Daniel Moraes, especialista em marketing do Grupo IBEP e dono do @irmaoslivreiros, dá 5 dicas para te ajudar a engajar de uma vez por todas no hábito da leitura
Desde que o nicho da literatura cresceu na internet, criadores de conteúdo nos mostram a quantidade exorbitante de leituras que fazem durante o período de um ano. Conteúdos como “li 50 livros em 6 meses” estão cada vez mais comuns pelas redes sociais. Mas calma, se você ainda não leu o quanto queria em 2023, ainda dá tempo de inserir a leitura na sua rotina!
Daniel Moraes, especialista em marketing do Grupo IBEP e dono do @irmaoslivreiros, separou dicas para você salvar sua meta de leitura do ano e ficar muito engajado no hábito. Confira!
Comece devagar
Não adianta querer tirar o atraso das leituras de forma brusca e repentina ou até mesmo lendo livros com muitas centenas de páginas. Comece a rotina por aquele livro mais leve, curto, ou que trata um assunto que você já é bastante familiarizado. Se você optar por obras de conteúdo denso ou um calhamaço, pode acabar ficando desmotivado e não dar sequência à nova meta.
Opte por gêneros e obras que vai curtir
É muito melhor que você comece a rotina de leitura por obras que te trarão um sentimento de prazer ao ler, já que ainda precisa se acostumar com a nova meta. Por isso, além de começar devagar, o ideal é investir naqueles temas que têm tudo a ver com o que você tem mais curiosidade de saber sobre, e os assuntos do entretenimento que mais te despertam interesse, a fim de deixar a leitura prazerosa – e não traumática.
Faça cronogramas e metas
Separe horários específicos do seu dia para engatar exclusivamente na leitura. Isso vai te ajudar a ter foco nessa nova rotina, além de criar um hábito que vai te acompanhar nos próximos meses. Também é interessante elaborar metas de leitura, que casem com seu ritmo de funcionamento. Isso pode acontecer em relação ao tempo dedicado a um livro, ou até o número de páginas que você quer ler num dia, ou período de tempo.
Leia com amigos
Entrar nessa com outras pessoas pode te ajudar a ficar motivado e não sair da rotina. Convidar amigos para ter a mesma meta pode ser um incentivo tanto para você, quanto para eles. Hoje em dia, existem muitos clubes de leitura espalhados pelas redes sociais e, por lá, rolam metas de livros, discussões sobre obras diversas e momentos de leitura conjunta. Você pode participar de um ou montar o seu próprio com colegas!
Tenha seu próprio ritual
Uma coisa para deixar o momento de leitura mais prazeroso e, consequentemente motivador, é ter seu próprio ritual para o momento. Tem gente que tem ritual para antes de dormir, gente que tem ritual para ir na academia, e gente que tem um para ler!
Você pode ter um cantinho da leitura na sua casa, separar um copo de água, chá ou a bebida que preferir para relaxar nesse momento, ligar uma música ambiente – se isso funcionar para você – acender um incenso e voilà, deixar tudo fluir.
O importante é lembrar que a leitura deve ser vista como um hábito prazeroso priorizando o seu bem-estar e principalmente, seu ritmo, não queira ficar se comparando com outros leitores, cada um tem o seu.
O projeto Carrossel da Leitura já girou com a presença de escritores e distribuição de livros nas cidades de São José de Mipibu, Nisia Floresta, Currais Novos, Parnamirim e Lagoa Nova promovendo a literatura potiguar para alunos das escolas públicas do município. Para abrir a semana compartilhando conhecimento, o projeto oferecerá nesta terça-feira(25), às 19 horas, pelo youtube do projeto, sua quarta ação formativa virtual e gratuita. Desta vez o convidado é o jornalista, escritor e Professor Pós Doutor da UFRN, Adriano Gomes.
O tema escolhido para essa formação é “O que os olhos não leem o coração não sente – literatura e estética da recepção. A proposta é abordar questões da formação do leitor, à luz das teorias da estética da recepção e do efeito estético, destacando a memória como fenômeno cognitivo de internalização do conhecimento além da construção do repertório de leituras. “Asseguro que será um momento muito especial, é um prazer participar deste projeto tão fundamental para o incentivo da literatura potiguar. Essas formações objetivam alargar ainda mais a visão dos professores que têm uma missão importantíssima na formação literária das nossas crianças. ”Concluiu o escritor que já conta com nove livros infantis publicados.
A edição 2023 do projeto Carrossel da Leitura começou em abril deste ano, com ação formativa ministrada pela escritora Araceli Sobreira. Em maio, foi a vez da formação dada por Michelle Paulista e, em junho, quem ministrou a formação foi a pedagoga Angelita Araújo, especialista em alfabetização, que falou sobre contextos letrados e literatura potiguar.
O Projeto Carrossel da Leitura conta com patrocínio da Neoenergia Cosern e do Instituto Neoenergia por meio da Lei Câmara Cascudo e irá distribuir nesta edição de 2023, 1000 livros para escolas de 10 cidades, nos quatro cantos do Rio Grande do Norte. A última edição presencial do projeto ocorreu durante o festival literário do município de Lagoa Nova, na região seridó e emocionou a atenta plateia. “Fiquei muito feliz em participar do Carrossel da Leitura, em Lagoa Nova, junto com outros amigos escritores potiguares, levando meu livro bilingue “Vitória vai à feira”. Que venham novas edições.” Falou entusiasmada a escritora Tereza Custódio.
As oficinas de formação são oferecidas gratuitamente, de forma online, para todos os interessados. Inscreva-se no youtube (carrosseldaleitura2420) siga as redes sociais do @carrosseldaleitura, convide os professores para conhecer o projeto e ajude a literatura potiguar a girar. A próxima cidade a receber o Projeto será Santa Cruz.
Tá pertinho. Nesta terça, dia 18 de julho, dentro do II Festival Municipal Literário de Lagoa Nova, o @carrosseldaleitura vai girar com atrações culturais da literatura potiguar como as escritoras Tereza Custódio, Rosália Figueiredo e Drika Duarte que levarão a alegria dos livros infantis para a cidade.
Até o próximo mês de setembro o Carrossel vai girar por mais 5 cidades do Rio Grande do Norte. “A chegada do Carrossel de Leitura à Lagoa Nova traz o encanto e a alegria dos parques de diversão e dos circos que chegam ao interior. Me alegra saber que os livros estarão nas mãos dos leitores e que os autores poderão abraçar as crianças que leem suas obras, girando conhecimento e desejos de que minha cidade seja uma cidade leitora e apaixonada por livros,” revelou a autora Paula Belmino, escritora do município de Lagoa Nova.
O Projeto, nesta edição de 2023, contemplará 10 municípios, tendo já girado pelas cidades de São José de Mipibu, Nisia Floresta, Currais Novos e Parnamirim, levando escritores locais e distribuindo gratuitamente livros de autores potiguares. ” O Carrossel da Leitura participou da reinauguração da Biblioteca Municipal Rômulo Wanderley, de Parnamirim, reunindo as crianças, mediadores de leitura, pais, professores, autoridades, autores e contadores de história. Os livros seguiriam com eles, para suas escolas e/ou casas, com direito a autógrafos, num processo de afetividade e encantamento”. Declarou emocionada a escritora Anchella Monte.
O projeto Carrossel da Leitura, conta com patrocínio da Neoenergia Cosern e do Instituto Neoenergia por meio da Lei Câmara Cascudo. Além dos eventos presenciais e das oficinas de formação estão sendo distribuídos 1000 livros para as bibliotecas das escolas da rede publica do municípios contemplados. A próxima cidade a receber o projeto será o município de Santa Cruz. “Antes do próximo encontro presencial iremos realizar a oficina de formação online para professores que será ministrada no próximo dia 25 de julho pelo Doutor em Educação e escritor, Adriano Gomes. Todos que amam a literatura potiguar, estão convidados a girar no Carrossel junto com a gente!” Concluiu a escritora Drika Duarte que também é coordenadora do projeto.
Saiba mais pelas redes sociais @carrossel da leitura e se inscreva no youtube do projeto!
Entrevistas e informações pelos telefones: (84)994546815 e (84) 996283152
Daniela Yoshida Divulgação – Literare Books International
“O olho vê somente o que a mente está preparada para compreender” (Henri Bergson)
O neuro optometrista é o profissional que avalia as medidas da visão, considerando a importância do cérebro na percepção visual, ou seja, como a luz captada pelos olhos é transformada em imagens no cérebro para entendermos a realidade do mundo. O que vemos não é exatamente o que existe na realidade, mas sim uma percepção formada pelo cérebro a partir das nossas experiências vividas.
Quando as informações visuais não estão organizadas é impossível compreender bem as informações dos demais sentidos – audição, tato, paladar, olfato, propriocepção – sem fazer um grande esforço. Estas alterações no processamento visual podem trazer alterações sensoriais e sintomas de atraso no neurodesenvolvimento principalmente em pessoas no Espectro do Autismo, que podem apresentar como consequência, problemas de aprendizagem e no comportamento.
Pense agora e responda as perguntas abaixo:
Você tem que fechar um olho ou movimentar a cabeça para ver?
Você tem dificuldades para ler e escrever?
Você sente falta de confiança para andar?
Você sente incomodado em ambiente com muitas pessoas?
Você sente desconforto com o brilho da luz?
Saiba que é importante procurar uma avaliação do processamento visual se você respondeu sim a uma das perguntas acima.
A visão é a capacidade de enxergar que pode ser aprendida durante toda a vida, e está relacionada à habilidade de leitura e escrita. Um exemplo importante de uma habilidade visual necessária para ler e escreve são: a capacidade de ajustar o foco e deixar a imagem nítida; e a capacidade de aproximar os olhos para enxergar um objeto, pois é a partir dessas habilidades que a visão dos dois olhos conseguirá formar uma única imagem.
Outra habilidade necessária durante a leitura é a capacidade de seguir objetos com os olhos em uma linha contínua chamada de rastreamento visual, que pode interferir em atividades que exigem atenção, concentração, assim como para atividade de leitura e escrita.
Quando uma criança apresenta dificuldades escolares, é importante ressaltar a necessidade de uma avaliação do processamento visual por um neuro optometrista. A avaliação com este profissional será importante para descobrir se há uma boa percepção visual e, consequentemente, uma boa e capacidade de aprendizagem para a leitura e a escrita. Em caso de alterações encontradas é indicado um tratamento com terapia visual com estimulações e exercícios visuais para aumentar a consciência sobre o que enxergamos.
A terapia visual pode ser trabalhada com lentes, prismas, filtros coloridos e realiza exercícios com os olhos, sendo uma ótima uma solução para trabalhar as dificuldades de aprendizagem ao trabalhar as habilidades visuais das crianças em fase escolar. Os benefícios dos exercícios visuais podem melhorar a acuidade visual, a visão dos dois olhos trabalhando em conjunto, a percepção visual e melhorar a compreensão na leitura, bem como as capacidades para a escrita, aumentando os desempenhos escolares dos alunos, principalmente nos casos de transtornos de desenvolvimento infantil.
Por isso, nos casos de dificuldades no neurodesenvolvimento é imprescindível o acompanhamento por um profissional neuro optometrista para verificar a necessidade de terapia visual durante a fase escolar das crianças, adolescentes e até mesmo de adultos, uma vez que existem mais de 50 tipos de testes para avaliar e medir a visão e pelo menos 17 habilidades visuais ligadas à aprendizagem.
(*) Daniela Yoshida – optometrista, professora e autora do livro “Autismo: uma maneira diferente de ser” com o capítulo “Transtorno do Espectro Autista (TEA) e visão”. Instagram: @daniyosh
A Biblioteca Municipal de Parnamirim, Professor Rômulo Wanderley, antes localizada na parte superior do Teatro da cidade, tem agora prédio próprio que foi revitalizado e será inaugurado no próximo dia 27 de junho, às 9 horas da manhã, com a presença do Projeto Carrossel da Leitura que está levando a alegria dos livros infantis para várias cidades do Rio Grande do Norte.
O Projeto, nesta edição de 2023, contemplará 10 municípios e já passou pelas cidades de São José de Mipibu, Nisia Floresta e Currais Novos chegando agora, a Parnamirim, com a participação das escritoras potiguares Anchella Monte e Ana Celina e do escritor Weid Sousa que lançará seu mais novo livro: Um circo em meu Quintal – apresentado, de forma lúdica, temas educativos para a criançada. “ Lançar o meu novo livro no Projeto Carrossel da Leitura é uma alegria, porque o projeto nos ajuda a promover a literatura voltada para a infância, estimulando o amor das crianças pelos livros. Em cada cidade que chegamos, unimos a sala de aula com os autores potiguares e isso é magico!” Declarou feliz o autor Weid Sousa.
A literatura é fundamental por vários aspectos, estimula a imaginação, a criatividade, o raciocínio lógico, amplia a capacidade interpretativa, a comunicação. No intuito de promover a leitura desde a primeira infância e a produção de livros infantis, especialmente de artistas potiguares, o Projeto Carrossel da Leitura foi criado e está cada vez mais se consolidando como ferramenta estratégica desta missão, entre leitores e escritores potiguares. Esse foi um dos motivos da escolha do Projeto para inaugurar a nova biblioteca de Parnamirim. “Neste momento tão importante de reabertura da Biblioteca Municipal Rômulo Wanderley, é uma honra receber o Carrossel da Leitura, que fará circular livros e escritores potiguares em nosso solo. Sendo a infância um tempo de possibilidades e descobertas, palavras preciosas serão entregues aos nossos leitores em construção na cidade de Parnamirim.” Esclareceu Angelica Vitalino, assessora da biblioteca municipal Romulo Wanderley.
O incentivo à leitura, valorizando os artistas potiguares, e a alfabetização está na pauta dos desafios que a Educação precisa adotar como prioridade para o enfrentamento das desigualdades e das barreiras escolares. Aprender a ler e escrever com fluência e compreensão é a porta de entrada para o sucesso. Sintonizado com essas questões, o Projeto Carrossel da Leitura, além das vivências presenciais de incentivo a leitura, está oferecendo de forma online, gratuitamente, dez oficinas de formação para professores.”A literatura tem um papel importante na construção do imaginário infantil e traz narrativas em vários contextos comunicativos, o que potencializa e facilita esse acesso. A oficina que realizamos apresentou situações reais de aprendizagem mediadas pela literatura infantil de escritores potiguares através de uma experiência promissora com o *Projeto Mobilização pela Alfabetização* na comunidade de Pium, em Parnamirim.” Esclareceu Angelita Araujo, responsável por ministrar uma das três oficinas já realizadas pelo projeto.
O projeto Carrossel da Leitura, que conta com patrocínio da Neoenergia Cosern e do Instituto Neoenergia por meio da Lei Câmara Cascudo, também está distribuindo, nesta edição de 2023, 1000 livros para as bibliotecas das escolas da rede publica do municípios contemplados. A próxima cidade a receber o projeto será o município de Lagoa Nova. Saiba mais pelas redes sociais @carrossel da leitura e se inscreva no youtube do projeto!
Entrevistas e informações pelos telefones: (84)994546815 e (84) 996283152
O projeto Carrossel da Leitura, que conta com patrocínio da Neoenergia Cosern e do Instituto Neoenergia por meio da Lei Câmara Cascudo, irá distribuir nesta edição de 2023, 1000 livros para escolas de 10 cidades, nos quatro cantos do Rio Grande do Norte. Os municípios de São José de Mipibu, Nisia FLoresta e Currais Novos, já receberam o projeto de forma presencial. Ao todo também serão realizadas 10 oficinas formativas online. Todas as ações estão encantando os participantes. “O Projeto Carrossel da Leitura é mais que um encontro entre leitores e escritores, é momento de se encantar e promover o acesso ao livro, à poética da infância e fazer a cadeia produtiva da arte e da literatura cirandar.” Afirmou a escritora Paulo Belmino que participou do evento em Currais Novos.
A leitura de livros é base para a formação de um olhar ampliado para a vida, daí a importância que professores estejam capacitados para promover a leitura especialmente de autores potiguares, missão maior de projetos como o Carrossel da Leitura. Além disso houve o aumento da taxa de analfabetismo após a pandemia e a necessidade cada vez maior de projetos que estejam compromissados com a agenda 2030 e o ODS educação de qualidade. “A edição 2023 do projeto começou em abril com uma ação formativa online para professores, ministrada pela escritora Araceli Sobreira, em maio foi a vez da formação dada por Michelle Paulista e agora, no dia 14 de junho, às 19 horas, os professores vão poder aprender com a pedagoga Angelita Araújo, especialista em alfabetização, contextos letrados e literatura potiguar.” Esclareceu a coordenadora geral do projeto a também escritora Drika Duarte.
As oficinas de formação são oferecidas gratuitamente, de forma online, para todos os interessados. Inscreva-se no youtube (carrosseldaleitura2420) siga as redes sociais do @carrosseldaleitura, convide os professores para conhecer o Projeto e ajude a literatura potiguar a girar. “É uma alegria participar de um projeto lindo como esse. Ao facilitar o acesso à leitura de qualidade, além de cumprir um de- ver previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, estamos plantando sementes de um futuro melhor e mais humanizado para nós e para as futuras gerações.” Concluiu agradecida a pedagoga responsável pela próxima formação, Angelita Araújo.
O projeto “Carrossel da Leitura” surgiu em 2019 para promover o amor pela leitura e fomentar a circulação, apreciação e distribuição de obras potiguares voltadas para a literatura infantil. A próxima cidade a receber o Projeto será Parnamirim.
Entrevistas e informações pelos telefones: (84)994546815 e (84) 996283152
Cada atividade tem seus impactos no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças
A leitura é uma atividade que pode e deve ser estimulada na escola e pela família. Se bem conduzido, esse processo pode se tornar um hábito na vida da criança, que terá muitos benefícios ao longo da vida, seja para lazer, para estudo e aprofundamento de conhecimentos.
O primeiro contato com livros é por meio da contação de histórias e leitura conjunta. Para a coordenadora da Educação Infantil do Colégio Marista de Criciúma, Soraia Vidal, ao aprender a ler a criança demonstra que está crescendo e se “libertando” do mundo adulto. “A leitura é uma de suas primeiras grandes conquistas, e por meio dela desenvolve sua autonomia e protagonismo”, explica.
Mas esse hábito não precisa acabar conforme a criança for evoluindo na aprendizagem. A leitura compartilhada pode abrir muitas possibilidades para além da simples leitura, na opinião de Soraia. “Por meio dela podemos fazer grandes reflexões, expressar as emoções e sentimentos que a leitura despertou e desenvolver a criatividade”, pontua.
Evolução ou desapego?
Para algumas crianças, a leitura compartilhada continua tendo sua preferência, mesmo já sabendo ler. Isso acontece porque, de acordo com Jacqueline Nicoladeli Goncalves Teixeira, coordenadora do Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Marista de Criciúma, ouvir pode ser mais fácil do que ler. “Há crianças que são melhores ouvintes e que ouvindo conseguem ir longe na imaginação criando e recriando contextos”.
No entanto, estimular a leitura individual é de grande importância, pois traz grande salto no desempenho acadêmico e sócio emocional do estudante. “Uma vez conquistado o hábito da leitura esse o seguirá por toda sua vida. A escola e a família são responsáveis por este processo e cabe a elas estimular e proporcionar situações significativas que envolvam a leitura”, conclui Jacqueline.
Ícone da história em quadrinho, Turma da Mônica completa 60 anos e segue na lista dos preferidos
De quadrinho em quadrinho, com diálogos curtos e envolventes, os gibis facilitam a alfabetização de milhares de crianças pelo país. A Turma da Mônica, referência quando se trata do assunto, completa 60 anos em 2023, com 12 milhões de gibis por ano lidos por crianças e adultos. De acordo com a última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro, em 2019, sobre os hábitos do leitor brasileiro, as crianças do Ensino Fundamental 1 e os jovens da faculdade são os que mais leem histórias em quadrinhos (HQs). A pesquisa revela, ainda, que livros de literatura e HQs estão empatados nas preferências dos entrevistados, perdendo apenas para os jornais.
“A leitura contribui com habilidades socioemocionais que o ser humano precisa aprimorar ao longo da vida, como empatia, senso crítico e noção de pertencimento a partir da identificação com os personagens da história. O apelo visual, a dinâmica ágil da narrativa em quadrinhos e o humor presente no enredo fazem com que o momento da leitura seja prazeroso e descontraído, despertando ainda mais interesse pelos textos”, afirma a professora de Oficina de Leitura e Redação do Colégio Positivo, Liliani Aparecida da Rosa.
Responsáveis pela formação de muitos leitores de gibis, Maurício de Sousa e equipe abordam temas diversos e atuais nas histórias, que agradam a todos os públicos. Sempre com novidades, foi possível manter um público fiel por tantas décadas. Na pesquisa do Instituto Pró-Livro, quando perguntados sobre o último livro que leu ou está lendo, dos 37 títulos mais citados, a Turma da Mônica está em terceiro lugar, empatado com Diário de um Banana.
Quem acompanha as histórias da Turma da Mônica quer mais, e os personagens foram transformados em ícones da cultura pop. Por meio da intertextualidade, os personagens aparecem em diferentes versões, como séries, filmes e obras de arte, como Mônica Monalisa. Segundo levantamento do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual da Agência Nacional do Cinema (Ancine), dos dez filmes mais vistos em 2021, cinco são baseados em personagens nascidos dos quadrinhos, já consagrados no papel e que querem ser vistos na telona.
Outra característica marcante das histórias em quadrinhos é que elas mostram temas complexos para leitores iniciantes de forma mais fácil. Contudo, é preciso que o conteúdo seja adequado à idade da criança. “Não há dúvidas de que os gibis podem ser fundamentais no processo de incentivo à leitura para crianças, no entanto, pais e professores precisam estar atentos à faixa etária indicativa dos quadrinhos, já que é um universo bastante variado e complexo. Além disso, para que a criança evolua na leitura, é importante disponibilizar outros gêneros narrativos, que apresentam, gradativamente, desafios de leitura. Por fim, desenvolver o hábito da leitura em crianças e adolescentes é um processo que inicia pela escuta e leitura prazerosa de obras que os agradem e que, de alguma forma, criam memórias afetivas nos jovens leitores”, comenta Liliani.
Ler é um hábito que todo mundo deveria ter, mas nem todo mundo tem esse costume. A falta de tempo e a rotina diária são alguns dos motivos que impedem as pessoas de se envolverem com os livros. No entanto, a leitura traz muitos benefícios, como aumentar o vocabulário, desenvolver a criatividade e melhorar a concentração.
Se você também não tem o hábito de ler, saiba que é possível mudar essa situação. Basta ter disciplina e persistência. Neste artigo, vamos dar 3 dicas que vão te ajudar a criar o hábito da leitura.
Dica 1: Encontre um bom livro!
Para encontrar um bom livro, você precisa entender o que está procurando. Primeiro verifique o tema e o gênero, depois observe o formato. Hoje em dia, existem inúmeras opções, desde livros eletrônicos a livros físicos, e você pode escolher aquele que melhor se adapta às suas necessidades.
Além disso, considere fazer alguma pesquisa sobre esse tema, navegando na internet, pedindo a opinião de amigos ou procurando alguma recomendação. Se você estiver buscando algum conserto de aquecedor de gás, um livro específico pode fornecer informações de manutenção que você não teria em outras fontes de informação.
Afinal, pode ser divertido procurar o livro perfeito para você. Ao escolher um, lembre-se de que a leitura é sua maior prioridade, portanto, encontre um livro que se adapte ao seu estilo e preferências. Ter o hábito da leitura nunca foi tão simples como agora. Existem formas criativas e divertidas para quem deseja adquirir esse costume.
Um tablet ou celular pode ser uma ótima alternativa para as pessoas que querem adquirir o hábito de ler mais. Esses equipamentos podem fornecer conteúdo editorial sobre tópicos variados, de forma interativa, contribuindo para melhorar a experiência do usuário.
Fora outras opções, como blogs, conteúdos nas redes sociais de diversas esferas, e também revistas on-line. Assim, você pode ler sobre assuntos diversos como funciona a válvula borboleta, para instruí-lo melhor no seu trabalho, ou até sobre moda.
Além de outras opções, como blogs, conteúdos em redes sociais de diversos âmbitos, e também revistas online. Assim, você pode ler sobre diversos assuntos como recarga de extintores, para instruí-lo melhor no seu trabalho.
Dica 2: crie um momento especial para ler
Ler é uma forma maravilhosa de relaxamento para a mente e o corpo. Para aproveitar todos os benefícios dessa atividade, é importante criar um momento especial. Dessa forma, lembre-se de investir em um suporte para garantir que o livro ou até mesmo o celular fique no lugar.
Vale ressaltar que você também pode acrescentar alguns enfeites ou objetos decorativos para deixar o ambiente aconchegante, como almofadas e luminárias de leitura. Assim, você terá um local ideal para se distrair e curtir a leitura.
É possível criar um cantinho especial para ler, e uma ventosa de silicone de vidro pode contribuir para isso, ajudando a manter a página aberta e evitando que o livro se mova. Além disso, a leitura pode ser ainda melhor com o uso de itens decorativos, tornando o ambiente aconchegante e tranquilo.
Dica 3: compartilhe sua experiência com outras pessoas
Com o aumento da popularidade das rodas de leitura, muitas pessoas estão querendo experimentar e compartilhar seu amor por livros com outros. Isso pode acontecer de várias maneiras, incluindo recomendar livros, e até manuais de como montar um filtro de carvão ativado, discutir opiniões de leitura e muito mais.
Compartilhar seu conhecimento com outras pessoas é uma ótima maneira de melhorar o valor da leitura para todos. Também pode ajudar as pessoas a encontrar livros que amam e discutir obras mais profundamente. Assim, quando você compartilha sua experiência, é possível contribuir para uma comunidade de leitores cada vez maior.
Por que é importante ler?
A leitura faz parte de uma abordagem holística para o crescimento e desenvolvimento profissional, pois abre caminho para uma série de possibilidades, e é a chave para um aprendizado contínuo. Portanto, se você quer se dar bem na vida, desenvolva o hábito de leitura.
Esse hábito é importante para todos, pois pode permitir que as pessoas vejam o universo de uma forma diferente. Afinal, pode melhorar o rendimento escolar, pois é um meio de armazenar e organizar as informações, melhorando assim o conhecimento.
Também ajuda a melhorar a capacidade de escrita, pois ao ler, as pessoas começam a imitar o estilo de escrita. Uma das principais vantagens do hábito da leitura é que ele amplia nosso vocabulário, aprimora nosso conhecimento linguístico e ainda faz com que as pessoas se exponham mais.
Além de todas essas vantagens, o hábito da leitura ajuda a desenvolver algumas habilidades, como a capacidade de pensar criticamente. Por isso, é importante ser aderido por todos.
Se você quer ler mais, mas não sabe por onde começar, essas três dicas vão ajudar. Experimente colocá-los em prática e veja como você pode tornar o hábito da leitura uma parte cada vez maior da sua rotina. Você vai se surpreender com os benefícios que a leitura pode trazer para sua vida!
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Este artigo foi produzido pela equipe do Soluções Industriais
Quem quer incrementar a leitura no período de férias ou quer incentivar os filhos adolescentes a lerem mais antes de começar a escola pode apostar na poesia.
Fazer com que alguns jovens leiam mais pode ser um desafio, mas tem coisa melhor do que aumentar o conhecimento e ainda ter momentos prazerosos nas férias? Uma das formas de incentivar a leitura é contar com a ajuda da dobradinha poesia + coração partido e o livro Coisas que Guardei Pra Mim, da escritora Samara Buchweitz, pode ser a melhor pedida.
Com uma pegada jovem, a poesia de Samara bate direto no coração dos leitores que estão descobrindo agora como lidar com as próprias emoções. Escrito depois de um rompimento amoroso, como uma forma de “exorcizar” os fantasmas da relação, Coisas que Guardei Pra Mim é uma leitura gostosa e que permite identificação imediata.
A escritora enfatiza: “quem nunca sofreu por amor? Quem nunca se sentiu mal, ou inferior, ou até mesmo sem chão depois de um término ou uma decepção? Acredito que é o conteúdo intenso, mas muito natural que gera a conexão com as pessoas, especialmente as mais jovens”.
Coisas que Guardei Pra Mim inspira a lidar com as próprias emoções e pode ser uma forma de entretenimento e de aprendizagem de si mesmo. “É muito bacana ver as pessoas compartilhando trechos do livro nas redes sociais e formando verdadeiras teias de conexão”, revela Samara.
Quer quiser apostar na leitura nessas férias, pode clicar AQUI para adquirir o livro.
Com ilustrações de sensíveis de Laerte Silvino, o livro de Samara convida a chorar, rir, se emocionar, e facilmente leva a um sorriso de satisfação. E isso nos dá a certeza de que estamos sendo acolhidos e que todos nós, em algum momento, estamos conectados por um fio transparente chamado emoção.
Quem é Samara Buchweitz
Samara Buchweitz é escritora desde que se conhece por gente. Cresceu entre livros e autores, na editora de seus pais, e descobriu na escrita a melhor forma de expressão. Aos 21 anos, se firmou na poesia e convenceu os pais a editar seu primeiro livro autoral: Coisas que Guardei pra Mim. Em breve, vem novidade por aí.
Marcos Alexandre Gurgel de Lima – Gestor de TI Casa Durval Paiva
A leitura é uma prática de extrema importância e é através dela que exercitamos a nossa mente, desenvolvemos nosso raciocínio e aumentamos a nossa base de conhecimento, ou seja, adquirimos sabedoria.
Atualmente, passamos por uma crise literária, onde percebemos que as facilidades, através do advento da tecnologia, que deveriam favorecer a leitura com conteúdo rico e contextualizado, apresentam um resultado consideravelmente contrário, pois se prioriza, muitas vezes, acesso a um conteúdo resumido, pobre e com pouco ou nenhum referencial.
Sabemos das beneficies que os livros, revistas, artigos e materiais afins nos trazem e para que possamos utilizar esta infinita fonte de informações e conhecimento encontramos ferramentas que organizam e normatizam estes materiais.
A biblioteca é item fundamental na qualidade do desenvolvimento humano e tem como objetivo disponibilizar acervo e organização destas literaturas ao público em geral, que busca conhecimento.
Infelizmente, temos acompanhado notícias de fechamento de muitas bibliotecas públicas, eram 6.057, em 2015, reduzindo para 5.293, até 2020, segundo estimativas apontadas pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP). Reduzindo ainda mais o acesso ao público vulnerável, que tem dificuldade de adquirir livros.
A Casa Durval Paiva possui uma biblioteca para atender a seus beneficiados, que são acompanhados em regime de classe domiciliar e classe hospitalar.
Diante da necessidade da CDP em disponibilizar acesso a livros e material didático para seus beneficiados, que estão fora das dependências, podemos aproveitar os recursos que a tecnologia nos oferece, adotando um sistema gerenciador de biblioteca online, ferramenta web gratuita, responsável em prover o acesso ao acervo da biblioteca via internet, para uso de seus atendidos.
Imagine… Era uma vez… O que vem a sua mente, ao ler essas frases? Parece que elas são mágicas e preparam o nosso cérebro para se abrir para um mundo cheio de possibilidades. Se isso aconteceu contigo, é porque alguém o fez sonhar, viajar e mergulhar no fantástico mundo da leitura. Se elas exercem um poder imaginativo em ti, é inegável o impacto positivo que a leitura traz para uma criança. Você é a prova viva disso!
Por isso, eu te pergunto, caro leitor: quem marcou a sua história por meio das histórias? Parece uma pergunta redundante, mas não é. Então, me diga: quem é essa figura que construiu contigo memórias afetivas, sensações, cheiros, paisagens e sentimentos? Sim, a leitura possibilita também a construção de memórias, nos leva a lugares “nunca antes navegados” e nos ajuda a encontrar respostas para aquilo que não cala no coração. Quem alimentou de sonhos, criatividade e viajou sem sair do lugar com a criança que ainda está aí viva (talvez, um pouco espremida) dentro de você? Pensou?
Divulgação / Liliane Mesquita
Agora, pergunto-lhe: quem é essa figura para o seu filho? Você é o protagonista, o coadjuvante ou não é um personagem dessa história no mundo dele? Saiba que, antes do espaço escolar, é no seio familiar que se deve iniciar o contato com a literatura, que pode ocorrer desde o ventre materno.
Como diz a frase, de autor desconhecido, “a palavra convence, o exemplo arrasta”. Sendo assim, quando você lê para uma criança, principalmente nos anos iniciais, além de estreitar laços com ela, tranquilizá-la e estimular seu desenvolvimento em diferentes aspectos, tais como: cognitivo, linguístico, criativo… tem com ela um momento especial e potente na construção de um referencial leitor afetivo.
Qual referencial quer deixar para ele ou ela? Saiba que navegar pela literatura com seu filho não só o ajudará na escola, mas na vida! O hábito de leitura expande seus horizontes e amplia o seu olhar de como se vê e sente o mundo. As palavras tem um poder mágico, sabia? Nos torna mais humanos, empáticos, solidários, respeitosos, dispostos a ouvir, auxilia a lidar com suas emoções, desperta o sentimento de pertencimento, traz segurança, autoconhecimento e autoconfiança.
Um texto com mais perguntas do que respostas, não poderia terminar se não provocando uma pergunta final: quais memórias afetivas e leitoras você tem construído com seu filho? Pense nisso, chame-o, dê-lhe um afago, pegue um livro, revisite a sua criança interior e construa hoje com seu filho uma linda história. Cative sempre boas leituras!
Divulgação/ Liliane Mesquita
*Liliane Mesquita é pedagoga, psicopedagoga, orientadora educacional, dinamizadora de leitura e escritora de livros infantis – autora de “O desaparecimento do Senhor Abraço”, “Onde é o lugar de Dandara?”,“Qual é a sua forma?” e “Poesia no futebol”.
Desde a vida dentro da barriga da mãe, o bebê já consegue ouvir os sons externos do mundo que o cerca. Em uma pesquisa realizada com gestantes, os cientistas pediram que as mães lessem um texto para os bebês ainda no útero, durante seis semanas.
Após o parto, ao ouvirem novamente o mesmo trecho, o estudo demonstrou que os pequenos se acalmavam – diminuindo a frequência cardíaca – e acionaram a parte do cérebro relativa à memória, ou seja, a familiaridade com a cadência do texto, lido pela mãe, era capaz de influenciar o comportamento dos bebês.
Esse é um período de desenvolvimento cerebral intenso, em que os bebês já serão capazes de identificar os padrões rítmicos da leitura. Mas além do potencial de desenvolvimento cognitivo para as crianças, o que os especialistas defendem é que a leitura em voz alta para os recém-nascidos é uma ferramenta importante para criação do vínculo afetivo entre a criança e seus cuidadores, tão fundamental nesse estágio da vida.
Mas, para quem deseja saber o que a leitura fará ao cérebro dos bebês, vale destacar que ao ler para o recém-nascido, os pais também proporcionam à criança em desenvolvimento, por exemplo, o contato visual, promoção da linguagem, construção de vocabulário e habilidades emocionais e cognitivas importantes.
Além disso, a leitura em voz alta nos primeiros meses de vida promove a sensação de segurança ao bebê. A voz materna, ou paterna, é uma poderosa fonte de segurança.
Clássicos da poesia infanto-juvenil, escritos especialmente para as crianças, auxiliam a percepção do bebê por fornecerem padrões rítmicos estáveis e recorrentes. Além de captar a emoção de quem está lendo, por meio da expressão da voz, o bebê será exposto aos arranjos e musicalidade da literatura, que é diferente da comunicação verbal cotidiana.
Nos primeiros meses, a visão do bebê ainda não é totalmente desenvolvida. Por isso, a audição é uma forma de captar o mundo exterior. Aproveite para apresentar a ele poemas que você gosta, trechos de livros que esteja lendo ou alguma história da sua infância.
Mesmo os recém-nascidos já serão capazes de absorver rimas, assonâncias e aliterações contidas no texto. A leitura em voz alta promove, a longo prazo, o desenvolvimento da atenção, da memória e da retenção das crianças.
(*) CEO do Instituto NeuroSaber (www.neurosaber.com.br), Luciana Brites é autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, palestrante, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo, além de ser Mestra e Doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento pelo Mackenzie
Dados estão disponíveis no relatório de 10 anos da Harvard-Brazil
Com o aumento do uso e a popularização de aparelhos móveis com conexão à internet no Brasil, é possível imaginar que crianças e jovens estão cada vez mais informados e lendo mais a partir dos meios digitais. Entretanto, segundo o Relatório do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), publicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em 2018, a cada dez alunos do estado do Rio Grande do Norte, aproximadamente sete deles estão no nível básico de leitura, ou seja, o grau mais baixo de proficiência em leitura, caracterizado pela habilidade de reconhecer apenas palavras simples.
A ausência do desenvolvimento de habilidades de leitura pode resultar em grandes desafios para a continuidade e a manutenção dos estudos dos jovens, dificultando sua inserção no mercado de trabalho e também o acesso a espaços culturais e de lazer que envolvam a interpretação textual. Com o intuito de entender mais sobre essa questão, não só no estado do RN, a professora Cíntia Alves Salgado Azoni, do Departamento de Fonoaudiologia da UFRN, colaborou com a pesquisa Examining the effects of Covid-19 restrictions on literacy practices in a child’s home: a global survey study, realizada em várias regiões do mundo, incluindo o Brasil, que caracteriza e quantifica os impactos causados pela leitura em crianças de zero a onze anos, pertencentes a diferentes classes sociais, no período entre 2020 e 2021.
Smartphones estão cada vez mais presentes nas vidas cotidianas das crianças brasileiras
A professora destaca que as regiões Norte e Nordeste foram as que menos responderam ao formulário on-line, disponibilizado pela pesquisadora durante o período de coleta de dados. Majoritariamente, as respostas vieram de uma parcela da população brasileira mais privilegiada, ou seja, que têm acesso a ferramentas para responder ao questionário virtual, como smartphones e conexão à internet, o que torna o quadro ainda mais preocupante. “Veja que contradição, embora sejam famílias de maior nível socioeconômico, que responderam ao questionário, mesmo assim, a quantidade de livros e acesso nesses lares ainda é muito pior do que em outros países”, explica Cíntia.
Quando a equipe se deparou com os resultados parciais, visto que o estudo ainda está em andamento, os pesquisadores chegaram à conclusão de que, nesse segundo momento, seria necessário focar nas famílias de baixa renda que não conseguiram participar no primeiro momento, respondendo ao questionário on-line. “Agora, em 2022 e 2023, estamos procurando essas famílias nas escolas públicas, para investigarmos quais são essas práticas de literacia familiar, ou seja, o quanto os responsáveis estimulam essas crianças em ambiente familiar [para a leitura]”, diz Cíntia.
Equipe UFRN e equipe Harvard em reunião na cidade de Boston (2017) – Foto: Arquivo pessoal
De acordo com o Relatório Nacional de Alfabetização Baseado em Evidências (RENABE/ME), publicado no ano de 2021, a fluência em ler pode ser estimulada muito antes do contato formal da criança com a escola. Quando os pais ou cuidadores lêem para uma criança, desde a mais tenra idade, já estão preparando-a para o desenvolvimento dessas práticas.
Falta de acesso
A pesquisa aponta que famílias que residem em áreas rurais e cidades menores têm menos acesso a livros, comparado com famílias que moram em capitais e grandes centros urbanos. Outro indicativo é que, nesse mesmo período, os lares brasileiros adquiriram mais livros digitais e jogos eletrônicos. Com a prática do isolamento social, mais adultos optaram por esse tipo de lazer. Entretanto, práticas de leitura voltadas às crianças diminuíram consistentemente. “Um dado bem pontual é que a família brasileira compra muito menos livros do que nas outras regiões onde a pesquisa foi implementada. Nós fazemos parte de uma cultura que não valoriza a leitura”, pontua a professora.
A Examining the effects of Covid-19 restrictions on literacy practices in a child’s home: a global survey study ainda afirma que uma escola de qualidade precisa oferecer oportunidades para que todas as crianças possam se tornar leitoras competentes e proficientes. É ressaltada ainda a necessidade de inserir novas estratégias, com o intuito de estimular a prática desde a educação infantil. Na 5ª edição da Retratos da Leitura no Brasil, realizada em todo território nacional no ano de 2019, alguns dados acerca dos hábitos de leitura no Brasil também corroboraram com o estudo desenvolvido pela professora da UFRN. Neste estudo nacional, 65% das crianças, de idades entre cinco e dez anos, relataram não ler mais por não saberem.
A escola e as famílias detém a responsabilidade de oferecer oportunidades de formar leitores
A Retratos da Leitura no Brasil é realizada pelo Instituto Pró-Livro desde 2007, e tem como objetivo avaliar o comportamento do brasileiro em relação aos hábitos de leitura, além de conhecer o perfil do leitor, e também do não leitor, identificando seu comportamento quanto a intensidade, forma, limitações, motivações e condições de leitura e acesso a livros, sejam impressos ou digitais.
Para Alda Martiniano Lima, professora da rede municipal, são diversos fatores que contribuem para a defasagem de leitores no Brasil. “A criança aprende observando, se ela vê que seus responsáveis têm gosto pela leitura, ela tem mais chances de desenvolver esse hábito. Ainda que existam aptidões individuais, no qual a criança lê mesmo sem incentivo, é muito mais difícil”, explica. Alda aponta ainda que muitos pais não dispõem de recursos financeiros para investir em literatura. “Temos também casos que os pais ou responsáveis não sabem ler, ou lêem com muita dificuldade, restando para as crianças terem essa vivência apenas nas escolas”. Apesar das dificuldades, ela percebe impactos positivos, mesmo que pequenos, da relação entre as famílias e o incentivo à leitura para os pequenos.
Outro dado é que, após o retorno gradativo das atividades presenciais, os números voltaram a decrescer na compra de livros digitais, independentemente do grupo étnico ou do poder aquisitivo dos adultos pesquisados. O grau de escolaridade também foi levado em consideração: a frequência de atividades de leitura, em famílias com maior nível de estudo, aumentaram, enquanto que não houve diferença significativa na periodicidade em famílias com menores níveis.
Dislexia
Para crianças com dislexia, que já estavam em desvantagem no período pré-pandêmico ㅡ devido às dificuldades que esse distúrbio genético impõe à leitura ㅡ, a frequência das práticas de alfabetização permaneceram em baixa por parte dos cuidadores. Durante as restrições causadas pela pandemia de covid-19, essas crianças necessitaram de mais auxílio das famílias e dos educadores para concluírem as atividades escolares, e receberam menos atenção dos professores, passando menos tempo com atividades acadêmicas.
A tecnologia pode ser uma aliada na formação acadêmica de crianças e adolescentes
No geral, a boa notícia é que as crianças passaram a se interessar mais pela leitura, mesmo após as famílias e cuidadores voltarem para suas rotinas presenciais. Crianças com ou sem dislexia passaram também a utilizar mais aparelhos eletrônicos, principalmente tablets, além de assistirem mais televisão e jogar videogames.
Segundo André Tobias, 23 anos, que acabou o ensino médio apenas em 2021 aos 22 anos, a dificuldade em acompanhar os conteúdos escolares sempre foi recorrente em sua vida. Em 2019, o jovem descobriu ter Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e dislexia. No ensino fundamental, André sempre foi tido como preguiçoso e bagunceiro por seus professores, visto que não conseguia manter o mesmo ritmo de seus colegas de classe, o que resultou em constantes períodos de evasão escolar.
“Quando eu era mais novo, sempre foi muito difícil me concentrar nas aulas e me adaptar no ambiente escolar. A única matéria que conseguia me destacar era Ciências, e mais tarde, Biologia. Os únicos livros que consegui ler, e terminar, precisavam ser muito chamativos e de assuntos que me interessassem muito”, explica André.
Mesmo na fase adulta, André, gestor administrativo de uma empresa relacionada a Blockchain, continua sofrendo dos mesmos problemas que tinha enquanto criança. Dificuldade de concentração e de comunicação com os colegas de trabalho, além da procrastinação são frequentes. Dos irmãos, o jovem sempre foi o que apresentou mais dificuldades de leitura. “Minha família nunca nos incentivou, e por causa da minha condição, eu desistia muito rapidamente de tarefas relacionadas à leitura, principalmente aquelas da escola. Eu aprendo muito mais colocando a mão na massa, praticando, que lendo e estudando, de fato”, conclui.
Intervenção nas escolas do RN
Outra pesquisa desenvolvida pela professora Cíntia Azoni, intitulada Early Literacy Prediction and Reading Intervention for Preschoolers From Low-Income Families, também vinculada ao Departamento de Fonoaudiologia da UFRN, revelou que 50% dos estudantes brasileiros detém técnicas básicas de leitura. O projeto, que acompanhou 192 crianças de três escolas de Natal, estudou os benefícios, especialmente fonológicos, de intervenções escolares para o desenvolvimento da alfabetização de crianças de diferentes faixas etárias.
O repertório de vocabulário pode influenciar no desenvolvimento de práticas de leitura por parte de crianças e jovens. Um ponto de mudança seria o treinamento adequado de professores em promover técnicas de alfabetização para a primeira infância. “Em 2019 foi publicado o RENABE, que preconiza essas habilidades que nós trabalhamos. De certa forma ficamos na vanguarda da promoção dessas habilidades na alfabetização dessas crianças”, conta a professora.
Intervenção escolar realizada no projeto – Foto: Arquivo pessoal
Os resultados da Early Literacy Prediction and Reading Intervention for Preschoolers From Low-Income Families mostraram que crianças desenvolveram a habilidade de reconhecer a escrita das letras e seus segmentos fonéticos. O trabalho foi realizado com professores da rede pública de ensino da cidade do Natal, onde esses profissionais participaram ativamente na construção das dinâmicas que seriam adotadas nas práticas de intervenção alfabetizadora.
O modelo de intervenção utilizado no estudo foi o RTI (Resposta à Intervenção), conhecido por ser um padrão ouro para intervenção escolar, principalmente para identificar crianças com problemas de leitura. “Acompanhamos as mesmas crianças durante todo o período da pesquisa, de 2017 a 2019. Mesmo que o projeto tenha acabado, pretendemos reavaliar as crianças, para observar os efeitos da pandemia da covid-19”, explica Cíntia.
O estudo ocorreu em dois momentos distintos: observação e realização de atividades lúdicas com os estudantes. Angélica Dantas, professora da rede municipal, destaca que as atividades foram realizadas individualmente com cada aluno, e, ao final do processo, o material era preparado de acordo com as dificuldades encontradas pelos profissionais envolvidos com as crianças. “Foi um trabalho muito válido, que auxiliou na aprendizagem da leitura e escrita dos alunos. O projeto me motivou como educadora, pois aprendi muito com a pesquisa. Ele não contribuiu apenas para a formação das crianças, mas, também, para nós professoras”, afirma Angélica.
É papel do educador auxiliar desenvolvimento e formação nas diversas formas de conhecimento
Os dados das pesquisas realizadas com participação da UFRN estão disponíveis no relatório de 10 anos da Harvard-Brazil, cooperação realizada entre pesquisadores do Brasil e da Universidade de Harvard, com estudos desenvolvidos no período de 2011 a 2021. LEIA NO PORTAL UFRN
Bruno Piva, especialista em educação, explica como estimular o hábito de leitura e torná-lo prazeroso
As férias escolares estão chegando, e é o momento das crianças e adolescentes relaxarem após um semestre intenso de aulas. Neste período, pais e responsáveis buscam formas de entreter os filhos, e a leitura é uma ótima alternativa. Além de ser uma prática prazerosa, proporciona benefícios como melhora na concentração, estímulo da criatividade e ampliação do vocabulário.
De acordo com uma pesquisa do Retratos da Leitura no Brasil, 31% dos brasileiros nunca compraram um livro e quase metade não possui o hábito de ler. O estímulo para a leitura precisa acontecer desde a infância e os pais têm um papel importante nesse início de jornada.
“Além de todos os benefícios que traz em termos de desenvolvimento e conhecimento, a leitura melhora o relacionamento das crianças e dos adolescentes com o mundo ao seu redor, estimulando mais empatia. Os livros precisam estar nas prateleiras de todas as casas e os pais precisam entender seu papel na hora de incentivar o hábito da leitura”, defende Bruno Piva, fundador e CEO da Piva Educacional, startup que ajuda crianças e adolescentes a criarem autonomia para estudar.
Bruno traz cinco dicas que podem ajudar a despertar o gosto pela leitura em casa:
1- Seja exemplo
Os filhos são reflexo dos pais, por isso, a criança e o adolescente precisam ver que os pais têm o hábito da leitura. Outra boa maneira de dar o exemplo é fazendo leitura conjunta com o filho e depois reservar um momento para conversar sobre a história.
2- Dê acesso a livros
Muitas crianças e adolescentes têm acesso somente a livros que os professores pedem para ler e nesse caso a leitura é uma obrigação. Então, leve-os a livrarias e bibliotecas. Nesses ambientes, eles encontrarão uma variedade de temas e um deles pode atrair a atenção do seu filho.
“Comprar livros divertidos, que despertam o interesse e a curiosidade, também é uma forma de tornar a leitura mais acessível. Esse pode ser o ponto de partida de uma história de amor à leitura”, sugere Bruno.
3- Evite livros complexos
As escolas já solicitam a leitura de livros mais difíceis. É preciso intercalar a obrigação e o prazer. Questione seu filho sobre o assunto ou gênero de que ele mais gosta e proporcione o acesso a esse tipo de leitura.
“É preciso entender qual grau de complexidade o seu filho consegue ler. O diálogo é importante nessa hora. Quando comprar um livro, pergunte o que ele entendeu da história. Assim, você poderá identificar o que é mais adequado para a faixa etária dele e seu filho verá que você se importa com a satisfação e com o prazer que ele tem na hora da leitura, o que o incentivará a ler mais”, afirma o CEO da Piva Educacional.
4- Torne a leitura algo prazeroso
Para crianças e adolescentes começarem a ter prazer pela leitura, esse hábito precisa ir além do momento em que o livro é lido. Inventar brincadeiras sobre a temática do livro que seu filho está lendo, como um jogo da memória, palavras cruzadas ou até mesmo uma caça ao tesouro sobre o assunto, pode ser um bom incentivo.
“Nesse início de construção de hábitos, é importante atrelar o exercício da leitura a algo prazeroso, caso contrário a criança e o adolescente tendem a perder o interesse”, explica Bruno.
5- Fale sobre a importância da leitura
Os pais precisam desde o início falar para os filhos sobre a importância da leitura como uma das formas mais importantes de adquirir conhecimento.
Isso pode ser feito de forma descontraída, até mesmo em conversas do dia a dia, nas quais os pais podem comentar sobre suas histórias preferidas e compartilhar o que aprenderam com isso.
“Ler estimula o raciocínio, melhora o vocabulário, desenvolve a criatividade, a imaginação, a comunicação e a escrita e esses benefícios podem ser explicados, de maneira acessível, para que crianças e adolescentes entendam o papel da leitura no seu desenvolvimento”, finaliza o especialista.
Sobre a Piva Educacional
A Piva Educacional, fundada em 2011 por Bruno Piva, é uma consultoria educacional que ajuda crianças e adolescentes a criarem autonomia para estudar. A startup possui um método próprio de ensino que garante que em seis semanas os alunos aprendam e gostem de estudar sozinhos. Destinado não só para estudantes, mas também para pais e responsáveis, a Piva já atendeu mais de 50 mil famílias que vivem dentro e fora do Brasil com seus cursos, vídeos no YouTube e com a Semana do Filho Estudioso, um evento de conteúdo educacional gratuito que ocorre algumas vezes ao ano.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro revelou que o brasileiro lê em média 4,96 livros por ano. Pode parecer bastante, mas os franceses, por exemplo, chegam a ler mais de 20 obras no mesmo período. O que explica então o desinteresse pela leitura, especialmente entre os mais jovens, no nosso país?
Acredito que estas estatísticas negativas sobre leitura estão, em parte, ligadas à obrigatoriedade de ler os grandes clássicos da literatura brasileira durante o ensino básico. Não me entenda mal, não estou criticando os clássicos, longe de mim.
O que quero dizer é que a maioria das pessoas tem dificuldade em ler e interpretar a linguagem rebuscada dessas narrativas. Esta formalidade, aliada à obrigação imposta sobre estas leituras, acaba criando um afastamento entre os jovens e a literatura que infelizmente se estende para a vida toda.
Há algum tempo, em uma conversa de família, soube que minha sobrinha de 15 anos, que até então não gostava de livros, finalmente descobriu sua paixão pela leitura. Isso aconteceu porque ela estava lendo um livro que despertou seu interesse.
Este caso retrata minha crença que defendo quase como um mantra: a pessoa diz não gostar de ler até ler um livro que gosta. Não acho que o ser humano seja avesso à leitura. Acredito apenas que cada um tem estilos, gostos e interesses diferentes.
Desde que comecei a escrever romances profissionalmente, tento reverter este movimento contra a leitura que parece ter se enraizado na nossa cultura. Na verdade, todas as pessoas que não leem hoje são potenciais leitores, basta encontrar o livro certo.
Como escritora, uso meu ativismo pró-leitura para enfatizar a importância dos livros no desenvolvimento humano. Inclusive, costumo indicar três caminhos para quem não gosta de ler descobrir como identificar os títulos certos para investir seu tempo.
Para saber quais são os seus gêneros literários preferidos, basta analisar os filmes e séries que você mais assiste. Depois, vale procurar os trabalhos de autores destes gêneros e ler resenhas de livros escritos por eles para encontrar aquele que mais chama a sua atenção.
Tem ainda a regra 80/20: se você leu 20% do livro e não gostou, o melhor é deixá-lo de lado e começar uma nova leitura. Se até ali você não se encantou por aquela história, talvez não seja o livro certo ou mesmo o momento ideal para ele.
Se você conhece alguém que se encaixa neste perfil de brasileiros que não gostam de ler, sugira estas técnicas. Pode ser o incentivo necessário para que mais uma pessoa descubra o potencial dos livros e se apaixone pelo universo mágico da literatura.
Luciana de Gnone é escritora e autora do suspense policial “Evidência 7: Segredo Codificado”.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro revelou que o brasileiro lê em média 4,96 livros por ano. Pode parecer bastante, mas os franceses, por exemplo, chegam a ler mais de 20 obras no mesmo período. O que explica então o desinteresse pela leitura, especialmente entre os mais jovens, no nosso país?
Acredito que estas estatísticas negativas sobre leitura estão, em parte, ligadas à obrigatoriedade de ler os grandes clássicos da literatura brasileira durante o ensino básico. Não me entenda mal, não estou criticando os clássicos, longe de mim.
O que quero dizer é que a maioria das pessoas tem dificuldade em ler e interpretar a linguagem rebuscada dessas narrativas. Esta formalidade, aliada à obrigação imposta sobre estas leituras, acaba criando um afastamento entre os jovens e a literatura que infelizmente se estende para a vida toda.
Há algum tempo, em uma conversa de família, soube que minha sobrinha de 15 anos, que até então não gostava de livros, finalmente descobriu sua paixão pela leitura. Isso aconteceu porque ela estava lendo um livro que despertou seu interesse.
Este caso retrata minha crença que defendo quase como um mantra: a pessoa diz não gostar de ler até ler um livro que gosta. Não acho que o ser humano seja avesso à leitura. Acredito apenas que cada um tem estilos, gostos e interesses diferentes.
Desde que comecei a escrever romances profissionalmente, tento reverter este movimento contra a leitura que parece ter se enraizado na nossa cultura. Na verdade, todas as pessoas que não leem hoje são potenciais leitores, basta encontrar o livro certo.
Como escritora, uso meu ativismo pró-leitura para enfatizar a importância dos livros no desenvolvimento humano. Inclusive, costumo indicar três caminhos para quem não gosta de ler descobrir como identificar os títulos certos para investir seu tempo.
Para saber quais são os seus gêneros literários preferidos, basta analisar os filmes e séries que você mais assiste. Depois, vale procurar os trabalhos de autores destes gêneros e ler resenhas de livros escritos por eles para encontrar aquele que mais chama a sua atenção.
Tem ainda a regra 80/20: se você leu 20% do livro e não gostou, o melhor é deixá-lo de lado e começar uma nova leitura. Se até ali você não se encantou por aquela história, talvez não seja o livro certo ou mesmo o momento ideal para ele.
Se você conhece alguém que se encaixa neste perfil de brasileiros que não gostam de ler, sugira estas técnicas. Pode ser o incentivo necessário para que mais uma pessoa descubra o potencial dos livros e se apaixone pelo universo mágico da literatura.
Luciana de Gnone é escritora e lançou recentemente o romance policial “Evidência 7: Segredo Codificado”.
Ricardo Almeida, CEO do Clube de Autores, separou algumas dicas para quem deseja riscar do papel aquele desejo de ler mais em 2022
Com a virada do calendário, muitas pessoas se dividem entre pedidos e planos para o novo ano que começa. E para aqueles que possuem a vontade de incluir a leitura em seu dia a dia e transformá-la em um hábito, Ricardo Almeida, CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação da América Latina, separou algumas dicas úteis. Confira:
Escolha temas com os quais você se identifique: O hábito de leitura em si é intimamente relacionado à conexão desenvolvida com um determinado assunto. Quanto maior ela for, mais natural será para você se apaixonar pela literatura;
Comece pelos clássicos: Autores que atravessaram décadas ou séculos mantendo-se na preferência do público dominaram, obviamente, a arte de sedução pelas palavras. Machado de Assis, Saramago, Dostoievsky e García Márquez são alguns dos vários exemplos. Quando se trata de clássicos, não faltam obras já aclamadas e comprovadamente prontas para conquistar novos leitores;
Abra a porta para novos autores: A contemporaneidade faz com que os escritores de hoje tenham um atrativo a mais. O próprio fato deles compartilharem o mesmo pano de fundo sócio-político já garante conexões potenciais importantes como a identificação com o estilo. Além disso, as personagens e as grandes temáticas passam a ser muito mais naturais e, consequentemente, mais engajadoras.
Sobre o Clube de Autores O Clube de Autores é a maior plataforma de autopublicação da América Latina. Hoje, a plataforma on demand representa cerca de 27% de todos os livros publicados no Brasil no último ano. Além disso, oferece uma gama de serviços profissionais para os autores independentes que pretendem crescer e se desenvolver no mercado de literatura.
Você já achou que ler a Bíblia pode ser um tanto difícil, cansativo e confuso? E também não é por falta de tentativa. Já existem versões mais contemporâneas da Bíblia, com comentários e espaço para anotações, na esperança de capturar cada revelação ou versículo que fala conosco.
Mesmo assim, o diário permanece vazio e o tempo de silêncio logo se torna uma árdua tarefa. “Por que ler a Bíblia?” Começamos a nos perguntar.
Não vamos nos desesperar! O tempo de silêncio pode, na verdade, ser um acontecimento animado e transformador, quando encontramos Deus de maneiras novas e revigorantes. Tente fazer essas perguntas ao se aprofundar na Bíblia.
Qual a minha expectativa para esse momento?
Nosso tempo de leitura bíblica é transformado quando liberamos nossas expectativas e apenas nos aproximamos de Deus. —Tiago 4:8
É fácil ver a leitura bíblica como outra tarefa, algo a mais para marcar em nossa lista de “coisas a fazer”, e então fazemos isso por obrigação, e, muitas vezes, com a expectativa de que aprenderemos algo específico. Mas e se virmos este tempo apenas como uma forma de aprofundar o nosso relacionamento com Deus?
Pensar na leitura da Bíblia como um tempo de qualidade com Deus pode nos livrar do fardo de tentar ler o suficiente, aprender o suficiente ou ter uma revelação que transforma o mundo. Isso nos ajuda a ver isso como uma oportunidade de nos envolver não apenas com o dom da Palavra, mas, mais importante, com o próprio doador.
É fácil ver a leitura da Bíblia como outra tarefa, outra coisa para marcar nossa lista de “coisas a fazer”, e então fazemos isso por obrigação, e muitas vezes com a expectativa de que aprenderemos algo específico. Mas e se virmos este tempo simplesmente como uma maneira de aumentar nosso relacionamento com Deus?
Pensar na leitura da Bíblia como um tempo de qualidade com Deus pode nos livrar do fardo de tentar ler o bastante, aprender o suficiente ou ter uma revelação que transforma o mundo. Isso nos ajuda a ver isso como uma oportunidade de nos envolver não apenas com o dom da Palavra, porém, mais importante, com o próprio doador — fazer perguntas, compartilhar dúvidas e orar enquanto fazemos a leitura bíblica.
Assim, vamos buscar um vínculo mais profundo com Deus, abordando Sua Palavra sem uma ordem do dia, confiando que, conforme nos aproximamos do Senhor, Ele será fiel para fazer o mesmo (Tiago 4:8).
O que isso me ensina sobre Deus?
As impressões do caráter de Deus podem ser encontradas por toda a Bíblia, todas nos direcionando à maior história do nosso Pai que jamais muda. — Salmo 116:15
Se tivéssemos crescido frequentando a Escola Dominical, estaríamos familiarizados com a música “Sim, Cristo me ama”, e provavelmente seríamos nutridos com uma dieta constante de histórias bíblicas conhecidas. À medida que envelhecemos e relemos essas histórias, é fácil ignorar a batalha de Davi com Golias e o tempo de Jonas na barriga do grande peixe, reduzindo-os em nossas mentes a antigos e conhecidos contos.
Mas se olharmos para essas histórias e toda a Bíblia uma vez mais, e nos perguntarmos o que elas nos dizem sobre quem é Deus? Como a fidelidade divina e a provisão da natureza se manifestam na vida agitada de José? Considere a sabedoria e misericórdia que inspirou as leis do Antigo Testamento. Como podemos, assim como o salmista, ver a graça e a compaixão de Deus, mesmo no sofrimento (Salmo 116:3-6)?
Procurar exibições do caráter de Deus nos ajuda a ver como até mesmo as partes difíceis, confusas ou conhecidas da Bíblia nos apontam para a natureza amorosa, boa e imutável de Deus. Isso nos dá uma alça para segurar, especialmente quando nos deparamos com passagens difíceis ou confusas.
O que Deus quer me dizer?
Sua Palavra age de maneira poderosa em nossas vidas para nos desafiar e transformar, à medida que refletimos em sua importância para o nosso viver. —Hebreus 4:12
Muitas vezes, já desejamos que Ele descesse trovejando do céu com uma resposta para os problemas de nossa vida. Mas gastar tempo lendo as Escrituras é uma maneira de ouvir ao Senhor — mas não da maneira que poderíamos esperar. Não encontraremos o nome específico da empresa para a qual devemos (ou deveríamos) trabalhar, da pessoa com quem devemos nos casar, ou um guia passo a passo sobre como lidar com a agitação em nossa família.
Mas a Bíblia está viva e ativa (Hebreus 4:12). É repleta de palavras de sabedoria, sobre como amar uns aos outros (João 13: 34-35), perdoar uns aos outros com compaixão (Efésios 4:32) e, o mais importante, buscar a Deus acima de tudo (Mateus 6:33). Ela nos aponta a oração e o Espírito Santo para nos orientar em relação a isso.
Enquanto lemos, vamos refletir sobre como Deus pode nos levar a aplicar a sabedoria bíblica a uma situação específica em nossa vida.
A Bíblia é um livro importante que transforma nossas vidas à medida que nos convence e nos corrige. Porém, mais do que isso, gastar tempo lendo a Bíblia aprofundará nosso relacionamento com o nosso Criador, pois teremos vislumbres dele por toda a Bíblia, apontando-nos para o nosso Deus que é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13:8).
Originalmente publicado no ymi.today, que faz parte de Ministérios Pão Diário, em inglês. Traduzido e republicado com permissão.
SOBRE PÃO DIÁRIO
Por mais de 83 anos, somos um ministério cristão com a missão de fazer a palavra transformadora da Bíblia compreensível e acessível a todos por meio de recursos bíblicos. Contamos com 38 escritórios em todos os continentes e estamos presente em 150 países, com materiais traduzidos para 58 idiomas. Mais que um devocional, nós somos uma missão.
As férias escolares estão chegando e o que você vai fazer com seu (sua) filho (a) nesse tempo de sobra? As crianças estão eufóricas. As mães já pensam no trabalho extra que terão com elas.
Pensando nisso, nosso blog em parceria com a Revistaria Cultura traz para você algumas dicas de leitura para para seus filhos nesse período.
Confira abaixo as nossas sugestões:
1. Livros para didático, com vários títulos que conduzem ao aprendizado da essência das virtudes do ser humano.
2. Passatempos infantil e adulto, para começar já a sua ginástica cerebral.
3. Coleção de livros da turma da Mônica, com Lendas brasileiras, fábulas ilustradas e clássicos ilustrados
4. Coquetel infantil Picolé! Se tem esse item na lista escolar da sua criança , já sabe onde encontrar!
5. Livrinhos infantis a partir de 1,50. Incentive a leitura da sua criança!
7. Gibis da Turma da Disney e da Mônica,
8. Mangás
9. HQ com os heróis da Marvel e DC
10. Livros regionais, da editora Sebo Vermelho, e de autores da terra.
11. Revistas sobre saúde, matérias com consultoria de especialistas.
12. Acompanhe sua novela ou série preferida e notícias dos famosos toda semana com as revistas semanais.
A Revistaria Cultura fica localizada na Av. Seridó, 613, Centro de Caicó. Fones: (84) 9 9913-0407.