Durante audiência pública, nesta segunda-feira (17), em Brasília, o médico potiguar e 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Jeancarlo Cavalcante, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um dado temível: a quantidade de faculdades de medicina no Brasil mais que dobrou desde 2010, passando de 181 para 376, o que significa dizer que foram criadas mais escolas médicas em 12 anos (191) do que em todo o século passado. A audiência aconteceu para discutir a exigência de chamamento público antes da autorização para funcionamento de novos cursos de Medicina.
“Temos a responsabilidade de entregar à sociedade médicos bem formados e não conseguiremos isso com essa proliferação indiscriminada de escolas médicas”, Jeancarlo Cavalcante. Em seu pronunciamento, ele destacou que, entre os efeitos do boom de escolas na última década, está a queda na qualidade da formação médica e o aumento da disparidade da densidade médica entre as Regiões e as cidades.
De acordo com o vice-presidente do CFM, mais de 200 escolas recém-criadas estão localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. “Mais de 80% dessas escolas não atenderiam os requisitos mínimos estabelecidos no artigo 3º da Lei 12.871/13 (Mais Médicos)”, destacou. Mais de cem pedidos liminares pedem a abertura de novas escolas médicas à margem dos preceitos legais.
Os médicos da região Oeste do Rio Grande do Norte poderão se cadastrar gratuitamente no certificado digital do CFM, através da ação promovida pelo CREMERN na próxima sexta-feira (05) e sábado (06), em Mossoró. Um estande estará funcionando na sexta-feira, das 8h às 21h, e no sábado das 8h às 12h, no Hotel Termas, durante a Jornada Norte-rio-grandense de Anestesiologia.
O Certificado Digital do CFM poderá ser emitido para todos os médicos adimplentes no sistema conselhal. A ferramenta é imprescindível para facilitar as atividades médicas, como: prescrever medicamentos, atestados médicos, solicitar exames, entre outros.
Anteriormente, o médico emitia o documento de identificação profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM) e para ser reconhecido no mundo virtual deveria procurar uma autoridade certificadora para fazer a coleta dos dados biométricos e biográficos. Agora, assim que for feita a captura da biometria no CRM, os dados são encaminhados para o PSC (Prestador de Serviço de Confiança), que realizará a validação. A partir de então, o médico já consegue emitir seu certificado digital em nuvem. Com isso, ganha tempo e reduz custos com deslocamento e atendimentos.
Com o Certificado Digital do CFM, os médicos poderão assinar digitalmente documentos médicos, agilizar os procedimentos de consulta e usar a assinatura digital na prescrição de exames e receituários – inclusive de controle especial. O certificado também poderá ser usado na assinatura de outros documentos, como procurações e contratos, e na relação com a Receita Federal e outros órgãos governamentais. Tudo isso com a garantia de autoria, integridade e autenticidade do documento, de maneira ágil e sem a necessidade de impressão em papel.
O Certificado Digital do CFM tem validade de um ano e pode ser renovado gratuitamente por mais quatro vezes, totalizando 5 anos sem nenhum custo adicional para o médico. O próximo passo será a facilitação para o prontuário eletrônico, que em breve fará também parte do Certificado Digital.
O livro reúne os maiores especialistas de todo o mundo na área de Imunologia da Reprodução
Formando uma parceria de sucesso, Dr. Marcelo Cavalcante, médico cearense especialista em reprodução humana, e Dr. Ricardo Barini, integrante do departamento de Obstetrícia e Ginecologia na Universidade de Campinas em São Paulo, contribuíram com um capítulo sobre Trombofilias e Falhas Recorrentes de Implantação no livro “Immunology of Recurrent Pregnancy Loss and Implantation Failure”, obra organizada pela Dra. Joanne Kwak-Kim da Chicago Medical School at Rosalind Franklin University of Medicine and Science (Chicago, EUA) e publicada recentemente pela Editora Elsevier em meios impresso e digital.
Os maiores especialistas na área de imunologia da reprodução de todo o mundo abordaram na publicação temas como infertilidade sem causa aparente, falhas recorrentes de implantação embrionária em ciclos de fertilização in vitro, aborto recorrente e complicações gestacionais de doenças autoimunes.
Em 27 capítulos, divididos em cinco seções, o livro apresenta atualização em tópicos de imunologia reprodutiva e fornece diretrizes para diagnóstico e tratamento de alterações imunológicas relacionadas à gestação.
Os doutores Marcelo Cavalcante, Ricardo Barini e Joanne Kwak-Kim trabalham em parceria há mais de 20 anos, com várias publicações internacionais em colaboração.
No ano de 1953, os cientistas James Watson, Francis Crick, Maurice Wilkins, Rosalind Franklin e outros colegas publicaram artigos na revista Nature com o objetivo de desvendar a estrutura da molécula de DNA. A descoberta foi especificamente no dia 25 de abril, e desde então a data é lembrada mundialmente como o Dia do DNA. Neste ano, um dos principais marcos para a ciência e medicina completa 69 anos.
Por coincidência, ou não, recentemente cientistas conseguiram sequenciar de forma completa o DNA humano por meio do Projeto Genoma Humano, iniciado na década de 90. Em 2003, o programa já tinha conseguido sequenciar 92% do genoma humano e neste ano chegou-se aos 100%. Com o sequenciamento completo é esperado revelar caminhos para novos conhecimentos sobre a saúde, o que torna a espécie humana única. Os 8% que faltavam agora ajudaram a entender mais ainda sobre o funcionamento do genoma, doenças genéticas e a diversidade humana. É como se estivéssemos vendo o genoma com um novo par de óculos, conseguimos agora ter uma visão do cenário todo, de todas as variações do DNA.
É importante mencionar que antes da publicação de Watson e Crick, em 1953, houveram vários outros pesquisadores que contribuíram para elucidação da estrutura da Molécula, em 1944 três pesquisadores publicaram pesquisas que demonstravam que as informações genéticas de um ser vivo estão reunidas no DNA.
Mas a data de 25 de abril de 1953 é significativa pois representa a abertura de uma grande janela na pesquisa científica com o fornecimento das bases para a Genética Molecular, Biologia Molecular e Biotecnologia. Estas áreas estão em constante crescimento e contribuem com diferentes setores, tais como saúde, bem-estar e longevidade em humanos, agricultura, pecuária e muitas outras.
O DNA é formado por nucleotídeos compostos por bases nitrogenadas, que são representadas pelas letas: A, C, G e T (respectivamente adenina, citosina, guanina e timina). Quando analisamos a estrutura da molécula do DNA, existem surpresas muito interessantes. Por exemplo, dentro do núcleo da maioria de nossas células são diplóides, onde o DNA está organizado em 23 pares de cromossomos.
No núcleo de cada uma de nossas células diplóides temos o DNA formado por 6 bilhões de pares de bases, e cada par de bases tem cerca de 0,34 nanômetros de comprimento (um nanômetro é um bilionésimo de um metro), cada célula diplóide contém cerca de 2 metros de DNA, segundo o artigo publicado pela Nature Education, DNA Packaging: Nucleosomes and Chromatin.
O corpo humano contém aproximadamente 50 trilhões de células – o equivalente a 100 trilhões de metros de DNA em cada corpo humano. Isso significa que cada um de nós tem DNA suficiente para ir daqui até o Sol e voltar mais de 300 vezes, ou ao redor do equador da Terra por 2,5 milhões de vezes. Mas, por que estes dados técnicos são importantes, afinal? Porquê as informações para constituir e regular as funções de todas as células estão em nosso DNA.
O Projeto Genoma Humano proporcionou um grande avanço no entendimento de como o código genético influencia nossas vidas. Por conta desta conquista, hoje sabemos que a alteração de apenas uma, entre as 6 bilhões de bases de um genoma, podem tornar uma pessoa imune ao HIV ou até mesmo aumentar a possibilidade de doenças como o câncer de mama, por exemplo.
Hoje existem inúmeros testes genéticos diagnósticos com função preditiva, que conseguem identificar a possibilidade de uma doença se manifestar, de acordo com predisposições encontradas no DNA do paciente. Isso permite que ele tenha a chance de se prevenir antes mesmo dos primeiros sintomas surgirem. Um destes exames identifica mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que podem trazer tumores nos ovários e mama. Uma vez que mais pessoas conseguem prevenir o surgimento de doenças genéticas, os sistemas de saúde conseguem otimizar seu trabalho.
Portanto, a medicina genômica irá transformar o sistema de saúde e a economia com maior precisão na identificação de riscos, medidas preventivas e monitoramento mais eficazes, reduzindo custos para o indivíduo e para o setor médico, evitando reações adversas e tratamentos desnecessários.
*Euclides Matheucci Jr. é co-fundador e diretor científico da empresa de biotecnologia DNA Consult, além de professor e orientador no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia na Universidade Federal de São Carlos. Euclides também é criador do teste #SalvaVidasCovid que contribui com a testagem que utiliza a autocoleta por meio da saliva
Chocolate 100% cacau é menos acessível, porém é o mais saudável, pois quanto mais cacau, maior o benefício da ingestão do chocolate.
Chocolate branco, meio amargo, ao leite, diet, existem uma infinidade de tipos de chocolate no mercado, mas é fundamental saber escolher o melhor para o consumo, ainda mais se a pessoa já sofre com algum problema de saúde, que pode ser agravado com a ingestão de grande quantidade de açúcar. Para facilitar a escolha, sobretudo nesse período de Páscoa, o cardiologista e especialista em marca-passo Dr. Roberto Yano, explica as características de alguns dos doces e orienta sobre o tipo ideal para cada pessoa.
Segundo Yano, quanto mais cacau tiver na mistura do chocolate, mais puro ele será e conterá menos gordura e açúcar. “O cacau tem substâncias que são precursoras do triptofano e da serotonina, neurotransmissores que regulam o nosso humor, sono e apetite. Ele é rico em ferro, em substâncias antioxidantes, e por isso entra na lista dos anti-inflamatórios naturais”, explicou o Dr. Roberto.
No entanto, isso não quer dizer que a ingestão do chocolate só traz vantagens. O médico destaca que é preciso observar a quantidade a ser consumida, pois se for em excesso não trará benefícios.
“O chocolate ao leite, por exemplo, tem em torno de 25% de cacau, o restante é açúcar e gordura. O açúcar é um alimento pró-inflamatório, ou seja, além de causar inflamações, pode ocasionar picos de insulina, aumentar os triglicerídeos e o colesterol ruim. O ideal é consumir o chocolate ao leite poucas vezes, ou escolher outro tipo com uma porcentagem maior de cacau, como chocolate meio amargo ou o amargo”, esclareceu Yano.
Quando o chocolate é diet significa que ele não possui determinado ingrediente, como açúcar ou gordura. Alguns podem ter adoçante, por isso é importante sempre ler o rótulo. “As pessoas que são diabéticas, devem consumir apenas o chocolate diet, 70% cacau ou zero açúcar, ao invés do chocolate ao leite ou chocolate branco, pois estes últimos possuem muito açúcar. Mas é importante ressaltar, que nem sempre o chocolate diet tem menos calorias”, alertou.
O chocolate 40% cacau é facilmente encontrado no comércio. No Brasil é chamado de meio amargo, chocolates que têm entre 40 e 65% de cacau. “Esse tipo de chocolate pode ter menos açúcar, mesmo assim possuir na mistura gordura hidrogenada que não faz bem para o organismo”, afirmou Yano.
Existe ainda o chocolate 100% cacau, ele é menos acessível, porém é o mais saudável, pois quanto mais cacau, maior o benefício da ingestão do chocolate.
Sobre Dr. Roberto Yano
Dr. Roberto Yano é médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB.
Atualmente suas redes sociais, que traz a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 1,5 milhão engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram.
O principal objetivo do profissional é divulgar informações valiosas aos seguidores, sempre visando os preceitos do código de ética médica.
Conheça projetos que estão utilizando a tecnologia para reduzir riscos de fraturas, melhorar a precisão cirúrgica e até criar um rim artificial
Considerada a solução que promoveu a digitalização da engenharia, a simulação computacional é uma tecnologia que ajuda na resolução de problemas complexos. Presente em diversos setores, contribuindo com sustentabilidade, segurança, indústrias e educação, a simulação ainda tem muito para beneficiar a humanidade. É o que está acontecendo em projetos na área da saúde que utilizam a tecnologia ao redor do mundo. Um exemplo é a redução no risco de fratura em pacientes com osteoporose, na Itália.
“As empresas farmacêuticas têm um problema quando se trata de desenvolver medicamentos para ajudar a reduzir o número de fraturas ósseas decorrentes da osteoporose, uma doença que enfraquece os ossos de milhões de mulheres, principalmente idosas”, afirma Marco Viceconti, professor de Engenharia Industrial na Universidade de Bolonha.
Na Universidade de Bolonha (UNIBO), pesquisadores biomecânicos do Departamento de Engenharia Industrial têm trabalhado em estreita colaboração com o Laboratório de Tecnologia Médica do Hospital Rizzoli, a principal unidade hospitalar ortopédica da Itália. Eles estão explorando as complexidades da biofísica associada à osteoporose e quedas. Esses especialistas explicam que, fundamentalmente, quando um indivíduo cai, os ossos são submetidos a uma força física. Diferentes tipos de quedas resultarão em diferentes tipos e direções dessa força, que podem ou não resultar em fratura. Com o tempo, porém, a osteoporose mudará a arquitetura, distribuição de mineral e densidade do osso, diminuindo a resistência e aumentando o risco de uma queda resultar em fratura.
Assim, a questão se uma queda levará a uma fratura em um determinado momento é um desafio de engenharia. Com o uso de softwares de simulação computacional da Ansys em diferentes processos, o que poderia ter levado 200 anos se executado em série levou menos de duas semanas. Os pesquisadores da UNIBO estão no caminho certo para criar uma oportunidade para verdadeiros ensaios clínicos cujo objetivo é a redução de fraturas em pacientes com osteoporose.
Cirurgias e simulação computacional
Milhares de pessoas morrem anualmente por aneurismas da aorta – protuberâncias causadas por fraquezas nas aortas, a grande artéria que envia sangue do coração através do sistema vascular. Se um aneurisma não for detectado, a aorta pode eventualmente rasgar ou romper.
Quando um aneurisma é detectado antes de se romper, os cirurgiões torácicos podem intervir reparando a aorta e eliminando o aneurisma. No entanto, a cirurgia de reparo vem com riscos. Uma técnica mais nova e menos invasiva, o reparo endovascular de aneurisma (EVAR), tem uma taxa de mortalidade muito menor. O maior desafio desse procedimento é que os cirurgiões estão operando sem uma compreensão detalhada de cada paciente. A simulação ajuda fornecendo uma visão clara e específica.
“Ao usar imagens disponíveis, como tomografias e outros dados clínicos para gerar modelos virtuais 3D do sistema vascular, os cirurgiões podem ‘praticar’ seus procedimentos, usando a geometria específica do paciente real”, explica o professor Jean-Philippe Verhoye, um dos principais defensores globais do uso de simulações biomédicas dos sistemas vasculares.
Para o especialista, não há futuro sem simulação. “Acredito que em 10 ou 15 anos a modelagem pré-cirúrgica se tornará um procedimento padrão”, prevê Verhoye. “Mas teremos que passar por testes clínicos massivos antes que as aprovações regulatórias e de companhias de seguros sejam obtidas em grande escala. Até lá, estamos construindo nossas próprias capacidades e estabelecendo as melhores práticas”.
Biotecnologia
Desenvolvido no Brasil, em Florianópolis, pela equipe da ESSS, o Rocky DEM é um software que tem ajudado a biotecnologia ao redor do mundo, com resultados promissores no tratamento de câncer e até algumas infecções virais e distúrbios hereditários. A plataforma tem sido utilizada por empresas de biotecnologia e biofarma.
Na prática, essas empresas utilizam microchips para acelerar a fabricação de produtos sintéticos. A simulação ajuda os engenheiros a entenderem o movimento dos microchips, otimizando seu rendimento. Esse tipo de estudo com o Rocky DEM também é feito na academia. Um exemplo são os cientistas do Departamento de Bioengenharia da Universidade da Califórnia.
Construindo um rim artificial
Os rins são responsáveis por filtrar as toxinas do sangue e regular os eletrólitos e a pressão sanguínea. Eles produzem urina e hormônios críticos e ajudam a manter o equilíbrio do pH do corpo. Mas na doença renal em estágio avançado, os rins não podem mais desempenhar essas funções adequadamente. Sem intervenção, a morte é inevitável.
As opções, no entanto, são limitadas. Um paciente pode passar por diálise, um procedimento clínico no qual uma máquina filtra o sangue e remove as toxinas que puder. O processo dura de três a quatro horas, é caro e pode ser exaustivo. Um transplante de rim oferece um benefício muito maior, pois o órgão transplantado pode desempenhar todas as funções do rim original do paciente. Porém, poucos rins são doados a cada ano para atender à demanda por transplantes.
Esses fatores inspiraram o The Kidney Project, uma iniciativa que envolve instituições como a Universidade de São Francisco e Vanderbilt University Medical Center. O objetivo do projeto, que utiliza simulação computacional, foi criar um rim bioartificial autossustentável e implantável cirurgicamente que desempenhasse o maior número possível de funções de um rim humano saudável.
Democratizando a simulação computacional
Só na América Latina, mais de 500 escolas de engenharia utilizam os softwares Ansys para o ensino e pesquisa. Isso corresponde a mais de 200 instituições de ensino, incluindo universidades e academias militares. A Engineering Simulation and Scientific Software – ESSS é uma multinacional brasileira parceira da Ansys que está difundindo a simulação em vários países do mundo
Instituto destina ao RN, de forma gratuita, oito próteses desenvolvidas com alta tecnologia para a reabilitação dos pacientes
O Instituto Mais Identidade, de São Paulo/SP, desembarcou em Natal nesta semana para uma importante ação junto ao cirurgião de cabeça e pescoço e, parceiro do Instituto, no Rio Grande do Norte, o Dr. Luís Eduardo Barbalho. A boa notícia é que oito pessoas do RN, que foram acometidas pelo câncer de cabeça e pescoço e se curaram, mas, que ficaram com sequelas, foram selecionadas para receber próteses criadas com alta tecnologia, no intuito de amenizar os danos estéticos causados pela doença.
A doação das próteses é resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido com os pacientes selecionados desde o segundo semestre de 2021, quando a equipe do Instituto esteve em Natal fotografando, colhendo dados, e realizando alguns procedimentos cirúrgicos para adaptação. As próteses destinadas aos potiguares são dos tipos: nasal, oculopalpebral e pavilhão auricular.
O Dr. Luís Eduardo Barbalho, diz que se trata de uma iniciativa que abre novos caminhos e traz esperança aos pacientes. “É uma ação relevante e marcante para o nosso cenário. A parceria com o Instituto, nesse objetivo de conceder às pessoas, de volta, o convívio social, de forma a reabilitar todos eles e desenvolvermos um trabalho em escala no Rio Grande do Norte, é empolgante”, declara o Dr. Luís Eduardo.
No Brasil, anualmente, são mais de 20 mil novos casos de câncer de boca e face, o que eleva o percentual de pacientes com severas desfigurações na face, principalmente nos olhos, orelhas e nariz. Fatores esses que afetam o convívio social, possibilidades de trabalho e funções básicas do dia a dia, restringindo a qualidade de vida e muitas vezes gerando a perda da “identidade” dessas pessoas.
Para o Dr. Luciano Dib, coordenador geral do Instituto Mais Identidade, o trabalho é de reabilitação. “Nossa missão é reintegrar socialmente essas pessoas que ficaram com sequelas depois do tratamento do câncer de cabeça e pescoço, permitindo uma nova vida, essa é a nossa missão”. Criado em 2015, o Instituto Mais Identidade é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) cujo principal objetivo é promover a recuperação estético-funcional e a reintegração social, por meio da reabilitação bucomaxilofacial. Por meio deste trabalho, pessoas que apresentam alterações faciais e maxilares causados por câncer, traumas ou doenças congênitas, podem recuperar a estética e a função, voltando a viver suas vidas de forma plena, sem nenhum custo.
O novo canal de conexão da Docway representa um ganho em qualidade e assistência remota
29/03/2022 – Os beneficiários Docway, empresa de saúde digital que oferta soluções completas de telemedicina para empresas de todos os segmentos, agora contam com um novo serviço de atendimento digital: o Enfermeiro na Tela. A novidade possibilidade agendar uma teleorientação em poucos minutos, sem filas, com um profissional da saúde capacitado para fazer um primeiro diagnóstico, orientar o paciente e direcioná-lo da melhor forma dentro do sistema de saúde. Para atuar nesta frente, mais de 200 novos enfermeiros foram contratados. Todos passaram por quatro dias de treinamento a fim de absorver a cultura da empresa e receber direcionamentos para o melhor uso da plataforma, atendimento, protocolos e perfil dos clientes.
“Desde que começou o atendimento médico por vídeo, o enfermeiro é o contato especializado mais próximo do paciente ao longo de um tratamento de saúde”, explica a Dra. Caroline Pampolha, Head de Operações da Docway. “A Enfermagem na Tela chegou para trazer mais eficiência aos atendimentos, mas também para oferecer um melhor acolhimento ao paciente, coletando os dados cadastrais, sintomas, queixas e outras informações essenciais, e realizando o acompanhamento no pós-consulta”, pontua.
O atendimento do enfermeiro por vídeo é o primeiro contato do paciente ao solicitar uma consulta dentro do sistema da Docway, na entrada do paciente por telefone e plataforma web. Ou seja, se o paciente entrar no canal com alguma queixa ou demanda de saúde, quem fará o primeiro contato é o time de enfermagem clínica. Caso exista a necessidade de atendimento médico, o profissional de enfermagem irá fazer o redirecionamento ou uma chamada imediata, unindo médico, paciente e enfermeiro na mesma sala, para um cuidado coordenado.
“Estamos mirando na organização do sistema de saúde digital para que o paciente receba o seu melhor cuidado”, aponta Fábio Tiepolo, CEO da Docway. “Sei o que desafio de implementar uma novidade é grande, mas estou certo de que essa frente irá fazer ainda mais diferença na saúde do Brasil. E não vamos parar por aqui, queremos continuar crescendo e ampliando nossas soluções para um cuidado inteligente e humanizado”, complementa ele.
Medicamento liberado pela Anvisa requer prescrição médica de profissional legalmente habilitado para importação. O cirurgião plástico das celebridades, Thiago Marra, deu inicio ao tratamento para combater a insônia e ansiedade.
Desde o ano passado a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou a comercialização e registro de fármaco à base de Canabidiol. De acordo com o órgão, o Canabidiol poderá ser prescrito quando outras opções terapêuticas disponíveis no mercado brasileiro, estiverem esgotadas.
Em abril deste ano, a Anvisa autorizou a importação de dois novos produtos na forma de soluções de uso oral, que devem ser prescritos por meio de receituário Tipo B. Eles são fabricados nos Estados Unidos e também podem ser importados já prontos para o uso.
O Canabidiol e o tetra-hidrocanabinol são alguns dos derivados da maconha. O cultivo da planta em território brasileiro não é permitido. Os produtos já aprovados para uso medicinal à base de Cannabis no Brasil exigem receita médica de controle especial. O tipo de receita varia de acordo com a concentração solicitada pelo médico.
O médico-cirurgião Thiago Marra há cerca de dois anos chegou a um quadro de exaustão profissional e pessoal, apresentando insônia e ansiedade. Procurou ajuda de um psiquiatra, e deu início ao tratamento médico com o uso do Óleo de Canabidiol há duas semanas.
Segundo Marra, o assunto ainda é pouco conhecido. “Os estudos mostram vários benefícios, como no tratamento da ansiedade, no estímulo de novas conexões nervosas, efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes”, conta. “Existem também dados que revelam melhoras de problemas intestinais, tratamento de dores, controle de apetites e até redução de efeitos colaterais de quimioterapias”, explica.
A Anvisa informa, que a indicação e a forma de uso dos produtos à base de Cannabis são de responsabilidade do profissional médico, sendo que os pacientes devem ser informados sobre o uso dos produtos em questão.
Paciente do medicamento e profissional de saúde, doutor Marra sempre está à procura de especializações e atualizações na área médica, e chegou a participar de congressos e palestras sobre Canabidiol. “É uma forma que eu posso compartilhar um pouco sobre minha experiência no meu tratamento de insônia e ansiedade”, relata.
Membro da ABRAMEPO (Associação Brasileira de Médicos Pós-graduados), e titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Plástica. O doutor Thiago Marra é especialista em rinoplastia e faz diversos procedimentos cirúrgicos como: prótese de mama, mastopexia, lipoaspiração, harmonização facial e cirurgia de redesignação sexual.
Fora do centro cirúrgico, fundou a ABRAPROS, que visa que visa combater a reserva de mercado e criar um projeto de lei para regulamentar a atuação de todos os profissionais de saúde que executam procedimentos estéticos. A ação pretende favorecer biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas e fisioterapeutas que atuam com procedimentos estéticos
Estão abertas as inscrições para quem quer entrar na corrida do ouro pela profissão mais cobiçada do Brasil, com mais de 100 pessoas para uma vaga (Fuvest)
As inscrições dos vestibulares de medicina já começaram por todo o Brasil. Para os candidatos, com certeza, é motivo de muita angústia e ansiedade, e não só pela conquista de entrar na faculdade, mas, principalmente, saber o que esperar desse curso que tem seis anos de duração, além das especializações, e muitos conteúdos que devem ser minunciosamente estudados.
Felipe Magalhães, já passou por isso, e muito mais do que exercer a medicina, se tornou coordenador de conteúdo da maior plataforma de streaming para esses estudantes, o Jaleko, e afirma: não é um bicho de sete cabeças, se tiver foco e a ferramenta certa, com certeza o tempo de faculdade será muito mais proveitoso e a carreira será bem-sucedida.
Este panorama, apenas na Fuvest, de 100 candidatos por vaga, mostra o desespero que uma pessoa que decide ir para área mais difícil da saúde passa. E, ainda, tem que lidar com tudo o que vem pela frente, a antecipação do medo é justificada.
Para isso, o futuro médico tem que ter consciência que precisa seguir alguns passos, já começando pela prova de vestibular, e o doutor Felipe dá dicas de ouro:
Para os vestibulandos:
– O primeiro e mais importante passo é não desista na primeira tentativa. Talvez não passe dessa vez, mas se estudar mais um pouco e se dedicar, com certeza será a sua vez.
– Claro, tudo aquilo que já ouviu, se alimente bem, não esqueça as recomendações, descanse no dia anterior e não deixe que o nervosismo faça a prova.
– Dedique-se a redação, pule as questões mais difíceis, perca tempo interpretando enunciados e seja objetivo nas provas dissertativas.
– Não Invente! Os calmantes podem ser utilizados conforme prescritos, ou seja, se for de rotina do estudante, caso contrário não tome. Se o hábito for 300ml de café puro todos os dias, tudo bem, caso não, é possível que o efeito atrapalhe durante a prova.
Passei:
Agora o futuro médico tem uma jornada pela frente e, também, precisa de muita força de vontade para se tornar a melhor versão de si mesmo.
– É necessário absorver o máximo de conteúdo possível, a dedicação é total. Portanto, utilize todas as ferramentas que tiver ao seu alcance para que isso aconteça. Plataformas como o Jaleko dispõe de matérias e conteúdos suficientes para que o aprendizado seja contínuo.
– Pratique! Laboratórios virtuais do Jaleko dão a possibilidade de poder praticar diagnósticos e anatomia. Assim, o estudante já pode ir se familiarizando com as possibilidades de sua carreira.
– Sem ansiedade! Primeiro se dedique ao curso básico da medicina, depois pense no que quer se especializar. E não se esqueça de olhar para o futuro com a mente aberta, pois atualmente não basta ser médico, precisa entender todo o processo desta renomada profissão.
– Aproveite para conhecer o que está escondido, como exemplo, marketing médico. São muitas áreas que se abrem em relação aos pilares: clínica, hospitalar, gestão e acadêmica.
Fonte:
Felipe Magalhães – clínico geral e diretor científico do Jaleko.
A felicidade da descoberta de uma gestação implica em adotar vários cuidados para garantir tanto a saúde da mãe quanto a da criança, desde o momento em que a gestação é confirmada até a hora do parto.
Por isso é importante respeitar o calendário de exames e de consultas do pré-natal. Nestes encontros, a gestante vai dizer como está se sentindo, se o bebê está se movimentando, terá a pressão arterial aferida e o peso verificado.
A (o) ginecologista também vai aferir a altura do útero, medir a circunferência abdominal e escutar os batimentos cardíacos do feto. Conforme o tempo de gestação e o quadro da futura mãe, o profissional vai determinar a sequência do acompanhamento.
Quais exames podem ser solicitados
Com os avanços do conhecimento e da tecnologia, as (os) especialistas em medicina fetal conseguem diagnósticos mais claros e precisos durante o crescimento do feto.
Nos primeiros cinco meses, os diversos exames permitem o diagnóstico de anomalias genéticas, congênitas e de má-formação fetal. Depois disso, os médicos podem avaliar a possibilidade de corrigir eventuais problemas do feto ainda no útero, sem riscos para ele ou para a mãe.
Os primeiros exames pedidos em virtude de gravidez são o de sangue e de urina. Os resultados apontam vários indicadores necessários para a (o) ginecologista encaminhar o pré-natal: fator RH, dosagem de hormônios, anticorpos, açúcar no sangue, infecções e tendência a desenvolver pré-eclâmpsia. Ambos podem ser feitos mais vezes ao longo da gestação.
Além deles, os mais comuns são os diversos tipos de ultrassonografias. O ultrassom transvaginal é feito entre a 6ª e a 12ª semanas para identificar os batimentos cardíacos fetais, examinar a placenta ou identificar alterações que indiquem chance de aborto.
A ultrassonografia obstétrica com translucência nucal é feita para medir a nuca do feto, o que pode indicar alguma má-formação, como Síndrome de Down. O exame de imagem deve ser feito entre a 11ª e a 14ª semanas de gestação.
Outro é o ultrassom morfológico, que permite o acompanhamento do crescimento do feto, em busca de anomalias genéticas, além de aferir tamanho e proporções do feto. Pode ser realizado em duas janelas da gestação: entre a 11ª e a 14ª semanas e também entre a 20ª e a 24ª semanas.
Muitas mães e pais ficam empolgados com a possibilidade de fazer o ultrassom 3D ou 4D, entre as 26ª e 30ª semanas. Eles podem oferecer uma imagem detalhada e tridimensional de todo o corpo do feto. Não dispensam a realização do exame convencional, que consegue apontar as mesmas doenças. O que muda é a qualidade da imagem e, no 4D, permitir que seja vista em tempo real.
Lista de exames aumenta conforme características da gestação
Outros exames que podem ser solicitados são perfil bioquímico materno, para detectar possíveis anomalias genéticas; perfil biofísico fetal, que avalia os movimentos fetais e indica o estado e a saúde do líquido amniótico; dopplervelocimetria, para apontar o fluxo sanguíneo em pontos como o cordão umbilical e o próprio corpo do feto; ecocardiograma fetal, checando a saúde do coração do feto; curva glicêmica, que verifica se a mãe desenvolveu diabetes gestacional e amniocentese para verificar a saúde geral do líquido amniótico.
Nem toda gestante fará todos estes exames. Cada gravidez tem características próprias que vão determinar quais testes serão prioritários, conforme a saúde, o histórico médico da mãe e as situações que forem identificadas ao longo do acompanhamento.
Para educadora financeira, movimento impõe como desafio a adoção de ecossistemas em que haja convergência das atividades-fim com a gestão do financeiro do profissional
“One stop shop” é um termo para designar, em linhas gerais, a concentração de uma série de serviços correlatos ou afins em um lugar único. No setor saúde, por exemplo, é aplicado quando unidades reúnem em um complexo os mais diversos tipos de exames, procedimentos e atendimentos multidisciplinares. Atualmente, serve para a gestão também, e isso tem sido uma tendência para profissionais da área médica que possuem um CNPJ, tanto para prestação de serviços médicos quanto para as clínicas.
Ou seja, o conceito “one stop shop” dentro de um contexto de inovação é diretamente relacionado à “ecossistema”. As gestões dos CNPJ médicos e dos consultórios buscam a convergência de processos e etapas em apenas uma solução tecnológica. Em outras palavras: uma plataforma que reúna funcionalidades da atividade-fim e das atividade-meio (gestão fiscal, contábil, agendamento, prontuário médico e de suprimentos). Não há mais razão para os médicos ou os administradores de clínicas navegarem em diversos softwares de forma isolada. Prontuário eletrônico, agendamento e módulo financeiro, contabilidade não interligados, sem geração de valor já é tido como um modelo ultrapassado.
A avaliação é da educadora financeira Júlia Lázaro, sócia da Mitfokus, empresa especializada na área de saúde. Para ela, a implantação do “one stop shop” requer uma mudança de cultura na gestão dos serviços de saúde. No entanto, o esforço vale a pena. A gestão integrada de diferentes serviços com uso de tecnologia traz eficiência, redução de custos, otimização de utilização do tempo, e vantagem competitiva em um mercado em constantes mudanças.
Júlia Castilho, sócia da Mitfokus Soluções Financeiras Crédito: Mitfokus
“O conceito de ‘ecossistema’ permite o monitoramento dos aspectos financeiros e o planejamento tributário do consultório, de acordo com as particularidades típicas das atividades médicas e de saúde. Isso representa ganho de tempo e evita o que chamamos de ‘ralos financeiros’, isto é, o desperdício de recursos – os gastos desnecessários”, adverte a administradora.
A experiência de Júlia Lázaro na Mitfokus corrobora a importância de os profissionais de medicina automatizarem, de maneira ecossistêmica, a gestão de seus consultórios. Um levantamento da empresa constata que, de cada dez profissionais, praticamente nove pagam mais tributos do que deveriam, justamente por não conseguirem identificar a ocorrência dos ditos “ralos financeiros”.
PASSOS
O primeiro passo para a informatização já está dado, com a recorrente implantação de softwares para atividade-fim. “A telemedicina, por exemplo, cresceu muito nos últimos meses, no período de pandemia que restringiu a ida a consultórios. É preciso integrar, então, as ferramentas de atendimento online com as soluções de gestão”, observa a executiva.
O que, num primeiro momento, requer investimentos, em médio e longo prazo representa “ganhos na gestão do dia a dia do profissional; na gestão do tempo, e na eficiência dos processos”, sublinha a especialista.
Júlia Lázaro cita, nesse sentido, a solução API, programa que viabiliza a interface dos softwares de consultórios com os fornecedores. “O médico não quer, e nem tem tempo, para lidar com fornecedores, por exemplo. Então, ele precisa de um ecossistema, integrado, com o conceito de ‘one stop shop’, para aumentar sua produtividade.”
A Mitfokus conta hoje com cerca de 1,2 mil clientes, entre profissionais, clínicas e hospitais, com mais de 40 especialidades médicas, em todo o Brasil. Com unidades no estado de São Paulo (em Campinas e na capital paulista), a empresa presta serviços em consultoria tributária, consultoria financeira, contabilidade, orientações em fusões e aquisições. Promove ainda palestras e cursos online na área.
Profissionais da Sanar apontam o que deve mudar na vida de profissionais e pacientes na nova era da medicina
Domingo, 18, é celebrado o dia do médico. A data, eleita para valorizar o profissional de saúde, também é um período para que especialistas e estudantes de medicina reflitam a respeito das mudanças vividas na área e, claro, se preparem para o que está por vir. Assim como já aconteceu em outros setores, a tecnologia vem transformando a saúde. Esse processo que vinha caminhando lentamente nos últimos anos, tomou impulso com a pandemia da Covid-19, que impôs uma série de restrições e cuidados extras para população e também para os profissionais da saúde. Para Vinícius Côgo Destefani, Médico na Sanar|MED e Cardiologista Intervencionista de Cardiopatias Congênitas da Sanar, a aceleração da transformação digital da saúde traz uma série de reflexões importantes para médicos e para todo o setor.
Veja abaixo as tendências para a saúde do futuro:
1- Digitalização de parte do atendimento: A jornada do usuário do serviço de saúde pode ser melhor otimizada. Muito tem se falado em ter portas de entrada digitais para o sistema de saúde via aplicativos, por exemplo. Dando mais clareza estatística e direcionamento para unidades dentro do sistema. Para ter um diagnóstico o paciente precisa ir ao médico, fazer exames em lugares diferentes, retornar, comprar medicações. É um processo penoso, custoso e pouco eficiente com vários pontos que podem falhar onerando todo o sistema. Retornos ao médico em grande parte poderiam ser online, por exemplo. É preciso enxergar o paciente como um cliente que deseja uma experiência de cuidado que deve ser satisfatória em toda a jornada, do agendamento da consulta até o pós-tratamento e acompanhamento.
2- Educação e Atualização Médica Online: Grande parte do aprendizado médico e das equipes pode ser feita no ambiente online. Os ambientes de troca de informações virtuais cresceram e provaram que a experiência de aprender pode ser muito boa no ambiente digital, superando inclusive o ambiente presencial para alguns casos. É possível mensurar a aceitação de estudantes com base no aumento na procura das plataformas da Sanar. “Em alguns casos, os estudantes relatam gostar mais das aulas online do que presenciais. O formato que combina ensino digital com experiências práticas será cada vez mais comum”, aponta Felipe Marques da Costa, Médico pneumologista, líder da equipe de pneumologia COPAN no Hospital Beneficência Portuguesa e coordenador da pós-graduação em Medicina da Sanar.
3- Inteligência Artificial no atendimento: O uso machine-learning, uma vertente da inteligência artificial, que oferece a possibilidade de identificar padrões em dados e automatizar a construção de modelos analíticos, será cada vez mais comum na medicina. As pessoas se tornaram mais receptivas pela força da necessidade do isolamento. Com a Covid-19, novos formatos de triagem de pacientes baseado em dados se tornaram cada vez mais comuns, o que ajuda a otimizar os recursos da saúde.
4- Uso do pensamento ágil para criar soluções na área de saúde: O pensamento ágil aplicado ao lean software na indústria têm sido adotado para testar soluções novas na saúde. Testar rápido, aprender, adaptar, com mínimo de custos, evitando-se o desperdício são pilares que estão sendo incorporados na saúde. Pesquisadores estão se unindo para criar coisas incríveis como ventiladores mecânicos que custam dez vezes menos. “Existia uma convicção de que tudo relacionado a saúde deveria ser extremamente complexo e caro, mas com a pandemia profissionais da saúde perceberam que existem outros caminhos”, conta Ricardo Zantieff, cirurgião geral, Professor da Universidade Federal da Bahia e Coordenador pedagógico Sanar.
5- Empoderamento do paciente: O médico deixa de ser a única autoridade em termos de conhecimento. Cada vez mais as pessoas buscam ativamente informações qualificadas sobre doenças, tratamentos, alternativas e possibilidades, há um desejo latente em compartilhar decisões com o médico(a). O paciente e seus entes queridos querem ter protagonismo no acompanhamento da doença. É ilusório achar que duas ou três consultas por ano resolvem todas as dúvidas e necessidades de alguém com uma doença crônica, por exemplo. Existe uma onda de autocuidado acontecendo. Por isso, soluções nesse caminho ganham espaço. O médico deve sempre orientar e explicar os cuidados que o paciente precisará ter ao tomar qualquer decisão com base no que vê na internet. Isso é especialmente importante nessa pandemia de fake news que vivemos.
6- Conexão emocional: O setor está entendendo de uma forma mais estruturada que entregar uma boa medicina está cada vez mais distante de somente fazer o diagnóstico e dar uma conduta, uma vez que tecnologias como a inteligência artificial, por exemplo, podem vir a fazer cada vez mais no futuro. Grande parte do valor para o paciente está na capacidade do médico(a) de se conectar com a sua realidade social, manejar suas expectativa, emoções e dar uma excelente experiência de cuidado para o indivíduo. “Entregar a parte técnica com qualidade é apenas um pré-requisito para um bom atendimento, mas não é mais uma garantia de sucesso ou adesão terapêutica”, explica Tamiris Machado, Médica e Coordenadora pedagógica Sanar.
7- Estruturas descentralizadas e compartilhadas: O cuidado com a saúde deixa de ser centralizado em grandes hospitais e instituições e se torna mais compartilhado. Existem exemplos de unidades de terapia intensivas percorrendo domicílios na Austrália com monitoramento à distância. Estruturas mais adaptáveis como os hospitais de campanha nos mostraram que é possível pensar nestes novos formatos de atendimento. Há cada vez mais uma perda de protagonismo do hospital como única unidade de cuidado e atenção à saúde. O compartilhamento de dados entre instituições e governos é outra tendência que ajuda bastante o mundo a pensar de forma integrada sobre problemas que tendem a ser globais. Criou-se uma possibilidade de reflexão colaborativa e o cenário de pandemia foi essencial para isso.
8- Uso de dados: A tendência é de que cada vez mais a medicina leva em conta a análise de dados no tratamento de pacientes e estudo de doenças. A experiência com Covid-19 mostra a importância, por exemplo, de usar dados globais para rastrear os sintomas da doença e as diferenças que apresentadas em cada país.
9- Médicos Influenciadores: Antes, o eixo da autoridade técnica estava em grande parte na mão das instituições como hospitais e faculdades. Porém, hoje está mais democratizado. Um médico(a) pode lotar seu consultório por ser uma autoridade digital e mostrar que tem expertise e conteúdo necessário. Essa autoridade compartilhada permite que os médicos (as) ganhem protagonismo pessoal e tornem-se menos dependentes das estruturas estabelecidas. Plataformas de teleconsulta tem permitido que eles voltem a ser profissionais autônomos, inclusive. Nesse contexto é importante ressaltar o peso das evidências científicas nas tomadas de decisão e a importância das lideranças ao conduzir processos decisórios do setor.
10- Conhecimento Colaborativo: Profissionais de saúde e pessoas de um modo geral vão sair da pandemia com uma perspectiva mais colaborativa no que tange ao compartilhamento de conhecimento. Isso também acelera plataformas comunitárias de trocas de informação e casos clínicos. Além de colaboração técnica que tende a ser mais acentuada, como no comportamento intensificado por pesquisadores pelo mundo para encontrar a cura da COVID-19.
“Os profissionais que enxergarem esse processo como oportunidades e menos como ameaças ao seu papel tendem a ter sucesso nesse novo mundo que vem se desenhando, garantindo excelência no atendimento das expectativas da população”, conclui Caio Nunes, Médico Radiologista e Co-founder da Sanar.
Sobre a Sanar:
ASanar, MedTech brasileira que possui a maior plataforma online de educação médica do país e acaba de ser eleita pela HolonIQ( empresa australiana de consultoria especializada em educação) como uma das 100 EdTechs mais inovadoras da América Latina.
Com atuação 100% online, a Sanar projeta ser, em quatro anos, a primeira empresa a estar presente em toda a jornada profissional dos médicos e outros profissionais da saúde. Hoje, a startup já possui clientes em mais de 5.000 cidades e 7 países como Argentina, Paraguai, Bolívia e Portugal. Com soluções tecnológicas que visam o empoderamento de estudantes e formandos em medicina a empresa possui uma série de soluções como curso de preparação para a residência médica, “SanarFlix”, plataforma de streaming com milhares de conteúdos, app “Sanar Yellow Pro”, que apresenta dosagens, evidências clínicas e interações medicamentosas, e mesada Sanar Up.
No começo de abril, a Sanar fechou sua rodada da série B com um aporte de R$ 60 milhões, co-liderada pelos fundos de investimento DNA Capital e Valor Capital. A rodada contou também com a participação da Vox Capital e e.Bricks Ventures, investidores da Sanar na Série A. Com os recursos, a startup está focada em ampliar seu quadro e fazer investimentos massivos em tecnologia.
Hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru criam ação inédita para homenagear profissionais do corpo clínico
“Uma homenagem sem aglomeração, mas cheia de afeto”. Assim está sendo celebrado o Dia do Médico pelos profissionais de Saúde dos hospitais do Grupo Marista, de Curitiba. Comemorada em 18 de outubro, neste ano a data ficará marcada não apenas pela pandemia do novo coronavírus, mas por uma ação sinérgica promovida pelos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, incluindo os residentes e professores da Escola de Medicina da PUCPR que atuam nos hospitais.
Por meio de diversas iniciativas em plataformas digitais, como o Telegram, os profissionais estão sendo impactados diariamente, desde o início do mês de outubro, por mensagens inspiradoras, denominadas “Injeção de Ânimo“. Nessa ação, os hospitais compartilham o perfil de médicos de seu corpo clínico com destaque para hobbies, inspirações e curiosidades, que vão além da rotina médica.
Além disso, foram produzidos vídeos com profissionais vinculados às instituições em duas frentes. Em uma delas, chamada “O Som que nos Toca“, músicas foram interpretadas pelos membros do corpo clínico. Como, por exemplo, a cardiologista Camila Hartmann, médica da qualidade do Hospital Marcelino Champagnat e professora da Escola de Medicina da PUCPR, que canta Vilarejo, clássico de Marisa Monte.
Já na ação “Ampliando Horizontes“, foram produzidos conteúdos técnicos, nos quais alguns convidados mostraram conhecimento complementar à atuação na área médica, desbravando algumas áreas, como finanças e marketing digital. E, para enriquecer ainda mais, o chef Guilherme Guzella produziu vídeos exclusivos para o projeto, ensinando receitas de pratos pensados para os próprios médicos executarem em casa.
Também fazem parte das ações histórias em homenagem aos médicos. Com o tema “#gratidão”, foi criado um podcast com cartas enviadas por pacientes, mostrando a importância do trabalho desses profissionais.
Além disso, a instituição produziu um manifesto emocionante, com a seguinte mensagem: “A gente respira medicina. Dia e noite vivemos pela saúde. Trabalhamos duro para continuar histórias que não conhecemos. Para que abraços sejam sempre de alegria. Para que pessoas continuem próximas. Trabalhamos por corações que não estão em nosso peito. Mas que fazem o nosso pulsar mais forte. Inspiramos confiança. Expiramos o orgulho da nossa escolha. Afinal, somos contagiados pela vida. E se nossas mãos hoje não podem se tocar, elas se estendem como nunca à sua profissão, Médico do Hospital Marcelino Champagnat. Reconheço seu trabalho, Agradeço sua dedicação, Valorizo sua presença”.
Para reforçar a importância da empatia e da solidariedade, será realizada uma campanha de arrecadação denominada “Solidariedade em Dose Dupla“, na qual serão arrecadadas doações para pessoas em situação de vulnerabilidade social, entre elas pacientes do Hospital Universitário Cajuru.
Sobre o Hospital Marcelino Champagnat
O Hospital Marcelino Champagnat faz parte do Grupo Marista e nasceu com o compromisso de atender seus pacientes de forma completa e com princípios médicos de qualidade e segurança. É referência em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade. Nas especialidades destacam-se: cardiologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral e bariátrica, além de serviços diferenciados de Check-up. Planejado para atender a todos os quesitos internacionais de qualidade assistencial, é o único do Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).
Sobre o Hospital Universitário Cajuru
O Hospital Universitário Cajuru é uma instituição filantrópica com atendimento 100% SUS. Está orientada pelos princípios éticos, cristãos e valores do Grupo Marista. Vinculado às escolas de Medicina e Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), preza pelo atendimento humanizado, com destaque para procedimentos cirúrgicos, transplante renal, urgência, emergência, traumas e atendimento de retaguarda a Pronto Atendimentos e UPAs de Curitiba e cidades da Região Metropolitana.
O distanciamento social é uma das medidas mais reforçadas pelos cientistas e pelos especialistas da saúde para evitar o contágio da covid-19. Nesse contexto da pandemia, em que a aglomeração de pessoas aumenta a chance de infecção pelo novo coronavírus, o ensino à distância se tornou uma ferramenta altamente necessária nesse novo normal. Os cursos não são, nem podem ser, diferente dessa nova realidade.
Atualmente um dos cursos mais procurados no Brasil é o de Medicina. Este têm duração de seis anos e é integral, mas não para por ai. É necessário que os futuros médicos façam uma especialização para se aprofundar em alguma área de atuação. Os estudantes de medicina tem os seis anos da graduação para refletir sobre as especializações em medicina, de forma que há tempo suficiente para fazer essa decisão da melhor maneira possível. Testes vocacionais específicos para médicos também podem te auxiliar nessa escolha.
Mas nós temos uma dica para você. Buscando mais informações sobre o assunto, encontrei em minhas andanças pela internet, o Jaleko, site com diversos cursos totalmente onlines. Com uma nova plataforma, totalmente reformulada e acompanhando a nova realidade, o Jaleko é indicado por diversas instituições de ensino superior como sendo uma importante ferramenta de estudo para quem busca se especializar em Medicina.
Você saberia escolher a melhor especialização em Medicina? Não?
O Jaleko pode te ajudar a escolher a ideal para você através de alguns pontos
procure saber a rotina do médico em cada especialidade (ambiente de trabalho, jornada de trabalho).
avalie a qualidade de vida proporcionada pela especialidade (remuneração, férias, pressão).
pense sobre a especialidade que mais gosta de estudar, lembrando que será sua atuação nos próximos 40 ou 50 anos.
avalie o prazer e o conforto que você tem em lidar com o paciente daquela especialidade (idoso, criança, recém-nascido, gestante).
procure saber quais especialidades estão em alta no momento.
leve em consideração seus planos futuros e como eles se encaixam na especialidade que escolher.
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Orientar e trabalhar junto: gestão de unidades é responsável por avaliar métodos e pesquisas para manter hospital em plena atividade
Quem é atendido em um hospital pode não saber exatamente quantos profissionais atuaram no seu tratamento, e de como e porque os processos que envolvem a melhoria da sua saúde foram adotados. Mas, há explicação. Ela está, em parte, nos bastidores, na gestão do hospital.
Cuidar da equipe, comandar e trabalhar junto na linha de frente. Assim devem agir os gestores de unidades dentro de um hospital, que realizam o trabalho de organização de pessoas, procedimentos e estruturas os quais mantém vivo o funcionamento pleno dos centros médicos. Responsabilidades que cabem a profissionais experientes e que ganham ainda mais peso durante o período quando se atravessa uma pandemia. Os desafios, no entanto, fazem parte da carreira de cada um desses médicos que atuam na função de gestor no Hospital Icaraí (HI), em Niterói, na zona metropolitana do Rio de Janeiro, instituição que conta com mais de 2 mil médicos cadastrados e 1,3 mil colaboradores, aproximadamente, com atendimentos em emergências, unidades de tratamento intensivo (UTIs), centros de diagnóstico e imagem, além de assistências especializadas, transplantes e cirurgias – cerca de 1.100 por mês.
Se as dificuldades em fazer um hospital de grande porte funcionar são constantes no dia a dia, na situação atípica de combate ao novo coronavírus, por exemplo, as preocupações e demandas se multiplicam. No início, muito por causa do desconhecimento da doença e o pouco acesso aos protocolos a serem adotados. A doutora Patrícia Martins, médica há 27 anos e gestora clínica da Unidade de Internação Pediátrica e gerente médica do Escritório de Projetos do HI, considera que o gestor deve entender os mecanismos que podem melhorar o desempenho do hospital e estar atento às expectativas no mercado de saúde, aos avanços tecnológicos e às pesquisas na área médica.
“Nessa fase atual nós tivemos que nos adaptar a uma rotina intensa de tomada de decisões frente a um enorme volume de informações que chegavam através de matérias e artigos ainda em processo de validação, e conclusões por meio da experiência de países que já atravessavam a pandemia há mais tempo”, explica. Para ela é necessário saber ouvir os colegas. “Discussões com médicos e profissionais de outras categorias para dividir percepções e constatações também acontecem a todo momento. Além disso, é fundamental a constante atenção às recomendações e decretos dos órgãos reguladores para adaptação de fluxos e adequação dos protocolos e políticas que marcam este período”, completa.
Patrícia aponta ainda que muito do trabalho de um gestor está no olhar sensível aos profissionais, e que a prática clínica ajuda a reconhecer os pontos de ajustes necessários em cada operação. A busca pela melhoria precisa ser uma ação constante.
Dentre as tarefas de um gestor de unidade está a de monitorar treinamentos, implementar diretrizes e projetos de acordo com os protocolos de atendimento e promover ações que resultem na assistência médica segura e de qualidade. Aliada a tudo isso, está a preocupação com a celeridade do atendimento médico, principalmente se a gestão envolve a unidade de emergência, como é o caso do doutor Daniel Marques.
“A minha função impacta diretamente todos os outros setores da instituição, já que grande parte dos pacientes internados são admitidos pela nossa emergência. Então, precisamos sempre administrar velocidade e qualidade, para que os pacientes não aguardem tanto tempo na espera e tenham os seus diagnósticos definidos o mais rapidamente possível. E claro, alinhar essa produção médica à qualidade assistencial”, afirma Daniel, coordenador e gestor da emergência adulta da unidade do Hospital Icaraí.
A gestão médica tem um ponto de encontro com a administração, no sentido de que é importante ter, além conhecimento clínico e médico, uma visão ampla sobre recursos humanos e finanças.
“Na formação acadêmica de um médico não existe nenhuma cadeira que promova educação em administração ou gestão. O talento para gestão pode ser nato ou pode ser desenvolvido através de qualificação. Aliar ambas condições é o ideal”, explica a doutora Patrícia Martins.
Crise e união
Nos momentos de crise como a atual, que representa um marco na vida pessoal e profissional de cada agente da saúde, sobressai mais um ponto essencial para a boa prestação de serviço do hospital: a união. Bem como em qualquer trabalho em equipe por metas, no caso a vitória contra as enfermidades e a busca pelo bem-estar dos pacientes, um time unido encurta os caminhos e o entrosamento faz as chances de sucesso aumentarem.
“A Covid trouxe um período muito complicado para mim e minha equipe, mas que serviu para mostrar como estamos coesos e alinhados às propostas da instituição. Tivemos semanas horríveis, com pacientes muito graves e em grande quantidade. Precisei me desdobrar para aumentar a minha capacidade assistencial junto aos meus amigos e, ao mesmo tempo, manter as minhas obrigações administrativas. Um desafio enorme”, conta o doutor Daniel Marques, comemorando que todos os funcionários do setor que adoeceram na batalha contra o novo coronavírus já estão plenamente recuperados.
Vários outros setores do hospital também têm motivo para celebrar em meio ao caos, principalmente por causa do fortalecimento de laços e do sucesso contínuo do trabalho durante a pandemia. Thereza Granja é gestora da Emergência Pediátrica do Hospital Icaraí, desde quando foi inaugurada, e um dos seus maiores êxitos nessa trajetória é, segundo ela, seguir com grande parte da primeira equipe formada trabalhando em conjunto.
“São nove anos de envolvimento diário com a demanda e qualificação do atendimento e com os colaboradores envolvidos na assistência pediátrica. Conseguimos manter 60% dos profissionais que inauguraram a unidade junto comigo. Diariamente sinto isso como um orgulho imenso para mim, por ter formado essa família”, afirma a doutora Thereza.
Único no mundo: Laszlo lança óleo essencial de Jurema Branca, nativa da Chapada Diamantina
Flora brasileira terá produção de espécies nativas estimulada pela Laszlo Aromatologia
O Brasil possui a maior diversidade plantas aromáticas no mundo. Dessas plantas podem ser extraídas substâncias poderosas, os óleos essenciais com benefícios comprovados pela ciência, para a saúde e bem estar. A Laszlo, empresa que detém o maior número de óleos essenciais da flora Brasileira, anuncia o lançamento de um produto exclusivo no Brasil e no mundo: óleo essencial de jurema-branca (Mimosa Verrucosa Benth), fruto de um trabalho de apoio e incentivo à destilação de plantas nativas na Chapada Diamantina (BA), que vem trazendo como resultado óleos essenciais de espécies destiladas pela primeira vez no mundo. A planta possui importante ação antioxidante, antisséptica, imunoestimulante, anti-inflamatória,Ansiolítica e relaxante.
A marca é a que mais aposta em plantas brasileiras e já tem no seu mix óleos essenciais de plantas como Guabiroba, Sucupira, Preciosa e Macapá. Segundo o CEO do Grupo Laszlo, Fábián László, sempre houve um grande interesse em estimular a produção de plantas com pequenos produtores locais e de compreender as melhores possibilidades de transformar espécies nativas em óleo essencial, sempre de forma sustentável e cuidadosa, gerando renda para os pequenos produtores. Hoje, cerca de 85% dos óleos consumidos no páis são de fora. “Há uma grande dependência brasileira de produtos de outros países, quando temos aqui um verdadeiro tesouro”, avalia. Um estudo em pelo menos 15 cidades brasileiras está em andamento, com o propósito de fazer pontes entre os pequenos produtores e o mercado.
Óleo Essencial de Jurema Branca
A Jurema Branca é uma árvore comum em áreas antropizadas e de caatinga, principalmente nas regiões do nordeste, centro-oeste e sudeste. No tupi-guarani, a palavra jurema (Yu-r-ema) – uma junção dos termos “ju” (espinho) mais “rema” (cheiro ruim) – pode ser traduzida para o português como “espinho de cheiro ruim”. Na verdade, existem uma série de espécies botânicas, popularmente conhecidas por este nome: jurema-mansa, jurema-branca, jurema-de-caboclo, jurema-de-espinho, jurema-preta, jurema-das-matas, jureminha, jurema-de-embira e jurema-de-imbirra.
As juremas (preta e branca, principalmente) possuem na composição de suas cascas e raízes, um dos mais potentes ecodélicos, a dimetiltriptamina (DMT), substância também produzida pelo corpo humano em situações de nascimento, morte, quase-morte, contatos místicos espontâneos, profecias e sonhos, necessária ao funcionamento normal do corpo humano. Ecodélico é aquilo que nos permite receber a mensagem do todo, ou manifestar a mente de Gaia (mãe terra). O termo se refere a uma categoria de substâncias psicoativas capazes de nos permitir iniciar num processo de transcendência do ego, estado no qual nos percebemos como parte de uma complexa teia de relacionamentos que inclui não apenas cada um de nós, mas todas as outras espécies neste planeta e, em última instância, o cosmos.
Diferente do que a palavra Yu-r-ema, significa, o óleo essencial da jurema não tem cheiro ruim, lembrando, na verdade, o aroma da mata, o cheiro intrínseco da deusa jurema. Dentro de uma perspectiva sutil, este é um óleo que contribui para a reconexão do ser humano com sua essência original.`
Atualmente, todas as atenções estão voltadas ao novo Coronavírus, pandemia que desde novembro tem tomado grandes proporções, até que em fevereiro chegou ao Brasil, fazendo com que nossa sociedade entrasse em isolamento social e, com isso, fez com que todos mudassem seus hábitos, inclusive o de visitar o médico de maneira periódica. Devido à COVID-19 e o alto número de tratamento nos hospitais nacionais, sejam eles particulares ou públicos, e a concentração dos cuidados com os infectados, as pessoas com outros problemas de saúde, infelizmente, não são atendidas, até mesmo por questão de segurança.
A partir dessa realidade, muitos pacientes têm recorrido a alternativas de atendimento, pois além do Coronavírus, o Brasil sofre de outras doenças comuns e viroses respiratórias que são bastante comuns entre o outono e inverno, estações do ano que são conhecidas pelo tempo seco que favorece a complicação de problemas, como bronquite e asma, ou patologias mais brandas como rinite alérgica e sinusite, mas que também são perigosas, caso não ocorra tratamento adequado e a tempo.
Além disso, existem as doenças que aumentam o risco do paciente desenvolver formas mais graves dessas infecções, inclusive pela Covid-19, como doenças cardíacas, obesidade, hipertensão arterial, diabetes tipo 1 (causada pela produção insuficiente de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue) diabetes do tipo 2 (elevação do açúcar no sangue, causada por obesidade e hábitos de vida e alimentares não saudáveis, como sedentarismo e alta ingestão de açúcares e alimentos ultraprocessados).
Sabendo desses riscos, podemos concluir que as pessoas que que tem alguma doença prévia, devem procurar auxílio médico urgentemente. Porém, como o atendimento médico hospitalar tem sido concentrado no tratamento dos pacientes contaminados com a COVID-19 e os atendimentos ambulatoriais reduzidos pelo isolamento social, tornou-se urgente considerar outras formas desses pacientes alcançarem atendimento médico.
A teleconsulta, por mais que seja regulamentada no Brasil desde 2002, ainda não é era uma alternativa popular entre os pacientes e médicos. Nos últimos anos, os atendimentos de psicologia, especialmente entre os trabalhadores e estudantes que exercem as duas atividades, têm acontecido através de consultas online, mas ainda é uma realidade pouco comum. Ainda assim a prática de teleatendimento vem crescendo devagar, mas constante pois tem benefícios inegáveis como não precisar de grandes deslocamentos e apresentar um custo benefício interessante, pois em muitos casos, o atendimento remoto é comprovadamente mais acessível.
A pandemia e isolamento social estão acelerando nossa adaptação a essa nova forma de ajudar as pessoas. E a possibilidade de atender à distância de forma segura, principalmente pessoas que estão em regiões do Brasil mais afastadas das grandes metrópoles, mas que ainda sim têm acesso à internet, levando conhecimento e experiência sem nos preocupar com a necessidade de deslocamento, como já fazemos por meio de interconsulta à distância, a qual o médico especialista ajuda o médico generalista nos casos mais raros e difíceis.
Durante o atendimento remoto é responsabilidade do médico avaliar se haverá necessidade de atendimento presencial. Existem condições de saúde que o exame físico é muito importante para definir conduta. Nesses casos, caberá ao médico orientar como o paciente deve fazer, se deve ir a um pronto socorro ou até o consultório. Porém, boa parte dos problemas conseguimos entender e ajudar, mesmo sem estarmos próximos fisicamente.
Hoje, inúmeros hospitais, consultórios e planos de saúde trabalham com atendimento remoto com seus pacientes e o investimento em tecnologia só tem aumentado. Por meio de plataformas online, os contratantes do serviço conseguem acessar com facilidade suas informações, como histórico de exame, verificar a data da consulta agendada, dados dos médicos e outras possibilidades.
A prática é tão importante e reconhecida, que o CFM – Conselho Federal de Medicina a certificou e aprovou o método, além de já existir órgão regulatórios, chamado internacionalmente de ATA – American Telemedicine Association. Nas universidades, a metodologia também é aplicada, e existe uma disciplina específica sobre telemedicina para os alunos.
E, para quem dúvida da eficácia e confiança do teleatendimento, a prática segue as normas determinadas pelo CFM e todos os médicos devem apresentar seus registros, conforme resolução 1643/2002. Além disso, a administração é obrigada a se registrar no CRM (Conselho Regional de Medicina) da cidade em que atua e oferecer a infraestrutura necessária para os clientes.
Apesar do isolamento social, as pessoas continuam necessitando de ajuda e acompanhamento médico, para serem diagnosticadas ou para manterem seus tratamentos, portanto a telemedicina seria a forma mais segura e eficaz, mitigando o risco de se expor ao vírus.
Nesse momento é importante ter responsabilidade com a saúde dos nossos pacientes e com a dos médicos também, por isso, o teleatendimento na área da medicina tem sido uma alternativa recomendável. Em diversos segmentos de atuação, as pessoas têm se reunido virtualmente e tentado resolver a situação como podem, com a saúde não deve ser diferente.
* Drª Mariana Alli é médica, graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, com especialização em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, e especialista em emagrecimento saudável e reversão da síndrome metabólica.
Estudos in vitro já se mostraram muito eficazes no combate ao SARS-Cov2 e uma nova pesquisa de tratamento será iniciada, com o apoio de empresa farmacêutica estabelecida no Rio de Janeiro, a FQM Farmoquímica
Desenvolvida originalmente como um agente antiparasitário de amplo espectro e posteriormente aprovada também para tratamento de gastroenterites virais, a nitazoxanida já é comercializada há mais de 15 anos como uma alternativa de medicamento eficaz e com alto perfil de segurança para os pacientes.
A FQM Farmoquímica – empresa com foco na saúde e bem-estar da população e que atualmente figura entre as cinco maiores em prescrição médica no mercado farmacêutico brasileiro – é detentora do registro do medicamento referência no país, sob a marca Annita, e está apoiando estudos realizados por um grupo de pesquisadores brasileiros destacados na área de infectologia.
Nos últimos anos, a droga já vem sendo estudada para o tratamento de outras doenças de etiologia viral, incluindo aquelas ligadas ao sistema respiratório. Estudos publicados internacionalmente, com testes in vitro (H1N1, EBOLA e SARS-Cov1) e in vivo (H1N1), apontaram sucesso na ação antiviral nesses agentes. Como o SARS-Cov2 possui uma estrutura similar ao SARS-Cov1 e compartilha alguns mecanismos de infecção celular aos agentes citados, espera-se que o resultado seja favorável ao tratamento da COVID-19.
O avanço da pandemia e a discussão científica em torno de possibilidades de tratamento da COVID-19, foram acompanhados pela FQM desde seu início, no final de 2019. Um dos primeiros estudos iniciados em Wuhan, na China, já havia abordado o potencial da nitazoxanida, além de outras drogas, como o remdesevir e a hidroxicloroquina.
Nesse contexto, atenta ao cenário internacional, a FQM iniciou uma avaliação juntamente com pesquisadores especializados em nitazoxanida. E, por sua expertise com essa droga, em conjunto com outros pesquisadores internacionais, está apoiando estudos realizados por renomados pesquisadores brasileiros no tratamento da COVID-19, com uma nova formulação em doses mais elevadas, mas dentro do perfil de segurança, baseada na posologia estabelecida nos estudos preliminares, visando seu emprego em pesquisas.
Além disso, cabe ressaltar que estudos de inibição viral in vitro com o SARS CoV-2 já foram conduzidos fora do Brasil com a nitazoxanida, que demonstrou elevado potencial de inibição, considerando maiores concentrações do que as encontradas para outros vírus, o que corrobora ainda mais sua extrapolação para testes clínicos.
Até o momento, não existe nenhum estudo publicado a respeito do uso do princípio ativo em pacientes infectados com o novo coronavírus, apesar de diferentes iniciativas estarem em andamento, inclusive nos EUA, com aprovação do FDA, conduzido por uma parceira internacional da FQM e originadora da molécula.
Uma vez que ensaios clínicos com pacientes diagnosticados mostraram que o medicamento reduziu a duração e intensidade dos quadros de infecção pelo vírus Influenza em doses diferentes e tempo de tratamento aumentado em relação ao seu uso como antiparasitário, e considerando os aspectos de similaridade já mencionados, a empresa optou por iniciar pesquisa com essa abordagem inovadora.
Obedecendo as etapas éticas e regulatórias nacionais, foi desenvolvido um plano de estudos clínicos, em pacientes diagnosticados com COVID-19, internados em vários hospitais universitários do País.
De acordo com nossas iniciativas, sem nenhuma correlação com iniciativas de órgãos públicos ou privados, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), regulamentada pela Agência Nacional de Saúde (ANS), autorizou, no Brasil, o início da primeira etapa das pesquisas, da mesma forma como procedeu a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A FQM envida todos os esforços e visa a comprovação científica de uma solução em prol da saúde da população brasileira contra a pandemia da COVID-19. Assim que a empresa tiver resultados concretos, a comunidade médico-científica será rapidamente informada.
Sobre a FQM
A FQM Farmoquímica é um laboratório farmacêutico que está presente no Brasil desde 1932. A empresa possui amplo portfólio de produtos atuando com uma linha de medicamentos destinados à prescrição médicas por diversas especialidades, uma linha de produtos dermatológicos e outra que produz cosméticos, suplementos alimentares e medicamentos OTC.
A empresa tem o compromisso de buscar inovação constante, visando atender, com muita excelência, as necessidades do mercado farmacêutico no país, reforçando seu compromisso com a saúde, autoestima e qualidade de vida das pessoas.
Estudo constatou que o medicamento Atazanavir, utilizado contra o HIV, foi capaz de inibir a replicação viral do Sars-Cov-2, além de reduzir o processo inflamatório nos pulmões e, assim, o agravamento do quadro clínico da doença
Pesquisa da Fiocruz constatou que o medicamento Atazanavir, utilizado no tratamento do HIV, foi capaz de inibir a replicação viral, além de reduzir a produção de proteínas que estão ligadas ao processo inflamatório nos pulmões e, portanto, ao agravamento do quadro clínico da doença. Os especialistas também investigaram o uso combinado do atazanavir com o ritonavir, outro medicamento utilizado para combater o HIV.
O estudo foi publicado nesta segunda-feira (6/4) na plataforma internacional BiorXiv, em formato de pré-print, seguindo a tendência do estudo e do reposicionamento de medicamentos no enfrentamento da emergência sanitária. “A análise de fármacos já aprovados para outros usos é a estratégia mais rápida que a Ciência pode fornecer para ajudar no combate à Covid-19, juntamente com a adoção dos protocolos de distanciamento social já em curso”, aponta Thiago Moreno, pesquisador da Fiocruz, que lidera a iniciativa.
O pesquisador ressalta que os medicamentos propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) estão mais próximos de se tornarem terapias para os pacientes com Covid-19. Ele observa que, no entanto, mais alternativas são necessárias, especialmente substâncias já em produção nacional e com perfil de segurança superior a algumas destas moléculas inicialmente propostas pela OMS. Reforça também o alerta sobre os riscos da automedicação, uma vez que cada paciente deve ser assistido por seu médico, que deverá acompanhar o tratamento, especialmente no caso de novas doenças e remédios reposicionados.
A pesquisa, coordenada pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico emSaúde (CDTS/Fiocruz), envolve cientistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) – incluindo os Laboratórios de Vírus Respiratórios e do Sarampo, de Imunofarmacologia, de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas, e de Pesquisas sobre o Timo – e do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), além do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e da Universidade Iguaçu.
Modelagem molecular e testes com células
Considerando que trabalhos científicos anteriores já haviam apontado a protease viral ‘Mpro’ – uma enzima capaz de permitir que as proteínas do vírus sejam fabricadas corretamente – como um alvo central na busca de medicamentos para o novo coronavírus, os pesquisadores voltaram seus olhos para o potencial de uso do atazanavir.
Além de possuir ação sobre a Mpro, também existiam indícios da atuação da medicação sobre o trato respiratório, o que chamou a atenção dos cientistas na fase de seleção das substâncias a serem investigada.
Os pesquisadores realizaram três tipos de análises: observaram a interação molecular do atazanavir com a região específica de interesse do vírus Sars-CoV-2 (a Mpro), realizaram experimentos com esta enzima e testaram o medicamento in vitro, em células infectadas. Também foram realizados experimentos comparativos com a cloroquina, que vem sendo incluída em diversos estudos clínicos mundialmente, neste caso os resultados obtidos apenas com o atazanavir e em associação com o ritonavir foram melhores que os observados com a cloroquina o que motiva a equipe a avançar nestes estudos.
Do ponto de vista da produção nacional do medicamento, em um cenário de possível adoção como estratégia clínica, vale destacar que a produção nacional do insumo é realizada pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz).
Financiamento
O estudo contou com recursos financeiros da Fiocruz, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal (Capes). A iniciativa é realizada no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inovação em Doenças Negligenciadas, liderado pelo CTDS/Fiocruz e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e tecnologico (CNPq).