A guinada é urgente e já vem delineando um deslocamento de prioridades; o desafio será mover a ênfase do ensino para a aprendizagem
Por Richard Vasconcelos, especialista em tecnologias educacionais*
Responda rápido: que empresa emprega mais engenheiros no Brasil atualmente? Odebrecht? Petrobras? Vale? Pasme, nenhuma delas. A empresa que mais emprega engenheiros no Brasil atualmente é a Uber, que também já acomoda um grande volume de jornalistas, arquitetos, enfermeiros e professores, entre outras das chamadas “profissões tradicionais”. São pessoas que passam anos em sala de aula lutando por um diploma e, ao conquistá-lo, não conseguem mais emprego.
Piloto de drone, especialista de inteligência artificial, desenvolvedor mobile, analista de SEO, UX Designer, trader de de criptomoedas, influenciador digital, Youtuber e instrutor de zumba. Todas essas profissões são exemplos de carreiras que se desenvolveram no paralelo das novas tecnologias e de abordagens de direcionamento mais recentes no mercado. E nenhuma delas existia há cerca de dez anos.
Se dermos um salto para o futuro, teremos mais um dado bombástico: 85% das profissões que existirão daqui a dez anos ainda não foram criadas, segundo relatório do Institute For The Future. Se as instituições de ensino não se adaptaram a última década, como serão os próximos anos? Já que a intensidade das mudanças só aumenta, ficarão limitadas a ensinar só para os 15% das profissões “tradicionais”?
Na transição do analógico ao digital, muitas transformações se deram de modo veloz e inesperado. Na esteira dessa velocidade, a educação vem perdendo o timing e ainda reproduz um modelo de transmissão de conhecimento quase idêntico ao que vivenciaram nossos pais e avós.
Entre as consequências dessa disritmia, já lidamos com uma crescente evasão escolar e com uma relação cada vez mais truncada entre professores e alunos. Historicamente, nunca houve uma demanda tão urgente por inovação nos processos educacionais. E aí, vamos dar conta da corrida?
Em educação, inovar pode ter muitos significados. A inovação pode acontecer a partir de processos não necessariamente tecnológicos, como proporcionar mais a vivência do que é ensinado em vez de se limitar à apresentação teórica. Ou pode significar uma reviravolta completa no modelo vigente, com professores sendo substituídos por robôs e telas até a segunda metade deste século. Será?
O que já está claro é que a guinada que se anuncia no horizonte vem delineando um deslocamento de prioridades. Ao que tudo indica, o desafio será mover a ênfase do ensino para a aprendizagem. E aqui entra a construção de habilidades urgentes, como inteligência emocional, criatividade e pensamento crítico, competências apontadas neste ano pelo PNUD no relatório “O Futuro dos Empregos” como indispensáveis para os profissionais até 2020.
O prazo é curto e o caminho é longo. Andemos.
* Richard Vasconcelos CEO da LEO Learning Brasil, mestre em Tecnologias Educacionais pela University of Oxford e atua há 15 anos no mercado de educação. Neto do fundador da universidade Estácio, atuou na implantação do ensino à distância na instituição até 2009. Fundou a Me Digital, startup desenvolvedora de soluções para gestão escolar e é ex-CEO e sócio da rede de escolas de inglês Britannia, vendida para a Cultura Inglesa em 2018.
Conselhos Municipais podem inscrever propostas de trabalho no edital de apoio aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente até o dia 9 de agosto no site prosas.com.br
No Rio Grande do Norte, a diminuição da evasão escolar, o fortalecimento da convivência familiar e comunitária e a redução de maus tratos e da violência doméstica estão entre as preocupações da sociedade para a garantia de direitos de crianças e adolescentes. Outra prioridade é a identificação das necessidades locais, em especial dos que vivem em situação de vulnerabilidade, para apoiar a elaboração de políticas públicas.
“Meninas e meninos submetidos a situações como essas são privados de uma infância plena, do direito de brincar, essenciais ao seudesenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social. Esses aspectos impactam diretamente na construção de uma vida saudável”, destaca Milena Duarte, coordenadora de Fomento do Itaú Social.
É nesse sentido que projetos de proteção social têm trabalhado, por meio da articulação entre os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCAs), organizações da sociedade civil (OSCs), comunidade, famílias, escolas e demais integrantes da rede de assistência.
No município de Apodi, o projeto Pérolas do Apodi atende cerca de 200 crianças e adolescentes com histórico de evasão escolar e consumo de álcool e drogas. A ação é feita por meio de oficinas de leitura, escrita e atividades de fortalecimento da convivência familiar e comunitária.
Já o projeto Defendendo os Direitos e Promovendo a Dignidade de Crianças e Adolescentes, de Caicó, oferece oficinas educativas e artísticas para crianças e adolescentes residentes em comunidades vulneráveis e capacitação de organizações sociais da rede local.
Em Portalegre, o Programa de Acolhimento Familiar atua promovendo a restauração das condições de convivência familiar de aproximadamente 50 crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica, retiradas de sua família por ordem judicial.
Apoio a ações de proteção social – Os três projetos do Rio Grande do Norte receberam mais de R$ 800 mil em recursos por meio doEdital Fundos da Infância e da Adolescência, realizado todos os anos pelo Itaú Social. As iniciativas atendem crianças e adolescentes de todo o estado. Os CMDCAs (Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente) de todo o país, gestores dos Fundos, podem inscrever propostas até o dia 9 de agostono site editalfia.prosas.com.br. Em dezembro, devem ser anunciados os projetos selecionados para receberem recursos em 2020.
O Edital é elaborado conforme as orientações do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) e selecionará propostas voltadas ao atendimento e acolhimento direto; elaboração de diagnóstico, sistema de monitoramento e avaliação de políticas públicas; capacitação e formação profissional; campanhas educativas; e mobilização social e articulação para a defesa dos direitos. “Os Conselhos devem selecionar e inscrever a proposta que considerem prioritária para atender às necessidades identificadas no município”, explica Milena.
Os valores disponibilizados para o edital são provenientes da destinação de 1% do imposto de renda devido das empresas do Conglomerado Itaú Unibanco Holding S.A.
Estudar ou descansar: saiba o que dizem os especialistas sobre o assunto
Viajar, brincar, encontrar os amigos são planos que, certamente, estão na cabeça de crianças e adolescentes para as férias de julho. Mas para os pais, surge a dúvida: não será melhor dedicar um tempo para os estudos?
Segundo o gestor do Ensino Médio do Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, em Curitiba (PR), Carlos Roberto Merlin, as férias são um período importante para ampliar o contato dos estudantes com a família, mas ele ressalta a importância do equilíbrio e do bom senso. “As férias têm como principais objetivos o descanso, lazer, passar mais tempo com a família e amigos, mas cada idade tem uma demanda e foco diferenciados para o período”, sugere.
Em relação à continuidade dos estudos, o professor explica que só os vestibulandos devem continuar com foco prioritário nos livros e exercícios – sem esquecer, é claro, dos momentos sociais e de lazer, da alimentação adequada, da qualidade do sono e dos exercícios físicos. “A concorrência é grande e a capacitação deve ser mantida, sempre com elaboração de um cronograma de estudos específico para esse período”, alerta.
Um novo olhar
Para a diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Acedriana Vogel, descansar não significa, necessariamente, deixar de pensar e se desenvolver. Ela reforça que o estudante deve se perceber como um profissional do estudo. Ou seja, no caso daquele aluno que enfrentou dificuldades durante o semestre, vale dedicar um tempo das férias para revisar o conteúdo e tentar sanar as dúvidas. “Já os outros devem aproveitar o momento para continuar aprendendo, porém, de maneira menos convencional”, opina.
De acordo com Acedriana, para quem pode viajar, a grande pedida é a ampliação do espectro cultural que envolve o estudo da história e geografia desse novo espaço a ser conhecido, além do deleite gastronômico e artístico, por meio de um roteiro construído por todos os que terão o privilégio de viajar junto. “Para os que vão ficar em casa, sempre sugiro construir um plano de aproveitamento do tempo, porque devemos acordar cada dia melhores pelas vivências que tivemos no dia anterior. Esse planejamento, dependendo da faixa etária, pode ser construído em parceria com os avós, tios ou mesmo outras mães de filhos com as mesmas idades. Seja em viagem, seja em casa, devemos retomar de formas diferentes as aprendizagens escolares de cada faixa etária. Se for alfabetização, por exemplo, pode pedir à criança que escreva a lista do mercado, dia a dia, para quem faz mercado no final de semana. Se o filho for vestibulando, que tal discutir a leitura das literaturas obrigatórias? Ler com os filhos é sempre uma oportunidade de desenvolver a cumplicidade. Normalmente, foram livros que os pais já leram em algum momento de suas vidas”, ressalta a diretora.
Longe das telas
Independentemente se as crianças vão desligar totalmente das atividades escolares ou se irão tirar um tempinho para revisar o conteúdo aprendido no semestre anterior, os especialistas são unânimes ao dizer que o importante é ficar longe das telas. Isso não quer dizer que o estudante não pode assistir o filme do momento ou jogar o joguinho preferido, mas que o tempo excessivo com tablets, televisores e smartphones pode ser prejudicial.
Dessa forma, vale separar um tempinho e organizar as atividades dos pequenos e dos adolescentes, incluindo programações pedagógicas, culturais, esportivas e de socialização. “As férias são períodos de glória para os adultos que entendem o real valor da interação com seus filhos, pois – se bem planejadas – são momentos preciosos para acompanhar o crescimento, entender e ajudar a dirimir os conflitos e os desafios das diferentes fases da vida”, finaliza Acedriana.
Sobre o Colégio Positivo
O Colégio Positivo compreende cinco unidades na cidade de Curitiba, onde nasceu e desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental, o Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo Hauer e o Colégio Positivo Internacional atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação, material didático atualizado e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Os alunos têm à sua disposição atividades complementares esportivas e culturais, incentivo ao empreendedorismo e aulas de Língua Inglesa diferenciadas, além de aprendizado internacional na unidade que leva essa proposta em seu nome. Em 2016, foi incorporada ao Positivo o Colégio Positivo Joinville (SC) e, em 2017, o Positivo – Santa Maria, em Londrina (PR). Em 2018, o Positivo ganhou duas unidades em Ponta Grossa (PR): Colégio Girassol e Positivo Master.
Sobre o Sistema Positivo de Ensino
É o maior e mais tradicional sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversas disciplinas, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltados à educação.
Seja nas redes sociais, no noticiário, nos programas de televisão, ou mesmo no grupo de mensagens do condomínio, a vida em sociedade e as opiniões se mostram cada vez mais extremas. Parece não existir mais equilíbrio ou bom senso nas relações, apenas certo ou errado, sim ou não, direita ou esquerda, preto ou branco.
Como orientadora educacional, tenho contato praticamente diário com os pais de alunos de todas as idades, desde pré-escolares até adolescentes que se preparam para o vestibular. De uma maneira geral, percebo dois perfis bastante distintos, salvando-se as exceções. De um lado, pais exageradamente permissivos e do lado oposto, os radicalmente exigentes. Ambos podem estar prejudicando o desenvolvimento de seus filhos, ainda que a intenção seja contrária. Para citar dois exemplos:
Certa vez, entrevistei uma mãe e o seu filho de nove anos, que tinha dificuldades em matemática. Durante a entrevista, percebi uma dinâmica bastante curiosa entre eles. A mãe fez questão de deixar claro, desde o início, que o filho só faria o curso se estivesse de acordo, pois não queria “sobrecarregá-lo”.
Todas as perguntas voltadas à ela eram respondidas somente após um olhar apreensivo em direção ao filho, buscando a sua aprovação. O dia e horário das aulas foram escolhidos por ele. Antes do término da entrevista, ele se levantou, porque estava entediado. A mãe, instintivamente, levantou-se atrás do filho, sendo que a entrevista não havia terminado.
Esse aluno desistiu do curso, dois meses após começá-lo. Quando a mãe veio me informar da decisão, eu questionei se ela acreditava que uma criança de nove anos teria maturidade suficiente para tomar decisões que afetariam a sua educação e o seu futuro. Ela encolheu os ombros e disse: “se é o desejo dele, o que eu vou fazer?”.
O que fazer, nesse caso, é assumir a posição de mãe, pai ou responsável. Até nos tornarmos adultos, confiamos na experiência e discernimento de pessoas com mais vivência e capacidade para tomar as decisões que poderão moldar o nosso futuro. Do contrário, ficamos sem rumo.
No lado oposto da balança, igualmente tive experiências desconcertantes. Um menino de oito anos começou a fazer os cursos de português e matemática. Ao contrário do outro aluno, esse permaneceu por muito mais tempo. A sua postura também foi muito diferente a do outro exemplo mencionado: no início, muito empolgado, feliz por finalmente conseguir entender os conteúdos escolares e melhorar as notas. O seu desempenho escolar melhorou muito. Tudo parecia ir muito bem, mas, com o passar do tempo, notei que o aluno parecia ir ao curso contra sua vontade.
Chegava de mau-humor, respondia, chegava a ser rude. Por outro lado, não faltava às aulas e entregava todas as lições de maneira impecável, sem erros. Chamei a mãe para conversar uma, duas, três vezes, sempre que percebia uma mudança de comportamento do aluno. Por fim, ela me confessou que o nível de exigência dela em relação às tarefas do aluno eram altíssimas: conferia toda a lição e não admitia nenhum erro, chegando a dar castigos físicos no filho se ele não fizesse os deveres no nível que ela considerava ideal.
É óbvio que não demorou para esse aluno associar algo que no início era positivo e contribuía para o seu desenvolvimento a algo negativo, que trazia sofrimento. Ambas experiências me fizeram pensar em como posturas extremas poderão ter influenciado de maneira negativa a relação de ambos com o aprendizado.
Como educadora, acredito que existem muitas formas de compreender o mesmo assunto e que o segredo está em respeitar o ritmo de cada um. Qualquer criança pode aprender se for encorajada na medida certa. Ao mesmo tempo, estabelecer regras e limites é primordial, pois, sem isso, a criança fica desnorteada. Por isso, é importante ter uma rotina de estudos saudável, positiva, fornecendo os recursos necessários, mas sem cobrar perfeição.
Se você deseja ajudar o seu filho a desenvolver o seu máximo potencial, pode começar por algumas regras básicas:
Conheça o seu filho. Passe tempo com ele, entenda suas fraquezas e fortalezas;
Elogie cada conquista;
Não enfatize os erros, mas não menospreze a importância de aprender com eles e ressalte que sempre é possível melhorar;
Não procure uma fórmula mágica. Cada criança é única e o método que funciona para um pode não funcionar para o outro, busque um método que funcione dentro da sua realidade;
Nunca duvide do potencial de seu filho e diga isso a ele. Isso o ajudará a se tornar mais confiante e aumentará o seu desejo de melhorar.
Sobre Michelly Gassmann
Escritora, engenheira e consultora. Gestora de equipes, projetos, organização e planejamento. Orientadora educacional do método Kumon. MBA em Gestão estratégica e econômica de projetos pela FGV. Graduada em Engenharia elétrica com foco em telecomunicações pela FEI. Autora do livro A sétima ordem, publicado pela Literare Books International.
(Outra característica relevante é o destaque da instituição entre os concorrentes e o impulso na carreira profissional de docentes e gestores)
*artigo por Marcelo Cabral
Qualificar o ambiente educacional com tecnologia, além de aproximar o aluno da escola e oferecer tecnologia de ponta, eleva o nível da gestão pedagógica, destaca a instituição frente a concorrência e impulsiona a carreira profissional de professores e gestores. Mas para que a tecnologia seja aplicada no universo educacional com eficiência, é necessário que sejam realizadas mudanças no modelo pedagógico e na infraestrutura de TI, aspectos necessários para a transformação digital na educação.
Entrega sob medida para a necessidade dos alunos
O segundo passo na tomada de decisão para implantar tecnologia de qualidade nas escolas, passa pelo processo de entender a necessidade dos alunos para refletir sobre os benefícios que a tecnologia disponibiliza e entregar recursos sob medida. Estamos falando aqui de estabelecer a visão e as metas que fazem sentido para a instituição, seus alunos e corpo acadêmico. Uma das metas a serem observadas, por exemplo, é como a tecnologia vai auxiliar alunos com facilidades e dificuldades no processo de aprendizagem, e como extraímos e lemos dados que vão apoiar as ações para cada grupo de alunos.
Uma análise dos recursos existentes é necessária para que se estabeleça um planejamento com metas de curto, médio e longo prazo. Neste quesito, entra a análise das propostas de ferramentas de aprendizagem, softwares de gestão e controle de alunos e hardwares adequados de acordo com as demandas para integrar a escola ao conceito de Educação 4.0 -que considera de forma primordial a convergência, interatividade e colaboração -.
Como estamos falando também de uma nova cultura que compreende divisão de tempo de forma produtiva em um ambiente informatizado com compartilhamento de informações, espírito e método colaborativo, atividades de engajamento com alunos e professores são essenciais. Aqui tocamos no ponto de como a tecnologia se integrará ao modelo pedagógico e como as transições se darão.
Infraestrutura de TI e TE – Compra ou Locação?
Em todos os processos de transformação digital o uso de hardware e software faz parte do dia-a-dia, por isso a importância de uma estrutura de apoio de TI de TE (Tecnologia Educacional) robustas.
Como já citado, um diagnóstico dos recursos existentes e dos recursos necessários é ponto primordial. Assim como a avaliação da estrutura física do ambiente que comporte computadores e demais componentes da rede, bem como dispositivos que evitem a perda de dados em caso de quedas de energia, backups dos servidores e medidas preventivas de segurança, por exemplo.
O próximo passo é avaliar como implantar a infraestrutura necessária desde o tipo de equipamentos até os recursos financeiros que devem ser investidos no processo de transformação digital.
O HaaS (Hardware as a Service) é hoje uma excelente opção para as escolas que não possuem um processo adequado e ou padronizado na aquisição de equipamentos, ou para as escolas que não contam com uma equipe especialista para suportar esse novo ambiente tecnológico que é bem desafiador. Esse modelo de negócio, de locação de equipamentos para infraestrutura de TI e de TE, oferece soluções padronizadas de acordo com a necessidade e orçamento da instituição, sem precisar de um aporte inicial e com pagamentos mensais extremamente acessíveis.
Além do apoio para a infraestrutura de TI, o modelo HaaS suporta serviços técnicos e apoio pedagógico especializado, assim como acesso às plataformas de aprendizado e programas de treinamento continuados para o pessoal da administração e professores.
Maturidade Digital
E a sua escola, em qual estágio de maturidade de TI se encontra no momento?
Não importa, o fato é que é urgente a renovação do modelo educacional e a tecnologia é o passo mais importante na transformação digital. A iniciativa para entrar neste novo mundo deve levar em conta ouvir alunos e professores, pesquisar no mercado as novidades, ler casos de sucesso de escolas que adotaram definitivamente a tecnologia e com coragem e planejamento escrever um novo capítulo, o da sua escola 4.0.
No final do dia o que esperamos entregar é a Transformação do dia-a-dia com impacto espelhado nas oportunidades e escolha de carreira profissional, bem como no sucesso na vida adulta dos nossos alunos.
Perfil do Autor: Marcelo Cabral, Gerente de produto e inovação da Agasus.
Material de divulgação das editoras Ática, Saraiva e Scipione. Não constitui documento oficial a respeito do PNLD.
O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), em sua edição para o ano de 2020, distribuirá gratuitamente livros e materiais didáticos para as instituições de ensino da rede pública em que são ministradas aulas para os anos finais do Ensino Fundamental, ou seja, 6º, 7º, 8º e 9º anos. Disponibilizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o edital, documento que determina oficialmente os passos para a execução do programa, apresentou diversas mudanças em relação à edição ocorrida para o ano de 2017, que também foi direcionado à aquisição e distribuição de livros didáticos para as escolas de Ensino Fundamental II.
Sendo assim, a fim de garantir um bom andamento do processo de seleção dos materiais, o corpo docente precisa estar ciente das mudanças e das novidades do PNLD 2020. Uma vez inteirados acerca das modificações, os diretores, os coordenadores e os professores saberão usufruir do programa da melhor forma possível, garantindo, assim, que os materiais selecionados sejam enriquecedores para a prática escolar.
Neste post, veja as novidades apresentadas no edital do PNLD 2020 e entenda as mudanças pelas quais o programa passou desde sua última edição voltada aos anos finais do Ensino Fundamental. Confira!
AS PRINCIPAIS MUDANÇAS DO PNLD
Comparando o programa atual com o programa de 2017, nota-se algumas alterações:
Período de utilização dos livros didáticos
Mantêm-se a ideia de reutilização dos livros didáticos, o que significa que, a cada ano, o material fica sob responsabilidade de um aluno diferente. Os livros recebidos pelas escolas em 2017, portanto, foram utilizados por três alunos diferentes — um estudante em 2017, outro em 2018 e o último está utilizando agora em 2019.
Para o PNLD 2020, o ciclo de utilização dos livros didáticos é maior, uma vez que, a partir do ano que vem, os materiais dos anos finais do Ensino Fundamental ficarão quatro anos na escola.
Interrupção da distribuição de obras de Língua Espanhola
Diferentemente do PNLD 2017, a edição atual não inclui os materiais de Língua Espanhola no processo de aquisição e distribuição de obras didáticas para o ensino público nacional.
Formato das obras fixo
Uma outra mudança que cabe o devido destaque é o formato das obras inscritas nos programas. No PNLD 2017, os livros didáticos podiam ser inscritos em dois tipos:
Tipo 1 – Formado por livro do estudante impresso e manual do professor impresso e em formato multimídia.
Tipo 2 – Composto por livro do estudante e manual do professor impressos, apenas.
Agora, para 2020, o formato dos livros está unificado, o que facilita o processo de escolha dos materiais a serem adotados. Para a edição atual, tem-se, como material do aluno, o livro do estudante impresso e, como material do educador, o manual do professor impresso e material digital com conteúdo complementar.
AS NOVIDADES PARA O PNLD 2020
Além das mudanças, o PNLD 2020 veio com a incorporação de várias novidades:
Adequação à BNCC
Todas as obras aprovadas no PNLD 2020 dialogam com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada em dezembro de 2017, uma vez que os livros didáticos são instrumentos para a implementação do documento nas instituições de ensino. Um exemplo de adaptação dos livros à Base envolve o desenvolvimento das competências, que devem seguir os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC.
Inclusão de obras interdisciplinares
As escolas têm a opção de optarem por livros didáticos interdisciplinares, isto é, cabíveis à prática de mais de uma disciplina. Dada essa possiblidade, obras de Linguagens, que mesclam conteúdos de Língua Portuguesa e Arte, podem fazer parte dos livros aprovados no PNLD 2020.
Assim como as obras disciplinares de Língua Inglesa e Arte, as obras interdisciplinares também serão acompanhadas de um CD em áudio, atribuído ao ensino de Música.
Para os professores que preferirem trabalhar Língua Portuguesa e Artes isoladamente, as escolas podem optar por receber materiais específicos para cada uma delas.
Inserção de obras de projetos integradores
Pretende-se, por meio desse novo tipo de material, associar e desenvolver múltiplos componentes curriculares e áreas do conhecimento, buscando a assimilação dos conteúdos aprendidos na escola com os acontecimentos da vida dos estudantes. As obras de projetos integradores também são um recurso para direcionar o desenvolvimento das 10 competências gerais descritas na Base.
É importante destacar que as obras de projetos integradores não substituem as obras das disciplinas escolares. A intenção desse material é complementar o currículodas escolas. Assim, além de selecionar obras para as disciplinas dos anos finais do Ensino Fundamental, as escolas poderão optar por receber essas obras complementares.
Obra disciplinar de Educação Física
Os professores de Educação Física, disciplina da área de Linguagens e suas Tecnologias, das escolas da rede pública contarão com livros didáticos a partir de 2020. Em 2017, o programa não adquiriu nem distribuiu livros dessa disciplina. O livro será disponibilizado em volume único e apenas para o professor, uma vez que o material visa à adequação das aulas de Educação Física às propostas de ensino atuais.
Os projetos integradores são distribuídos nos anos finais do Ensino Fundamental em dois volumes: um para o 6º e 7º anos e outro para 8º e 9º anos. As obras desse tipo contarão com versões impressas do livro do estudante e do manual do professor.
Material digital para o professor
Conforme abordado anteriormente, o material do professor inclui, além do manual impresso, material digital com conteúdo complementar. Esse conteúdo inclui:
Planos de desenvolvimento, que objetiva deixar claro ao professor quais objetos de conhecimento e habilidades serão trabalhados no bimestre;
Sequências didáticas, que abordam antecipadamente os principais objetos de conhecimento e habilidades para o período, logo, se relaciona ao item anterior;
Propostas de acompanhamento de aprendizagem, que fornecem instrumentos para auxiliar o professor no acompanhamento do desenvolvimento das habilidades previstas;
Material audiovisual, que inclui áudios, vídeos e videoaulas com o intuito de complementar a prática de ensino dos professores de modo alinhado ao livro impresso.
CONCLUSÃO
O PNLD está numa constante melhoria, o que inclui a retirada e a inclusão de determinadas regras no edital. Apesar da mudança no ciclo de utilização e da retirada das obras de Língua Espanhola, o PNLD 2020 apresenta novos tipos de material. Com isso, garantem-se configurações diversificadas para o uso do livro didático na pedagogia das instituições de ensino. Somam-se recursos digitais mais complexos e amplos, modernizando e potencializando as formas de o professor ensinar sua disciplina.
Além disso, o programa atual conta com outras novidades, como a inclusão de um material didático direcionado aos professores de Educação Física e adequação das obras à Base Nacional Comum Curricular.
Quer saber mais sobre a BNCC e conhecer um panorama das diretrizes para a construção dos currículos adequados ao documento? Leia gratuitamente a revista Educar Transforma 2019 e confira a matéria BNCC: uma jornada da teoria à práticae outros vários artigos relevantes sobre a Educação Básica.
Após homologação das novas diretrizes curriculares, universidades têm prazo de três anos para adotar mudanças na grade curricular
O Ministério da Educação (MEC) homologou as novas diretrizes curriculares para os cursos superiores de Engenharia. A implementação dos novos moldes de ensino pode ser realizada em até três anos após a publicação do documento e fica a cargo de cada instituição de ensino viabilizar o novo formato.
A nova estrutura estimula a modernização dos cursos Graduação para formar engenheiros capazes de enfrentar as transformações do mercado e os desafios impostos com o avanço tecnológico e da Indústria 4.0. Os três principais pilares da mudança são o aumento da qualidade do ensino em Engenharia; a maior flexibilidade na estruturação dos cursos, de modo a induzir que as instituições de ensino inovem seus modelos de formação; e a redução na taxa de evasão nessa modalidade.
Dessa forma, pretende-se que os cursos de Engenharia se tornem mais dinâmicos e práticos, com metodologias de ensino ativas e que incentivem os estudantes a projetarem soluções para problemas reais ao longo de todo o curso. Para a gerente de projetos da Diretoria Acadêmica da Universidade Positivo, Patrícia Maggi, as mudanças fazem com que o aluno aprenda a Engenharia por meio de competências – e não conteúdos avulsos que podem ser esquecidos em um curto prazo de tempo. “Por meio da aplicação de projetos desde o primeiro ano da Graduação, mostramos para o acadêmico o sentido de cada conceito que ele está aprendendo, fazendo com que tudo se relacione e tenha uma ordem lógica”, explica.
Na Universidade Positivo, a nova formatação já foi aplicada neste ano letivo, visando à formação de profissionais com capacidades que vão além da técnica. ““Além dos ajustes alinhados às novas diretrizes, consultamos o mercado para entender o que a sociedade esperava do nosso aluno e, assim, adaptamos a matriz para formar um estudante engajado, criativo, competente e pronto para ajudar a comunidade de forma efetiva”, conta Patrícia. O novo currículo da instituição busca, por exemplo, integrar os conhecimentos fundamentais com a prática e aplicação de projetos, sempre respeitando o nível do estudante e as competências de cada ano da Graduação. Além disso, um laboratório de inovação permite que os professores apliquem desafios práticos a serem realizados entre grupos interdisciplinares, desenvolvendo, além das competências técnicas, as competências comportamentais, muito requisitadas nos ambientes de trabalho.
Estudante do quarto ano de Engenharia Mecânica, Felipe Baiolim Pogere já sentiu a importância das aulas práticas ao buscar uma colocação no mercado. “Com a aplicação dos conhecimentos na prática, aprendi a utilizar ferramentas que foram essenciais na busca por um estágio fora da universidade”, conta. Além disso, o estudante ressalta o valor da interação com os colegas, uma das propostas das diretrizes. “O aumento da frequência de trabalhos em grupo faz com que a gente interaja mais – e é isso que sentimos quando vamos para o mercado”, conclui.
Para os acadêmicos matriculados antes da mudança, vale o direito de concluir o curso com base nas diretrizes anteriores, podendo optar pelas novas em um acordo com as respectivas instituições. Para realizar a avaliação dos cursos de Engenharia após a adaptação, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vai definir um novo instrumento no prazo de 90 dias, a partir da publicação da resolução.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo concentra, na Educação Superior, a experiência educacional de mais de quatro décadas do Grupo Positivo. A instituição teve origem em 1988 com as Faculdades Positivo, que, dez anos depois, foram transformadas no Centro Universitário Positivo (UnicenP). Em 2008, foi autorizada pelo Ministério da Educação a ser transformada em Universidade. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de Graduação presenciais, quatro cursos de Doutorado, sete cursos de Mestrado, mais de 190 programas de Especialização e MBA, sete cursos de idiomas e dezenas de programas de Extensão. A Universidade Positivo conta com três unidades em Curitiba, uma unidade em Londrina (PR), uma unidade em Joinville (SC), além de polos de Educação a Distância (EAD) em mais de 60 cidades espalhadas pelo Brasil. Em 2018, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric.
Atividades sobre Gestão do Transporte Escolar foram lançadas em julho
Desde o dia 1º de julho, a plataforma Conviva Educação, ambiente virtual voltado ao gestor da educação municipal e equipes técnicas das secretarias de educação, passou a oferecer curso gratuito e a distância sobre Gestão do Transporte Escolar. O Conviva ainda oferece outros dois cursos: Gestão da Alimentação Escolar e Gestão Orçamentária e Financeira. Todos eles estão disponíveis para os cadastrados na plataforma pelo link.
Mais informações sobre cada curso:
Gestão doTransporte Escolar
O mais recente curso disponibilizado pelo Conviva tem 30 horas e conteúdo organizado em aulas ao vivo com especialistas, vídeos, questões de múltipla escolha e dissertativas. A formação trata de temas como licitações, prestação de contas e planejamento da oferta. Ao longo do curso, tutores estarão disponíveis para apoiar os alunos, que receberão certificado do Conviva ao fim das aulas. É necessário aguardar a formação de turmas, cerca de uma por mês, para iniciar o EAD.
Gestão da Alimentação Escolar
O objetivo do curso é possibilitar reflexões sobre a importância da alimentação e sobre as etapas do processo da alimentação escolar, incluindo informações para a compra dos alimentos, logística, controle de qualidade, planejamento e elaboração de cardápios, além de prestação de contas e monitoramento da satisfação dos alunos. As atividades também discutem o papel da escola na construção de hábitos alimentares saudáveis e como a educação nutricional pode transformar o dia a dia dos alunos. O curso tem vídeos, textos, exercícios e fóruns de discussão, totalizando 20 horas. O EAD pode ser iniciado a qualquer momento, sem a necessidade de formação de turmas, e os concluintes recebem certificado emitido pelo Conviva.
Gestão Orçamentária e Financeira
O objetivo do curso, com carga horária de 30 horas, é colaborar com as equipes das secretarias municipais de educação no acompanhamento da arrecadação, controle do investimento e elaboração da prestação de contas. As aulas contêm vídeos, exercícios e materiais complementares sobre temas como compras públicas e fontes de financiamento da educação municipal. Ao longo do curso, tutores estarão disponíveis para apoiar os alunos, por isso, é necessário esperar a abertura de turmas – cerca de uma por mês – para iniciar a formação. Os concluintes recebem certificado emitido pelo Conviva.
Sobre a Plataforma Conviva
A plataforma Conviva Educação é um sistema de gestão gratuito que tem o propósito de apoiar o trabalho do dirigente e equipe técnica das secretarias municipais de educação. Lançado em 2013, oferece conteúdos, ferramentas e áreas de trocas de experiências voltadas às áreas da gestão municipal: orçamentária e financeira, administrativa, democrática, estrutura e documentação, pedagógica, de pessoas, alimentação e transporte escolar, além de ambientes voltados ao Plano Municipal de Educação, Indicadores Educacionais, Relacionamento entre Secretarias Municipais de Educação e Escolas. Em 2018, o Conviva lançou uma funcionalidade que permite a importação do Educacenso para a plataforma, possibilitando que a secretaria faça seu planejamento com base em dados oficiais e detalhados do município. Foram cerca de 2.000 municípios que fizeram a importação até 2019.
Atualmente, a plataforma tem 90% dos municípios brasileiros cadastrados. Para saber mais, acesse: convivaeducacao.org.br/oque-e e assista ao vídeo.
O Conviva é uma iniciativa da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) em parceria com 13 institutos e fundações – Fundação Itaú Social, Fundação Lemann, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Fundação Roberto Marinho, Fundação SM, Fundação Telefônica Vivo, Fundação Victor Civita, Instituto Humanize, Instituto Natura, Instituto Votorantim, Porticus, Itaú BBA e Movimento Todos Pela Educação, e conta com o apoio do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e da Uncme (União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação) na divulgação para os municípios.
Pedagoga mostra que atividades podem ajudar no desenvolvimento das crianças
“Brincadeiras que além de divertir, preparam os pequenos para o futuro.” Imagem de Fernando De Lima por Pixabay
Amarelinha, esconde-esconde, jogo das sombras, cabo de guerra são apenas algumas das brincadeiras antigas que podem e devem ser resgatadas, não só no período de férias escolares, mas na rotina das crianças, já que ajudam no desenvolvimento geral infantil.
Segundo a pedagoga Claudia Aloia, que comanda o ABC das Mães, grupo que reúne mais de 40 mil mulheres, resgatar as brincadeiras e jogos de antigamente ajudam a criança a aprender a se expressar, lidar com os sentimentos, resolver conflitos e respeitar as regras e principalmente dos companheiros. “As brincadeiras, além de permitir que os pequenos aprendam com diversão, prazer e alegria, desenvolvem habilidades como percepção motora, equilíbrio, orientação espacial, trabalhando o desenvolvimento emocional, social e cognitivo. Infelizmente, apesar de os benefícios das brincadeiras lúdicas serem inesgotáveis, as crianças têm cada vez menos tempo para elas pelo uso de aparelhos eletrônicos”, afirma a especialista.
Por isso, neste período de férias escolares, a proposta da pedagoga é a de dar “férias” para a tecnologia e incentivar as brincadeiras antigas. “Cada tipo de brincadeira tem um ou mais benefícios que são explorados sem a criança perceber e, além de divertir, elas preparam os pequenos para o futuro, já que, inevitavelmente, eles terão desafios semelhantes às brincadeiras”, explica Aloia.
A seguir, a especialista sugere algumas brincadeiras de antigamente que podem acontecer dentro de casa ou ao ar livre e explica os benefícios no desenvolvimento das crianças.
Amarelinha: pode ser desenhada em qualquer espaço e desenvolve as noções espaciais, auxiliando na organização corporal, motora e também desenvolve a musculatura da criança, pois desenvolve a consciência corporal.
Andar de patins, patinete ou skate: a atividade ajuda a desenvolver o equilíbrio, a coordenação motora e a atenção.
Cabo de guerra: o principal benefício dessa brincadeira e o desenvolvimento do trabalho em equipe, mas também é ótimo para exercitar os membros superiores do corpo.
Caça ao tesouro: é ótimo para a atenção aos detalhes, raciocínio e paciência, já que os pequenos têm que seguir pistas até chegar ao tesouro. Excelente para trabalhar a perseverança.
Jogo das sombras: estimulam a criatividade para inventar sombras e a imaginação para adivinhar o que o outro inventou.
Pega-pega e esconde-esconde: é uma ótima atividade de gasto energético, pois desenvolve a agilidade, velocidade e noção de espaço.
Pular corda: também é um ótimo exercício para o corpo, além de trabalhar a noção de a percepção de ritmo e antecipação. Pular corda em grupo, também desenvolve o trabalho em equipe e a compaixão, já que muitas vezes o coleguinha não acompanha o ritmo.
Queimada: é uma excelente brincadeira para desenvolver a agilidade, o trabalho em equipe e o pensamento rápido.
Vivo ou morto: ótima brincadeira para desenvolver a atenção plena, observação, percepção auditiva e reflexo rápido.
Sobre Claudia Aloia
Claudia Aloia é pedagoga, influencer, empresária, apresentadora e criadora de um dos grupos mais famosos no Facebook entre as mamães do ABC, o “ABC das Mães”. Trabalhou durante dez anos na área de comunicação corporativa e publicidade. Em 2014, com o casamento e a maternidade, decidiu empreender no mercado infantil, quando inaugurou o salão de beleza Mamãe Q Disse, em São Caetano do Sul. No mesmo período, com o objetivo de criar um laço com as mães da cidade, criou o grupo ABC das Mães no Facebook. Com o sucesso do grupo, a mãe da Maitê (7 anos) e do Gabriel (3 anos) recebeu o convite para apresentar o programa ABC das Mães, na Rede Eco TV ABC, em maio de 2017. Com o crescimento do público, o programa mudou-se para a TV Mais ABC e tem o mesmo tom de bate-papo originado no grupo do Facebook. Em outubro de 2017, junto a outras sócias, Claudia Aloia adquiriu o Buffet Infantil Allegro Bambini, agora referência em eventos infantis de São Caetano do Sul, consolidando sua expertise no público materno-infantil.
Mostrar que cada família é única e que a educação é a melhor forma de obter bons resultados. Essa é a mensagem transmitida pelo livro “Desafio de Educar – Volume 2 – A educação é a base para um mundo melhor!”. Com coordenação editorial da psicóloga e palestrante Livia Marques, a obra conta ao todo com 24 coautores das áreas de saúde e educação.
Para a autora, a principal ideia é trabalhar a educação das crianças e adolescentes da melhor forma possível com amor, diálogo, empatia e compaixão para se estabelecer uma relação saudável e afinada.
– Socialmente, parece que temos um padrão ou uma receita de bolo afirmando que errar é inadmissível. Por isso, buscamos também acalentar o coração do adulto, que às vezes fica cansado e sem saber o que fazer em relação a educação dos seus – destaca.
Livia explica que a obra pretende conversar com o leitor de forma direta e assertiva mostrando que não se deve pensar na violência como forma de educar. “Falamos muito sobre emoção e educação positiva”.
– Abordamos também assuntos como racismo, crenças limitantes, o adolescente e o luto, como a pedagogia pode e deve contribuir no crescimento desses indivíduos, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), bullying, entre outros. – Discorre Livia.
A ideia do novo volume surgiu em 2018, ano do lançamento do livro Desafios de Educar volume 1. “Percebi que tínhamos muito mais a desenvolver. Mostrar mais. Como, por exemplo, exercícios simples que podemos fazer em casa e nas escolas.”
– Nesta edição, falamos e mostramos exercícios para lidarmos com nossas crenças disfuncionais. Discutidos sobre as emoções, que em muitos casos são vistas como negativas e que ficam escondidas. Falamos ainda das possibilidades de estarmos juntos em busca de algo maior – conclui.
Ficha técnica:
Livro: Desafio de Educar – Volume 2 – A educação é a base para um mundo melhor!
Quando o adolescente se sente seguro e acolhido, desenvolve atitudes positivas que o preparam para a vida
São Paulo, 02 de julho de 2019 – Pais educam e a escola ensina. Certamente, você já ouviu ou leu essa frase em algum lugar. Mas saiba que, hoje em dia, com o avanço da ciência na área da educação, não precisa ser exatamente assim. Família e escola devem andar juntas e se ajudarem, mutuamente, no desafio de apoiar o jovem na superação das dificuldades que encontra no seu dia a dia, da melhor forma possível.
Passamos grande parte das nossas vidas no ambiente escolar e é cada vez mais necessário ensinar habilidades para que os alunos tenham mais bem-estar por meio da educação positiva. Assim, pais e professores podem auxiliar os jovens e crianças a lidarem com suas emoções, valorizarem relacionamentos positivos e oferecer ferramentas para desenvolver maneiras mais saudáveis para reagir aos seus sentimentos, pensamentos e estímulos. A psicologia positiva propõe um novo olhar sobre a natureza da felicidade e do bem-estar. Ao valorizar as qualidades humanas, é possível fomentar uma vida mais plena e significativa.
“Os pais devem buscar uma relação transparente com os filhos, conquistando a confiança e não impondo. O adolescente deve vê-los como adultos que sejam referência de autoridade e respeito. Dessa forma, podem ter em quem se espelhar como adultos emocionalmente saudáveis, no futuro”, explica Flora Victoria, mestre em Psicologia Positiva Aplicada, pela Universidade da Pensilvânia, e presidente da SBCoaching.“Além disso, devem valorizar os comportamentos adequados dos filhos, explicar os motivos de suas escolhas e atitudes, sendo ao mesmo tempo amorosos e firmes, usando de práticas educativas positivas”, completa.
As regras colocadas para os filhos precisam ser claras. Na adolescência, os pais costumam exigir mais tarefas e responsabilidades, sendo que, em alguns casos, tais exigências não foram ensinadas, tornando difícil a cobrança de algo que não orientado.
Quando o adolescente se vê seguro e acolhido na relação com os pais, desenvolve atitudes positivas e proativas, pois se sente estimulado e com autonomia para seguir em frente. Sabe que receberá apoio tanto se acertar como se errar, tendo sempre com quem contar.
A escola, por sua vez, não é somente uma transmissora de conhecimento, ela desenvolve competências que permitem que os jovens entendam sobre seus limites e potencialidades, tenham condições para lidar com os desafios, sejam capazes de dialogar, manter relacionamentos positivos e consigam trabalhar em conjunto, não apenas nas tarefas desenvolvidas em suas dependências, mas em todos os momentos de sua vida.
Diante das constantes transformações sociais, alcançar a realização pessoal e profissional depende, cada vez mais, do desenvolvimento das competências socioemocionais características de adultos emocionalmente fortes. Ou seja, além de proporcionar a construção das habilidades cognitivas dos alunos, as escolas passam a entender a importância de incluir em seu currículo conteúdos que promovam o desenvolvimento emocional, social e psicológico.
“Além do aspecto comportamental, no futuro, de nada adiantará ter conhecimentos técnicos e não ter competências éticas, comportamentais e de responsabilidade. Elas não são inatas e fixas. É possível aprendê-las, praticá-las e ensiná-las no ambiente escolar ou dentro de casa”, afirma Flora.
Para a especialista, “adolescentes incentivados a encontrar significados e propósitos em todas as suas ações, seja dentro de casa ou na escola, podem elevar a incidência de emoções positivas no dia a dia e, assim, gerar uma onda de bem-estar capaz de refletir em todas as esferas de suas vidas”.
Martin Seligman, Ph.D. da Universidade da Pensilvânia, reforça a importância do investimento em educação positiva para gerar mais bem-estar entre os jovens. Considerado o pai da psicologia positiva, Seligman afirma que a sensação de plenitude é composta por cinco elementos: emoções positivas, engajamento, relacionamentos, significado e realização.
A psicologia positiva é o caminho para o indivíduo identificar suas forças, virtudes e valores. Conhecida como a Ciência da Felicidade, ela traz um novo enfoque científico para o funcionamento positivo do ser humano e o caminho para quem quer desfrutar de uma vida plena e feliz.
Tanto a escola como os pais precisam incentivar os adolescentes a entender a importância de utilizar diferentes linguagens e plataformas para se expressar, compartilhar ideias, experiências e sentimentos. Assim, poderão desenvolver a capacidade para construir argumentos e opiniões de maneira qualificada e saber defender as próprias ideias e pontos de vista. Além disso, essa competência valoriza a ética, os direitos humanos e a sustentabilidade social e ambiental.
No Brasil, ainda é necessário percorrer um longo caminho quando o assunto é educação, mas um avanço significativo pode acontecer a partir do próximo ano, quando as escolas brasileiras precisarão incluir as habilidades socioemocionais nos seus currículos, conforme prevê a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Pois tanto no ambiente escolar, como na vida, as habilidades cognitivas se misturam às emocionais. Poder contar com uma metodologia sistematizada, que tem o propósito de formar indivíduos com valores mais sólidos e atitudes positivas, ou seja, emocionalmente fortes, é um grande progresso.
Trata-se de uma mudança de paradigma considerável para os professores que, mais do que ministrar matérias, agora também terão que ensinar o aluno a se relacionar com o mundo ao redor. É importante que os adolescentes saibam reconhecer as próprias emoções e as dos outros para desenvolver a capacidade de lidar com elas. E, também, possam criar posturas e atitudes como solidariedade, empatia, resolução de conflitos e a cooperação, além de tomar decisões de maneira responsável.
O coaching e a psicologia positiva podem ser aplicados em, pelo menos, 5 das 10 competências gerais da BNCC. São elas:
Compreensão das relações do mundo corporativo e tomada de decisões, alinhadas ao projeto de vida pessoal, profissional e social.
Argumentação com base em fatos, dados e informações confiáveis para formular, negociar e defender ideias e pontos de vista.
Autoconhecimento e reconhecimento de suas emoções e dos outros, com capacidade de lidar com elas e com a pressão do grupo.
Exercício da empatia, diálogo, resolução de conflitos e cooperação, fazendo-se respeitar e proporcionando respeito ao outro.
Ação pessoal e coletiva com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação.
Sobre a SBCoaching (Sociedade Brasileira de Coaching)
Fundada por Villela da Matta e Flora Victoria, precursores no atendimento de coaching no Brasil, a SBCoaching é hoje referência nacional e internacional na técnica. Com quase 20 anos de mercado, é integrante do LIDE e única empresa do segmento que oferece todo tipo de serviço e produto relacionado ao coaching. São 250 unidades, 300 funcionários, atendimentos e soluções corporativas realizados em cerca de 3 mil empresas, formações, especializações, treinamentos e eventos internacionais com realização própria, projetos de empreendedorismo social e um recente programa de microfranquias. Com mais de 35 mil formados em coaching, gestão, empreendedorismo, vendas, liderança e psicologia positiva, a SBCoaching é líder no mercado de formações em coaching e possui uma sólida e ativa rede de profissionais em sua base de alumnis. Como mais um diferencial, investe milhões em pesquisa e desenvolvimento e mantém um núcleo composto por profissionais com ampla formação acadêmica, responsável pela fundamentação de suas práticas, cursos, comprovações científicas das metodologias aplicadas, pesquisas, parcerias com universidades, institutos e pesquisadores reconhecidos internacionalmente.
“Não existe vento favorável para o marinheiro que não sabe aonde ir”. A famosa frase do filósofo Sêneca – um dos mais célebres advogados, escritores e intelectuais do Império Romano – se encaixa perfeitamente nas discussões sobre educação executiva responsável, uma vez que, encontrar seu valor vai muito além da simples propagação de princípios. As instituições focadas em formação de líderes responsáveis precisam despertar uma visão global das mudanças que são necessárias para impactar de forma positiva a sociedade.
O diretor do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Nova York, Vinícius Pinheiro elenca os principais desafios relacionados à três áreas-chaves:
Economia digital: os avanços em tecnologia, robótica e automação podem contribuir positivamente para melhorar as condições de vida das pessoas. Por outro lado, podem ampliar as desigualdades sociais.
Mudanças climáticas e transição para a economia verde: representam uma mudança nos processos produtivos e uma releitura do uso dos recursos naturais disponíveis no planeta. Além disso, tem o potencial de geral 18 milhões de empregos no mundo, impactando os outros pilares do tripé da sustentabilidade: o social e o econômico.
Transição demográfica: considera a realidade inegável e já bastante discutida de que a população mundial em idade para trabalhar irá diminuir progressivamente. Com exceção da África que terá um incremento de 12% de pessoas nesse grupo, há uma previsão de redução de 14% para a Europa. É um cenário que precisa ser pensado e planejado.
Entre as inovações disruptivas há o receio de que as pessoas sejam dispensáveis perante a supremacia das máquinas. A alta tecnologia domina todos os setores produtivos: na indústria, no mercado, na saúde, nas linguagens, nas nossas escolas, na nossa casa. As novas formas de consumo questionam nossas referências, nosso próprio modelo de vida e são acompanhadas de um constante medo do desconhecido, como profissões que sequer existem ainda. E para atender a tudo isso, não podemos mais ficar sentados atrás de grandes mesas ou a frente de quadros negros das escolas sem olhar para o que está acontecendo no mundo ao redor.
A sala de aula como costumava ser tinha o professor como detentor do conhecimento. Hoje, um aluno com um celular na mão tem acesso a muito mais informações do que o professor é capaz de memorizar. A sala de aula deve fazer parte dessa transformação e se tornar um espaço para compartilhamento, no qual cada um dos envolvidos tem um potencial valioso que não pode ser limitado a formalidades, mas deve ser medido por sua capacidade de participação, articulação e contribuição para o aprendizado em comunidade.
Paulo Freire foi um grande educador, pedagogo e filósofo brasileiro que há décadas defende a necessidade de mudança no papel da educação. Como grande defensor do aluno protagonista do conhecimento, em suas colocações afirma que “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou sua construção”.
Há vinte anos, o ISAE Escola de Negócios defende essa abordagem, acreditando no potencial de transformação da educação. Ao adotarmos um modelo educacional que associa teoria e a prática, valorizamos a experienciação, a avaliação por meio de resultados aplicáveis e o grau de comprometimento do aluno. Somos defensores do ensino transversal, do aluno como protagonista de seu próprio aprendizado e vemos o professor como facilitador desse processo e instigador da busca por mais conhecimento.
Nosso maior objetivo é honrar nosso compromisso de estar aqui para contribuir com a sociedade por acreditarmos na educação executiva responsável como grande fator de transformação social. No entanto, a transformação depende das pessoas. Se as pessoas não se mobilizarem, a educação sozinha não terá poder algum. Por isso, mais do que estar consciente das mudanças do mundo do futuro é preciso encará-las como oportunidades e instigar em nossos alunos a curiosidade, sendo provocador e despertando o interesse pelo aprendizado e a sede por conhecimento. Somente assim, quando conseguimos inspirar o outro, deixamos de ser espectadores passivos e nos tornamos verdadeiros agentes da mudança.
*Norman de Paula Arruda Filho é Presidente do ISAE Escola de Negócios, conveniado à Fundação Getulio Vargas, professor do Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE/FGV, e Coordenador do Comitê de Sustentabilidade Empresarial da Associação Comercial do Paraná (ACP).
Especialista explica quais as vantagens da modalidade de ensino que mistura a prática presencial com a educação a distância
Com a recessão iniciada no segundo trimestre de 2014, as famílias brasileiras perderam poder de compra e precisaram reajustar os gastos para se adequar a um novo padrão de vida. O resultado dessa crise são 63 milhões de brasileiros endividados no Brasil (sendo 12 milhões entre os 18 e 29 anos), mais de 13 milhões de desempregados e quatro entre dez brasileiros vivendo da informalidade.
Os dados, que são de fácil acesso nos sites do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Serviço de Proteção de Crédito (SPC), obrigaram o brasileiro a adiar a viagem de fim de ano, economizar nas compras e, em alguns casos, interromper temporariamente os estudos.
No entanto, com a expansão das metodologias de ensino e avanços tecnológicos, opções mais viáveis surgiram no mercado, como o ensino a distância (EAD) e o semipresencial.
De acordo com o professor Daniel Cavagnari, da escola de Gestão, Comunicação e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter, o ensino semipresencial é “o melhor dos dois mundos, pois alia o presencial e o EAD, possibilitando entregar todo o material necessário para o aluno estudar a preços mais acessíveis sem deixar de praticar com os colegas de turma, com o professor em sala de aula e colocando a mão na massa”.
Sobre as vantagens financeiras, Daniel explica que a economia está antes de tudo na mensalidade do curso, que é mais em conta que o presencial. “Além disso, existe a economia com o deslocamento e alimentação, pois no presencial o aluno deve estar disponível cinco dias da semana e no semi apenas em dois”.
Outra vantagem apontada pelo professor é a flexibilidade de tempo oferecida pela modalidade. “Com isso [somente duas aulas por semana], o aluno pode se dedicar mais à sua carreira profissional sem o desgaste do cotidiano puxado do estudante”.
Sobre o Grupo Uninter
O Grupo Uninter é o maior centro universitário do país, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e a única instituição de ensino a distância do Brasil recredenciada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). Sediado em Curitiba (PR), já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 210 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Mantém polos de apoio presencial estrategicamente localizados em todo o território brasileiro e cinco campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade. Para saber mais, acesse uninter.com.
Educar uma criança não é tarefa fácil, mas alguns desafios são criados, na verdade, pela falta de diálogo entre pais e filhos
Um dos grandes problemas que estamos vivendo na educação infantil, é como estabelecer limites. (//Getty Images)
Eu já escutei inúmeras vezes mães falando assim quando veem uma criança fazendo algo inadequado. É como uma atitude dúbia, ameaçadora, em que no fundo estão imaginando algo como: ‘eu faria diferente’, ‘eu faria o que ele pedisse’, ‘lhe daria uma porrada’, ‘eu não saberia o que fazer’…
Sem dúvida, um dos grandes problemas que estamos vivendo na educação infantil é a dificuldade de estabelecer limites. Como definir projetos de vida seguros, tranquilos, sem sustos, sem erros, sem sobressaltos, em um mundo violento, em que não sofrer é a norma.
Coincidentemente, hoje li no jornal uma matéria em que cientistas da Universidade de British Columbia, no Canadá, recomendam parquinhos mais ‘aventurescos’ como uma forma de estimular mais e fugir da equação de seguro total como o mais adequado. Menos segurança, menos proteção, mais estímulo, desenvolvimento e flexibilidade. Um pouco parecido a teoria da sujeira, em que nossa imunidade se fortalece com a exposição a um ambiente não tão protegido.
Obviamente que a infância mudou bastante, com muito mais tempo de tela, menos tempo de jogos ao ar livre ou espaços comuns, mais sedentarismo e quase nada de atividades familiares.
Sem controle
Temos medo de tudo: de que brinquem e caíam, de que se machuquem, de que possam sofrer. E permitimos coisas muito mais malucas, como veículos de mobilidade individual de adultos para uso em crianças, sem qualquer proteção. Não os protegemos de perigos eletrônicos.
A criança fica confinada ao seu quarto, na frente de seus múltiplos tipos de tela, muitas vezes copiando o comportamento de seus irmãos e mesmo de seus pais. E os pais de hoje, comparados aos de algumas gerações anteriores, deixam de ser autoritários, rígidos, para adotar uma postura de permissividade total.
Permitem tudo, a qualquer momento, sem qualquer tipo de controle. E contaminam avós, padrinhos, escolas e até os próprios profissionais de saúde, que, pressionados, acabam aceitando como normais comportamentos nem sempre adequados. Afinal, temos medicamentos para quase tudo: para hiperatividade, inatividade, pouca atividade, inatenção, ansiedade, tristezas, falta de afeto ou excesso de afeto. Mas não temos um parâmetro para limites.
Obesidade infantil
Na minha área de atuação, a nutrição infantojuvenil, não há como separar alguns dos problemas mais frequentes como a obesidade, o excesso de peso, a dificuldade alimentar, de modelos de comportamento e o chamado estilo parental.
Trabalhando com o projeto da nossa colega Sherryl Hughes, do Baylor College, no Texas, relacionamos o modo com que os pais se comportam na alimentação e o prognóstico físico de seus filhos. Assim, pais autoritários tendem a ter filhos mais obesos, assim como seus opostos, os pais permissivos ou liberais demais. Por motivos diferentes, já que provavelmente uns terão filhos que poderão reagir de forma contrária ao implementado durante anos de repressão e rigidez, e os outros por terem permitido TUDO que era possível sem uma palavra não pela frente.
Modo de educar
Na história da humanidade, provavelmente o estilo controlador sempre foi o que mais deu certo na educação, já que as crianças obedeciam de forma cega à autoridade paterna, com poucos questionamentos. No entanto, anos abusivos, maus tratos frequentes e castigos físicos abalaram esta forma clássica do educar forçado. Mas saímos para o oposto. Com medo de sermos iguais, buscamos a liberalidade total de comportamentos. E o meio termo, o bom e velho bom senso, foi perdendo terreno.
Minha mãe, judia tradicionalista que é, sempre dizia que quando eu não fazia alguma coisa adequada, arrumaria meus dentes com um soco, sem precisar de aparelho ortodôntico. Obviamente que, exatamente como fazia a mãe de meus vizinhos italianos, ameaças ocas não servem para nada, mas a imagem fica. E, mesmo sem medo algum da ameaça física, a mensagem estava registrada.
Fico com a impressão de que os pais de hoje precisam não de coaches, técnicos ou especialistas em educar seus filhos, mas de algo mais, que o tempo levou ao olvido: a capacidade de conversar, de discutir, de trocar ideias com o profissional de saúde, com parentes, com amigos. Não pelo grupo de Whats, mas realmente o contato sincero e claro, sem outras intenções. E talvez a frase inicial, diria exatamente assim: se fosse meu filho, ele faria o correto.
Fonte: BLOG Letra de Médico – Orientações médicas diárias e textos de saúde assinados por profissionais de primeira linha do Brasil/ – https://veja.abril.com.br
Que a evasão escolar é um problema sistêmico no Brasil, infelizmente já sabemos há algum tempo. O mais recente Censo Escolar elaborado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) aponta para mais de dois milhões de crianças e adolescentes fora das salas de aula. E o maior problema está no Ensino Médio, que compreende os anos finais do currículo estudantil básico: 1,3 milhão de adolescentes entre 15 e 17 anos não está na escola.
Não bastasse isso, neste mês surge mais um dado preocupante. Segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) sobre educação, divulgada no último dia 19 de junho, 23% dos jovens brasileiros não estuda e tampouco trabalha. Isso significa mais de 12 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos sem qualquer atividade: um quarto dessa população. O porcentual é ainda mais elevado na faixa “universitária”, de 18 a 24 anos, quando teoricamente poderiam estar fazendo algum bacharelado, iniciando uma especialização ou se inserindo no mercado de trabalho: 27,7%.
Ora, se a Educação é fator primordial para a geração de uma sociedade mais justa, mais segura, mais participativa politicamente, mais ativa na busca por uma melhoria de vida sem recorrer a subterfúgios escusos, então o Brasil, claramente, terá sérios problemas para progredir enquanto coletividade e também disciplinarmente. Afinal, se não somos um país capaz de reter alunos em sala de aula ou mostrar aos jovens a importância de um ofício, então – pedindo licença para usar uma figura de linguagem bem atual e moderna – “falhamos miseravelmente”.
Muitos fenômenos podem explicar o fracasso do Brasil nesta questão: a falta de estrutura das escolas (em muitas situações até básica, como lousa e giz, por exemplo), a qualidade do ensino, os níveis de aprendizado, a progressão sem a real absorção do conhecimento e, por último, mas não menos importante, a formação dos professores.
Docentes estimulados, formados e capacitados poderiam diminuir substancialmente a estatística trazida pela Pnad neste ano. Formar-se-ia um ciclo positivo em torno do futuro do Brasil no que tange à Educação: melhores professores, alunos mais estimulados. Melhores professores, escolas com índices de ensino mais apurados. Melhores professores, mais gente encorajada a um futuro na pedagogia. E, com melhores professores no futuro, o ciclo recomeça.
Chegar ao professor, entretanto, é um dos caminhos que precisamos percorrer. Ainda há de se passar por uma boa gestão educacional, oriunda, evidentemente, do poder público – representado por MEC (Ministério da Educação), secretarias estaduais e municipais e suas respectivas coordenadorias pedagógicas. Há de se passar pela solidificação de um currículo escolar adequado a instituições públicas e particulares, sem fazer distinção de classe social. E há de se passar por uma escola preparada para lidar com crianças e jovens de diferentes criações, pensamentos, ideologias, valores e princípios, para não perder estudante de vista e dá-lo o suporte necessário também enquanto ser humano.
E, quando falamos em valorizar o trabalho dos docentes, não significa apenas dá-los a oportunidade de formação universitária adequada (e até continuada) ou pagá-los salários dignos. Isso seria apenas a garantia do básico. O docente é o profissional responsável por conseguir incutir o conteúdo programático na cabeça dos alunos de forma assertiva: não se trata de fazê-los decorar, mas, sim, de fazê-los compreender. E há urgente necessidade de dar ferramentas aos docentes para facilitar essa tarefa.
Fomentar a absorção do conhecimento com aulas práticas, como faz a ONG Educando por meio do programa STEM Brasil, é oferecer ao professor a oportunidade de dar o segundo passo no “Ciclo do Estímulo”. O primeiro é garantir tal mecanismo ao próprio docente. Conectar tradicionais matérias a habilidades “mão na massa” torna o aprendizado muito mais atraente e engajador, tanto para os profissionais de ensino quanto para os alunos.
Apoiar professores com formações que conectem conteúdo escolar à realidade – deixando claro sua aplicação prática no dia a dia – aliado a oportunidades de iniciação à pesquisa e desenvolvimento de projetos, faz com que eles virem estrelas. Primeiramente aos olhos dos alunos e, em seguida, da sociedade. Combater as evasões escolar e do mercado de trabalho é papel também dos professores. E o protagonista, responsável por oferecer a arma do “Ciclo do Estímulo” é o próprio Brasil.
(*) Marcos Paim, professor e diretor do programa STEM Brasil da ONG Educando.
Fundada em Nova York em 2002 como World Development and Education Fund (Worldfund), a organização não-governamental passou a se chamar Educando em junho de 2018. Desde o início trabalha em parceria com governos locais para trazer investimentos de empresas privadas para projetos educacionais na América Latina. Em 16 anos, a instituição já levantou mais de US$ 30 milhões em investimentos e capacitou mais de 13,2 mil educadores no Brasil e no México, com impacto em mais de 5,5 milhões de estudantes.
Em audiência pública da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, que analisa as propostas para o novo Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a governadora Fátima Bezerra reforçou, nesta terça-feira, 25, em Brasília, que “é preciso buscar convergências para transformar o Fundeb numa política de estado, perene, e com maior participação da União”.
Ao destacar estas duas condições, Fátima Bezerra disse que elas estão contempladas na proposta do novo Fundeb de sua autoria e que é apoiada pelo Forum dos Governadores do Brasil. “Esse é o caminho para ampliar a oferta de vagas, as creches, a qualidade da educação, a valorização profissional visando um país com mais equilíbrio, melhor distribuição de renda e qualidade de vida”, afirmou a governadora do RN lembrando que hoje o Plano Nacional de Educação completa cinco anos, “um plano que é estratégico para o presente e para o futuro do nosso país, mas que, infelizmente, o balanço que fazemos é que o plano está estacionado”.
Ainda na audiência pública Fátima Bezerra considerou “imperativo que sociedade acompanhe os debates sore novo Fundeb. Por que o Fundeb é a mais importante política para financiamento da educação básica. Precisamos aprofundar os debates e ter a garantia do novo Fundeb. Eu, como representante dos governadores dos estados do Brasil, defendo o novo Fundeb como política de estado permanente, sem prazo de validade como é hoje, e com ampliação da participação da União no financiamento da educação básica. Hoje a União entra apenas com 10%, estados e municípios entram com 90%”, ressaltou, para informar que “Maior participação da União significa mais estados e municípios contemplados, a efetividade do pacto federativo e melhor ensino e aprendizado. Estudo técnico mostra que a maior participação da União vai ampliar o número de estados contemplados de 10, atualmente, para 17”.
Para Fátima Bezerra, aprovar o novo Fundeb “é um desafio que trará enormes vantagens e benefícios a todos com a garantia do fortalecimento da educação do nosso país” e explicou algumas metas definidas para serem consolidadas até 2024: garantir 50% das crianças 0 a 3 anos idade nas creches; 50% das escolas com educação em tempo integral; novo piso salarial do magistério equiparação do salário médio do professor aos demais profissionais com mesmo nível de formação (hoje ganham 50% a menos); garantir formação continuada aos educadores; alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade; alfabetização de jovens e adultos.
“Acho que temos um ambiente sensível e um compromisso do Parlamento brasileiro. O país precisa que a agenda do novo Fundeb prevaleça. Insistimos no caráter permanente e no maior aporte de recursos pela União. Nossa proposta incorpora sugestões dos diversos setores da educação”, enfatizou ao encerrar sua participação na audiência. A PEC dos Governadores tramita no Senado e outras duas propostas tramitam na Câmara dos Deputados.
O QUE É O FUNDEB
O Fundeb é hoje a principal fonte de financiamento da educação básica brasileira. O modelo atual tem sua vigência encerrada em 2020. A PEC 15/15, apresentada pelo Forum dos Governadores do Brasil e de autoria da governadora Fátima Bezerra, propõe tornar o Fundeb uma política pública permanente e a ampliação da participação financeira da União junto aos estados e municípios.
A governadora Fátima Bezerra considera que o Fundeb é fundamental para melhorar a infraestrutura das nossas escolas e investir na manutenção e desenvolvimento do ensino Brasil e no Rio Grande do Norte”.
A proposta contempla:
• Novo modelo de financiamento que seja permanente e uma política pública de estado com aperfeiçoamento e ampliação da participação do governo federal que hoje é de apenas 10%. A ampliação prevê 20% no primeiro ano de vigência e acréscimos de 2% ao ano nos dez anos seguintes até atingir 40%.
• Quando foi criado o Fundeb, 60% dos repasses feitos pelo governo federal aos estados e municípios eram destinados ao pagamento dos salários dos professores. Os 40% restantes eram destinados ao custeio das escolas. Hoje os prefeitos alegam que os recursos suprem apenas o pagamento da folha salarial da Educação e não há sobras para investir no custeio e melhoria das escolas.
TRAMITAÇÃO DA PEC DOS GOVERNADORES PARA O NOVO FUNDEB
• 8 de maio – Após apresentação ao Fórum dos governadores em Brasília, a proposta de emenda constitucional (PEC) que cria o novo Fundeb foi entregue aos presidentes da República, Jair Bolsonaro, do Senado, Davi Alcolumbre, da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, e ao ministro da Educação, Abraham Weintraub.
• O ministro se comprometeu a criar um grupo de trabalho para analisar a proposta junto com entidades como o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Segundo o Inep, as inscrições para o Encceja aumentaram 75% este ano, em relação a 2018
As inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos, o Encceja, aumentaram 75% em 2019, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os números surpreendem: saltaram de 1.695.607 estudantes em 2018 para 2.973.375 inscritos para a edição deste ano. O exame gratuito é para quem não terminou os estudos na idade correta e deseja obter um certificado.
Esse crescimento pode ser justificado por alguns fatores, como a maior divulgação da prova, o apoio de secretarias de educação e a busca de uma certificação para melhorar as condições de emprego.
As inscrições para o Encceja 2019 já estão encerradas. A prova vai acontecer no dia 25 de agosto.
Outra forma de terminar os estudos
“Atualmente, quanto menor a escolaridade, menor a chance de entrar no mercado de trabalho. Temos percebido que as pessoas estão temendo o desemprego e por isso estão procurando qualificação”, explica a coordenadora do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) a Distância do Centro Integrado de Educação Básica para Jovens e Adultos Uninter, Maria Tereza Cordeiro.
A EJA (Educação de Jovens e Adultos) no formato EAD (Educação a Distância) da Uninter é outra forma de terminar os estudos, sem ter que parar de trabalhar ou cuidar da família, pois é desenvolvida no formato a distância. O curso tem duração de 18 meses, com carga horária total de 1,2 mil horas, mas é possível solicitar aproveitamento de estudos caso o aluno já tenha concluído algumas disciplinas. Com um ambiente virtual acessível, os estudantes podem interagir e tirar dúvidas com professores e colegas.
As inscrições para a EJA estão abertas até o dia 26 de julho e podem ser feitas no site www.uninter.com/eja.
O tema escolarização representa o resgate da autoestima para aqueles que estão em tratamento oncológico e aparece como uma referência à identidade daqueles que são saudáveis. Assim, não é o conteúdo curricular que a criança busca quando solicita o material escolar para a mãe, mas, sim, o sentimento de pertencer a um grupo social de sua faixa etária.
Ao falar da escolarização do aluno com câncer, não se refere unicamente ao sentido tradicional da produção do conhecimento sistematizado, mas a escola como um lugar representativo da infância, sendo ela parte integrante da vida do aprendente e, especialmente no processo de adoecimento, haja vista poder ajudá-lo a perceber-se mais incluso.
Diante desse contexto, a Casa Durval Paiva em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, representa por meio das suas classes hospitalar e domiciliar uma experiência vital ímpar, no que diz respeito à possibilidade de recodificação simbólica do contexto e da vivência hospitalar, pois não são os remédios apenas que curam. Apesar das limitações desencadeadas pelos seus problemas de saúde, tratam-se de crianças vivas e que precisam de estímulos múltiplos para desenvolver suas potencialidades.
Sendo assim, em conjunto com a família, a escola exerce um papel importantíssimo na formação da identidade pessoal e social do aluno.No processo de adoecimento, a participação da escola não é menos importante, pois através do olhar sensível do professor, ele pode tornar-se um agente multiplicador do diagnóstico precoce do câncer, ao sinalizar para a família os sinais de alerta que surgem na criança ou adolescente. Durante o afastamento por orientação médica em razão do tratamento, a escola pode contribuir com a manutenção das atividades que resgatem a rotina da vida anterior à doença, ao enviar os conteúdos, testes e avaliações para que sejam executadas pelas professoras das classes hospitalar e domiciliar com o aluno e, dessa forma, representar possibilidades concretas de que o aluno cultive aceso a esperança de sobreviver, por meio da construção do seu próprio futuro.
Vale ressaltar, que no atendimento educacional das classes hospitalar e domiciliar da Casa Durval Paiva, busca-se elaborar ações que ajudem no acompanhamento do processo de escolarização de crianças e de adolescentes matriculados, onde tais ações visam garantir a manutenção do vínculo com as escolas, por meio de um currículo flexibilizado e/ou adaptado, favorecendo o ingresso, o retorno ou a adequada integração ao grupo escolar correspondente.
Compreender a importância do papel da escola no processo de escolarização no adoecimento é fundamental, principalmente no momento do retorno às aulas após a alta. A parceria firmada entre a família, a escola e as professoras das classes hospitalar e domiciliar facilita o processo de reinserção escolar, a fim de que a criança ou o adolescente sejam vistos como aluno, não como paciente. E assim sejam incluídos ao meio social de forma acolhedora e confortável.
Eliziane Gorniak é diretora executiva do Instituto Positivo Créditos: Divulgação
Eliziane Gorniak e Mozart Neves Ramos
Em artigo anterior, publicado há dois anos neste mesmo jornal, havíamos ressaltado que uma das razões da falta de efetividade do Plano Nacional de Educação (PNE), quanto ao cumprimento das metas estabelecidas é a dificuldade que o país tem de colocar em prática o regime de colaboração. Também nesse mesmo artigo, havíamos dito que isso não se dá por falta de mecanismos e instrumentos legais, mais sim pela dificuldade de uma articulação mais orgânica entre os entes federados, com ou sem a participação da sociedade civil vinculada à área de educação. O próprio PNE, em seu artigo 7º, ressalta o papel estratégico do regime de colaboração para o alcance de suas metas. E vai mais além, indicando, no inciso 7º desse mesmo artigo, um instrumento valioso para colocá-lo em prática, por meio dos chamados arranjos de desenvolvimento da educação (ADEs).
Trata-se de um trabalho em rede entre municípios geograficamente próximos, em geral, de um mesmo perfil social, econômico e cultural, que buscam, mediante um trabalho colaborativo, enfrentar problemas comuns na área da educação. Por exemplo, entendemos que a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nas redes de ensino de municípios pequenos – especialmente os localizados nas regiões mais pobres socioeconomicamente falando, em que faltam recursos técnicos e financeiros – só se efetivará na velocidade esperada caso atuem de forma colaborativa. Sem isso, ficarão ainda mais atrasados em relação às regiões mais desenvolvidas do país.
Além disso, as mudanças que queremos ver acontecer em benefício da educação de maior qualidade com equidade ocorrerão de forma bem mais lenta. A desigualdade tenderá a crescer em nosso país pelo viés da educação. O problema é que falta coordenação federativa para que essa colaboração, através de arranjos, ocorra na velocidade de que o país precisa. Se a solução se limitar a repassar mais dinheiro – sem articulação, colaboração e responsabilização por resultados –, não avançaremos.
Mozart Neves Ramos, conselheiro do Instituto Positivo Créditos: Divulgação
Enquanto alguns mecanismos que podem aperfeiçoar o regime de colaboração estão em fase propositiva – entre eles, a revisão do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e os projetos de lei que preveem a instituição de um Sistema Nacional de Educação –, verificamos que mesmo sem a presença efetiva do Ministério da Educação (mas isso pode mudar), os municípios, em determinados territórios, estão se articulando e colocando em prática o regime de colaboração mediante o mecanismo dos arranjos de desenvolvimento da educação.
Atualmente, 222 municípios, divididos em 14 arranjos localizados em seis diferentes estados, têm se unido e trabalhado em conjunto a partir do estabelecimento de uma agenda comum. Nos encontros, a atuação dos secretários de Educação e de suas equipes vai além das aproximações pessoais e das trocas de informações pontuais.
O objetivo é entender quais são as principais fragilidades comuns às suas redes de ensino e o que eles podem fazer para superá-las a partir do esforço coletivo.
É interessante verificar que 66% dos municípios, que trabalham via ADE, são de pequeno porte, com menos de 20 mil habitantes, e 22% de médio porte. Ou seja, 88% dos municípios têm menos de 50 mil habitantes. Apenas dois arranjos contam com a participação de capitais. A grande maioria deles são compostos por municípios do interior.
Os secretários de Educação desses municípios, em função dos desafios da complexidade da gestão de suas redes de ensino, perceberam que estabelecer uma troca constante e contínua com seus colegas da região promove o fortalecimento institucional, dando mais musculatura para as decisões a tomar e com menor custo financeiro, uma vez que deixam de trabalhar de forma isolada e passam a contar com uma rede de profissionais que podem compartilhar a sua experiência e ajuda-los em suas demandas prioritárias. Em alguns dos arranjos, esse trabalho conta com a participação de institutos e fundações de empresas que dão apoio não apenas financeiro, mas também técnico, para que tais atividades ocorram.
No livro Cooperação Intermunicipal – experiências de arranjos de desenvolvimento da educação no Brasil, de Fernando Luiz Abrucio, lançado em 2017 pelo Instituto Positivo, com o apoio do Movimento Colabora, é possível constatar os avanços municipais produzidos por esse instrumento, tanto no aspecto da aprendizagem escolar como na redução das desigualdades, ao comparar o processo evolutivo dos seus Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Idebs). Portanto, a pergunta que fica é: se podemos usar esse instrumento e temos resultados que comprovam a sua eficácia, por que não promover uma política pública de ADEs mais consistente e coordenada pelo próprio Ministério da Educação em nosso país?
*Eliziane Gorniak, diretora do Instituto Positivo e Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna e Conselheiro do Instituto Positivo.
Os módulos vão sendo apresentados aos alunos de acordo com o estado emocional de cada um Crédito: divulgação
Aplicativo inédito que utiliza a neurociência em MBA’s de gestão mostra que é possível personalizar a aprendizagem
Antes restrita ao interesse de profissionais de medicina e psicologia, a neurociência avança cada vez mais em direção a outras áreas de conhecimento. Na educação, por exemplo, tem ajudado especialistas a entenderem o que acontece no cérebro quando ele entra em contato com novas informações. Pesquisas neurocientíficas, se aplicadas à educação, podem direcionar o trabalho de professores em sala de aula. Essa revolução na maneira de ensinar pode tornar as práticas de aprendizagem mais eficientes, facilitando a fixação do conteúdo. É o que defende o professor Marcelo Peruzzo, idealizador da metodologia Brain Model Canvas (BMC) e cofundador do primeiro aplicativo de neuroeducação do mundo, WeJoy. “A neurociência pode conduzir a pessoa por uma jornada fantástica de aprendizado”, destaca Peruzzo.
E se a neurociência pode ser usada para decifrar o desenvolvimento do cérebro e o comportamento das pessoas, a união com a área de gestão era apenas questão de tempo. A oferta de cursos ligando as duas áreas mostra que essa é uma tendência que veio para ficar. A Universidade Positivo, de Curitiba (PR), oferece atualmente dois cursos de especialização com ênfase em neurociência aplicada aos negócios: MBA em Gestão de Pessoas e Coaching com ênfase em Neuroliderança e MBA em Marketing Digital com ênfase em Neuromarketing. Os cursos, que estão na 2° e 3° edição, respectivamente, contam com mais de 120 alunos de diversos estados do Brasil e, inclusive, de outros países.
O MBA em Marketing Digital é o único curso dessa categoria no Brasil a contar com Laboratório de Neuromarketing para análise dos projetos criados pelos alunos. Também é o único MBA no país a utilizar o aplicativo WeJoy, oferecendo aos estudantes a opção de assistirem às aulas de forma presencial ou a distância. Durante a especialização, a neurociência é utilizada para personalizar ao máximo a experiência e a transmissão do conteúdo. Os módulos vão sendo apresentados aos alunos de acordo com o estado emocional de cada um, a partir de um teste rápido realizado no aplicativo. A ferramenta indica inclusive o melhor horário para se realizar as atividades, baseado nos desempenhos anteriores da pessoa. “O curso não tem prazo específico para conclusão. O aluno é 100% protagonista de seu aprendizado e só é reprovado se ele se auto sabotar”, destaca Peruzzo.
O empresário do ramo da Educação, Newton Andrade, 38 anos, concluiu o MBA em Marketing Digital com ênfase em Neuromarketing e classifica a experiência como sensacional. Formado em administração e com especialização em Logística Empresarial, ele diz que o curso quebrou todos os paradigmas da gestão e do marketing atual e ajudou, inclusive, a gerar novos negócios. “Minha visão do mundo mudou, tanto voltada para a vida profissional quanto pessoal. Ter o entendimento da mente humana me fez refletir e ajudou nas relações pessoais e profissionais”, afirma Andrade, que também reforça a importância de poder trocar informações, durante o curso, com colegas de diferentes estados do Brasil e até dos EUA.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo concentra, na Educação Superior, a experiência educacional de mais de quatro décadas do Grupo Positivo. A instituição teve origem em 1988 com as Faculdades Positivo, que, dez anos depois, foram transformadas no Centro Universitário Positivo (UnicenP). Em 2008, foi autorizada pelo Ministério da Educação a ser transformada em Universidade. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de Graduação presenciais, quatro cursos de Doutorado, sete cursos de Mestrado, mais de 190 programas de Especialização e MBA, sete cursos de idiomas e dezenas de programas de Extensão. A Universidade Positivo conta com três unidades em Curitiba, uma unidade em Londrina (PR), uma unidade em Joinville (SC), além de polos de Educação a Distância (EAD) em mais de 60 cidades espalhadas pelo Brasil. Em 2018, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric.