sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva; equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso; acidentes típicos em trabalhos em altura; e condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.
O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações: mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; evento que indique a necessidade de novo treinamento; retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 90 dias; e mudança de empresa.
A NBR 16325-1 de 12/2014 – Proteção contra quedas de altura – Parte 1: Dispositivos de ancoragem tipos A, B e D especifica requisitos, métodos de ensaio e instruções para uso e marcação para dispositivos de ancoragem, tipos A, B e D, projetados exclusivamente para utilização com equipamentos e sistemas de trabalho em altura que utilizam um cinturão de segurança tipo paraquedista. Fornece também instruções para uso e marcação desse dispositivo.
Essa norma não se aplica a: dispositivos de ancoragem para quaisquer tipos de esportes ou atividades recreativas; elementos ou partes de estruturas as quais foram instaladas para usos distintos de um ponto de ancoragem ou dispositivo de ancoragem, por exemplo; vigas e colunas; e ancoragens estruturais (ver 3.5). Esta parte não cobre os dispositivos de ancoragem tipo C, o qual é tratado na NBR 16325-2.
Um dispositivo de ancoragem seguro é um componente essencial de qualquer sistema de trabalho em altura que utiliza um cinturão de segurança tipo paraquedista. Essa norma visa complementar as normas brasileiras de equipamento de proteção individual (EPI) para trabalho em altura.
A NBR 16325-2 de 12/2014 – Proteção contra quedas de altura – Parte 2: Dispositivos de ancoragem tipo C especifica requisitos, métodos de ensaio e instruções para uso e marcação para dispositivos de ancoragem, tipo C, projetados exclusivamente para utilização com equipamentos e sistemas de trabalho em altura que utilizam um cinturão de segurança tipo paraquedista. Esta norma não se aplica a: dispositivos de ancoragem para quaisquer tipos de esportes ou atividades recreativas; elementos ou partes de estruturas as quais foram instaladas para usos distintos de um ponto de ancoragem ou dispositivo de ancoragem, por exemplo: vigas, caibros; ancoragens estruturais (ver 3.5). Esta parte não cobre dispositivos de ancoragem tipos A, B e D, os quais são tratados na NBR 16325-1.
A estrutura rígida de ancoragem deve ser construída de forma que a frequência natural de vibração da estrutura de ensaio no eixo vertical no ponto de ancoragem não pode ser inferior a 100 Hz e de forma que a aplicação de uma força de 20 kN no ponto de ancoragem não provoque uma flecha superior a 1 mm; esta deformação deve ser na fase elástica. A altura do ponto rígido de ancoragem deve ser tal que nenhuma parte do elemento ou sistema ou da massa rígida de aço submetido a ensaio golpeie o solo durante o ensaio.
Enfim, é preciso ter sempre presente que os trabalhos em altura só podem ser executados com o auxílio de equipamentos concebidos para tal fim, ou utilizando dispositivos de proteção coletiva, tais como guarda-corpos, plataformas ou redes de segurança. Se isso não for possível, devido à natureza do trabalho, deve-se dispor de meios de acesso seguros e utilizar arnês de segurança com amortecedor de energia.
Os trabalhadores envolvidos neste tipo de tarefa não devem ter qualquer restrição médica para trabalhos em altura, e devem ter recebido a formação adequada para este tipo de trabalho. Todo sistema de acesso ou posicionamento deve ser acompanhado de um sistema de segurança, porque qualquer manobra de acesso ou de posicionamento em altura comporta um risco de queda que deve ser prevenido.
São os sistemas de acesso e posicionamento que devem ficar, a todo o tempo, ativos, enquanto que o sistema de segurança deve permanecer inativo. Em nenhum caso se deve realizar uma manobra sem estar dotado de um sistema de segurança capaz de impedir a queda quando os restantes dos sistemas falharem; a sua função última é parar a queda em condições de segurança.
Por fim, as empresas devem capacitar os trabalhadores por meio de treinamento periódico prático e teórico com carga mínima de oito horas, realizar exames médicos voltados às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais. Igualmente, deve suspender o trabalho caso ofereça condição de risco não prevista e disponibilizar uma equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura com os recursos necessários.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
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Em 26 de junho de 2015, o governo publicou a Portaria nº 857, que alterou alguns dispositivos da Norma Regulamentadora nº 12 (NR 12) sobre segurança no trabalho em máquinas e equipamentos e inseriu outros itens em sua redação. Ela passou a exigir níveis de proteção que superam o padrão europeu, considerado referência por tratar a proteção de máquinas e equipamentos de forma eficaz e sob o enfoque da razoabilidade, distinguindo as obrigações de fabricantes e usuários. O novo texto exige a utilização de normas técnicas internacionais “ISO Standards”, além de normas europeias e trouxe muitas modificações, como as relacionadas com as máquinas e aos equipamentos fabricados antes de 24/06/2012 que não possuam manual do fabricante, em vez do empregador promover sua reconstituição, agora fica permitida a elaboração de uma ficha contendo as informações básicas da máquina ou do equipamento, elaborada pelo próprio empregador ou por pessoa designada por ele, com a dispensa do Profissional Legalmente Habilitado (PLH). A capacitação dos trabalhadores poderá ficar a cargo de empregado da própria empresa que tenha sido capacitado por entidade oficial de ensino de educação profissional, o qual atuará como agente multiplicador. Foi eliminada a obrigação de elaborar inventário das máquinas e dos equipamentos. Em outras palavras, as máquinas e equipamentos adotem medidas de proteção dispostas em normas técnicas nacionais e internacionais.
Mauricio Ferraz de Paiva
A Norma Regulamentadora (NR-12) e seus anexos definem as referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece os requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos. Inclui, ainda, a sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais NR, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis.
Ela objetiva a segurança do trabalhador; as melhorias das condições de trabalho em prensas e similares, injetoras, máquinas e equipamentos de uso geral, e demais anexos; as máquinas e equipamentos intrinsecamente seguros; o conceito de falha segura; e máquinas e equipamentos à prova de burla. Incorpora os anexos: Anexo I – Distâncias de Segurança e Requisitos para o Uso de Detectores de Presença Optoeletrônicos. (Quadros I, II, III e IV); Anexo II – Conteúdo Programático da Capacitação; Anexo III – Meios de Acesso Permanentes; Anexo IV – Glossário; Anexo V – Motosserras; Anexo VI – Máquinas para Panificação e Confeitaria; Anexo VII – Máquinas para Açougue e Mercearia; Anexo VIII – Prensas e Similares; Anexo IX – Injetora de Materiais Plásticos; Anexo X – Máquinas para Fabricação de Calçados e Afins; Anexo XI – Máquinas e Implementos para Uso Agrícola e Florestal; Anexo XII – Equipamentos de Guindar para Elevação de Pessoas.
Como ações prioritárias para o parque de máquinas instaladas, os empresários deverão elaborar o inventário das máquinas e equipamentos, fazer a apreciação de riscos e emitir a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). A ART é um instrumento indispensável para identificar a responsabilidade técnica pelas obras ou serviços prestados por profissionais ou empresas. Assegura à sociedade que essas atividades técnicas são realizadas por um profissional habilitado, tendo uma nítida função de defesa da sociedade, proporcionando também segurança técnica e jurídica para quem contrata e para quem é contratado.
Já a apreciação de riscos deve ser elaborada, executada por um profissional legalmente habilitado o qual realizará a análise de riscos de todo o sistema de segurança das máquinas e equipamentos, analisando todo o sistema elétrico, eletrônico, pneumático, hidráulico e mecânico. A análise de riscos é uma análise sistemática, e tem o objetivo de informar quais são os riscos que a máquina e equipamento oferecem, qual é a categoria do risco, quais as medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir para controlar os riscos, quais as possibilidades dos perigos serem eliminados, e quais são as partes da máquina e equipamento que estão sujeitos a causar lesões e danos.
Ressalte-se que a apreciação de riscos, de maneira geral, é um processo composto por uma série de etapas que permite, de forma sistemática, analisar e avaliar os riscos associados à máquina.
A NR 12 obriga a utilização de várias normas técnicas, como a NBR NM-ISO 13852 – Segurança de máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores, a NBR 14153- Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança – Princípios gerais para projeto, equivalente à norma EN 954-1 – Safety of machinery – Safety related parts of control systems, que leva em conta princípios qualitativos para sua seleção. Na comunidade internacional a EN 954-1, em processo de substituição, convive com sua sucessora, a EN ISO 13849-1:2008 – Safety of machinery – Safety related parts of control systems, que estabelece os critérios quantitativos, não mais divididos em categorias. Mais ainda a ISO 13855 – Safety of machinery – The positioning of protective equipment in respect of approach speeds of parts of the human body e a ISO 14122 – Segurança de máquinas – Meios de acesso permanentes às máquinas.
Quanto às normas técnicas oficiais e vigentes para a apreciação de riscos são: a NBR ISO 12100:2013, ISO 14121, e para a categorização do sistema de segurança a NBR 14153. Pode-se relacionar ainda a NBR ISO 12100:2013 – Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto – Apreciação e redução de riscos; a ISO/TR 14121-2:2012 – Safety of machinery – Risk assessment – Part 2: Practical guidance and examples of methods; e a NBR 14153:2013 – Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionados à segurança – Princípios gerais para o projeto.
Quanto às máquinas e os equipamentos e seus respectivos sistemas de segurança, seja elétrico, eletrônico, mecânico, pneumático ou hidráulico, devem ser elaborados, projetados conforme as exigências da NR 12 e normas técnicas oficiais vigentes. Devem possuir características mínimas de segurança as quais são de uso geral, e características especificas para o determinado tipo de máquina e equipamento. As normas técnicas oficiais vigentes de segurança em máquinas e equipamentos estão classificadas como normas do tipo A: definem os conceitos, princípios de projetos e aspectos gerais de segurança, normas do tipo B (B1 e B2): Aspectos e componentes de segurança e normas do tipo C: fornecem prescrições detalhadas de segurança a um grupo particular de máquinas.
Enfim, a NR 12 se enquadra em uma nova tendência mundial quanto à questão dos direitos autorais em normas técnicas que já está bem clara nos Estados Unidos em não conceder copyright no processo de regulamentação e normalização. Nos Estados Unidos, por exemplo, isso está baseado na Lei Federal Incorporation by Reference (IBR) que entrou em vigor em 06 de janeiro de 2015, além da jurisprudência, da exclusão legal de sistemas da proteção autoral nos Estados Unidos, das teorias “scenes à faire” e da doutrina da fusão de ideia e expressão. “Standards should fall outside the scope of U.S. copyright protection”.
A IBR ou a incorporação por referência torna público todo e qualquer texto de normas técnicas (nacionais, internacionais, setoriais, etc.) que são referenciadas em qualquer regulamentação técnica americana. Isso quer dizer que se uma lei, regulamento, norma americana, etc. utiliza requisitos de uma norma técnica ISO, ASTM, AWS, IEC, etc., elas deverão estar disponíveis sem custo. A American National Standards Institute (ANSI) oferece acesso gratuito às normas técnicas referenciadas em regulamentos federais. A ANSI afirmou em seu Portal IBR (http://ibr.ansi.org/) que isso é um esforço para tornar as normas “razoavelmente disponíveis” para as pessoas que procuram seguir os regulamentos federais que lhes fazem referência.
O portal oferece acesso às normas de 13 grupos nacionais e internacionais, incluindo normas da International Organization for Standardization (ISO) e da American Welding Society (AWS). A ANSI espera que mais organizações de normalização concordem em participar. O programa é projetado para impedir que os usuários façam download, cópia e impressão das normas disponibilizadas.
Nos Estados Unidos, os Standards Developing Organizations (SDO) estão perdendo a batalha para a proteção autoral de suas normas. Nos dois links abaixo, há uma lei de janeiro de 2015 que obriga os SDO a colocarem as normas de graça na internet, quando elas são referenciadas em qualquer lei, regulamento ou ato do Estado americano. O outro diz respeito a um caso julgado nos EUA, que deu ganho de causa a uma empresa que publicou uma norma técnica particular em seu site, sem autorização do SDO, por essa norma constar em uma legislação municipal.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
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Como são quase imperceptíveis, as lentes de contato trazem mais conforto para trabalhar, praticar esportes ou para qualquer outra atividade em que os óculos podem atrapalhar. Colocadas diretamente na superfície dos olhos para corrigir a visão, podem ser utilizadas para corrigir problemas de visão à longa ou curta distância (miopia, hipermetropia e astigmatismo) e também os problemas de visão para perto relacionados à idade (presbiopia). O princípio das lentes de contato é o mesmo dos óculos: elas desviam a luz e a redirecionam para sua retina para dar à pessoa uma visão mais nítida. Mas, todo cuidado é pouco com elas, sendo bom lembrar que, para serem usadas, exigem cuidados especiais e a indicação precisa de um oftalmologista. Além de ter cuidado sobre o seu prazo de validade determinado pela norma técnica.
Mauricio Ferraz de Paiva
As lentes de contato são usadas para corrigir problemas na visão ou mesmo para colorir os olhos, contudo é preciso cuidado, higiene e informação quando se optar por utilizá-las. Os prejuízos que o uso incorreto das lentes de contato pode provocar na saúde são múltiplos e sérios. Úlcera de córnea, conjuntivite alérgica, irritação ocular e cegueira listam os danos mais graves aos olhos.
Tais doenças, porém, não constam nas embalagens dos principais fabricantes do produto comercializado no Brasil. O consumidor não recebe nenhuma orientação sobre riscos e cuidados exigidos pelo material.
Existem diversos tipos de lentes de contato no que se refere à função que exercem sobre a visão. Elas podem ser corretivas, cosméticas, corretivas cosméticas e as terapêuticas que tratam problemas da visão como o ceratocone (uma doença que afeta o formato e a espessura da córnea, provocando a percepção de imagens distorcidas).
Já em relação ao material, elas se dividem entre lentes de contato rígidas, gás permeável e as gelatinosas. Já em relação ao tempo de uso, as lentes de contato podem ser descartáveis e também reutilizáveis. Escolher a melhor lente, bem como a marca mais adequada para cada paciente é um processo que depende, necessariamente, de uma investigação feita pelo médico oftalmologista.
O globo ocular é constituído por diversas estruturas: na parte anterior do olho, localizam-se a córnea (camada fina e transparente para permitir a passagem da luz), a íris (que funciona como o diafragma das máquinas fotográficas, abrindo ou fechando para regular a intensidade da luz que entra pela pupila) e o cristalino, lente que faz o ajuste para que os raios luminosos incidam exatamente na retina e formem uma imagem nítida.
A maioria das pessoas, no decorrer da vida, precisa usar óculos. Algumas se adaptam ao uso dos óculos e não pensam em outra solução para enxergar melhor; já outras consideram os óculos um estorvo e procuram um modo de se livrar deles através de cirurgia ou de lentes de contato.
Elas surgiram por volta de 1930. As primeiras que apareceram eram rígidas, difíceis de serem usadas pelo desconforto que provocavam. A descoberta de novos materiais para fabricá-las tornou-as mais confortáveis, mas seu uso requer cuidados e a orientação de um médico oftalmologista.
Atualmente, existem lentes de contato rígidas e gelatinosas. As rígidas são feitas de poliometilmetacrilato, mas existem também as fluorcarbonadas e as siliconadas. Estas, por serem menos rígidas, permitem maior permeabilidade ao oxigênio e são indicadas para corrigir defeitos visuais específicos.
Cada lente tem uma indicação precisa. Por exemplo, por ser muito flexível, a lente gelatinosa não corrige graus altos de astigmatismo nem é o tipo ideal para pacientes com ceratocone. Nesse caso, a lente rígida é a mais indicada, porque comprime o cone de forma a regularizar a superfície anterior do olho, o que melhora muito a visão.
Para casos de astigmatismo irregular (por exemplo, após traumatismos nos quais há perfuração da córnea), a lente rígida também é a que oferece melhor resultado visual. Mesmo com o advento das lentes gelatinosas, as lentes rígidas continuam tendo sua aplicabilidade. Existem pacientes com miopia ou hipermetropia tão adaptados às lentes rígidas que, embora saibam que poderiam usar lentes gelatinosas, optam por continuar utilizando o tipo de lentes que estão acostumados, porque as consideram muito seguras e porque geram menos complicações do que as gelatinosas.
Em geral, as gelatinosas podem ser usadas para casos de astigmatismo até no máximo um grau, mas essa tolerância pode variar de paciente para paciente. A partir desse grau, se utilizadas, as gelatinosas não corrigirão totalmente o problema visual e a pessoa ficará com a visão embaçada.
Existe um tipo especial de lente gelatinosa, chamada lente tórica, que corrige também o astigmatismo. Alguns indivíduos adaptam-se muito bem a elas, enquanto outros necessitam das lentes rígidas para obter uma visão nítida.
Os ensaios incluídos nesta norma se destinam a obter informações que permitam que as propostas para o prazo de validade de uma lente de contato e as condições de armazenamento sejam recomendadas. No entanto, em termos práticos, é a estabilidade do material, a partir do qual a lente de contato é fabricada, que está sendo ensaiada, juntamente com a integridade da embalagem que mantém a condição do ambiente necessário para a lente de contato.
O objetivo dos estudos de estabilidade é determinar como a qualidade da lente de contato varia em função do tempo e sob o efeito de vários fatores do ambiente. Com base na informação obtida, as condições de armazenamento podem ser recomendadas de forma a garantir a manutenção da qualidade da lente de contato em relação à sua eficácia, segurança e aceitabilidade durante todo o prazo de validade proposto, isto é, durante o armazenamento e distribuição até o momento da dispensação.
A estabilidade das lentes de contato, a solução de embalagem e a embalagem são estabelecidas sob condições de armazenamento controladas, a fim de determinar o seu prazo de validade sob essas condições. O método de ensaio de estabilidade é baseado nas propriedades conhecidas do material do qual a lente de contato é fabricada, o sistema de embalagem e as recomendações para armazenar a lente de contato.
Uma avaliação de risco deve ser realizada para avaliar as propriedades críticas e parâmetros, e um protocolo de ensaio preparado. O conhecimento da quantidade e da identidade das substâncias extraíveis (ver NBR ISO 18369-4) é particularmente útil na avaliação de novos materiais de lentes de contato e na determinação de novas informações que precisam ser obtidas a partir do ensaio de estabilidade.
As especificações das propriedades e os parâmetros avaliados no estudo de estabilidade são reivindicados no momento da fabricação, e no final do prazo de validade proposto convém refletir, tanto quanto possível, os resultados dos estudos de estabilidade, particularmente no que diz respeito a quaisquer parâmetros que podem influenciar a eficácia, segurança e aceitabilidade do produto. Na concepção de ensaios de estabilidade, convém que o fabricante considere todos os requisitos de esterilidade.
O meio de ensaio deve ser a solução de armazenamento das lentes de contato, se houver, que é usado pelo fabricante na embalagem da lente de contato. As medições devem ser realizadas tanto no meio de ensaio (solução de embalagem), quanto na solução salina padrão especificada na NBR ISO 18369-3, após o equilíbrio nesta solução, ou seca. O mesmo meio de medição deve ser utilizado em todas as fases de ensaio. A escolha do meio de medição deve ser discutida na avaliação dos riscos e do protocolo de ensaio.
Os requisitos para o desenvolvimento, validação e controle de rotina de processos de esterilização são descritos em outras normas. Além disso, os ensaios de esterilidade são descritos em monografias, em várias farmacopeias.
E como preparar um resumo dos resultados? Para cada lote de ensaio, registrar cada propriedade e parâmetro dos resultados iniciais, os resultados obtidos após o armazenamento e o prazo de validade. Convém que os resultados de medições em condições normais sejam adicionados assim que eles se tornarem disponíveis.
Quanto, ao relatório de ensaio, as seguintes informações devem ser incluídas: um resumo dos resultados do protocolo de ensaio de referência é baseado no prazo de validade, inclusive os resultados dos ensaios fora da tolerância, resultados de quaisquer reensaios e todos os desvios do protocolo; a identificação da lente de contato, incluindo o número de lote, tipo de material da lente de contato, data de fabricação e nome do fabricante do material da lente de contato; detalhes da embalagem, incluindo os materiais utilizados e as descrições do recipiente e do lacre, bem como a composição da solução de armazenamento (se houver); detalhes do ambiente utilizado para o armazenamento das lentes de contato, incluindo condições de temperatura e umidade; o nome e a localização do laboratório de ensaio, as datas dos ensaios e a assinatura da pessoa que aprovou o relatório de ensaio; uma cópia do protocolo ou uma referência a ele; e uma referência para o (s) documento (s) de avaliação de risco.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br
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Importante definir que a norma é um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Dessa forma, um Documento Técnico ABNT deve estar conforme o prescrito em documentos fundamentais específicos em vigor, a fim de assegurar a coerência entre eles. Isto se refere particularmente à terminologia normalizada; os princípios e métodos da terminologia; grandezas, unidades e seus símbolos; abreviaturas; referências bibliográficas; desenhos técnicos; documentos técnicos; e símbolos gráficos.
Mauricio Ferraz de Paiva
A normalização vem suportando e complementando as atividades de regulação do estado. Em particular, o uso de normas técnicas em suporte à regulamentação técnica tende a facilitar a adequação do mercado a novos requisitos. Em alguns casos, a normalização contribui para a desregulamentação de setores e, até mesmo, para a não regulamentação.
Por outro lado, as necessidades e as expectativas das sociedades têm evoluído e refletem-se na incorporação de novas dimensões e demandas relacionadas aos produtos e serviços que consomem ou usam, como os aspectos ambientais, os aspectos sociais, a segurança, o desenvolvimento sustentável, a responsabilidade social, etc. A normalização tem sido um meio cada vez mais utilizado para refletir essas novas demandas e expectativas.
A normalização afeta também positivamente os processos de inovação e de disseminação do conhecimento. Estudos recentes confirmam que o impacto econômico e social da normalização é expressivo e deve ser levado em conta no estabelecimento de políticas públicas e nas iniciativas do setor privado.
Dessa forma um documento técnico precisa de regras para a sua estruturação e uma redação coerente. A Diretiva ABNT, Parte 2: Regras para estrutura e redação de Documentos Técnicos ABNT especifica as regras para a estrutura e redação dos Documentos Técnicos ABNT. Estas regras são previstas para assegurar que os Documentos Técnicos ABNT sejam redigidos de modo mais uniforme possível, qualquer que seja seu conteúdo.
Também mostra algumas orientações com relação à apresentação dos Documentos Técnicos ABNT, mas não especifica a tipografia e o leiaute dos Documentos Técnicos ABNT, os quais são estabelecidos em documento especifico.
O texto de todo Documento Técnico ABNT deve estar conforme o prescrito em documentos fundamentais específicos em vigor, a fim de assegurar a coerência entre eles. Isto se refere particularmente à terminologia normalizada, aos princípios e métodos da terminologia, às grandezas, unidades e seus símbolos, às abreviaturas, às referências bibliográficas, aos desenhos técnicos, aos documentos técnicos, e aos símbolos gráficos.
Além disso, para os aspectos técnicos específicos, devem-se respeitar os documentos fundamentais relativos aos seguintes aspectos: limites, ajustes e propriedades da superfície; tolerâncias dimensionais e incerteza de medição; números preferenciais; métodos estatísticos; condições ambientais e ensaios associados; segurança; química; compatibilidade eletromagnética; conformidade e qualidade. O Anexo B apresenta uma lista de documentos fundamentais.
O objetivo de um Documento Técnico ABNT é estabelecer prescrições para facilitar o comércio e a comunicação em nível nacional. Para atingir este objetivo, deve ser tão completo quanto necessário, dentro dos limites estabelecidos pelo seu escopo, e ser coerente, claro e preciso, levar em consideração o estado-da-arte, servir de base para o desenvolvimento tecnológico, ser compreensível para o pessoal qualificado que não participou da sua elaboração, e levar em consideração os princípios de redação de documentos (ver Anexo A).
Sempre que possível, os requisitos devem ser expressos em termos de desempenho ao invés de características descritivas ou de projeto. Esta abordagem permite maior liberdade ao desenvolvimento tecnológico.
Em princípio devem ser incluídas características que tenham aceitação em todo o mundo (universal). Onde necessário, devido a legislações, clima, meio ambiente, economias, condições sociais, etc., podem ser indicadas outras opções.
A realização de obras ou serviços em condomínios envolve muitos riscos de acidentes, com consequências graves, podendo até serem fatais, atingindo funcionários, prestadores de serviços, terceiros, conselheiros, subsíndico e o próprio síndico. Dessa forma, as atividades de manutenção, reformas, consertos e serviços de limpeza envolvem a possibilidade ou a probabilidade de algum tipo de acidente, mesmo que seja mínimo. O síndico, para não ser responsabilizado pelos possíveis acidentes, deve seguir as normas técnicas, aumentar as ações para a prevenção, preocupar com a sinalização e investir em treinamento para os funcionários.
Mauricio Ferraz de Paiva
Segundo alguns especialistas os acidentes nos condomínios podem ser de três tipos: os que decorrem de falhas humanas; os que resultam de não cumprimento das normas técnicas, como falhas de engenharia, projeto ou design do produto, etc.; e os de sistema, nas quais ocorre uma sucessão de falhas, também chamadas de naturais, porque são virtualmente impossíveis de serem antecipadas, como, por exemplo, terremotos, enchentes, etc. Ao contratar prestadores de serviço, o síndico deve estabelecer nos contratos cláusulas que contemplem a gestão de risco e responsabilidades em caso de acidentes, em qualquer tipo de serviço, com a obrigação de sinalização e o uso de equipamentos de proteção.
Já os riscos mais frequentes encontrados nos condomínios incluem queda no chão molhado; objetos atirados das janelas; queda no fosso do elevador; excesso de peso no elevador; descarga elétrica dentro da casa de força; queda em buraco aberto em área comum; deslocamento de grade de proteção; afogamento em piscina; brincadeiras no playground; atividades no salão de jogos; azulejos quebrados dentro da piscina; falta de ralo adequado à piscina; operação e manutenção do portão da garagem; reforma das edificações; execução de pintura em geral; lavagem externa das janelas; dedetização das áreas comuns; troca de lâmpadas; retirada do lixo; manipulação de produtos químicos, principalmente para limpeza; e poda de árvores.
Algumas normas técnicas devem obrigatoriamente ser cumpridas pelos síndicos. ANBR 16280 de 03/2014 – Reforma em edificações – Sistema de gestão de reformas – Requisitos estabelece os requisitos para os sistemas de gestão de controle de processos, projetos, execução e segurança, incluindo meios principalmente para: prevenções de perda de desempenho decorrente das ações de intervenção gerais ou pontuais nos sistemas, elementos ou componentes da edificação; planejamento, projetos e análises técnicas de implicações da reforma na edificação; alteração das características originais da edificação ou de suas funções; descrição das características da execução das obras de reforma; segurança da edificação, do entorno e de seus usuários; registro documental da situação da edificação, antes da reforma, dos procedimentos utilizados e do pós-obra de reforma; e supervisão técnica dos processos e das obras. Esta norma se aplica, exclusivamente, às reformas de edificações.
As instalações elétricas e o seu aterramento devem ser dimensionados de acordo com a NBR 5410 – de 09/2004 – Instalações elétricas de baixa tensão que estabelece as condições que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens. Aplica-se principalmente às instalações elétricas de edificações, qualquer que seja seu uso (residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc.), incluindo as pré-fabricadas.
Outra norma de suma importância é a NBR 5419 de 05/2015 – Proteção contra descargas atmosféricas que foi publicada em quatro partes. A Parte 1: Princípios gerais estabelece os requisitos para a determinação de proteção contra descargas atmosféricas que fornece subsídios para o uso em projetos de proteção contra descargas atmosféricas.
A Parte 2: Gerenciamento de risco estabelece os requisitos para análise de risco em uma estrutura devido às descargas atmosféricas para a terra. Tem o propósito de fornecer um procedimento para a avaliação de tais riscos.
A Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida estabelece os requisitos para proteção de uma estrutura contra danos físicos por meio de um SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas – e para proteção de seres vivos contra lesões causadas pelas tensões de toque e passo nas vizinhanças de um SPDA.
A Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura fornece informações para o projeto, instalação, inspeção, manutenção e ensaio de sistemas de proteção elétricos e eletrônicos (Medidas de Proteção contra Surtos – MPS) para reduzir o risco de danos permanentes internos à estrutura devido aos impulsos eletromagnéticos de descargas atmosféricas (LEMP). Não cobre a proteção total contra interferências eletromagnéticas devido às descargas atmosféricas, que podem causar mau funcionamento de sistemas internos.
Para proteção das crianças nos playgrounds, existe a NBR 16071, sob o título geral Playgrounds, que contém as seguintes partes: Parte 1: Terminologia; Parte 2: Requisitos de segurança; Parte 3: Requisitos de segurança para pisos absorventes de impacto; Parte 4: Métodos de ensaios; Parte 5: Projeto da área de lazer; Parte 6: Instalação; e Parte 7: Inspeção, manutenção e utilização. Em linhas gerais, a norma determina que a escolha dos materiais e o seu uso devem estar de acordo com normas brasileiras apropriadas, devendo haver especial cuidado na escolha dos materiais quando o equipamento for utilizado em condições climáticas ou atmosféricas extremas. O usuário deve ser advertido dos riscos que cada material apresenta, conforme a Seção 9. Deve-se prestar atenção aos possíveis riscos de toxicidade no revestimento das superfícies.
Prestação de contas da atual direção da ABNT: um dever ainda não cumprido – Parte 3
Em sua prestação de contas, a atual diretoria da ABNT, do temido “Coronel”, Pedro Buzatto Neto, seu genro, Ricardo Fragoso, e o funcionário público, Carlos Santos Amorim, escreve: “A Diretoria da associação apresenta ao Conselho Deliberativo o Plano de Ação Anual, suas metas para o ano e suas atividades para atingir os resultados”. Se a normalização está diretamente ligada à competitividade de um país, e se o Brasil perdeu mais 18 posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para a 75ª colocação, segundo o The Global Competitiveness Report 2015-2016, divulgado pelo World Economic Forum (WEF), alguma coisa está errada, pois esses resultados não aconteceram. Acompanhe o porquê disso e qual a culpa da atual diretoria da ABNT.
Hayrton Rodrigues do Prado Filho
A diretoria atual da ABNT precisa entender que a normalização assume uma importância decisiva nas economias modernas como uma ferramenta que apoia a oferta de produtos e serviços competitivos, seguros, eficientes, eficazes e que refletem as necessidades e expectativas da sociedade. Desempenha um papel fundamental no mercado globalizado, como um instrumento chave no acesso aos mercados, estabelecendo os requisitos que devem ser atendidos pelos produtos e serviços. Isto implica em um processo intenso de internacionalização da normalização que deve ser compreendido e que suscita novas abordagens e esforços.
Qual a culpa da atual diretoria da ABNT na queda de posições no ranking das economias mais competitivas do mundo?
E a atual diretoria da ABNT, além de não investir um centavo nos Comitês Técnicos, não está sendo honesta com os mais de 15.000 profissionais, participantes dessas comissões técnicas. Hoje, a ABNT, como o único Foro Nacional de Normalização, tem um custo praticamente zero para a elaboração das normas técnicas brasileiras, em relação ao custo dos setores e da sociedade.
Deve-se ser ressaltado que a quase totalidade dos Comitês Brasileiros de Normalização (ABNT/CB) ou os Organismos de Normalização Setoriais (ONS) não são custeados pela ABNT, mas sim pelos setores e pela sociedade. Os únicos custos da ABNT referem-se ao processo de votação nacional e ao processo de publicação da norma e não da sua elaboração em que reside 99% de todo o custo, incluindo-se aí, os custos de manutenção dos CB e ONS bancados pelos setores interessados e pela sociedade. E para onde vai o resto do dinheiro conseguido com a ABNT Certificadora e com as vendas das normas a preços astronômicos?
Não adianta simplesmente publicar um quadro, sem especificação de gastos, com os convênios no site. Para onde foi o dinheiro? Como dizem os americanos, follow the money, pois o dinheiro deixa rastros que muitas vezes levam até a atividades que não estão sendo especificadas.
A normalização vem crescentemente suportando e complementando as atividades de regulação do Estado. Em particular, o uso de normas técnicas em suporte à regulamentação técnica tende a facilitar a adequação do mercado a novos requisitos. Em alguns casos, a normalização contribui para a desregulamentação de setores e, até mesmo, para a não regulamentação.
Por outro lado, as necessidades e expectativas das sociedades têm evoluído e refletem-se na incorporação de novas dimensões e demandas relacionadas aos produtos e serviços que consomem ou usam, como os aspectos ambientais, os aspectos sociais, a segurança, o desenvolvimento sustentável, a responsabilidade social, para citar só alguns. A normalização tem sido um meio cada vez mais utilizado para refletir essas novas demandas e expectativas.
A normalização afeta também positivamente os processos de inovação e de disseminação do conhecimento. Estudos recentes confirmam que o impacto econômico e social da normalização é expressivo e deve ser levado em conta no estabelecimento de políticas públicas e nas iniciativas do setor privado.
As atividades de normalização no Brasil vêm sofrendo um importante impulso nos últimos anos como consequência do contexto apontado acima e também das reformas no Estado Brasileiro que vem sendo realizadas. A questão do planejamento da normalização brasileira vem sendo discutida e sido objeto de diversas iniciativas desde a reformulação do subsistema brasileiro de normalização no início dos anos 90, como resultado do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade. O planejamento da normalização, aliás, é uma questão desde sempre essencial das atividades de normalização, mas, para facilitar a discussão que se quer aqui, convém destacar o papel central que lhe foi reconhecido naquela ocasião.
E qual seria a missão ideal dessa atual diretoria da ABNT? Não acredito que seus membros irão fazer, mas não custa nada propor. Uma participação no desenvolvimento de normas regionais e internacionais. Ou seja, investir mais para incrementar a participação na ISO/IEC e influenciar mais na participação de fóruns regionais e internacionais de normalização.
Deveriam investir mais na participação na formação, evolução e operação dos organismos regionais e internacionais de normalização, ou seja, liderar grupos de trabalho na ISO/IEC, realizar acordos internacionais e regionais de normalização e clarificar o uso de normas internacionais, regionais, nacionais, estrangeiras, associativas, de consórcios e de empresas.
Deveriam investir pesado em uma cultura pela normalização no país, na utilização da normalização para o acesso a novos mercados globalizados e manutenção da competitividade em mercados já alcançados. Ou seja, elaborar mecanismos de identificação de normas técnicas com potencial impacto na exportação de produtos brasileiros.
Essa cultura deveria integrar a pesquisa, desenvolvimento, inovação e a normalização, ou seja, integrar a normalização nas ações de pesquisa e desenvolvimento, e integrar a normalização às políticas públicas, notadamente, as políticas industriais. Deveriam incentivar os órgãos e agências regulamentadoras a utilizar a normalização como ferramenta para as regulamentações, a fim de clarificar a relação normas técnicas e regulamentos técnicos.
Também, deveriam promover o entendimento de como a normalização pode beneficiar as empresas, o governo, os consumidores e a sociedade como um todo. E divulgar os benefícios da normalização para as empresas, divulgar os benefícios da normalização para os consumidores e divulgar os benefícios da normalização para o governo.
Deveriam eliminar as redundâncias e sobreposições das normas, verificando os documentos normativos (normas técnicas e regulamentos técnicos) que abordem um mesmo tema. Muito importante, seria o incremento na qualidade dos processos e das ferramentas de normalização nacional, utilizando-se de forma eficaz a tecnologia da informação para os processos de elaboração de normas. E elaborar um plano de normalização brasileiro estratégico e coerente com as necessidades nacionais.
Deveriam investir no desenvolvimento de normas que reflitam o equilíbrio das necessidades de todas as partes interessadas, ou seja, incrementar a participação dos meios acadêmicos, instituições de pesquisa, etc. na elaboração de normas. Fundamental o desenvolvimento de ações de educação e formação para a normalização, elaborando os mecanismos de inserção do tema normalização nos diversos níveis educacionais.
Fundamental é a acessibilidade às normas técnicas pelos diversos segmentos da sociedade, articulando para que as normas técnicas brasileiras sejam disponibilizadas para a sociedade de maneira eficaz, acessível e de maneira ampla. E estabelecer mecanismos para que o acesso a normas internacionais, regionais, estrangeiras e de âmbitos específicos (como especificações ou normas de consórcio) seja facilitado.
Deveriam incrementar a participação de micro, pequenas e médias empresas na normalização, ao elaborar mecanismos que incrementem a participação no processo de normalização e o acesso às normas técnicas pelas micro, pequenas e médias empresas. E utilizar a normalização em novas tecnologias emergentes, ao elaborar normas técnicas como forma de consolidação de uma nova tecnologia. Dinheiro tem, mas a opção em investir no negócio chamado normalização pode não ser o foco, tanto do Inmetro como da atual diretoria da ABNT. Falta o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior cobrar mais de seus subordinados.
O ABNT ISO/IEC GUIA 59/1994 – Código de boas práticas para normalização deveria ser cumprido pela atual diretoria da ABNT. Em nível nacional, a participação deve ser organizada pelos organismos de normalização e pelos organismos nacionais de normalização de acordo com seus respectivos procedimentos de obtenção de consenso, os quais devem estabelecer que haja representação equilibrada de todas as categorias interessadas, tais como produtores, compradores, consumidores, etc. As oportunidades para contribuições efetivas e significativas de outros países devem ser organizadas sob o patrocínio dos organismos nacionais de normalização daqueles países e em cooperação com as organizações internacionais e regionais de normalização das quais esses países sejam membros comuns.
A aprovação formal das normas deve ser baseada em evidências de consenso. Todas as normas devem ser revistas periodicamente de modo adequado. Devem ser prontamente consideradas propostas para o desenvolvimento de novas normas ou de revisão de normas existentes, quando submetidas de acordo com procedimentos apropriados, por qualquer pessoa ou organização essencial e diretamente interessada, qualquer que seja sua localização. Todas as normas devem ser publicadas imediatamente. Cópias devem estar disponíveis em termos e condições razoáveis para qualquer pessoa, independentemente da sua localização.
Fazendo uma analogia com o Sistema Legal, pode-se dizer que o Decreto Lei está para a Lei, assim como o Regulamento Técnico está para a Norma. Dessa forma, a ABNT, apesar de ser uma entidade privada, tem fins eminentemente públicos. É sem fins lucrativos, foi reconhecida como de utilidade pública por Lei pelo governo brasileiro em 1962; é o foro nacional único de normalização, tendo sido reconhecida pelo Conmetro em 1992 pela Resolução de n°7; representa o Brasil nos foros regionais e internacionais de normalização; e responde pela gestão do processo de elaboração das normas brasileiras.
Finalmente, é importante a sociedade entender que a ABNT, por ser entidade de utilidade pública, é obrigada por lei a publicar todos os seus custos e os investimentos feitos. Salários dos diretores, despesas de viagens nacionais e internacionais, gastos jurídicos, etc. Mas, a atual diretoria da entidade, de forma ilegal, não procede dessa forma, justamente para não ser identificados os possíveis desvios de conduta de sua administração. A justiça tarda mas não falta.
Conheça os meus textos sobre a não transparência das prestações de contas da ABNT
Hayrton Rodrigues do Prado Filho é jornalista profissional, editor da revista digital Banas Qualidade, editor do blog https://qualidadeonline.wordpress.com/ e membro da Academia Brasileira da Qualidade (ABQ) – hayrton@hayrtonprado.jor.br – (11) 991055304.
Através de requerimento, o deputado estadual George Soares (PR) solicitou ao Governo do Estado a expansão do programa Ronda Cidadã para os municípios de Assu, Caicó e Pau dos Ferros, cidades-polo do Estado.
“Reconhecendo que o programa Ronda Cidadã tem alcançado bons resultados na capital, reduzindo o índice de roubos na região desde que foi implantado pelo Governo, em dezembro do ano passado, estamos propondo a sua expansão para as cidades-polo do Estado”.
Ainda segundo o parlamentar, por meio do Ronda Cidadã o Governo do Estado vai permitir que essas regiões tenham uma mudança de paradigma na segurança pública. “A filosofia implantada permite que a polícia comunitária promova abordagens com foco no acolhimento, na inclusão social e na cidadania, sem descuidar do policiamento reativo, atuando da consequência e na causa do problema”, explica George Soares.