A iniciativa da troca das embalagens faz parte de uma série de ações de sustentabilidade que a Starrett tem realizado ao longo dos anos
Substituição reduzirá ainda em 25% as emissões de CO2; Objetivo da empresa é que todas as suas embalagens sejam sustentáveis
Com foco na responsabilidade ambiental e comprometimento com o desenvolvimento sustentável pela planta brasileira, a Starrett, uma das maiores fabricantes de serras, ferramentas e instrumentos de medição do mundo, inicia a substituição do plástico em suas embalagens por materiais mais ecológicos em toda a sua linha de produtos. A iniciativa teve início com a Serra Manual, o que reduzirá em cerca de 25% as emissões de CO2 e eliminará o consumo de 7,9 toneladas de plástico ao ano.
O plástico antes utilizado, embora possa ser 100% reciclável, leva cerca de 400 anos para se decompor no meio ambiente e pode acarretar em sérios impactos no solo, vida terrestre e marinha, além de contribuir para o entupimento de galerias de águas pluviais caso não sejam descartados da forma correta. Com relação ao papelão, o tempo de decomposição ocorre entre 3 e 6 meses.
“Além da alteração do material da embalagem de Serra Manual, foi possível otimizar e reduzir a cubagem da embalagem do produto durante o desenvolvimento, detalhe que aumentou a eficiência do transporte e impactou diretamente na pegada de carbono do produto em seu ciclo de vida, gerando redução nas emissões de CO2 em 25%”, explica o engenheiro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Starrett, Rodolfo Garcia.
O engenheiro, que está à frente das ações de sustentabilidade da empresa, afirma que o foco é a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável dos produtos e processos. No entanto, a ação também colabora para a competividade da Starrett no mercado internacional, especialmente o Europeu. Até 2025, as embalagens que são exportadas devem ser livres de plásticos, facilmente recicláveis ou compostáveis. “A Starrett já se antecipou à essa demanda”, afirma Garcia.
“Para nós, da Starrett, é um orgulho saber que os olhos do mundo estão se voltando, finalmente, para este tema tão importante e que já possuímos ações concretas em curso e, agora, seguimos reforçando os movimentos, assumindo, em nosso segmento, a posição de pioneirismo e liderança em temas tão essenciais. As ações contam mais do que o discurso e, desta forma, temos a responsabilidade em auxiliar o setor a evoluir cada vez mais nos cuidados com o nosso planeta”, avalia o diretor comercial LATAM da Starrett, Leandro Oliveira da Cruz.
Outra novidade na embalagem da Serra Manual é uma abertura que possibilita o consumidor visualizar e tocar os dentes da serra.
Novas embalagens em aprovação
Outra embalagem que está em fase de desenvolvimento é para a linha de Serra Copo. A expectativa é que, até fevereiro deste ano, ela também já esteja no mercado seguindo os princípios de embalagens mais sustentáveis, de acordo com o engenheiro de Desenvolvimento de Produtos da Starrett, Fabio Paes de Oliveira. Ele acrescenta que as próximas adequações serão nas serras Tico Tico e Sabre, ainda no primeiro semestre de 2022.
A iniciativa faz parte de uma série de ações de sustentabilidade que a Starrett tem realizado ao longo dos anos e o desenvolvimento de embalagens mais ecológicas está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS são uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas (ONU) sobre o Desenvolvimento Sustentável, em setembro de 2015, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidas até 2030. Com esta substituição das embalagens, a Starrett contribui com a aplicação de dois objetivos: 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura) e o 12 (Consumo e Produção Responsáveis).
Em prol do meio ambiente
Os últimos anos foram marcados por uma série de práticas em prol do meio ambiente que a Starrett já realiza e planeja continuar com mais intensidade. Em setembro de 2021, por exemplo, a empresa realizou o plantio de árvores nativas na sua área interna de preservação ambiental, bem como a distribuição de mudas para seus colaboradores. O plantio faz parte da proposta de revitalização de suas áreas verdes com base em um estudo realizado por um engenheiro ambiental especializado em preservação do meio ambiente.
Também no final do ano passado, a empresa ofereceu apoio ao projeto “Adote uma Nascente”, idealizado pela Prefeitura de Itu (SP), que realiza o reflorestamento das Áreas de Proteção Permanentes (APPs) em nascentes. A contribuição da Starrett ao projeto foi o plantio de 650 mudas de árvores nativas.
A Starrett também mantém parceria com a Cooperativa de Materiais Recicláveis de Itu (COMAREI) desde 2014 com a contratação de serviços da cooperativa para o descarte correto de todos os seus recicláveis, além de oferecer palestras sobre Segurança do Trabalho, formação da equipe de Brigada de incêndio, entre outras ações. A COMAREI realiza três coletas por semana na empresa gerando mais de 2 mil quilos por mês de resíduos recicláveis.
“Sempre tivemos como um dos pilares, a preservação do meio ambiente e estamos bastante satisfeitos que, a cada dia, isto vai tomando mais corpo. Há algum tempo, criamos na Starrett, a área de sustentabilidade, focando, exclusivamente, a pegada verde, em que temos uma equipe olhando e analisando os produtos e processos internos e externos, interagindo com outras empresas, sempre visando agregar aos negócios ações que contribuam ao meio ambiente”, pontua o diretor comercial da Starrett, Cláudio Luis Guarnieri.
Sustentabilidade também é inovação
Além destas práticas sustentáveis, a empresa, seguindo o seu DNA de inovação, segue investindo em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) no Brasil para prosseguir na criação de tecnologia de última geração. Para isso, a empresa tem alicerçado esse olhar no ambiente da digitalização da indústria, também denominada indústria 4.0, como uma transformação tecnológica em 360 graus.
Diante disso, a Starrett criou o Comitê de Inovação que funciona como um receptor das ideias de inovação e tem a função de direcioná-las em uma espécie de triagem para, depois, seguir com a efetiva concretização delas. Entre as ideias já implantadas está a colocação de QR Code nas serras de fitas para metais, com acesso ao Mundo Starrett. Essa entrada virtual ao universo da empresa permite aos consumidores o acesso às informações e características dos produtos, ao cadastro gratuito em treinamentos, ao software PowerCalc, além da possibilidade de inscrição no programa de relacionamento da Starrett S-Live.
Por meio do QR Code, o cliente também acessa a área técnica da Starrett pelo canal Técnico OnLine, que facilita e prioriza o atendimento por parte da equipe de assistência técnica da companhia. Nesta plataforma, a empresa disponibilizou catálogos, serviços, cursos online, além de funcionar como canal direto com a equipe técnica.
Sobre a Starrett
A Starrett, uma das maiores fabricantes de serras, ferramentas e instrumentos de medição do mundo, teve início nos Estados Unidos, em 1880, quando Laroy S. Starrett inventou o esquadro combinado. No Brasil suas operações começaram em 1956. Hoje, a Starrett conta com fábricas na Carolina do Norte e Carolina do Sul, nos Estados Unidos, Escócia, China e em Itu, no Brasil. A empresa produz mais de cinco mil produtos, tais como lâminas de serras de fita para corte de metais, madeira e carne, ferramentas de precisão e instrumentos de medição. Os produtos Starrett são vendidos em mais de 100 países por meio de uma rede de distribuidores atendendo a uma variada gama de segmentos que vai desde ferramentas para a indústria automobilística, aviação, marinha, até equipamentos agrícolas, ferramentas para trabalhos manuais (faça você mesmo!) para construtores, carpinteiros, encanadores, eletricistas etc.
A Secretária de Meio Ambiente de Caicó (RN), Joseane Santos e a coordenadora da Defesa Civil, Orquídea Costa, acompanharam na terça-feira (25), o trabalho dos engenheiros florestais do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte – IDEMA, no leito do Rio Seridó, ao lado do Complexo Turístico Ilha de Sant’Ana. Eles avaliaram a possibilidade de supressão de espécies de algarobas. O pleito foi feito com o objetivo de prevenir desastres em períodos de chuvas.
“Desde abril de 2021 que tínhamos encaminhado ofício ao IDEMA solicitando que fosse avaliada a possibilidade de retirada das árvores. Até então, a Secretaria estava aguardando o retorno. Agora, o próximo passo é a emissão de um parecer técnico”, disse Joseane.
Os engenheiros já adiantaram que irão orientar ao Município que seja feita a supressão apenas de algumas espécies que estão visivelmente apresentando riscos, evitando as que estão às margens do Rio, tanto no braço direito, quanto no esquerdo.
“O Município tem ciência que, embora a espécie seja invasora e esteja em superpopulação dentro do Rio, sabe-se que é predominante e, desta forma, a supressão deve ser acompanhada de recuperação da área com outros exemplares da Caatinga levando em consideração a sucessão ecológica das espécies que irão futuramente compor a mata ciliar do Rio. Quando acontecer a emissão do parecer técnico por parte do IDEMA, será feito o planejamento para a ação de limpeza”, informou a Secretária.
Uma das imagens mais lembradas pelos fãs do filme “De volta para o futuro” é quando os personagens Dr. Brown e Martin McFly se preparam para viajar e para abastecer o carro, o cientista coloca o lixo no tanque e diz que este item será o combustível do veículo no futuro. Na vida real, mais de 35 anos após a produção do filme, pode-se dizer de certa maneira que o filme previu o que viria a acontecer nos anos seguintes.
Se naquela época parecia estranho aos olhos do público abastecer um carro com estes itens que são descartados diariamente, hoje é possível perceber o quanto o filme estava correto, esses elementos já podem ser revertidos em uma série de benefícios para a sociedade, inclusive combustível, revela a pesquisadora de tecnologias Angela Oliveira.
Em um mundo que produz cada vez mais lixo, o seu descarte correto e aproveitamento pode trazer uma série de benefícios para a sociedade transformando um ônus em bônus. Representante e divulgadora da tecnologia Termoquímica Catalítica, entre outras, Angela Oliveira afirma: “Baseado no sistema de economia circular e logística reversa, atualmente conseguimos transformar o lixo em óleo diesel e Gasolina”.
Os resíduos são tratados não por uma, mas por várias tecnologias diferentes, que são capazes de transformar inservíveis em óleo de alto poder calorífico, que refinado pode se tornar diesel e gasolina. Enfim, quase mais nada é enviado para o aterro.
Ela explica que existem tecnologias, que combinadas adequadamente, tratam o lixo sem poluir o meio ambiente e produzir gases tóxicos. “Além de combustível, é possível produzir fertilizante de alta qualidade para produtores rurais, óleos para motores, gás de síntese, negro de fumo, além de evaporadores de chorume, que vão ajudar a limpar o solo com equipamentos que dedicam-se ao tratamento desse líquido utilizando o próprio lixo causador como remédio para o problema. Temos como tratar até mesmo o lixo eletrônico, com aproveitamento de metais preciosos, acrescenta, para cada resíduo, uma tecnologia especifica”.
Ainda assim, razões para se preocupar não faltam, destaca Angela: “De acordo com o programa da ONU para a questão ambiental, as cidades do planeta geram em torno de 1,3 bilhão de toneladas de resíduo sólido urbano, que é esse lixo produzido em casa ao ano. E a tendência é que este número cresça para 2,5 bilhões até 2025. A pergunta que fica é: Onde enfiar todo este lixo? O que fazer com tudo isso?”, questiona.
Para a pesquisadora, o futuro é agora, e transformar o lixo em energia e combustível já é uma realidade.
É importante também pontuar a necessidade de mudar a mentalidade da sociedade. “As pessoas precisam pensar duas vezes quando forem descartar o lixo de suas casas. Podem ver que aquilo, de certa maneira, é algo valioso e pode trazer uma vantagem para todos”, detalha, Angela aconselha: “Antes de colocar tudo no mesmo saco e mandar para a lixeira, separe o que você puder, isso será essencial para o meio ambiente e você colherá os benefícios dessa medida.
E finaliza: “Abra sua mente para um mundo mais eficiente. Entenda que seu resíduo pode ser uma grande solução e você terá os melhores resultados para o seu bolso e para o seu bem-estar, porque avaliar novas possibilidades, nos torna seres dinâmicos e alinhados com nosso verdadeiro ser, que se encontra sempre além de nós mesmos, nas nossas possibilidades futuras, nas novas maneiras de ver e interpretar as coisas trazendo sentido a nossa existência ”
O filósofo alemão, Matin Heidegger dizia que existir é o mesmo que temporalizar-se, então bem-vindo ao futuro, ou seria “de volta para o futuro”?
Pesquisadores e profissionais do meio ambiente fazem um balanço deste ano na área ambiental e projetam o que deve mover o Brasil e o mundo no próximo ano
Por um lado, desmatamento, enchentes, seca histórica, incêndios, degradação dos biomas, ameaças aos territórios de povos tradicionais e alertas de cientistas sobre a emergência climática. Por outro, acordos entre países para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, mais consciência e boas práticas entre as empresas e vozes ativas na sociedade civil mostrando a necessidade de mudanças profundas no modelo de desenvolvimento. O ano de 2021 termina com grandes desafios no campo ambiental para o Brasil e o mundo. Especialistas projetam um 2022 com obstáculos consideráveis, mas também com uma pitada de esperança para o Brasil, diante das eleições e de perspectivas de avanços em assuntos relevantes para a sustentabilidade do planeta.
“Foi um ano muito difícil para o meio ambiente e a biodiversidade brasileira, com grande expansão do desmatamento, especialmente na Amazônia, muita queimada no Cerrado, muita grilagem de terras públicas com retirada ilegal de madeira e ouro. Em Brasília, as bancadas do governo e dos lobbies do atraso aprovaram no Congresso Nacional vários projetos de lei contrários ao meio ambiente, sem levar em conta o agravamento da crise hídrica e do aquecimento global. Graças ao Poder Judiciário, que tem atuado à luz da Constituição Federal, o estrago não foi maior”, analisa Braulio Dias, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor da Universidade de Brasília (UnB). Ele e outros especialistas fizeram um balanço dos eventos mais marcantes da área ambiental em 2021 e traçaram algumas perspectivas para 2022. Veja a seguir:
Desmatamento na Amazônia
O ano foi marcado pela divulgação de novos recordes de desmatamento na Amazônia. De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a taxa de desmatamento na Amazônia Legal Brasileira teve aumento de 21,97% em um ano. No período da análise consolidada, que vai de agosto de 2020 a julho de 2021, a área desmatada foi de 13.235 quilômetros quadrados, a maior taxa registrada nos últimos 15 anos. O Governo Federal, que vem sofrendo forte pressão interna e externa para proteger a Amazônia, assumiu compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2028, mas foi fortemente criticado por atrasar a divulgação das informações do Inpe de forma proposital antes da COP26. “Neste tema da Amazônia, a credibilidade internacional do Brasil continuou a despencar em 2021. A decisão do governo de esconder os dados de desmatamento durante a COP26 foi a gota d’água”, frisa Braulio Dias.
Natureza e terras indígenas ameaçadas
Especialistas e pesquisadores identificaram diversos projetos de lei, decretos e Propostas de Emendas à Constituição (PEC) danosos ao meio ambiente ao longo do ano. Muitas dessas medidas avançaram e foram aprovadas no Congresso Nacional com rapidez inédita. Dentre os retrocessos estão a PEC 191/2020, que prevê a abertura de terras indígenas para mineração, hidrelétricas e agronegócio; as “leis de grilagem” (PL 2633/2020 e PLS 510/2021); e a “lei geral de licenciamento ambiental” (PL 3729/2004). “Há também as invasões de garimpeiros em terras indígenas, especialmente nas áreas Yanomami e Munduruku, com grandes consequências ambientais, além de humanas. As recentes liberações para a mineração sinalizam aberturas maiores”, pontua Philip Fearnside, também membro da RECN e do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O pesquisador também menciona o avanço da aprovação da pavimentação da BR-319, entre Manaus (AM) e Porto Velho (RO). “É um dos eventos com maiores impactos no futuro na Amazônia”, salienta Fearnside.
Margens de rios em risco, população insegura
O Congresso Nacional aprovou em dezembro um projeto de lei que transfere da União para os municípios a competência para definir as regras de proteção às margens de rios, lagos, lagoas e demais cursos d’água de cidades brasileiras. O texto altera o Código Florestal e pode permitir a realização de intervenções e obras, além de facilitar a regularização de construções irregulares em Áreas de Preservação Permanente (APP). “Essas áreas devem ser conservadas, pois contribuem para a proteção da biodiversidade, ajudam a regular o microclima, protegem recursos hídricos e também oferecem bem-estar para as populações. Não faz sentido flexibilizar a legislação, gerando incertezas sobre as APPs e colocando a população em risco”, alerta André Ferretti, membro da RECN e gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário.
Seca histórica no Brasil
O Brasil iniciou o período de seca na região Centro-Sul, em maio, com o menor volume de chuvas registrado nos reservatórios em 91 anos. A escassez ligou um alerta geral nas autoridades sobre os riscos de um novo “apagão” no Brasil, exigindo medidas “excepcionais” para garantir o fornecimento de energia elétrica, sobretudo com o aumento do uso das usinas termelétricas. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, que representam 70% da capacidade de armazenamento do País, finalizaram o mês de abril com nível médio de armazenamento de 34,7%. As chuvas nos reservatórios que asseguram o abastecimento de água nas metrópoles também tiveram menor intensidade no verão passado. No Sistema Cantareira, por exemplo, que abastece municípios da Grande São Paulo, o volume de chuvas no primeiro trimestre do ano foi o mais baixo desde o final da grave crise hídrica de 2016, que obrigou a região a utilizar o “volume morto” dos reservatórios.
Alerta vermelho sobre o aquecimento global
Em agosto, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas publicou seu aguardado relatório, apontando a “inequívoca” responsabilidade humana no aquecimento do planeta. Considerado o mais contundente estudo sobre o tema em três décadas, o trabalho dos cientistas demonstra que as atividades humanas são responsáveis por 98%, ou seja 1,07oC do total de 1,09oC que o planeta já aqueceu desde a Revolução Industrial. O IPCC também explica que o limite estabelecido no Acordo de Paris – 1,5oC de aquecimento em relação à era pré-industrial –, provavelmente será excedido nos próximos 20 anos. Somente uma redução drástica nas emissões de gases de efeito estufa poderá fazer a temperatura média da Terra se manter dentro da meta até o final do século.
Fenômenos climáticos extremos pelo mundo
Em junho, mais de 200 pessoas, a maioria idosas, tiveram morte súbita no Canadá por causa de uma onda de calor com temperaturas que chegaram a 50 graus Celsius. Mais de 170 mortes e prejuízos de cerca de 2 bilhões de euros foram provocados por enchentes no Oeste da Alemanha, em julho. No mês seguinte, o calor intenso provocou incêndios florestais devastadores no Mediterrâneo, atingindo regiões da Turquia e, principalmente, Itália e Grécia. Enchentes históricas foram registradas na China em julho e outubro, gerando destruição, deixando milhares de pessoas desabrigadas e provocando mais de 300 mortes, além dos prejuízos materiais. No Brasil, mais de 50 cidades baianas decretaram situação de emergência em dezembro por causa de fortes chuvas, que provocaram a morte de 10 pessoas, deixaram centenas de feridos, mais de 6 mil desabrigados. No mesmo período, no Norte de Minas Gerais, as enchentes foram responsáveis por cinco mortes e cerca de 2 mil desabrigados. “A realidade confirma o que a ciência vem dizendo há muito tempo: os fenômenos estão ocorrendo com mais frequência, mais intensidade e, por vezes, fora de um período esperado. No caso dos tornados no Brasil, o mais assustador é que percorreram áreas muito maiores que o comum, chegando a 350 quilômetros de extensão”, salienta Carlos Rittl, também membro da RECN, especialista em políticas públicas da Rainforest Foundation da Noruega e ex-secretário executivo do Observatório do Clima.
COP 26 – A aguardada Conferência do Clima da ONU
Sem condições de ser realizada em 2020 por causa da pandemia, a 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP26) ocorreu em Glasgow, na Escócia, em novembro. Cercada de grande expectativa, a reunião teve importantes anúncios de metas voluntárias dos países para “descarbonizar” a economia, mas também decepções. O Brasil comprometeu-se a zerar o desmatamento ilegal até 2028 e assinou acordo, junto com outros 100 países, para reduzir em 30% a emissão do gás metano até 2030. Muitas definições, no entanto, serão tratadas apenas na COP27, em 2022. O Brasil contou com a segunda maior delegação na conferência de Glasgow, atrás apenas do Reino Unido. Além de autoridades, líderes empresariais e celebridades presentes, também houve destaque para a participação de movimentos sociais e lideranças indígenas. A jovem ativista brasileira Txai Suruí, de 24 anos, foi a primeira indígena a discursar na abertura de uma conferência sobre clima.
COP15 – a Conferência da biodiversidade
A primeira parte da 15ª Conferência das Partes sobre a Biodiversidade das Nações Unidas, a COP15, foi realizada de forma virtual de 11 a 15 de outubro. As negociações presenciais em Kunming, na China, serão realizadas em abril de 2022. Como principal resultado do evento, mais de 100 países assinaram a Declaração de Kunming, comprometendo-se a criar um novo pacto global para proteção da biodiversidade. A criação de um fundo internacional para conservação ambiental, com uma dotação inicial de US$ 233 milhões do governo da China, foi outro resultado do evento.
Início da Década do Oceano
Entre as boas notícias ambientais do ano está o início da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. A Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu que entre 2021 e 2030 todos os países unam esforços para a geração e divulgação de conhecimento sobre o oceano. A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que é uma das instituições da sociedade civil representantes da Década do Oceano no Brasil, promoveu uma jornada de cocriação de soluções para o mar e as regiões costeiras. O Camp Oceano selecionou 19 propostas de todo o país para serem colocadas em prática a partir de 2022, totalizando R$ 3,7 milhões em apoio. Além disso, o primeiro Edital Conexão Oceano de Comunicação Ambiental ofereceu cinco bolsas para a produção de reportagens sobre a temática, que foram publicadas em veículos de comunicação de diferentes regiões do país, em variados formatos e plataformas.
Mudança no Ministério do Meio Ambiente
Em junho, o ministro Ricardo Salles foi exonerado do Ministério do Meio Ambiente, dando lugar a Joaquim Leite, que já ocupava uma secretaria do órgão. O ex-ministro foi alvo de operação da Polícia Federal, em maio, que resultou também no afastamento da cúpula do Ibama, por suspeita de facilitar o contrabando de madeira. A troca no comando foi recebida com um misto de alívio e baixas expectativas por ambientalistas. Salles ficou marcado por uma polêmica declaração em reunião ministerial em 2020, quando disse que a pandemia seria a oportunidade para modificar normas que seriam questionadas na Justiça, aproveitando o foco da mídia na Covid-19 para “passar a boiada” em regramentos. Com perfil mais discreto, a gestão de Leite segue a mesma linha de Salles.
Sai Trump, entra Biden
Na política internacional, o ano começou com uma grande novidade: a posse de Joe Biden, no dia 20 de janeiro, como presidente dos Estados Unidos. Com um discurso ambiental bem ensaiado, mencionando a crise do clima entre as suas prioridades, o novo mandatário recolocou os EUA no Acordo de Paris e apresentou a meta de reduzir em 50% as emissões do País até 2030, com um pacote trilionário de recuperação verde. Em abril, Biden promoveu uma cúpula de líderes mundiais sobre o clima em preparação para a COP26. Ao longo do ano, no entanto, contradições internas foram aparecendo. Impasses com senadores, inclusive do Partido Democrata, sobre incentivos à retomada verde e ao pacote de estímulo à energia limpa travaram a pauta ambiental nos Estados Unidos. O ano chega ao fim com uma série de dificuldades do novo governo em relação às negociações com o Congresso.
PERSPECTIVAS PARA 2022
Eleições no Brasil
Com mais espaço na agenda pública, pressões e interesses conflitantes internos e externos, especialistas acreditam que a pauta ambiental deve marcar presença nas campanhas de candidatos nas eleições gerais do Brasil em 2022. Além de escolher o presidente da República e os governadores, o pleito também definirá as bancadas da Câmara dos Deputados, a renovação de um terço do Senado – 27 cadeiras – e os representantes para as Assembleias Legislativas Estaduais e Câmara Distrital, no Distrito Federal. “O ano promete ser muito difícil na área política. Resta a esperança de termos alguns bons candidatos para as eleições e termos a felicidade de poder eleger governantes e legisladores competentes e comprometidos com os interesses da sociedade brasileira”, destaca Braulio Dias.
Olhos atentos à Amazônia
A política ambiental para proteger a Amazônia deve seguir atraindo a atenção da opinião pública tanto no Brasil quanto no exterior. Os relatórios periódicos de órgãos que acompanham de perto o bioma e a delicada situação das terras indígenas seguirão sob o foco da imprensa e das entidades dedicadas à causa ambiental. Caso a agenda do governo seja mantida, são esperadas pressões ao Brasil vindas a partir da perda de investimentos estrangeiros, possibilidade de boicote a produtos nacionais e até sanções comerciais de outros países.
COP27 do Clima, COP15 da Biodiversidade e Rio + 30
Entre os grandes eventos globais do próximo ano estão a COP27 do Clima, que será realizada no Egito, em novembro, com a missão de regulamentar diversos pontos do Acordo de Paris, como o mercado de carbono e outros mecanismos de apoio financeiro a países em desenvolvimento. A segunda parte da COP15 da Biodiversidade será realizada em abril, na China, com a missão de estabelecer diretrizes globais para a proteção das espécies até 2050. Outro evento relevante será o Rio + 30 Cidades, previsto para junho, para discutir o papel das mudanças climáticas mundiais nos grandes centros urbanos.
Fortalecimento da economia verde
O compromisso das empresas na proteção e conservação do meio ambiente deve seguir em alta, numa crescente conscientização sobre os impactos socioambientais de negócios econômicos. Maior fôlego para um mercado global de carbono, boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) valorizadas pelas corporações, fundos verdes com a adesão de investidores e o fortalecimento de negócios com impacto socioambiental positivo são alguns dos movimentos de mercado que devem trazer o meio ambiente para o centro do mundo corporativo em 2022.
Sobre a Fundação Grupo Boticário
Com 30 anos de história, a Fundação Grupo Boticário é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para proteger a natureza brasileira. A instituição atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e em políticas públicas e apoia ações que aproximem diferentes atores e mecanismos em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos. Já apoiou cerca de 1.600 iniciativas em todos os biomas no país. Protege duas áreas de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera. Com mais de 1,2 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas. A Fundação é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.
Sobre a Rede de Especialistas
A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) reúne cerca de 80 profissionais de todas as regiões do Brasil e alguns do exterior que trazem ao trabalho que desenvolvem a importância da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade. São juristas, urbanistas, biólogos, engenheiros, ambientalistas, cientistas, professores universitários – de referência nacional e internacional – que se voluntariaram para serem porta-vozes da natureza, dando entrevistas, trazendo novas perspectivas, gerando conteúdo e enriquecendo informações de reportagens das mais diversas editorias. Criada em 2014, a Rede é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Os pronunciamentos e artigos dos membros da Rede refletem exclusivamente a opinião dos respectivos autores. Acesse o Guia de Fontes em www.fundacaogrupoboticario.org.br
Processo de inertização com nitrogênio é fundamental para a indústria porque diminui a gramatura de plástico utilizada e aumenta a vida útil de sucos, água e refrigerantes
Na última década, a redução da gramatura das embalagens plásticas vem ocorrendo em etapas sucessivas – uma garrafa de 500 ml precisa hoje de somente 8 gramas de plástico para ser produzida.
A diminuição na gramatura destes plásticos vem ao encontro de uma necessidade mundial de diminuição do consumo deste material derivado do petróleo – de acordo com a revista americana Science Advances a humanidade consumiu de 1950, data em que a produção em larga escala dos materiais sintéticos começou, a 2015, 8,3 bilhões toneladas métricas de plástico. E o Brasil ocupa a quarta posição mundial na produção de lixo plástico, ficando atrás apenas dos EUA, da China e da Índia, segundo levantamento do Banco Mundial.
A fim de reduzir a problemática da produção massiva de plástico e a inviabilidade de reaproveitamento de todo este montante, a indústria precisou não apenas diminuir a gramatura do material nas garrafas, mas encontrar soluções para que a garrafa permanecesse firme para facilitar o consumo e evitar qualquer risco de contaminação durante seu transporte. Por isso, a Air Products, uma das maiores fornecedoras mundiais de gases para diversos setores da economia, trabalhou numa solução de inertização de garrafas a partir da adição de nitrogênio, que garante a rigidez do plástico, mesmo sendo utilizado em porções muito menores hoje em dia.
“Esta firmeza, fornecida pelas gotículas de nitrogênio líquido, pode ajudar a reduzir os custos, permitindo que os processadores diminuam a quantidade de polímero na embalagem. Permite também que as garrafas pet sejam empilhadas umas sobre as outras sem a preocupação da ruptura do frasco. A capacidade de empilhamento contribui para a economia de custos durante o armazenamento, transporte, distribuição e exibição do produto”, explica Edson Basilio, Gerente de Aplicações e Desenvolvimento da Air Products.
Ele acrescenta que essa pequena quantidade de nitrogênio líquido gera espaço inerte no recipiente de PET, o que ajuda a preservar a qualidade e evita a degradação do produto. “Aquele ‘pizz’ do ar que está sendo liberado após a abertura da garrafa traz uma sensação de qualidade e frescor para o consumidor e as garrafas mais firmes proporcionam uma experiência tátil melhor ao pegar de uma prateleira ou de uma máquina de venda automática”, detalha Basilio.
Conservação de bebidas
Outra preocupação da indústria alimentícia está voltada à substituição de certos conservantes que tiveram certo grau de toxicologia comprovada. A fim de evitá-los o segmento tem se valido também da utilização de nitrogênio a fim de conferir um maior tempo de validade às bebidas.
De acordo com Basilio, o oxigênio presente no ar é responsável por causar a oxidação de bebidas naturais, o que causa alteração de cor, sabor e redução da qualidade do produto. O controle desse oxigênio é importante para evitar oxidações indesejadas e deterioração precoce do produto e, para esse controle, pode ser realizada a injeção de gases como nitrogênio, dióxido de carbono e argônio nos tanques onde se realiza a produção das bebidas ou nas tubulações que chegam a esses tanques.
“Além de inertizar o espaço livre presente no tanque é importante que a bebida que está sendo produzida seja mantida em constante movimento, pois com essa mistura parada pode ocorrer sedimentação e falta de homogeneidade do produto. Para isso, é injetado nitrogênio líquido na parte inferior do tanque, e por meio da sua expansão para o estado gasoso, há uma “agitação” que previne a deterioração e a oxidação da bebida”, explica.
O processo é finalizado com a utilização da tecnologia para a inertização do envase com injeção de nitrogênio, que remove o oxigênio ainda presente e aumenta o tempo de vida útil do produto, desde a exposição na prateleira até o consumo.
O Gerente de Aplicações e Desenvolvimento da Air Products afirma que esta tecnologia é o presente do segmento e também o futuro promissor, uma vez que cada vez mais marcas vêm utilizando o processo: “ele é a garantia de uma vida útil maior em bebidas envasadas e o mais interessante é que esse envase não se restringe ao plástico, ele pode ser utilizado em garrafas de vidro, Tetra Pack e latas de alumínio”.
Os estados do Rio Grande do Norte e Piauí destinaram 5% de seus orçamentos estaduais a órgãos ambientais em 2019. Esse é o maior percentual entre as unidades da federação que, em média, direcionaram 1,6% para órgãos dessas áreas. Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic) 2020, divulgada hoje (10) pelo IBGE.
No Rio Grande do Norte, os recursos tiveram origem em taxas de licenciamento ou fiscalização (multas, compensação ambiental); instituição ou órgão internacional; e recurso próprio estadual.
Apesar do destaque nacional na destinação de recursos, o RN não possui um fundo estadual de meio ambiente conforme a Estadic 2020. No Brasil, apenas seis unidades da federação possuem um fundo ambiental. No Nordeste, apenas a Bahia respondeu positivamente.
Prioridades
Os temas selecionados como prioritários pelo conjunto de órgãos estaduais potiguares foram: educação ambiental; gestão de recursos hídricos (inclui dragagem e despoluição); e licenciamento ambiental.
Nacionalmente, as unidades da federação apontaram as seguintes prioridades: gestão de recursos hídricos (15 unidades da federação); gestão de recursos florestais (dez UFs); controle de queimadas (nove UFs); fiscalização ambiental (nove UFs); e gestão de resíduos sólidos e perigosos (nove UFs).
Governo do RN tem a terceira maior proporção de servidores estatutários do Brasil
Com 91,5% de servidores estatutários, a administração direta do poder Executivo do Rio Grande do Norte tem a terceira maior proporção dessa categoria entre as unidades da federação. Somente Minas Gerais (96,6%) e Rio de Janeiro (94,6%) possuem parcelas maiores em seus quadros de servidores.
Os servidores estatutários têm a relação de trabalho com o Estado regida por lei estadual (Regime Jurídico Único), que prevê a forma de ingresso (concurso público por exemplo), remuneração, vantagens e deveres.
O estado potiguar também se destaca pela baixa proporção de servidores sem vínculo permanente: 1,8% do pessoal da administração direta. Apenas Maranhão (0,3%) e Rio de Janeiro (1,7%) têm percentuais menores. Nesta categoria, estão os servidores que trabalham por prestação de serviços, sem vínculo empregatício e sem carteira assinada. Os voluntários e cedidos de outras administrações também são enquadrados no grupo.
RN não tem conselho nem fundo estadual de transporte
O Rio Grande do Norte não tem conselho nem fundo estadual de transportes. Além do Rio Grande do Norte, outros 11 estados brasileiros não têm conselho. No Nordeste, somente Pernambuco e Sergipe possuem esse instrumento de participação social.
Os conselhos de políticas públicas, como o transporte, são utilizados para dar voz aos cidadãos e até compartilhar a tomada de decisões com representantes da sociedade civil organizada.
No caso dos fundos de transporte, 19 unidades da federação não possuem essa ferramenta para financiar ações e projetos na área. Na região Nordeste, apenas Maranhão tem um fundo estadual de transportes.
A pesquisa também investigou a existência de planos estaduais de transporte. O Rio Grande do Norte e mais 15 unidades da federação responderam positivamente a esta questão.
Na publicação completa da Estadic 2020, o IBGE ressalta o papel dos estados nessa área. “As unidades da federação têm a responsabilidade de regular o transporte coletivo rodoviário ou aquaviário de passageiros entre os seus municípios. Elas também devem atuar para integrar a organização e a execução do serviço de transporte que seja do interesse de municípios limítrofes, organizados em Regiões Metropolitanas e Aglomerações Urbanas”.
Transporte adaptado
Quando se trata de adaptação para pessoas com deficiência, os sistemas de transporte intermunicipal por ônibus e ferroviário estão parcialmente adaptados no RN. Nos ônibus, são registrados três tipos de adaptação: piso baixo; piso alto com acesso à plataforma de embarque/desembarque; e piso alto equipado com plataforma elevatória veicular.
Estadic 2020
Além de meio ambiente, transporte e recursos humanos, a Estadic 2020 também investigou questões relacionadas à agropecuária e habitação nas 27 unidades da federação. Todos os dados da pesquisa são fornecidos por um representante do Executivo estadual.
O resultado do levantamento serve ao planejamento e monitoramento de políticas setoriais, à avaliação do desempenho atual das unidades da federação, bem como à análise das parcerias entre governos, formatos institucionais e padrões das gestões públicas estaduais.
Adoção de práticas ESG e de economia circular tornaram-se uma necessidade global urgente, para reverter os danos causados nas últimas décadas
As mudanças climáticas tornaram-se muito mais visíveis e frequentes nos últimos anos. Estações indefinidas, períodos longos de seca e chuva, nuvens de poeira, furacões: o planeta tem enviado sinais de que tem tentado se auto regenerar, mas as ações humanas, de forma desenfreada, não têm contribuído para este processo natural. Um exemplo real é a antecipação das datas que demonstram o “Dia de Sobrecarga da Terra”, que neste ano de 2021, aconteceu ainda no mês de julho, no dia 29.
Neste cenário, as relações de consumo e produção têm muito a contribuir. Pensando em como reescrever essa história, com a proposta de uma verdadeira mudança em prol de um mundo melhor, a Avery Dennison promoveu, no último dia 21 de outubro, o quinto e último webinar da série “Reconstruir o amanhã juntos”. O encontro contou com um time de especialistas que discutiram práticas de como “ReGenerar” o planeta, a partir de seus produtos, ações e iniciativas que envolvam processos produtivos, bem como toda a cadeia.
O evento online contou com a moderação da jornalista especializada em ciência, saúde, ambiente e negócios, Gabriela Ensinck, e com a participação dos especialistas Camilo Sandoval, presidente da Associação das Nações Unidas (UNA) da Colômbia; Ivan Trillo, gerente de marketing de sustentabilidade e reciclabilidade da Dow, situada no México; Edson Grandisoli, especialista em educação e embaixador acadêmico do Movimento Circular no Brasil; e Cecília Mazza, gerente de sustentabilidade da Avery Dennison na América Latina.
“Passamos por um momento de crise socioambiental e climática muito importante. Nossa forma de produzir e consumir tem muito a ver com isso. Nesse aspecto, as empresas são parte do problema e da solução. Por isso, é tão importante falar, cada vez mais, em sustentabilidade, economia circular e economia regenerativa, que é um passo adiante”, declara Gabriela.
Sustentabilidade e o papel das iniciativas privadas De acordo com Camilo Sandoval, apesar de os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas (ONU) terem sido projetados para que fossem implementados pelos governos, em escala nacional, o papel do setor privado é essencial para o sucesso dessas ações. “As empresas podem e devem contribuir em suas atividades com a busca dessas metas, avaliando seu impacto e estabelecendo para si objetivos ambiciosos, que divulguem, com transparência, seus resultados. Não importa o tamanho da empresa, é preciso maximizar seu impacto positivo no desenvolvimento sustentável, utilizando os ODSs como marcos globais em sua estratégia de sustentabilidade, com responsabilidade social e empresarial”, destaca o executivo.
Ivan Trillo complementa que as empresas são parte do problema, porém não se contentam com essa posição. “Buscamos ser parte da solução. A DOW está presente em muitos setores e, falando especificamente sobre plásticos, muitos questionamentos são levantados, como ‘para onde este material irá após consumo?’; ‘quem vai recuperá-lo?’; ‘qual será seu destino final?’; e, aqui, entramos no tema de economia circular, que pode responder muito bem a todo esse processo”, comenta.
Para que as futuras gerações possam encontrar oportunidades e melhores condições para o seu desenvolvimento, Cecília Mazza pontua que a Avery Dennison traçou, globalmente, objetivos alinhados aos desafios ambientais e sociais mais urgentes; e frisa que, não basta apenas falar de sustentabilidade, é preciso reparar os danos já causados. “Desde 2015 temos esses objetivos implantados e temos feito grandes progressos, especialmente ao trabalhar e continuar oferecendo inovações que promovem a economia circular, que é o nosso principal foco aqui. É necessário construir um caminho colaborativo em toda a cadeia, com todos os integrantes, para unir forças e gerar esse impacto positivo. Por isso, pensamos em regeneração. A mudança começa conosco”, destaca.
O Movimento Circular, do qual Edson Grandisoli é coordenador educacional e embaixador acadêmico no Brasil, caminha justamente na direção de estimular essa transformação nas pessoas e empresas e promover essa união. “Costumo compreender a sustentabilidade como um processo de transformação profundo e não somente um destino ou indicador. Para agir de forma diferente precisamos de vontade e coragem”, ressalta o educador.
Princípios ESG e a importância de adotá-los As práticas, critérios ou estratégias ESG ajudam a medir o desempenho de uma organização no que se refere às práticas sustentáveis e socialmente responsáveis ― o que é muito importante para atender às exigências de respeito à transparência. Segundo Cecília Mazza, os dados dessas ações, traduzidos em relatórios, podem gerar um grande valor a longo prazo e ajudar a aumentar o valor de mercado de uma organização. “Vale ressaltar a importância do comprometimento da alta gestão e dos diretores, não somente supervisionando essas práticas, mas impulsionando-as, fazendo com que sejam parte de uma estratégia global maior, uma estratégia comercial, não somente para controlar, mas que esteja envolvida com todo o processo”, evidencia.
Implantação de práticas ESG e os erros mais comuns De acordo com Ivan Trillo, entre os erros mais comuns na implantação das práticas ESG está o entendimento dos conceitos, pois trata-se de um caminho que deve ser seguido não por exigências e, sim, por convicções. Outro erro mencionado pelo executivo está em adotar práticas diferentes, lidando com o negócio de forma distinta, uma vez que a estratégia ESG precisa ser um guarda-chuva na empresa e, sem dúvida, cabem adaptações entre diferentes lugares e unidades de operação. “É preciso ter conhecimento de que é algo que devemos fazer por necessidade e que deve ser implementado de forma equivalente em todas as unidades de negócio. As empresas que se adaptam a esses conceitos são as empresas que crescem, causam impacto aos olhos dos investidores, um impacto positivo, e geram satisfação”, pontua.
Da filantropia empresarial à economia regenerativa Remetendo ao início do despertar para a consciência socioambiental, as empresas que adotavam práticas sustentáveis tinham sua imagem atrelada à filantropia e à caridade. Com o passar do tempo, essas ações foram tomando corpo e passaram a ser cada vez mais necessárias para garantir o futuro do planeta, a partir da regeneração do meio ambiente e da sociedade.
“A ideia de regeneração dialoga muito com a ideia de uma nova economia, considerando os preceitos da economia circular. Entre nossos processos de regeneração, um deles está muito ligado com nossa regeneração de relacionamento com a natureza, considerando-a um bem comum, um direito de todos. Precisamos regenerar nossos relacionamentos para criarmos laços de cooperação, confiança e corresponsabilização. Somente com a regeneração poderemos caminhar para uma era mais justa e sustentável”, declara Edson Grandisoli.
Economia circular a partir de um portfólio de produtos Dados do Banco Mundial afirmam que produzimos 2 bilhões de toneladas de lixo todos os anos e que a população mundial até 2050 vai crescer 25%, o que vai contribuir para o aumento desses resíduos, portanto, é preciso agir imediatamente.
Cecília Mazza destaca que para a Avery Dennison, a sustentabilidade é parte da estratégia integrada às etapas de design de materiais, operações, culturas e tomadas de decisão. Devido a isso, em 2020, a empresa reformulou seu compromisso com três grandes objetivos: oferecer inovações que impulsionem a economia circular; reduzir o impacto no meio ambiente; e gerar um impacto social positivo, sobretudo, cultivando um ambiente de trabalho diverso, equitativo e inclusivo. “Na Avery Dennison a eliminação ou redução de resíduos é muito importante, não só nas operações, mas nas cadeias. Pensando nos resíduos gerados pela cadeia de autoadesivos, em 2019, implantamos no Brasil o Programa AD Circular, visando a conexão dos extremos, de modo a dar vida nova aos resíduos de etiquetas autoadesivas. Recentemente, o programa foi implementado no México e o objetivo é expandi-lo para outros países da região”, comenta a executiva.
Em termos de circularidade de materiais e produtos, Cecília pontua que a empresa tem desenvolvimentos notáveis quanto à carteira de produtos sustentáveis, visando diminuir a pegada de carbono dos clientes, aumentar os índices de reciclagem e acompanhar as regulações divulgadas em relação ao tema. “Por isso temos soluções como o CleanFlake, um adesivo inovador que facilita o processo de reciclagem, eliminando a etiqueta sem deixar resíduos no pet, permitindo a reciclagem desse pet sem contaminação. Temos também soluções certificadas, provenientes de fontes responsáveis, com redução de alguns componentes. Além de itens com conteúdo de material reciclado, pós-consumo. E há algumas semanas foi lançado no Brasil o liner r-Pet, que contém 30% de material reciclado, proveniente de garrafas pet”, explica.
Colaboração para a economia regenerativa Em meio aos desafios para implantar práticas sustentáveis que envolvam uma longa cadeia produtiva, Camilo Sandoval declara que as parcerias entre as empresas do setor são essenciais para que haja uma colaboração efetiva e atinja-se o objetivo do coletivo em reduzir impactos e promover mudanças positivas em termos socioambientais.
“A associação de empresas, mesmo que sejam concorrentes, faz muito sentido nessas ações. As parcerias intersetoriais são fundamentais para o sucesso a longo prazo para a implementação das iniciativas. Ao enxergar que outras companhias são concorrentes no campo comercial, mas em termos de sustentabilidade possam ser parcerias e colaboradoras, os benefícios voltam em forma de core business, agregando valor às iniciativas. A colaboração é parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável, que prevê desde 2017 esses cenários de parceria e colaboração”, conclui.
Sobre a Avery Dennison
Avery Dennison (NYSE: AVY) é uma empresa global de ciência em materiais, especializada em design e produção de uma grande variedade de materiais para rotulagem e funcionais. Os produtos da empresa são usados por grande parte das indústrias e incluem materiais autoadesivos, sensíveis à pressão, para rotulagem e aplicações para comunicação visual; fitas e outras soluções para aplicações industriais, médicas e varejo; etiquetas, rótulos e adereços para vestuário; além de soluções de identificação por radiofrequência (RFID) para mercado de moda e outros. Com sede em Glendale, Califórnia, a empresa emprega aproximadamente 30.000 funcionários em mais de 50 países. As vendas reportadas em 2020 foram de 7,0 bilhões de dólares americanos. Saiba mais em www.averydennison.com
Campanha em alusão ao Dia das Crianças, busca evitar desperdício de água e luz dentro de casa, em todo o país
O Brasil enfrenta uma das maiores crises hídricas dos últimos tempos. A falta de chuva vem afetando diversas regiões, inclusive muitas cidades já emitem alerta com risco de desabastecimento de água. E para piorar ainda mais, o número de queimadas em áreas de Mata Atlântica foi a maior dos últimos 15 anos no país, com mais de 11,2 mil focos de incêndio em locais com a presença do bioma, em todo o território nacional, segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
É pensando em uma maneira de conscientizar, de forma lúdica, a franquia Acquazero – especializada em limpeza ecológica automotiva – desenvolve ação com o público infantil através da distribuição gratuita de adesivos educativos sobre os cuidados com o planeta, preservação da natureza e a adoção de um modo de vida sustentável.
“Cuidar do meio ambiente é responsabilidade de todos e devemos nos atentar para isso imediatamente, não nos preocupando só com o legado às próximas gerações, mas com atitudes imediatas”, afirma Henrique Mol, diretor executivo da Acquazero, maior rede de estética automotiva do Brasil.
De pequeno que se aprende
Mol conta que buscou aproximar o tema de conscientização com os pequenos, justamente por serem as mais impactadas pelo desequilíbrio ecológico. “Além do mais, aproveitamos a data do Dia da Criança (comemorado em 12 de outubro) para enfatizar esse alerta de cuidados que podem ser começando inclusive dentro de casa”, diz.
Os adesivos são lembretes coloridos e ilustrativos, uma ferramenta divertida e didática ao mesmo tempo que apoia as famílias na orientação para o enfrentamento da crise hídrica. Eles estimulam a imaginação e alertam sobre atitudes simples do cotidiano que impactam no cuidado ao meio ambiente.
Em algum deles é possível encontrar dizeres como: Banho rápido é gostoso e ajuda o planeta; Você fechou a torneira para escovar os dentes?!; Vai sair, não esqueça de apagar a luz; Nesse carro ninguém joga lixo pela janela, entre outras frases.
O empresário pontua que os adesivos serão distribuídos pelas unidades Acquazero participantes, tanto nos negócios delivery, bem como nas lojas físicas em todo o país até o próximo dia 30.
Franquia sustentável
O comportamento do consumidor reflete no mercado, levando marcas e empresas a entrarem nesse universo consciente, como é o caso da Acquazero. Criada em 2009, a empresa seguiu a linha ecológica, e desde então vem realizando serviços de estética automotiva utilizando o mínimo de água – como, por exemplo, a lavagem ecológica que usa apenas 300 ml.
Com 640 unidades ativas espalhadas pelos quatro cantos do Brasil, Mol estima que, em média, apenas com a limpeza ecológica, as unidades atendam 75 mil clientes ao mês, e isso gera uma economia de pelo menos 20 milhões de água – no mesmo período.
“Ainda se faz necessário trabalhar com campanhas de conscientização ambiental. Cada pessoa deve fazer sua parte e precisamos relembra-los que hábitos simples, do próprio dia a dia pode fazer a diferença amanhã”, conclui o empresário.
Sobre a Acquazero
A Acquazero é uma rede mineira especializada em limpeza ecológica automotiva e faz parte da holding Encontre Sua Franquia. No mercado há mais de 10 anos, é a maior rede do segmento e oferece cerca de 15 tipos de serviços automotivos, e no segundo semestre de 2020 agregou novos serviços para atendimento home care, embarcações e aeronaves. Ela também é a primeira franquia do segmento automotivo a oferecer aplicativo aos franqueados e consumidores no mercado brasileiro. Com mais de 640 operações, a Acquazero oferece quatro modelos de negócio com investimento a partir de R$23.600,00 (home office). www.acquazero.com
close up picture of hand watering the sapling of the plant
Produtos formulados com bactérias benéficas ajudam na disponibilidade do recurso para um melhor desenvolvimento das lavouras, mesmo em situações de estresse hídrico
O ano de 2021 está sendo de muitos desafios aos agropecuaristas brasileiros, influenciado principalmente pelas questões climáticas. Muitos especialistas já afirmam que o Brasil vive a pior seca dos últimos 91 anos, uma escassez que afetou principalmente lavouras de milho, cana, café e laranja, cujas colheitas estão abaixo do planejado por todo o País.
Para superar os desafios climáticos é necessário soluções que ajudem as plantas a se desenvolverem melhor, com mais resistência ao estresse causado pelas intempéries, mas de forma sustentável, minimizando impactos na produtividade das lavouras. Nesse contexto, os produtos biológicos e naturais, ou seja, formulados com microrganismos ou extratos botânicos, estão ganhando destaque, em especial aqueles considerados promotores de crescimento de plantas.
A adoção de produtos biológicos na agricultura e pecuária, para este e outros fins, tem crescido de modo acelerado no Brasil. Estima-se que o mercado destes insumos deve triplicar até 2030, atingindo o montante de R$ 3,7 bilhões, de acordo com estudo realizado pela consultoria Blink Projetos com a CropLife.
Segundo Juliana Marcolino Gomes, PhD em genética e Coordenadora de Extratos Botânicos na Biotrop, empresa de soluções em tecnologia biológica, os produtos biológicos promotores de crescimento de plantas vão ao encontro do aumento da eficiência do uso da água. “Em uma área com a mesma disponibilidade de água (mesma precipitação ou irrigação), consegue-se produzir mais com o uso de biológicos e naturais, pois eles ajudam a planta em seu desenvolvimento e resiliência, e por isso possibilitam maior produção com o mesmo uso de água. Só nesse aspecto, já otimizamos muito a eficiência hídrica”, explica.
Aumentar a produtividade das culturas, inclusive nas situações mais desafiadoras, sempre foi objetivo da Biotrop. A empresa está entre as líderes no segmento de insumos biológicos e é uma das que mais investe em pesquisa e desenvolvimento, identificando e selecionando microrganismos com diferentes mecanismos de ação para benefício do solo e das plantas. A empresa realiza a cada safra mais de 700 ensaios de campo e P&D, e só em 2020 tratou mais de 13 milhões de hectares dos mais diversos cultivos, de soja a melão.
Uma das primeiras soluções disponibilizadas pela Biotrop para auxiliar os produtores a atravessarem períodos de estresse climático foi o inoculante Azototal, desenvolvido em parceria com a Embrapa. O produto é composto pela bactéria Azospirillum brasilense, altamente eficiente na promoção de crescimento via produção de fitohormônios, e que também atua na fixação biológica de nitrogênio, através da captura do nutriente da atmosfera e conversão para formas assimiláveis pela planta. Além dos inoculantes, outros bioinsumos fabricados pela empresa combinam o estímulo de desenvolvimento de plantas ao crescimento de microrganismos benéficos, em um processo sinérgico. Complementando o manejo biológico, o portifólio Biotrop conta também com biodefensivos, que contribuem com o manejo de pragas e doenças do cultivo.
Dentre os principais benefícios dos biológicos na agricultura estão o aumento da produtividade e da rentabilidade das culturas, a promoção de crescimento, a fixação biológica de nitrogênio, a solubilização de nutrientes para assimilação pelas raízes, a ativação da resistência natural das plantas e a melhoria na absorção de água e nutrientes. “A pesquisa e desenvolvimento destes produtos vem ao encontro da necessidade atual de produzir mais com a mesma utilização de recursos, como água, fertilizantes e áreas agrícolas”, lembra a pesquisadora.
Pegada hídrica e o manejo biológico
Quando o tema é sustentabilidade no agronegócio, é fundamental estimar e reduzir a pegada hídrica, ou seja, as demandas e utilização de água doce na atividade.
O manejo da lavoura, especialmente nos períodos de longa estiagem, é muito diferente dos períodos de chuva. Com a utilização de insumos biológicos, temos plantas mais resilientes, capazes de manter-se produtivas com menor necessidade de irrigação, e que são capazes de tolerar melhor os períodos de veranico.
Uma das principais vantagens da utilização de produtos biológicos promotores de crescimento é que eles desenvolvem o sistema radicular (conjunto de raízes) das plantas. Vale lembrar que nos períodos de estiagem o reservatório de água vai diminuindo, de maneira que o recurso fica disponível apenas em camadas mais profundas do solo. “A planta que recebeu esse tipo de produto biológico já tem uma vantagem neste quesito. Nossas pesquisas, e também os produtores a campo, concluíram que essas plantas conseguem ter uma resiliência maior, porque elas possuem raízes mais robustas e profundas”, reforça Juliana.
Novidades a caminho
Se as previsões para as próximas safras não são tão positivas quanto ao clima, por outro lado, a chegada de novas soluções ao mercado é um cenário dos mais promissores! De acordo com Ederson Santos, biólogo e gerente de portfólio da Biotrop, a previsão é de que essa estiagem que marcou 2021 também se estenda ao longo da próxima safra. “A probabilidade desse cenário se repetir é muito alta. É algo que nós precisamos seriamente considerar. Nossa empresa está desenvolvendo tecnologias e ações para que consigamos mitigar os riscos de perdas provocados pela falta de água”, ressalta.
A empresa tem feito alto investimento em tecnologia e inovação para desenvolver soluções que reduzam os impactos do clima, devendo, em breve, lançar ao mercado um produto classificado como um hidrocapacitor de solo. A tecnologia tem em sua composição bactérias que além de promoverem à planta melhor desenvolvimento e sistema radicular mais robusto, auxiliam na manutenção do turgor (postergação da murcha) e protegem contra o dano das estruturas da célula vegetal. “Esse produto está pronto, e os estudos apontam respostas muito significativas, em breve estará à disposição dos agricultores de todo o País”, finaliza Santos.
Sobre – A Biotrop é uma empresa brasileira, fruto da visão e empreendedorismo de um seleto grupo de profissionais apaixonados pelo agronegócio. Atua com foco em pesquisa e desenvolvimento de soluções diferenciadas e inovadoras, com o objetivo de contribuir para uma agricultura mais sustentável, saudável e regenerativa. Com escritório em Vinhedo (SP) e fábrica em Curitiba (PR), a empresa leva ao mercado o que há de melhor no mundo em soluções biológicas e naturais. Acesse www.biotrop.com.br.
Fornecedoras de insumos essenciais à sobrevivência humana, como a madeira, as árvores cumprem importantes papéis: recuperam solos e absorvem grande quantidade de CO2 da atmosfera, sendo essenciais para o combate ao efeito dos gases estufa que causam o aquecimento global, entre tantos outros benefícios ambientais. No aspecto socioeconômico, as florestas de eucalipto plantadas nas áreas de atuação da Aperam BioEnergia, no Vale do Jequitinhonha, propiciam a geração de emprego, renda e o desenvolvimento da economia da região. A partir do manejo das florestas, é produzido o carvão vegetal, combustível renovável e fonte da energia usada na produção de aço pela planta industrial da empresa, instalada em Timóteo (MG).
Para estimular a reflexão a respeito dos malefícios do desmatamento e da importância da conservação dos recursos naturais, foi criado o Dia da Árvore, em 21 de setembro. A data é sempre celebrada pela Aperam BioEnergia, que trata a preservação das florestas e todas as questões associadas à sustentabilidade com respeito e máximo compromisso. Em alusão a esse dia especial, a empresa traz as principais curiosidades relacionadas ao plantio e manejo de suas florestas. Confira!
1- A Aperam South America é a única siderúrgica no mundo que produz aços planos especiais usando 100% de carvão vegetal como matéria-prima, processo que dá origem ao Aço Verde Aperam. O carvão vegetal é obtido das florestas renováveis de eucalipto cultivadas pela Aperam BioEnergia no Vale do Jequitinhonha, e por isso é uma fonte de energia limpa e sustentável.
2– Ao utilizar exclusivamente o carvão vegetal, a Aperam deixa de emitir 700 mil toneladas/ano de gás carbônico na atmosfera. Mais que isso: para cada tonelada de gusa produzida, 2,9 toneladas de CO² são resgatadas do meio ambiente.
3- Como o processo de carbonização da Aperam BioEnergia é planejado e feito de forma sustentável, a companhia conquistou várias certificações, como a de Manejo Florestal e Cadeia de Custódia do Forest Stewardship Council® (FSC®), que assegura que toda a madeira é produzida de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável.
4– O carvão vegetal da Aperam é o único, de fato, 100% sustentável e verde, uma vez que não inclui, por exemplo, misturas com carvão mineral ou combustíveis fósseis, altamente poluentes.
5– A Aperam tem a menor pegada de CO2 do setor e pretende se manter na liderança. A empresa tem como meta preliminar reduzir em 15% a intensidade de emissão de CO2 até 2030, tendo como referência o ano de 2015, e ser neutra em carbono até 2050.
6– As florestas da empresa têm capacidade de produzir, atualmente, 400.000 toneladas de carvão vegetal por ano e geram cerca de 1.000 empregos diretos.
7– A Aperam BioEnergia desenvolve tecnologias de ponta para o setor florestal no Brasil. Por meio do Programa de Melhoramento Genético, tornou-se detentora do clone de eucalipto mais plantado no Brasil e de vários outros com produtividade superior aos plantados no país e também no exterior, o que a torna referência no segmento.
8– Para manter a qualidade e produtividade de seus 76 mil hectares de cultivo florestais, a Aperam BioEnergia mantém importantes parcerias com centros e institutos de pesquisa dedicados às florestas no Brasil, entre eles a Sociedade de Investigações Florestais (SIF), da Universidade Federal de Viçosa (MG); o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) da ESALQ/USP, de Piracicaba (SP); e o Instituto Estadual de Florestas (IEF).
9– Além do Aço Verde Aperam e das tecnologias desenvolvidas para o setor florestal, a Aperam atua na preservação do meio ambiente em várias frentes, como a de prevenção e combate a incêndios florestais, mantendo uma equipe de brigadistas capacitados, veículos e equipamentos para contenção do fogo, além de um disque denúncia gratuito para o uso da população, o 0800 030 5540. Por meio deste canal, qualquer cidadão pode denunciar atos prejudiciais ao meio ambiente e comunicar os focos de incêndio.
10– Com o controle biológico de pragas, que consiste na pesquisa e desenvolvimento para a produção de inimigos naturais capazes de controlar as infestações de insetos pragas que atacam as florestas de eucalipto administradas pela empresa. A Aperam BioEnergia mantém o equilíbrio ambiental de suas plantações e beneficia os produtores rurais da região.
Apesar da escalada do desmatamento, algumas iniciativas visam a preservação do meio ambiente
Elas são essenciais para todo o equilíbrio do Planeta Terra e atuam principalmente na qualidade de vida de todos. Pela fotossíntese, absorvem os raios solares e o gás carbônico durante o dia e liberam oxigênio e água. Com isso, regulam a temperatura sobre a umidade do ar e as chuvas e auxiliam na diminuição da poluição. Fora isso, produzem substâncias que serão base para medicamentos e chás. Além, frutas, flores, sementes, madeira, fibras, látex, resinas e pigmentos. Servem como fontes de alimento e moradia para várias espécies de animais. Apesar de todos esses benefícios, elas são cortadas e muitas condenadas à extinção. A árvore, que é lembrada em uma data comemorativa, em 21 de setembro, dia sempre perto da chegada da primavera no Brasil, está cada vez mais dependente de ações que visem sua preservação.
O Dia da Árvore foi criado no Brasil pelo presidente Castelo Branco, em 24 de fevereiro de 1965. Essa comemoração oficial teve lugar pela primeira vez no estado norte-americano do Nebraska, em 1872, quando o político e jornalista Julius Sterling Morton decidiu plantar uma grande quantidade de árvores. A data ficou conhecido como “Day Arbor”, um marco ecológico da conscientização e preservação.
Cada região brasileira possui uma árvore típica como seu símbolo. No Norte, a castanheira; no Nordeste, a carnaúba; no Centro-Oeste, o ipê-amarelo; no Sudeste, o pau-brasil; e no Sul, o pinheiro-do-paraná ou araucária.
Apesar de tantos benefícios que elas proporcionam, a situação se agrava a cada dia. A Amazônia Legal, por exemplo, perdeu 10.476 km² de floresta entre agosto de 2020 e julho deste ano, período em que se mede a temporada do desmatamento. A taxa é 57% maior que a da temporada anterior e a pior dos últimos dez anos, alerta o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Além disso, existem também as queimadas, muitas delas criminosas. De acordo com o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, de janeiro até a segunda quinzena de setembro, o Pantanal registrou mais de 2,9 milhões de hectares atingidos pelo fogo, que também mata ou fere animais e destrói árvores. Esse número representa perto de 19% do bioma no País, segundo o Instituto SOS Pantanal. A área queimada corresponde a aproximadamente 19 vezes a capital de São Paulo.
Preocupação
Hoje, muitas empresas estão preocupadas e entraram na luta pela preservação do meio ambiente, focando em uma gestão responsável dos recursos naturais e não somente para a geração de riqueza e consumo. Dentro das metas, inclusive, influenciar o comportamento sustentável do consumidor, que já busca mais alternativas aos produtos tradicionais.
O meio ambiente pede uma atenção maior de políticas públicas que mirem à conservação de florestas. O processo de harmonização das atividades exploratórias ainda se desenvolve, mas existem algumas iniciativas que já chamam a atenção e geram resultados satisfatórios.
A fintech Uzzipay, que completa dois anos no dia 21 de setembro, Dia da Árvore, acredita que é possível preservar a natureza enquanto as pessoas preservam o dinheiro. É ter a consciência de que devemos retornar à sociedade e à natureza tudo o que ela nos proporciona de bom.
“É uma realidade cada vez mais latente, no futuro veremos muito mais instituições financeiras e de outros segmentos com engajamento social e sustentável. São sementes plantadas hoje que irão florescer em breve”, disse Isabelle Kwintner, diretora sênior de estratégia da UzziPay.
Amazônia
Com o slogan “Porque cuidar da Amazônia é da nossa conta”, a fintech financia uma área de reserva legal da Amazônia em Rondônia. Com a abertura da conta digital mais recursos serão destinados à reserva de preservação.
A área escolhida tem 700 hectares de floresta em uma reserva legal de manejo florestal em Porto Velho e o monitoramento do local é feito por solo, por drones ou voos tripulados sobre a região e por imagens de satélite.
iniciativas sustentáveis
A fintech apoia campanhas e iniciativas de preservação: promove palestras educativas de sensibilização e conscientização sobre a importância das espécies nativas da flora Amazônica e sua preservação. Campanhas contra queimadas na região da Amazônia. Além de promover ações de doações de mudas originárias da Amazônia;
E para comemorar a data e o seu aniversário, a Uzzipay participa de dois eventos. No domingo, dia 19, a fintech estará no Projeto Rio Limpo, que é feito em parceria com a Associação dos Pescadores Amadores de Rondônia. Em mais uma edição cerca de 50 pessoas se reúnem em 15 barcos para promover uma limpeza coletiva às margens dos rios Preto e Candeias. A expectativa dos organizadores é de que mais de uma tonelada de lixo, em uma extensão de dez quilômetros, seja recolhida neste ano.
Relação Árvore-Rio
A relação entre as árvores e a água potável é muito forte. Uma das preocupações para evitar a escassez do líquido é a manutenção da vegetação nativa nas nascentes e margens dos rios. As bacias florestais e as zonas úmidas florestais fornecem 75% da água doce acessível do mundo. Um estudo publicado pela Fundação SOS Mata Atlântica mostrou que 76,5% dos mais de cinco quilômetros de rios que formam o Sistema Cantareira estavam sem cobertura vegetal. A ONG afirmou ainda que ao longo do Rio Tietê, a qualidade da água fica melhor nos locais com maior cobertura vegetal. Foi verificado também que nos únicos 30 pontos avaliados com boa qualidade da água na bacia hidrográfica do Tietê, a cobertura vegetal chegava, em média, a mais de 40% do território do município ou do entorno.
Quando a água da chuva cai sobre uma mata, ela percorre dois caminhos. Ou retorna para a atmosfera por evapotranspiração ou atinge o solo, por meio da folhagem ou do tronco das árvores. Uma parte pode seguir para cursos d’água ou reservatórios de superfície, alimentando assim as nascentes. Já quando ocorre o corte de árvores perto delas, não há recarga de água.
A Uzzipay que é uma spin-off do Grupo Rovema, promoverá também o plantio de mudas em parceria com outra empresa do grupo, a Sustennutri, onde as árvores vão receber placas com o nome de alguns colaboradores.
As principais funções das árvores são:
1) Contribuir para a biodiversidade;
2) Reduzir a poluição do ar;
3) Extração de flores e frutos que servem para alimentação, produção de remédios, entre outras atividades;
4) Em grandes centros, reduzem a temperatura e fornecem sombras;
5) Oferecer abrigo para outras espécies, como animais e fungos;
6 Contribuir para a beleza paisagística;
7 Melhorar a umidade do ar;
8) Evitar a erosão do solo
Sobre a UzziPay
UzziPay traz o que toda fintech oferece, mas com uma diferença: além das mais modernas funcionalidades de uma conta de pagamentos e carteira digital, como pagamentos com QR Code, acredita que é possível preservar a natureza enquanto os clientes preservam seu patrimônio.
Propõe um movimento inovador de preservação colaborativa em direção a um futuro responsável e sustentável para o dinheiro e para o Mundo. Convida as pessoas a fazerem parte do negócio abrindo suas contas e com isso, quanto mais clientes a conta UzziPay conquistar, mais árvores serão preservadas. Porque oferecer cada vez mais vantagens e facilidades é o que todos buscam. Diferente é ter a consciência de que devemos retornar à sociedade (e neste caso, também à natureza) tudo o que ela nos proporciona de bom.
UzziPay quer crescer e prosperar, e deseja que todos também cresçam e que a Amazônia também prospere.
A casca do ovo é uma fonte muito rica em cálcio, sendo que 2,7 g do pó fornecem a quantidade diária recomendada desse mineral para um adulto. Também serve como base para o desenvolvimento de produtos da indústria cosmética, suplementos alimentares, bases biocerâmicas, fertilizantes e implantes ósseos e dentários
A casca do ovo apresenta propriedades e nutrientes significativos que não devem ser desprezados ou descartados. Afinal, estamos falando de um elemento multifuncional e muito versátil, com aplicações e utilidades diversas, nas áreas da saúde, beleza, limpeza, jardinagem, mineração, decoração e arte, entre outros.
A casca do ovo de galinha, em pó, contém minerais importantes, especialmente no que diz respeito ao cálcio, mineral bastante relevante para a saúde óssea e para o sistema cardiovascular. Além do cálcio (Ca), outros minerais são encontrados em menores concentrações na casca, como o magnésio (Mg), ferro (Fe) e selênio (Se).
“A casca do ovo é utilizada como base para o desenvolvimento de produtos na indústria cosmética, suplementos alimentares, bases biocerâmicas, fertilizantes, implantes ósseos e dentários e como agente antitártaro em cremes dentais”, destaca Dra. Milena Cornacini, Nutricionista Clínica, Esportiva e Ortomolecular, Mestre e Doutora em Nutrição e Consultora Técnica da Katayama Alimentos.
Ela acrescenta que o pó da casca de ovo é uma fonte de cálcio viável e de fácil acesso, que pode contribuir na prevenção da deficiência desse mineral, em especial na redução do risco de osteoporose, em pessoas de diferentes grupos etários e extratos sociais. Cerca de 2,7 g do pó contribuem para a quantidade diária recomendada do cálcio para um adulto. Porém, é importante sempre seguir a recomendação e orientação de um especialista (nutricionista).
Higienização e obtenção da farinha
Qualquer aplicação da casca do ovo ou derivados para alimentação humana ou animal, deve estar assegurada pelos parâmetros microbiológicos dos produtos para evitar possíveis contaminações. Portanto, recomenda-se a seguinte técnica de higienização: lavagem em água corrente, imersão em solução de hipoclorito de sódio por 10 minutos e fervura em água durante 10 minutos. Após esse procedimento, o ideal é que as cascas sejam secas em estufa ou fornos a uma temperatura de 50°C para eliminar toda umidade (por 2 horas), depois trituradas em liquidificador e peneiradas. Para armazenamento, utilizar um recipiente seco e limpo, tampado e protegido do calor. O produto bem seco pode ter duração de aproximadamente quatro meses, segundo recomendação da Dra. Milena.
Nutriente para pets
Como a casca do ovo é riquíssima em cálcio, também pode ser oferecida aos pets (cães e gatos) na forma de farinha (quanto mais fina, melhor é absorvida e aproveitada). O cálcio é um mineral necessário para a saúde dos ossos e dos dentes, além de ter papel essencial na contração muscular, na coagulação sanguínea e na transmissão dos impulsos nervosos.
“No entanto, é de extrema importância consultar um especialista em nutrição de pets, como zootecnistas e veterinários antes de oferecer o ingrediente. A falta ou o excesso do cálcio podem causar danos aos animais. Por outro lado, se o animal já se alimenta com uma ração pronta, não se deve suplementar com cálcio, pois as rações já contêm as proporções adequadas”, adverte Camila Cuencas, Zootecnista e Gestora de Operações Industriais da Katayama Alimentos.
Se o interesse é o preparo da ração em casa com ingredientes naturais, o tutor deverá procurar um especialista para a formulação da ração correta a cada tipo de animal, idade, raça e características individuais.
Matéria-prima para fertilizante orgânico
A casca do ovo pode ser usada na composição de fertilizante orgânico, já que é uma fonte de nutrientes importantes como o cálcio e o magnésio. “Apesar da casca do ovo não ser utilizada em grande escala na agricultura, ela pode ser aplicada no cultivo das plantas de jardins (superfície do solo) e plantio de plantas (sulco e/ou cova). Quanto menor o tamanho das partículas da casca do ovo, mais rápido será o seu processo de decomposição, disponibilizando, assim, os nutrientes mencionados para as plantas e culturas diversas”, finaliza Rafael de Melo Sousa, Engenheiro Agrônomo e Gestor de Operações Fertilizantes da Terra Nascente Fertilizantes, uma das empresas do Grupo Katayama.
Outras dicas para o uso da casca
Há inúmeras receitas disponíveis em literatura e na Internet, testadas e aprovadas, do uso da casca do ovo em pó para facilitar os afazeres domésticos, como abrasivo para limpeza, clareador de roupas, desentupidor de pias, etc. E os benefícios não param por aí: também pode ajudar a manter a saúde e a beleza da pele, usando-a na formulação de cremes, esfoliantes e esmaltes fortalecedores de unhas. Experimente os benefícios e aproveite!
Perfil Katayama Alimentos
A Katayama Alimentos, uma das principais indústrias avícolas do País, faz parte do Grupo Katayama, com quase 80 anos de história, que também atua nos segmentos de pecuária e fertilizantes orgânicos. Com uma estrutura moderna, automatizada, habilitada para exportação, inclusive para o exigente mercado japonês, e um rigoroso sistema de biosseguridade, mantém, desde 2013, todas as aves livres de antibióticos. Produz ovos brancos, vermelhos, enriquecidos, de codorna, líquidos pasteurizados e desidratados (em pó), mantendo todos os lotes rastreáveis, além de oferecer também ovos caipiras e ovos caipiras orgânicos. A produção está concentrada em uma área de 725 hectares, localizada na cidade de Guararapes (SP), e conta com 430 colaboradores. A perspectiva da indústria avícola para 2021 é aumentar em 15% a produção anual de 1 bilhão de ovos, com a construção de dois novos aviários com capacidade para adicionar 280.000 aves ao plantel existente, de 4 milhões de aves entre recria e postura. O sistema de produção da Katayama Alimentos, um dos mais modernos da América Latina, é totalmente integrado, com tecnologia de ponta na higienização, seleção, classificação e processamento de ovos e instalações aviárias, onde é mantida de forma padronizada as condições ideais de isolamento sanitário, conforto térmico, alimentação e bem-estar das aves. A indústria possui o registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e é auditada pelo programa IFS Global Markets Food, que atesta a conformidade em relação à integridade e segurança dos alimentos processados para o varejo, além de possuir a Certificação Halal, que tem acelerado as exportações para países do Oriente Médio e Ásia. Em março deste ano, conquistou a certificação Brand Reputation through Compliance (BRCGS) – norma global que visa garantir a segurança dos alimentos e tem aprovação da GFSI (Global Food Safety Initiative), que reforça o excelente padrão de qualidade do seu sistema produtivo. O Grupo Katayama recebeu também neste ano, o Título Verde (Green Bond), para investimentos direcionados à sua planta de fertilizantes orgânicos, a Terra Nascente Fertilizantes, por sua contribuição para a conservação do meio ambiente, clima e desenvolvimento sustentável.
Vivemos num mundo digital mas onde existe cada vez mais a preocupação com o meio ambiente, a ecologia e a sustentabilidade. Várias ações individuais e corporativas estão, por isso, sendo implementadas. Compreenda o caminho da sustentabilidade num mundo digital.
Hoje, várias decisões podem contribuir para garantir um mundo mais sustentável e várias empresas estão se adaptando a essa realidade. Nos cassinos, por exemplo, se assiste à criação de máquinas com materiais reciclados ou de cassinos virtuais, como Royal Vegas, que oferecem alternativas totalmente digitais para jogos como a roleta ou o blackjack.
Esse setor é apenas um dos que exemplifica, de forma diversificada, o caminho da sustentabilidade na era digital, aplicando todos os meios para minorar o impacto ser humano no meio ambiente.
Como você sabe, acontecimentos como os incêndios na Amazônia colocaram o Brasil sob a atenção dos mídia internacionais, destacando a necessidade de proteger o meio ambiente e de criar um país (e um mundo) mais sustentável.
De fato, o caminho da sustentabilidade na era digital está sendo trilhado e é bem importante que as empresas e as pessoas adotem uma postura de responsabilidade face a essa problemática.
Conheça alguns dos aspetos do cotidiano em que todos nós podemos promover a sustentabilidade ambiental.
Setor alimentício
Vários documentários têm focado o impacto da alimentação e da produção alimentar no meio ambiente, destacando fenômenos como a destruição de floresta por conta da plantação de soja, o impacto do carbono emitido pela produção bovina ou a própria sobreprodução de alimentos (essa última aliada a uma má distribuição e a um enorme desperdício). Com isso em mente, várias empresas têm-se focado em apresentar mais alternativas biológicas, com produção menor e sem químicos.
A tendência para ser vegano e vegetariano é também parte desse processo, sendo que cada vez mais brasileiros estão adotando esse tipo de alimentação por razões ambientais e de proteção dos animais.
Comércio de roupas
O varejo e sua produção de moda também tem buscado a consciencialização das pessoas no que respeita à sustentabilidade.
Além da forte digitalização desse mercado, os próprios criadores de roupas estão baseando sua produção cada vez mais em materiais reciclados.
Outra tendência desse meio é o reuso de roupas e a venda de roupas em segunda mão.
Teletrabalho
Trabalhar em casa é uma tendência crescente, e já o era antes da pandemia. As empresas estão descobrindo que o Home Office oferece alternativas mais rentáveis, melhora a produtividade dos funcionários e evita que tantas pessoas necessitem de se deslocar, ajudando a minorar a pegada de carbono emitida pelos veículos.
Mídia e difusão de mensagens
A mídia tradicional e as redes sociais são grandes responsáveis pela transmissão de mensagens sobre ecologia e sustentabilidade.
Ao promoverem a consciência ambiental em seus públicos, esses mídia vão modificando ações do cotidiano e pressionando as empresas para serem mais sustentáveis e produzirem uma maior quantidade de produtos vegan.
Os movimentos ativistas têm, também, maior visibilidade em nossos dias, graças aos espaços digitais.
Nesta manhã de terça-feira, 17, o prefeito de Caicó, Dr. Tadeu, participou de reunião com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra e, na oportunidade, discutiu o problema do lixão de Caicó. O secretário de Recursos Hídricos, João Maria Cavalcante, também esteve presente.
A reunião foi uma solicitação do prefeito de Caicó, juntamente com a Associação dos Municípios do Seridó Oriental e Ocidental, além do deputado estadual Vivaldo Costa e a Câmara Municipal de Caicó.
“A governadora Fátima Bezerra foi muito sensível e garantiu que o Corpo de Bombeiros ficasse no local até que o fogo fosse totalmente cessado, e outro ponto importante foi a garantia por parte dela que o governo vai entregar ao Consórcio, o projeto do aterro sanitário para ser finalizado”, explicou o prefeito de Caicó.
Fátima Bezerra também deu uma garantia importante para a urgência da resolução do problema: “disse que o governo do estado dá apoio técnico para que possamos viabilizar uma nova área para os resíduos até que o aterro do Seridó seja implantado”, concluiu Dr. Tadeu.
Na próxima terça-feira, 24, haverá uma reunião na FUNASA com a finalidade de agilizar o plano de trabalho.
Nesta reunião de hoje, participaram: deputado Vivaldo Costa, prefeitos Serginho, de Serra Negra do Norte, Fernando Bezerra de Acari, Ivanildinho de Timbaúba dos Batistas, além dos vereadores de Caicó, Ivanildo do Hospital e Júlio Filho.
Há pouco mais de 30 anos, em 1988, quando a Constituição Federal foi promulgada, o Brasil obteve importante avanço em questões relacionadas à proteção da natureza, um assunto até então restrito aos mais familiarizados com o movimento ecológico e ainda distante da consciência popular. O artigo 225 colocou o meio ambiente ecologicamente equilibrado como um bem essencial à qualidade de vida e, acima de tudo, impôs ao poder público e à coletividade a obrigação de defendê-lo.
Alguns anos depois, essa compreensão seria propagada no país de maneira mais enfática com a organização da Eco-92. Representantes de 172 nações se reuniram no Rio de Janeiro para determinar o futuro sustentável do planeta. O evento foi determinante para catapultar o Brasil como uma nação de destaque dentro do processo decisório de construção de mecanismos globais de proteção da natureza.
Ao longo de três décadas, movimentos significativos puderam ser observados no fortalecimento de uma cultura ambiental no país. Desde o surgimento de importantes organizações da sociedade civil até a consolidação de órgãos e políticas públicas, passando por avanços científicos, tecnológicos e de conhecimento.
Soma-se a isso a generosidade geográfica conferida ao Brasil – o país com a mais rica biodiversidade do planeta – e estão dadas as bases de uma nação que se tornou voz importante e ativa no cenário internacional em temáticas relacionadas à sustentabilidade, à conservação de áreas naturais, à proteção da diversidade biológica, ao desenvolvimento de tecnologias verdes. Uma nação com um dos mais importantes e vitais patrimônios naturais do planeta, atraindo os olhares, o interesse, o cuidado e o alerta da comunidade global.
Esse contexto é resultado de um esforço conjunto e de um processo coconstruído por atores diversos, que já na década de 1990 indicava a necessidade de engajamento das organizações empresariais e do investimento social privado em uma causa relevante a toda sociedade brasileira.
No âmbito internacional, a cultura verde do Brasil foi abastecida por iniciativas que ajudaram a despertar a consciência popular em torno das questões ecológicas, como a Convenção sobre Diversidade Biológica (concebida na Eco-92), o Protocolo de Kyoto, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e, mais recentemente, o Acordo de Paris, que busca limitar o aquecimento global.
Todavia, considerando aonde já chegamos, os retrocessos ambientais que ainda temos e as necessidades presentes no país e no mundo, é preciso pensar onde queremos estar ao final das próximas três décadas. Temos diante de nós uma conjuntura global que começa a valorizar e priorizar o uso de conhecimentos e práticas ambientais para finalmente transpor barreiras político-econômicas.
Nunca empresas e agentes financeiros estiveram tão interessados na construção de um planeta mais verde, se rendendo às evidências de que a natureza bem conservada pode, sim, ser força geradora de desenvolvimento socioeconômico. Com a ajuda desses atores, somados à ciência, à sociedade civil e ao poder público, é possível construirmos, de maneira inequívoca, um meio ambiente ecologicamente equilibrado para uso comum do povo e essencial à qualidade de vida. É preciso, contudo, separarmos a proposta do propósito.
Atualmente, estão sendo debatidas no mundo, em inúmeras frentes, propostas de como podemos atingir os objetivos para um desenvolvimento sustentável. É cada vez mais evidente que precisamos de propostas inovadoras e que tragam soluções para problemas do cotidiano. Mudanças na matriz energética global e nos meios de transporte lideram as ações dos governos. A produção de alimento e o uso responsável da terra estão na lista das grandes preocupações.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a população do planeta chegue a 8,5 bilhões de pessoas em 2050 e a 9,7 bilhões em 2100. O avanço populacional nas grandes metrópoles, se não controlado, causará forte pressão sobre os ecossistemas marinhos e terrestres, colocando em risco os bens mais preciosos para a vida na Terra: o oceano, a água, as áreas de vegetação nativa e a biodiversidade.
Aplicar soluções baseadas na natureza, mudar hábitos de consumo, expandir a educação ambiental, aumentar a infraestrutura natural das cidades, criar novas áreas protegidas, desenvolver tecnologias não poluentes, investir em estruturas logísticas de reciclagem e descarte de materiais e ampliar redes de coleta e tratamento de esgoto são alguns dos fatores que devem ser levados em conta na formulação de propostas – que, como tem sido historicamente, são moldadas por interesses políticos, econômicos e sociais.
No entanto, o que não se pode mudar é o propósito. A visão de um mundo mais sustentável tem de ser parte integrante da nossa construção coletiva, de maneira a posicionarmos o Brasil, mais uma vez, na vanguarda da defesa ambiental, criando aqui uma cultura vulcânica de apreço aos nossos ambientes naturais e à nossa diversidade biológica. Esse é o propósito que lutamos para que todos abracem.
*Malu Nunes é diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).
Projeto ainda tramita na Câmara dos Deputados e é favorável à proteção do meio ambiente
Tramita na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 702/2021 que altera a Lei no. 6.938/81, que responsabiliza instituições financeiras, bancárias ou de crédito, públicas ou privadas, por danos ambientais causados por obras ou empreendimentos potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos ambientais financiados por elas.
Proposta pelo deputado Carlos Bezerra (MDB-MT), o PL prevê que referidas instituições terão que adotar medidas como a análise prévia da adequação da obra, empreendimento ou atividade às normas ambientais vigentes, além do monitoramento periódico da atividade financiada e de processos judiciais, inquérito civis, ações civis e termos de ajuste de conduta em material ambiental.
De acordo com Claudia Teixeira Veiga, advogada e especialista do Núcleo de Direito Ambiental do Nelson Wilians Advogados, filial de Curitiba, a responsabilidade civil em matéria ambiental às instituições financeiras, atualmente, é objetiva e solidária. Se o projeto de lei for aprovado, significa que a responsabilidade civil ambiental das instituições financeiras passará a ser subjetiva, ou seja, será necessário a comprovação de culpa das instituições de crédito pelos danos causados. “De maneira simples, as instituições financeiras de créditos não serão consideradas poluidoras, desde que comprovem ter cumprido plenamente seu dever de diligencia ambiental em relação aos projetos, obras, empreendimentos e atividades que financiam ou fomentem, conforme tratado na Lei”, explica.
Atualmente, o segmento industrial é o que mais depende de recursos naturais, juntamente com frigoríficos, agricultura e mineração, e respondem por grande parte dos danos causados ao meio ambiente, já que alguns processos são altamente poluentes em virtude dos compostos utilizados durante os processos industriais ou das reações químicas que os integram, como o uso de agrotóxicos no cultivo de alimentos e a fabricação de produtos químicos de base desenvolvidos pela emissão de resíduos tóxicos.
Projeto de Lei é favorável à questões ambientais
Na opinião de Claudia Teixeira Veiga, do Nelson Wilians Advogados, o projeto de lei é favorável ao meio ambiente. Atualmente, a responsabilidade civil ambiental objetiva imputada às instituições financeiras de crédito, pelos projetos por elas financiadas e que envolvem riscos ambientais, traz um certo desequilíbrio de incentivos, até mesmo para a proteção ambiental, uma vez que, desestimula o desenvolvimento econômico, em sintonia com os princípios do desenvolvimento sustentável e da ordem econômica, inscritos nos artigos 170 e 192 da Constituição Federal, como bem justificado no Projeto de Lei.
“Precisamos nos conscientizar que assim como o Governo e suas entidades, nós empresários e cidadãos comuns, temos o dever de comum não apenas de zelar pela proteção do meio ambiente, mas também de produzir economicamente, condições estritamente ligadas a qualidade de vida”, pontua a advogada.
Quais as principais penalidades para as instituições financeiras que descumprirem a lei?
Realizar empréstimos para empresas que possam causar danos ambientais, sem as devidas diligências de forma preventiva, podem ocasionar graves sanções. No âmbito civil, as principais penalidades para as instituições financeiras pelos danos ambientais decorrentes de projetos de empresas financiadas por elas são a indenização, compensação e/ou a reparação dos danos. Além da responsabilidade Civil, as instituições financiadoras também podem ser acionadas criminalmente pelo dano ambiental causado.
Os conflitos relacionados a matéria ambiental geralmente envolvem discussões de alta complexidade, precisando o profissional que atua na área, não raro, se socorrer não só de outras matérias do direito que complementam, mas também de outras profissionais das ciências naturais, como o engenheiro florestal, geólogo, biólogo, entre outros. Por isso, “a contratação de uma consultoria especializada, é indispensável, tanto para a elaboração dos contratos de financiamentos dos projetos de empresas que exercem atividades de alto potencial poluidor e com graves riscos ao meio ambiente, como na análise prévia do cumprimento das diligências obrigacionais da financiadora, minimizando desta forma os riscos de ocorrência de danos ao meio ambiente e a responsabilização civil e criminal das instituições financeiras e das empresas”, complementa Claudia Teixeira, advogada do Nelson Wilians Advogados.
Sobre o Nelson Wilians Advogados
O Nelson Wilians Advogados é o maior escritório full service da América Latina, com filiais em todos os estados do país e representação em diversos países da América Latina, Europa e Ásia. Com cerca de 12 mil clientes e 500 mil processos ativos em sua carteira, o NWADV é a principal referência no país na área jurídica. Mais informações, acesse www.nwadv.com.br.
Com belas copas, como a dos ipês rosas da foto, registrada no Downtown, na Barra da Tijuca, a Fundação Parques e Jardins aumentou para 70 o número de imagens incluídas no Roteiro dos Ipês.
O guia celebra a época de floração desta árvore, que é símbolo do inverno carioca, em suas variações de cores como rosa, roxo, branco e amarelo.
O roteiro, que tinha 40 imagens, ganhou mais 30 fotos, clicadas por moradores e visitantes do Rio de Janeiro e enviadas ao órgão municipal, que pretende fechar sua lista com 100 ipês registrados por toda a cidade, ainda nesta semana.
Quem vir um ipê que ainda não esteja no roteiro, e quiser incluí-lo, deve fotografá-lo e enviar a imagem por mensagem direta ou postá-la nos comentários do canal oficial da Fundação Parques e Jardins no Instagram (https://www.instagram.com/fpjoficial). É nele que a fundação está postando as imagens das árvores, em fotos individuais e sequências de vídeo.
Outro destaque na atualização do Roteiro dos Ipês foi Campo Grande. O bairro da Zona Oeste, que já tinha ipês fotografados nas ruas Itaúnas, André Gonçalves e União da Vitória, ganhou mais seis imagens dentro do roteiro, nas ruas Pardal, Poatã, Aldair Criciúma e Macedo Coimbra e nas estradas da Posse e da Caroba.
Outros locais de ipês que entraram na atualização:
Zona Sul
Rua Dois de Dezembro (Flamengo)
Rua Correa Dutra (Catete)
Zona Norte
Recanto do Trovador (Vila Isabel)
Rua Andrade Neves (Tijuca)
Rua Dona Maria (Vila Isabel)
Rua Marquês de Queluz (Irajá)
Rua Valter Seder (Vista Alegre)
Zona Oeste
Rua do Império (Santa Cruz)
Praça Quincas Borba (Sulacap)
Estrada Rodrigues Caldas (Taquara)
Bosque da Freguesia
Alguns pontos da primeira lista do Roteiro dos Ipês:
Monumento aos Pracinhas (Aterro), Parque dos Patins (Lagoa), Praça David Ben Gurion (Laranjeiras), Rua Orsina da Fonseca (Gávea), Bio Parque (Quinta da Boa Vista), Estacionamento da Uerj (Maracanã), Praça Copérnico (Pavuna)
Projeto Eyes on Plastic, financiado pela Agência Espacial Europeia (ESA),une sensoriamento remoto ao desenvolvimento de software para rastrear poluição aquática
Poluição dos oceanos é um dos maiores desafios ambientais da atualidade e pode ter se intensificado com a pandemia
Recuperar ecossistemas é a mensagem principal deste Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), evento anual da Organização das Nações Unidas (ONU). A poluição dos oceanos é um dos maiores desafios ambientais da atualidade e pode ter se intensificado com a pandemia. Só no Brasil, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) registrou um aumento de quase 30% na coleta de materiais recicláveis durante esse período.
Para atuar na recuperação dos ecossistemas aquáticos, está sendo desenvolvido o projeto Eyes on Plastic, financiado pela Agência Espacial Europeia (ESA) e desenvolvido em parceria entre o Lactec, centro de referência em inovação e pesquisas tecnológicas; a empresa alemã Eomap, especializada em sensoriamento remoto para serviços ambientais e o instituto Fraunhofer-Gesellschaft, líder em computação visual na Europa.
A tecnologia em desenvolvimento, que inova no uso de inteligência geoespacial, fará uso de câmeras e imagens de satélites, alimentadas em um software cujos algoritmos vão calcular onde estão as partículas poluentes, em que quantidade e para onde vão com a movimentação das correntes de água.
O software vai utilizar uma tecnologia que permite monitorar a quantidade, localização e distribuição de poluentes plásticos em ambientes aquáticos. De acordo com a gerente da área de Meio Ambiente do Lactec, Rosana Gibertoni, o combate a esse problema é urgente. “Pesquisas científicas apontam que mais de 200 milhões de toneladas de plástico estariam flutuando apenas no Oceano Atlântico, mas ainda são poucos os estudos que exploram e atuam sobre o assunto. Isso dificulta que governos e corporações possam propor alternativas ou legislações eficazes para conter a poluição e restaurar a saúde dos oceanos”, afirma.
Tecnologia a favor da Baía de Guanabara
O local escolhido pelas empresas para o projeto foi a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. A baía é uma das áreas mais poluídas por microplásticos do planeta, conforme apontou uma pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Os microplásticos são resultantes da fragmentação de plásticos maiores, como os de embalagens descartadas na água, ou então presentes em produtos cosméticos usados pelos banhistas.
A primeira etapa do projeto ocorre em junho. Com base nas ideias de economia circular, a equipe do Lactec vai realizar um estudo de viabilidade econômica da possibilidade da venda dos produtos de monitoramento das plumas de plásticos para as instituições locais, além de possíveis projetos sociais envolvendo a comunidade local.
Segundo Rosana Gibertoni, a iniciativa promete avanços na produção de dados sobre o problema. “O uso desses sensores possibilita acompanhar a evolução da situação com o tempo e produzir avaliações ambientais com precisão e efetividade ímpares, assim como aconteceu no monitoramento em Mariana, Minas Gerais”.
As duas empresas já trabalharam em conjunto antes, investigando os danos ambientais decorrentes do rompimento da barragem de rejeitos de minério na cidade de Mariana (MG) em 2015. Os resultados compõem o Diagnóstico Socioambiental do Rio Doce, que fornece subsídio ao Ministério Público Federal (MPF) para definir os termos para as ações civis públicas em andamento no âmbito do caso.
Para o CEO da Eomap, Thomas Heege, a parceria no desenvolvimento deste novo projeto pode preencher uma grande lacuna no desenvolvimento de soluções para este tipo de dano ambiental: “Contar com abordagens eficientes de monitoramento da contaminação de plásticos nas águas é um desafio para todas as tecnologias de medição hoje em dia. A minha esperança é que possamos contribuir com ambos os lados deste quebra-cabeça; os sistemas de sensores adequados e o impulsionamento de novas diretrizes economicamente viáveis para mapear e reduzir a pegada ecológica da humanidade”, conclui.
Dia Mundial do Meio Ambiente
Neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas (ONU) inaugura a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas, para apoiar a ampliação de ações de recuperação de ambientes terrestres, costeiros e marinhos.
A data é um evento anual da ONU para promover a consciência sobre a necessidade de proteger o planeta e preservar a natureza. Desde que foi instituída, em 1974, tornou-se uma ocasião para discutir a preservação ambiental em mais de 100 países.
Sobre o Lactec – é uma empresa privada que atua fortemente no mercado de inovação, abrangendo todas as áreas da pesquisa, ciência, meio ambiente e tecnologia para atender com alto desempenho às demandas fundamentais dos diversos setores produtivos da economia brasileira. Com três áreas de negócios principais, atua em todo o ciclo de inovação, desde P&D, ensaios e análises qualificadas até a execução de processos complexos para o setor de infraestrutura.
Sobre a Eomap – com suas raízes na pesquisa, a Eomap é uma empresa privada, fundada a partir do Centro Aeroespacial Alemão, que atualmente lidera, em nível mundial, os serviços de mapeamento e monitoramento digital para ambientes aquáticos, usando análise de imagens de satélite. Entre os projetos realizados pela Eomap, está o primeiro mapeamento de alta resolução dos parâmetros de qualidade da água do mundo, desenvolvido para a Unesco. As soluções da Eomap são baseadas em software proprietário, que inclui algoritmos precisos baseados em física, que geram valor a partir de dados de diversos satélites que orbitam a Terra.
A preocupação com o meio ambiente e as buscas por formas mais sustentáveis de praticar as atividades do dia a dia é uma preocupação constante de ambientalistas, mas nem sempre a população sabe como agir. Segundo pesquisa realizada no final de 2020 pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, em parceria com o Programa de Comunicação de Mudanças Climáticas da Universidade de Yale, proteger o meio ambiente é prioridade para 77% dos brasileiros. Porém, algumas discussões sobre o tema ainda estão presas a conceitos sem fundamentos, assim, confundindo as pessoas sobre o que realmente é eficaz nessa luta.
Pensando nisso, o professor do Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (PGAMB-UP), Alysson Nunes Diógenes, levantou alguns tópicos mais polêmicos para esclarecer os mitos e verdades sobre eles.
É fácil ter uma vida sustentável
Mito. Alysson aponta que, infelizmente, isso não é verdade. “Para ser sustentável, é preciso mudar por completo o modo de viver. Uma única atitude sustentável dificilmente é o suficiente para alcançar alguma real mudança no planeta. É preciso redefinir todos os padrões, buscando soluções que possam acabar com os impactos ambientais negativos causados pelo estilo de vida de cada um. Entretanto, mesmo que aos poucos, é importante dar início ao processo; assim, as chances das mudanças tornarem-se contínuas são maiores”, enfatiza.
Ser sustentável custa caro para as empresas
Mito. O professor explica que a implantação de medidas sustentáveis pode gerar custos iniciais, mas que o retorno financeiro após a execução é considerável. “Cabe, ainda, ressaltar que atitudes sustentáveis trazem benefícios à reputação da empresa, gerando mais rentabilidade a longo prazo também”, opina.
Alguns plásticos podem ser considerados sustentáveis
Verdade. O professor esclarece que um dos itens que define se o produto é ou não sustentável é sua durabilidade. “Um produto de plástico que seja reciclável e dure por anos, é sustentável, por exemplo”, ressalta.
Qualquer tipo de água pode ser reutilizada
Mito. Alysson ressalta que, embora o reaproveitamento seja muito importante, infelizmente nem toda água serve para todos os usos. “A água da chuva, por exemplo, apesar de ser excelente para a limpeza de áreas externas, não é potável por conta da existência de substâncias contaminantes na atmosfera, como ácidos, fuligem e bactérias, os quais podem causar danos à saúde a médio ou longo prazo. E um dos nossos maiores problemas futuros é a escassez de água para consumo humano”, explica.
Deixar de comer carne ajuda o meio ambiente
Mito parcial. “O problema da ‘Segunda sem Carne’ é que a proteína de soja é mais prejudicial ao meio ambiente que o gado, pois passa por um processo industrial que consome uma grande quantidade de energia, o que, nesse momento de crise hídrica e energética, significa mais carvão e gás natural queimados nas usinas termelétricas. Levando em conta que o ser humano precisa de proteína animal, creio que não seja um bom caminho. Uma forma melhor deve ser o da diversidade alimentar, que implica em comer vários alimentos, inclusive a soja”, justifica.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo é referência em ensino superior entre as IES do estado do Paraná e uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta, mais de 400 mil m² de área verde no câmpus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A instituição conta com três unidades em Curitiba (PR), uma em Londrina (PR), uma em Ponta Grossa (PR) e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de Graduação, centenas de programas de especialização e MBA, sete programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam mais de 3.500m². Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações emup.edu.br/
Educadora dá dicas de como estimular crianças e jovens a pensarem na natureza, mesmo dentro de casa
O noticiário sobre meio ambiente reduziu de forma significativa durante a pandemia para dar espaço a informações sobre aumento dos casos de contaminação, número de mortes, vacinação e outras questões ligadas à pandemia. Somado ao isolamento social, quando o contato com a natureza foi substituído por meses inteiros dentro de casa, é normal que a preocupação com o planeta tenha ficado esquecida em tempos de reclusão. É o que mostra uma pesquisa do Instituto Ipsos, realizada com 16 mil entrevistados de 16 países, em 2020. Segundo o estudo, embora 85% defendam que o governo deve priorizar a preservação do meio ambiente na retomada pós-pandemia, 41% dos ouvidos no Brasil admitem que o tema da proteção ambiental não está na sua própria lista de prioridades.
A educação exerce papel fundamental sobre a formação de um cidadão consciente e esse trabalho não pode parar, mesmo em tempo de pandemia. Seja na escola ou em casa, crianças e adolescentes podem aprender conceitos sustentáveis e colocar em prática atitudes ecologicamente corretas. Os pais podem ajudar os filhos a enxergar o que deve ser feito. Lixo doméstico, consumo consciente e energia elétrica são temas possíveis de serem abordados pelos pais durante uma conversa.
De acordo com Samantha Suyanni dos Santos Fechio, assessora de Conhecimento de Ciências e Biologia do Sistema Positivo de Ensino, a vida moderna trouxe inúmeras comodidades para os setores industrial e comercial, assim como para os ambientes domésticos. “O problema é que todo esse conforto gera uma produção cada vez maior de lixo, que na sua grande maioria acaba em lixões ou aterros, isso quando não é descartado de forma incorreta e acaba chegando nos rios e mares. Para mudar essa situação, nós podemos começar a modificar nossos hábitos de consumo. Reduzir, reusar, reciclar são termos que devem sair do campo do discurso para a prática”, alerta a educadora.
Aqui estão algumas dicas que podem começar a ser adotadas no dia a dia das famílias e que pais podem passar para os filhos:
– utilização de sacolas retornáveis para as compras do mercado;
– redução do consumo de papel – imprimindo apenas aquilo que for indispensável – e também de plástico;
– dar preferência a produtos e empresas que façam uma gestão adequada de resíduos;
– fazer a separação correta para que a maior quantidade possível de lixo produzido possa, de fato, ser reciclado.
Tudo isso vai ao encontro de um conceito que, em outros países, já está amplamente incorporado à sociedade: a economia circular. Em uma economia circular, a atividade econômica constrói e reconstrói a saúde geral do sistema por meio de estratégias de redução, reutilização, recuperação e reciclagem do que é produzido e da energia gerada. Trata-se de um trabalho efetivo em todas as escalas, nos grandes e pequenos negócios, atividades globais ou locais. Para Samantha, a ideia parece distante, mas os pais, em casa, podem mostrar para seus filhos como se comportar a fim de colocar em prática esse conceito. “Com relação à economia circular, alguns gestos e ensinamentos podem ser incorporados ao hábito e ao cotidiano de pais e filhos.”
São eles:
– criar composteiras nos jardins públicos para os moradores destinarem o lixo orgânico;
– dizer não aos canudos de plástico;
– optar por comprar produtos a granel nos mercados, evitando assim que embalagens desnecessárias gerem ainda mais lixo;
– preferir o transporte por meio de bicicletas e patinetes – não poluentes;
– modificar a forma de consumo, dando preferência a produtos usados e artesanais;
– preferir marcas que aproveitam as sobras de tecido e não incineram;
– destinar corretamente o lixo eletrônico às empresas que providenciam o reaproveitamento adequado.
O uso da energia elétrica é outro tema bastante importante para ser tratado com crianças e jovens, já que o consumo consciente pode diminuir os impactos sofridos pela natureza devido à geração de energia. Segundo a educadora, os impactos ambientais para a geração de energia elétrica seriam bem menores se cada cidadão passasse a economizar, em média, 15% de toda energia consumida em sua residência. “Muitas vezes, o assunto é motivo de conflito em família porque crianças e jovens não se dão conta da importância, por exemplo, de apagar sempre a luz quando deixa um ambiente ou desligar a TV quando não está assistindo. Pode-se começar orientando os filhos a evitar abrir a porta da geladeira com frequência e sem necessidade, porque a porta aberta faz o ar interno aumentar a temperatura, de forma que a geladeira precisa refrigerá-lo novamente, usando assim mais energia”, ressalta.
O ar-condicionado e o aquecedor são outros aparelhos que merecem atenção: eles consomem muita energia e seu uso deve ser moderado. A recomendação é que os filhos aprendam a programar os equipamentos para que desliguem automaticamente durante a madrugada. O tempo dos banhos é outra dica valiosa. O chuveiro elétrico é um dos aparelhos que mais aumenta a conta de energia. Deve-se orientar desde cedo crianças e jovens para que não se estendam no chuveiro mais que o tempo necessário, mostrando que dessa forma economizam energia elétrica e água.
Samantha acrescenta ainda que práticas que envolvem aspectos da educação ambiental são importantes porque, além de estimular o conhecimento e as boas atitudes, mobilizam o desenvolvimento de competências e habilidades, que é o foco da Base Nacional Comum Curricular. “Ao promover reflexões a respeito do meio ambiente, além do pensamento científico, crítico e criativo, a competência da responsabilidade e cidadania amplia a consciência ambiental dos estudantes de maneira que se sintam estimulados a mudar as suas atitudes a fim de amenizar ou até mesmo reduzir os impactos provocados pela ação antrópica”, destaca.
Trabalhar essas formas de pensar junto a crianças e jovens é garantir o futuro do planeta. E, enquanto a pandemia não termina, os pais podem ser – em casa – os agentes dessa transformação.
Sobre o Sistema Positivo de Ensino
É o maior sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversos componentes, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltados à educação.