Você sabia que aplicar a sustentabilidade na sua casa, no seu bairro ou na sua cidade não é nada difícil? No entanto, vale mencionar que as medidas exigem a adoção de novos hábitos, bem como uma mudança drástica de postura e a vontade de fazer a diferença.
Nesse sentido, a sustentabilidade não está apenas relacionada ao fator ambiental. Por isso, a forma que você lidera as suas ações econômicas e sociais podem contribuir não só com o aumento da sua qualidade de vida, mas também com a de todos ao seu redor.
Dessa forma, além de minimizar os impactos ambientais, você pode aplicar a sustentabilidade a fim de reduzir o desperdício de recursos e garantir uma conta mais baixa no final do mês.
Pensando nisso, que tal entender como a sustentabilidade pode fazer a diferença no seu dia a dia? Listamos, a seguir, 4 formas simples de adotar medidas sustentáveis e auxiliar na saúde do nosso planeta. Continue lendo!
1. Economize água
A escassez de água potável já é uma realidade presente em boa parte do mundo. Por isso, é fundamental ficar atento sobre:
Tempo no banho;
Ensaboe a louça antes de enxaguá-la;
Desligue a torneira enquanto escova os dentes;
Opte por lavagens a seco;
Reutilize a água da máquina de lavar para limpar calçadas e automóveis;
Reduza o consumo de carne;
Avalie se há vazamentos na rede hidráulica ou em calhas e rufos.
Em geral, essas ações, além de minimizarem os impactos ambientais, contribuem com a redução da sua conta de água!
2. Faça o descarte correto do lixo
O descarte correto do lixo é a garantia de que resíduos e toxinas não irão parar no meio ambiente, poluindo rios, mares e oceanos. Para isso, separe os materiais recicláveis dos descartáveis e, se possível, use o lixo orgânico para compostagem.
Você pode, inclusive, enviar os resíduos gerados para a reciclagem e a empresa em questão faz o reaproveitamento dos itens, como tela alambrado.
3. Economize energia elétrica
Outro ponto muito abordado pela sustentabilidade é a diminuição do consumo de energia elétrica. Inclusive, desperdiçar energia é desperdiçar recursos naturais.
Por isso, fique atento as luzes acesas sem necessidade, tire os equipamentos da tomada após a utilização, diminua o tempo no chuveiro elétrico e, se possível, diminua o uso do ar condicionado e do aquecedor de água elétrico.
4. Opte por produtos biodegradáveis
A sustentabilidade também visa a redução do consumo de materiais que agridem o meio ambiente, ou seja, aqueles que demoram anos para se decompor. Inclusive, os produtos de higiene e limpeza são os mais nocivos nesse aspecto.
Sendo assim, substitua os produtos a base de cloro por vinagre (para desengordurar) e bicarbonato de sódio (para limpar pias e vasos sanitários).
É importante mencionar sobre os xampus e detergentes que costumam conter fosfato, produto que provoca o crescimento acelerado de algas em rios. Em resumo, as algas consomem o oxigênio da água e causam a morte de vários animais marinhos.
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O prazo para agentes públicos enviarem a declaração de bens e rendimentos ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) termina no próximo dia 31 de julho. A entrega é obrigatória e deve ser realizada por meio do sistema Sispatri, pelo link https://sispatri.tce.rn.gov.br/PaginasPublicas/login.aspx. O prazo inicial, 31 de maio, foi prorrogado em razão da pandemia de coronavírus.
O envio é obrigatório para detentores de cargos eletivos, como a governadora, prefeitos, deputados e vereadores, além de membros e servidores do TCE, membros do Ministério Público Estadual (assim como todos quantos exerçam cargos, empregos ou funções de confiança na instituição), secretários de estado e municípios, magistrados, e ocupantes de cargos de direção em autarquias, fundações e empresas públicas, e defensores públicos do Estado.
A remessa das declarações de bens e rendimentos, a serem apresentadas pelas autoridades e servidores públicos, pressupõe a anterior entrega da declaração à Receita Federal brasileira, cujo prazo também foi prorrogado – encerrou no dia 30 de junho.
O Tribunal de Contas recebe as declarações como parte do combate ao enriquecimento ilícito e fiscalização da evolução patrimonial de agentes públicos, trabalho iniciado pela Corte de Contas em 2016. O combate ao enriquecimento ilícito e fiscalização da evolução patrimonial de agentes públicos é disciplinado, no âmbito do Tribunal de Contas, pela resolução 30/2016, que determina o envio de cópia da declaração de bens, conforme estabelecido na Lei Federal 8.730, na Lei Federal 8.429 e na Lei Complementar Estadual 464.
Especialista dá dicas para profissionais e alerta familiares sobre os cuidados na prevenção
A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, tem mudado a rotina de todos os brasileiros. Além de cuidar de nós, devemos estar atentos ao próximo, principalmente ao grupo de risco que inclui idosos e portadores de doenças crônicas (Diabetes, Hipertensão, Asma). Mais do que nunca, levando em consideração as medidas de flexibilização social estabelecidas em alguns estados, a atuação de cuidadores se faz necessária para quem está isolado, mas não pode ficar sozinho, por causa de limitações físicas e outras necessidades especiais. No entanto, mesmo com o relaxamento do isolamento em alguns locais, o momento exige prudência redobrada dos profissionais e atenção das famílias para o que deve ser seguido à risca. Izabelly Miranda, CEO da Cuidare Brasil, rede de cuidadores de idosos e pessoas com necessidades especiais, e enfermeira de formação, dá 12 importantes dicas de precauções que os cuidadores devem ter junto aos seus assistidos.
– Higiene pessoal: é muito importante se atentar para a higiene pessoal do cuidador, assim como à indispensável necessidade do banho, antes de iniciado o turno de serviço. O uniforme de trabalho deve ser utilizado após a primeira etapa. Essa medida é uma forma de minimizar a exposição dos assistidos aos agentes externos, como, por exemplo, com o deslocamento por meio do uso do transporte público;
– Acessórios: evite utilizar qualquer tipo de acessório;
– Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel (respeitando os cinco momentos da higienização). O álcool em gel com concentração de 70% e a boa prática na higiene nas mãos são formas para evitar a contaminação;
– Cumprimentos: evite cumprimentos muito próximos, como apertos de mão e abraços;
– Nariz e boca: cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, usando a parte interna do antebraço ou lenços de papel sendo descartados após o uso;
– Máscara: utilize máscara durante assistência direta;
– Combinação para investir: máscaras são efetivas desde que combinadas à lavagem correta das mãos ou uso do álcool em gel. É importante reforçar que, antes de colocar a máscara, as mãos devem ser higienizadas;
– Tempo de uso: substitua a máscara por uma nova assim que apresentarem sinais de desgaste, rasgos ou falha na utilização. Máscaras são descartáveis, ou seja, não devem ser reutilizadas;
– Descarte correto: para remover a máscara, retire-a por trás (não toque a parte frontal da máscara), descarte imediatamente em uma lixeira fechada e higienize as mãos em seguida;
– Uso de material compartilhado: equipamentos de uso compartilhado (por exemplo: estetoscópios, aparelho para aferição de pressão arterial e termômetros) devem ser limpos e desinfetados com álcool 70% após o uso, três vezes em movimento unidirecional por 20 segundos;
– Ambiente limpo: realize desinfecção de equipamentos e limpeza do ambiente com solução de hipoclorito de sódio a 1% em pisos e superfícies dos banheiros;
– Regra geral: oriente possíveis acompanhantes e/ou visitas quanto à importância da higienização das mãos ao adentrar no domicílio do assistido.
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Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio (UERJ) mostrou que os casos de ansiedade e estresse mais do que dobraram e os de depressão tiveram um crescimento de 90% durante a pandemia. Com esses dados, vemos que os transtornos mentais estão aumentando e que, mesmo após a pandemia, os números devem continuar crescendo.
Na ansiedade causada por doença, o indivíduo está sempre preocupado de ter ou adquirir alguma doença. Alguns sintomas envolvem a “hiper vigilância”, podendo acompanhar falta de ar, palpitação, agitação entre outros. Na depressão, os sintomas são uma sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. O estresse agudo ocorre juntamente com reações emocionais, fisiológicas e mudanças de pensamento, em razão da vivência de um trauma. Os sintomas são as lembranças angustiantes e recorrentes do trauma, sofrimento, evitação de qualquer situação que relembre o trauma, crenças negativas sobre si e sobre o mundo entre outros.
Para amenizar ambos transtornos, há algumas técnicas de redução de ansiedade que podem ajudar, como, por exemplo, a meditação, exercícios de respiração, exercícios físicos e o próprio contato social para expor os sentimentos e falar sobre isso. Em casos mais graves, são necessários o atendimento e o acompanhamento psicológico.
Com a pandemia, o isolamento social e o aumento das incertezas são alguns fatores que consideramos de ‘risco’ para o surgimento de alguns problemas mentais. As pessoas que já possuíam algum transtorno de ansiedade ou depressão estão mais vulneráveis em relação às pessoas que não tinham essas questões de ordem mental, anteriormente. Também são vulneráveis aqueles que já tinham baixa autoestima, crença de incapacidade e que não viam mais sentido na vida, e que ainda estão sozinhas durante esse período, sem poder ver os amigos. Essas pessoas ficam sem saber o que vai ou pode acontecer com elas.
De acordo com algumas pesquisas, as mulheres podem ser, sim, mais vulneráveis aos transtornos ligados ao estresse. Isso acontece até por conta da questão hormonal, que influencia no humor. Mas também não devemos esquecer que tem a questão da cobrança. Até hoje a sociedade cobra muito o ‘papel’ da mulher, a imagem dela. E com a pandemia, ela fica sobrecarregada com o acúmulo de papeis.
Anteriormente, a cobrança vinha da parte sexual. Hoje, ela é cobrada para ser a mãe perfeita, tem que dar conta do trabalho de maneira impecável e ser boa esposa. Quando ela não atinge as expectativas sobre alguns desses papeis, ela acaba se sentindo frustrada, ansiosa e culpada.
Quando vivenciamos uma situação, como a pandemia, em que a nossa possibilidade de controle é inexistente, e que tem a morte como possibilidade real, isso pode ser um evento traumático. Com isso, a quantidade de pessoas com doenças mentais pode aumentar. Essa pandemia, repleta de incertezas, pode ser um desencadeador de outros transtornos mentais. Por isso, é preciso procurar ajuda o quanto antes, para que o impacto não seja tão comprometedor no futuro.
(*) Marina Franco é psicóloga formada pela Universidade Federal de Sergipe; Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pelo CTC VEDA em São Paulo; Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP; realiza atendimento presencial e online. Tem experiência no atendimento com adolescentes e adultos.
A Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) reconheceu a relação entre a depressão e ansiedade de um motorista de ônibus com os assaltos constantes sofridos por ele em serviço, confirmando indenização de R$ 7 mil por danos morais.
De acordo com a desembargadora Joseane Dantas dos Santos, relatora do processo no TRT-RN, embora os transtornos psicológicos do empregado tenham fatores múltiplos, “o trabalho na empresa concorreu, ainda que de forma indireta, para o surgimento e consolidação da patologia”.
O autor do processo foi admitido pela Empresa de Transportes Nossa Senhora da Conceição Ltda. em fevereiro de 2012, na função de motorista/cobrador. No exercício da atividade, foi vítima de constantes assaltos, inclusive ficando sob a mira de arma de fogo.
Após o último assalto, em dezembro de 2018, ele foi diagnosticado com transtornos psicológicos (ansiedade e depressão) e afastado temporariamente do trabalho.
A desembargadora Joseane Dantas destacou que a perícia médica constatou “nexo concausal”, quando não é a única causa, entre os danos psicológicos do empregado com os assaltos sofridos por ele.
Ela ressaltou, ainda, que “motoristas e cobradores de ônibus urbanos trabalham expostos ao risco acentuado de sofrerem assaltos no desempenho de suas atividades”.
De acordo com ela, isso transforma a atividade regular da empresa de “risco à integridade física de seus empregados, sendo desnecessário perquirir a respeito da culpa para que se configure o dever de indenizar”.
A decisão manteve o julgamento inicial da 7ª Vara do Trabalho de Natal. O processo é o 0000531-94.2019.5.21.0007.
O Grupo de Trabalho estadual de acompanhamento das medidas governamentais e privadas relacionadas ao novo coronavírus (GT Covid MPF-RN) formado por membros do Ministério Público Federal no RN esclarece, a respeito dos fatos relacionados ao procurador da República Fernando Rocha, que ele já se desculpou publicamente e reconheceu a contradição de sua ida à academia, um ato pessoal e isolado.
Como integrante do GT, o procurador contribuiu decisivamente com as medidas que foram adotadas pelo Grupo, além de ter articulado com o Lais (Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN) a criação de duas plataformas pioneiras no país para a gestão da crise provocada pela pandemia: a Regula-RN – que uniformizou e tornou mais rápida a regulação de leitos e acesso de pacientes ao tratamento adequado – e a Fiscaliza-RN – que utiliza a inteligência artificial para controle dos gastos públicos no combate ao novo coronavírus.
Dessa forma, o grupo reconhece o trabalho excepcional desenvolvido e lamenta profundamente sua saída, decorrente de uma decisão estritamente pessoal, bem como repudia os ataques pessoais ao procurador Fernando Rocha.
O GT Covid-19 segue firme na defesa dos direitos da população potiguar neste momento difícil, com atuação fundamentada em questões técnicas e dados científicos.
A Cáritas Diocesana de Caicó está ampliando o projeto de atendimento psicológico online, oferecido por meio de ligações telefônicas e vídeochamadas. A iniciativa, que faz parte da campanha “É tempo de cuidar”, promovida pela CNBB e Cáritas Brasileira, completa três meses com mais de 300 atendimentos realizados, incluindo pessoas residentes em São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, como também em outros estados e também na Alemanha.
A ampliação dos serviços está sendo possível graças a uma parceria firmada com a Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ, através de uma chamada pública para apoio referente a ações emergenciais junto às populações que se encontram mais vulneráveis à Covid-19, que aprovou um projeto da Cáritas Diocesana de Caicó e financiará parte das despesas com os atendimentos até o fim de 2020.
Com a ampliação, o plantão psicológico funcionará de segunda à sexta, das 8h às 11h e das 14h às 17h, bem como aos sábados, das 8h às 11h. Os interessados deverão entrar em contato através do número (84) 99687-0022 e serão atendidos por um dos oito profissionais disponíveis na equipe.
Inscrições abertas para as oficinas formativas do Curta Caicó com temas relacionados à sétima arte. Previstas para acontecerem no mesmo período em que ocorre o festival, entre os dias 8 e 16 de agosto, as oficinas são gratuitas e terão vagas limitadas. As inscrições estão disponíveis no link https://www.curtacaico.com.br/oficinas/
As oficinas serão realizadas em ambiente online e acontecem graças ao apoio do Edital de Economia Criativa do Sebrae do Rio Grande do Norte. O Festival realizará as seguintes oficinas: Cinema Instantâneo em Casa (Nivaldo Rodrigues), Produção de Documentários (Dênia Cruz), Modelagem de Projetos Culturais (Nathália Santana) e Elaboração de Roteiros Criativos (Kennel Rógis).
O 3º Festival de Cinema Curta Caicó é uma realização da Referência Comunicação. O evento conta com apoio do Sebrae, Sesc, Eletrocenter, Rende Gás, Slup Inplarn, Replac e Morada da Paz, além dos seguintes apoios culturais: Místika, Elo Company, Centro Técnico Audiovisual, ACCIRN, Cardume, UFRN e IFRN.
A Casa Durval Paiva, em nome de sua diretoria, colaboradores, voluntários, acompanhantes e pacientes, solidariza-se com familiares e amigos pelo falecimento do Sr. Francisco de Assis Barros, ocorrido neste domingo, 19/07/2020, bem como o de sua esposa Maria Aparecida de Souza Barros, ocorrido no dia 16/07/2020, ambos vítimas da Covid-19.
Ratificamos nosso voto de pesar pela grande perda e registramos nossos agradecimentos pela dedicação e empenho, por muitos anos de trabalho voluntário realizado pelo Sr. Barros, levando amor, solidariedade e esperança a centenas de crianças e adolescentes da Casa Durval Paiva.
Muitas de suas experiências nas viagens pelo interior do Rio Grande do Norte, em visita às famílias assistidas, foram registradas em um de seus livros “Os Super-heróis – Lutando contra um vilão devastador”. Só a eternidade poderá revelar os frutos das sementes por ele plantadas.
Que Deus conceda o consolo a todos e que o nosso amigo e sua estimada esposa descansem em paz.
A depressão infantil ou mesmo episódios de crises depressivas na infância deve sempre chamar a atenção de pais, cuidadores, escolas e profissionais de saúde. O diagnóstico tardio pode fazer com que a criança mantenha os sintomas da depressão infantil para a fase da adolescência e quando adulta eternizando os prejuízos sociais e afetivos. É importante que os pais observem alguns sinais que podem revelar traços da doença para que o sofrimento do filho seja interrompido ou suavizado. Neste sentido, deve-se compreender, apoiar e buscar auxílio de especialistas para ajudar a criança com depressão.
Alguns sintomas são: dificuldades acadêmicas emergentes ou de longa data; problemas de relacionamento com os colegas de classe; falta de concentração e desinteresse em aprender; tristeza excessiva, constante e que leva a isolamento; irritabilidade sem motivo aparente; tédio, pouca energia para as atividades e relacionamentos; baixa autoestima; descrença em si mesmo; dores de cabeça ou de barriga ou nos membros inferiores; entre outros.
Além da possibilidade de se utilizar medicações específicas, há diversos tipos de tratamentos psicológicos como, por exemplo, a Terapia cognitivo-comportamental (TCC). Trata-se de uma intervenção que atua sobre os pensamentos negativos causados pela depressão trabalhando na criança formas racionais e de autocontrole na busca de ações que a ajudem a lidar com eles e os redirecionando para situações e estados emocionais positivos.
Há também a psicoterapia de orientação psicodinâmica. Essa intervenção é responsável por envolver a reativação do processo de desenvolvimento normal. Isso significa que as experiências na relação terapêutica contribuem bastante para revisões construtivas de si mesmo, expressando-se em mudanças nas representações de negativas de si e das outras pessoas, por meio do aprimoramento de habilidades reflexivas da criança. Este modelo de terapia proporciona aos pequenos a possibilidade de explorar melhor a liberdade interna, além de otimizar suas capacidades adaptativas.
Ainda há a psicoterapia interpessoal. Esse modelo terapêutico procura fazer conexões entre o início dos sintomas da depressão infantil e os problemas interpessoais enfrentados atualmente pela criança. Tal intervenção lida mais com os relacionamentos dos pequenos com as pessoas. Isso enfatiza mais o contexto social imediato do paciente. O profissional busca intervir na formação dos sintomas e na disfunção social atribuída à depressão do que propriamente em aspectos da personalidade do paciente.
Como todas as condições neuropsiquiátricas, a depressão infantil também pode envolver comorbidades. Estudos sugerem que essa condição pode vir acompanhada de outros transtornos comportamentais, neurológicos e distúrbios de desenvolvimento associados. Ela pode ser diagnosticada em crianças que convivem com Transtorno de Ansiedade (TA), Transtorno de Conduta (TC), Transtorno Opositor Desafiador (TOD) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Dislexia e Migrânea.
De acordo com pesquisas, o aparecimento de depressão infantil pode estar ligado a fatores tanto genéticos quanto ambientais tais como: história familiar de depressão e transtorno bipolar, uso precoce de álcool e história de alcoolismo na família, abuso físico e sexual; presença do TDAH (especialmente o do tipo desatento), perdas pessoais (de pais, irmãos e amigos); condutas inadequadas por parte dos responsáveis, bullying, entre outros.
(*) Pediatra, neurologista infantil e um dos fundadores do Instituto NeuroSaber
As empregadas domésticas estão entre as trabalhadoras mais expostas ao risco de contaminação pelo novo coronavírus. No Rio Grande do Norte, a situação não é diferente. A afirmação é da juíza do trabalho Lisandra Cristina Lopes, que integra o quadro do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN).
Para a magistrada, a condição vulnerável da empregada doméstica está na maior exposição ao contágio que outras categorias profissionais. Isso porque, segundo ela, o próprio exercício da atividade exige práticas contrárias a orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Lisandra Cristina Lopes explica que trabalhadoras que estão isoladas por divisórias de acrílico e sem contato com pessoas e objetos estão mais protegidas que as empregadas domésticas, que trabalham tateando pertences e sem a distância mínima que a OMS recomenda.
“Ela vai ter contato com a roupa, vai ter contato necessariamente com fluídos corporais, com tudo que transmite”, explica a magistrada. “Pela própria natureza do trabalho, como é desempenhado, acarreta uma vulnerabilidade maior para o contágio”, ela continua.
Diante da situação de patrões com renda afetada pela pandemia, sem condições de pagar os salários, a opção pela suspensão do contrato de trabalho, com base na Medida Provisória nº 936/2020, pode beneficiar as empregadas domésticas.
Isso porque, como esclarece a magistrada, “o contrato pode ser suspenso por um período e elas recebem benefícios ou há a redução da jornada e elas recebem o complemento. Não é o ideal, mas diante da situação, é uma forma de evitar a demissão”.
Lisandra Cristina Lopes é titular da 1ª Vara do Trabalho de Mossoró e concedeu entrevista sobre a vulnerabilidade das empregadas domésticas no contexto da pandemia ao programa “Justiça e Trabalho”, produzido semanalmente pelo TRT-RN.
Uma escala de avaliação de lesões do nervo facial, que possibilita avaliar mais parâmetros e assim escolher melhor o tratamento, é a mais nova descoberta científica oriunda de estudo desenvolvido em um programa de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O nervo facial é um dos nervos cranianos presentes no corpo humano e é responsável, por exemplo, pela mímica facial e parte da sensação gustativa da língua. Um dos cientistas envolvidos no estudo, Lucídio Clebeson de Oliveira, explicou que, em virtude disso, uma lesão neste nervo pode levar a perda do paladar, paralisia facial e diminuição do piscamento ocular.
“A escala pode ser utilizada para uma avaliação mais completa de lesões do nervo facial. Para isso, a invenção refere-se a de lesão do nervo facial, constituída por itens que avaliam: a abertura ocular espontânea, reflexo das vibrissas ao toque e levantamento da pálpebra superior, sendo de extrema importância para uma avaliação mais fidedigna e completa. Com mais parâmetros, é possível escolher melhor o tratamento”, explicou o professor da UERN.
O estudo utilizou ratos durante a fase de testes, visto que o mecanismo cerebral que comanda os comportamentos de homens e ratos serem muito parecidos.
Ele pontuou também que atualmente há duas escalas consolidadas na literatura: escala de observação do fechamento ocular e reflexo de piscamento e avaliação do reflexo das vibrissas ao toque. A nova escala avalia a manutenção da força do músculo palpebral, através do levantamento da pálpebra superior com a utilização de uma pinça, onde avalia-se a resistência exercida para realizar o fechamento ocular, avaliação que leva em consideração itens como abertura ocular espontânea, reflexo das vibrissas ao toque e levantamento da pálpebra superior. A classificação compreende quatro parâmetros, desde “resistência ausente” até “resistência normal”.
O estudo é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia e rendeu um depósito de pedido de patente, denominado “Escala para avaliação de lesão do nervo facial”. O registro de propriedade intelectual foi realizado pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) em cotitularidade com a UFRN, tendo como autores, além de Lucídio, os pesquisadores Jeferson Cavalcante, Fausto Guzen. José Rodolfo Lopes de Paiva Cavalcanti, Rodrigo Dias Alves, Eligleidson José Vidal de Oliveira, Eudes Euler de Souza Lucena e João Paulo Costa Fernandes. O projeto foi desenvolvido pelo doutorando do UERN no Laboratório de Neurologia Experimental-LabNeuro da Faculdade de Ciências da Saúde (FACS/UERN).
A UFRN mantém atualmente um portfólio com mais de 250 pedidos de patentes, dos quais 22 já foram concedidos. Este último número, inclusive, garante à Universidade a liderança nas regiões Norte e Nordeste em termos de instituições de ensino. Para o diretor da Agência de Inovação (AGIR) da UFRN, Daniel de Lima Pontes, é relevante que os pesquisadores e alunos tenham a sua disposição instrumentos para garantir a propriedade intelectual do conhecimento produzido e, neste aspecto, uma das opções são as patentes.
Dentro da Universidade, a AGIR é a unidade responsável pela avaliação dos requisitos de patenteabilidade, tais quais a novidade, capacidade inventiva, aplicação industrial e suficiência descritiva. Embora pontue que é importante que os pesquisadores saibam reconhecer as características de um invento patenteável, Daniel Pontes frisou que a Agência de Inovação propicia esse suporte aos cientistas, bem como trabalha também na transferência dessa tecnologia, pois “a ideia é levar ao setor produtivo e à sociedade, o conhecimento que desenvolvemos na academia”. Não obstante o período de pandemia, as demandas dentro da Agência de Inovação continuam sendo recebidas pela equipe através do e-mail patente@agir.ufrn.br.
Sugestão de legenda: O estudo utilizou ratos durante a fase de testes, visto que o mecanismo cerebral que comanda os comportamentos de homens e ratos serem muito parecidos.
A vereadora Mara Costa, solicitou ao Governo do Estado, e órgãos competentes, a realização de vistorias em todas as pontes e passarelas do município e seus respectivos pareceres ou laudos das condições dessas estruturas.
Mara entende que a vistoria de pontes e passarelas são essenciais, no sentido de se manter a segurança das pessoas que por elas transitam, ressaltando, no entanto, há décadas não são realizados reparos. Analisou a parlamentar que mesmo reconhecendo tais dificuldades, defende que a inspeção, sendo realizada, será uma ação importante por parte dos órgãos competentes, no sentido de se prevenir problemas capazes de acarretar grandes transtornos para a população, devido a sua relevância. “Encaro esta inspeção como de fundamental importância, pois há a necessidade de se manter a segurança estrutural desses locais onde, diariamente, passam milhares de pessoas e veículos”, disse.
Suspensas há quatro meses, as cirurgias eletivas realizadas em Caicó, foram canceladas devido à pandemia do novo coronavírus. Preocupado com os pacientes de todo Seridó, que estão sofrendo com a interrupção do serviço de saúde, o deputado Vivaldo Costa (PSD) requereu de forma verbal, durante sessão ordinária nesta terça-feira (21), que os procedimentos voltem de forma gradativa.
O pedido de Vivaldo, que também é médico, foi encaminhado para a governadora Fátima Bezerra (PT) e ao secretário de saúde pública, Cipriano Maia. O parlamentar disse que entende o delicado momento que o Rio Grande do Norte vive, mas, que tem certeza que muitos pacientes estão sofrendo e se arriscando com a demora.
“É preciso retomar as cirurgias eletivas. A suspensão é explicável, mas é hora de começar a voltar. Isso tem ocasionado muitas dificuldades para a população do interior, que precisa custear suas cirurgias. Muitos têm vendido seus bens para viabilizar o recurso e fazer o procedimento particular. Pacientes de vinte e quatro cidades esperam a retomada do serviço. Peço celeridade nesta decisão”.
Primeiro jogo do Timão na volta do Campeonato Paulista, no dia 22 de julho, marca ampliação do patrocínio da companhia, que terá a logo na parte frontal das camisas nesta temporada; empresa também fará ações de marketing no retorno da Copa do Nordeste a partir de amanhã
A tão esperada volta do futebol brasileiro movimenta o marketing esportivo. A distribuidora de combustíveis ALE, patrocinadora oficial do Corinthians e da Copa do Nordeste, preparou uma série de ações para marcar o retorno da maior paixão nacional. Além das iniciativas de relacionamento com torcedores, o primeiro jogo do Corinthians na volta do Campeonato Paulista, no dia 22 de julho (quarta-feira), às 21h30, contra o Palmeiras na Arena Corinthians, marca a ampliação do patrocínio ao Timão: nesta temporada, a logo ALE estampará a parte frontal das camisas oficiais da equipe de futebol masculino profissional do time, ganhando mais destaque no manto corintiano.
Neste mês, está previsto o lançamento do segundo uniforme do Corinthians para a temporada. A camisa levará os sentimentos dos torcedores para 1990, década em que o Timão se consagrou como campeão brasileiro pela primeira vez. O manto histórico, inspirado na camisa utilizada à época, poderá ser adquirido com apoio da ALE: a companhia vai oferecer R$ 25 de crédito para quem comprar a camisa pelo site da loja do Poderoso Timão da Arena. Os primeiros 800 compradores terão acesso a camisas com a logo da ALE e poderão retirá-las em uma ação de drive thru, que ainda será agendada.
No dia 22, antes do início da primeira partida do Timão, o influenciador digital Cartolouco, conhecido pela irreverência e ações humoradas com os torcedores, fará uma live no instagram da ALE para falar sobre as expectativas do grande jogo. “A ampliação da parceria da ALE reforça a sinergia entre clube e patrocinador depois de um ano de parceria e várias ações promocionais”, afirma o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. “Mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, que teve forte impacto econômico global, a empresa não interrompeu o pagamento previsto em contrato”, complementa
Segundo Diego Pires, diretor de Marketing e Varejo da ALE, a retomada do futebol brasileiro era muito aguardada e todas as ações foram pensadas para aproximar os amantes do futebol à marca ALE. “O Corinthians tem um grande número de torcedores em vários estados. Por isso, a iniciativa foi pensada para que possamos aproveitar essa representatividade para aproximar marca e consumidores, reforçando a visibilidade do patrocínio”, afirma.
Copa do Nordeste
No dia 21 de julho (terça-feira), está agendada a primeira partida pela Copa do Nordeste na retomada do futebol brasileiro e a ALE também não poderia deixar de marcar essa data tão especial. A companhia fará ações com o Cartolouco, que vai produzir conteúdo para as redes sociais da ALE e interagir com os seguidores durante vários jogos da Copa. O influenciador vai convocar os torcedores para acompanhar as lives que serão feitas ao longo da competição. Haverá também “bolões” e quiz sobre a história do campeonato nas redes sociais da ALE.
As ações de relacionamento serão reforçadas também no B2B: a ALE vai beneficiar revendedores e frentistas com 1.000 acessos para assistir aos jogos, que serão transmitidos no LiveFC e no canal da Copa do Nordeste no Youtube. Aqueles que participarem da campanha no programa de gestão e incentivo Clube ALE serão os selecionados. Os revendedores e frentistas também poderão participar da “plateia interativa”, ação exclusiva da ALE em seis jogos da Copa do Nordeste. A reação desses torcedores vai aparecer para todos que estiverem assistindo aos jogos por ambas as plataformas.
A solidariedade também vai entrar em campo na Copa do Nordeste. Neste período, as ações de responsabilidade social foram ampliadas e têm beneficiado uma série de famílias e comunidades carentes em todo o país. Para incentivar as doações à instituição Ação da Cidadania, a ALE vai veicular vinhetas durante os jogos, por meio de um QR code, em que as pessoas poderão destinar recursos ao projeto “Futebol contra a Fome”.
“Estamos muito empolgados com o retorno do futebol brasileiro, o que, sem dúvida, já faz parte da nossa essência como empresa que acredita no esporte como algo que une as pessoas. Apesar de distantes fisicamente, estaremos todos juntos torcendo pelos nossos times do coração e vibrando com cada conquista”, revela Diego Pires.
Sobre a ALE
Fundada em 1996, a ALE é a quarta maior distribuidora de combustíveis do país, com uma rede de cerca de 1,5 mil postos e 6,5 mil clientes ativos em 21 Estados e no Distrito Federal. A empresa gera cerca de 12 mil empregos diretos e indiretos.
Para os revendedores, a companhia disponibiliza diferenciais, como o Clube ALE (relacionamento e fidelização), a parceria com a Moove para fornecimento de lubrificantes da marca Mobil, a Academia Corporativa ALE (treinamento e capacitação), o programa Ligados na Qualidade (certificação do combustível), as lojas de conveniência Entreposto (EP) e as unidades de Serviço Automotivo ALE Express.
Segundo a psicóloga Regina Tavares, para entender e combater o racismo, é fundamental um olhar atento e com mais profundidade, individual, em cada um de nós.
No mundo todo, a questão do preconceito racial vem sendo bastante discutida, desde que George Floyd, um afro-americano de 46 anos, foi morto pelo policial branco Derek Chauvin. A morte aconteceu no dia 25 de maio, em Minneapolis, nos Estados Unidos, e desencadeou uma onda de protestos nos EUA e em diversos países da Europa, Ásia e África- e também no Brasil. As manifestações criticam a atuação da polícia dos Estados Unidos contra a população negra e foram combatidas com violência pela própria polícia em algumas regiões do país. Tudo isso levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a anunciar que deverá preparar um relatório sobre racismo sistêmico pelo mundo, violações dos direitos humanos de africanos e pessoas de ascendência africana por órgãos policiais.
“Sabemos que, para enfrentar o racismo no Brasil e em outros países, precisamos de mais empatia, e isso vem sendo despertado em mais pessoas com esses recentes acontecimentos pelo mundo”, afirma a psicóloga Regina Tavares. Segundo a profissional, para entender e combater o racismo, é fundamental um olhar atento e com mais profundidade, individual, em cada um de nós, buscando a nossa essência mais íntima e distante das lentes sociais que, de alguma forma, estabelecem determinados padrões na sociedade. Esse é um dos caminhos para que sejam criadas novas políticas públicas de combate a qualquer tipo de preconceito racial. “É também uma ponte que leva a uma parte da história social que é, antes de tudo, individual, pois não existe o outro isolado. Existe o nós, o todo”, acrescenta Regina.
O racismo pode ser analisado sob diferentes olhares. Conceitualmente falando, racismo não é o mesmo que discriminação e preconceito. Preconceito é, basicamente, julgar antes de conhecer a pessoa ou a situação em questão. Discriminação é o ato de tratar as pessoas de um jeito diferente por motivos diversos. Já o racismo, de acordo com o Michaelis Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, é a teoria ou crença que estabelece uma hierarquia entre as raças (etnias); doutrina que fundamenta o direito de uma raça, vista como pura e superior, de dominar outras; preconceito exagerado contra pessoas pertencentes a uma raça (etnia) diferente, geralmente considerada inferior; e atitude hostil em relação a certas categorias de indivíduos. Mas, do ponto de vista psicológico, como compreender o racismo?
De acordo com Regina Tavares, uma forma de tentar entender as atitudes racistas é a chamada “Lei do Espelho”, segundo a qual o que vemos na outra pessoa é, na verdade, o nosso reflexo – ou, simplesmente, a forma como nos enxergamos. “Tudo aquilo que eu julgo de negativo, ataco ou critico no outro está em mim”, explica. Durante uma atitude ou um pensamento preconceituoso, por exemplo, ocorre uma projeção psicológica do nosso inconsciente no outro que nos faz supor que o motivo do nosso desagrado ao outro existe nele (às vezes somente nele), e não em nós mesmos. A projeção psicológica nada mais é do que um mecanismo de defesa do nosso organismo. Por meio dela, atribuímos a outras pessoas sentimentos, pensamentos e crenças negativos que seriam completamente inaceitáveis para o nosso consciente.
Existe em cada um de nós algo ligado ao medo ou à arrogância, por exemplo, e que é disparado por um “gatilho” externo (uma situação, acontecimento ou pessoa). Esse “disparo” libera a projeção psicológica nos momentos de conflito emocional ou quando nos sentimos ameaçados de alguma forma. “Eu ataco no outro aquilo que não consigo enxergar ou aceitar em mim. Por exemplo: uma pessoa que está atacando um negro pode estar fazendo isso considerando que o negro é um ser ‘inferior’ e, por isso, merece ser agredido. Pergunta: inferior em que sentido? Inferior a que ou a quem? O atacante pode não ter a menor ideia de como responder essas questões, pois construiu ao longo da sua vida uma série de crenças a respeito da cor, associadas à ‘inferioridade’. Se esta pessoa consegue enxergar qualquer tipo de inferioridade em outro ser humano e isso o incomoda tanto, esta inferioridade está nele, de uma forma ou de outra”, diz Regina.
COMO COMBATER O RACISMO?
De forma inconsciente, muitas vezes, uma pessoa pode estar expressando, por meio do seu comportamento agressivo, um sentimento de inferioridade que tem com relação a si mesmo – por ganhar pouco, não ter estudado ou não se considerar importante, por exemplo. “Ao contrário disso, uma pessoa equilibrada, ainda que detendo um infrator, não projeta nada seu no outro. No caso em questão, o policial teria simplesmente algemado George, colocado no carro da polícia e seguido diretamente para a delegacia”, destaca a psicóloga.
Em um caso como esse, que se repete tanto nos Estados Unidos como no Brasil, entre outros países, a psicóloga considera fundamental entender o perfil psicológico dos policiais que são encarregados de proteger as pessoas. Antes mesmo de acontecer algo tão grave, é preciso que a instituição já possua um perfil de todos os policiais que vão para as ruas, tendo conhecimento, por exemplo, das limitações de cada um, dos seus traumas e medos que podem gerar ou mesmo potencializar de forma exagerada situações de agressividade. “Mais do que isso, será que a polícia está dando suporte psicológico aos seus policiais antes de uma tragédia como essa e também depois que uma situação dessas ocorre?”, questiona Regina. Segundo ela, a punição ao excesso de violência ou ao preconceito é necessária, mas é igualmente importante oferecer capacitação continuada a todos, acompanhar os policiais antes de um fato como esse acontecer. “Esses cuidados terapêuticos preventivos para todos os policiais podem salvar vidas”.
Segundo a psicologia, uma das soluções para combater o preconceito está dentro de cada um de nós. Ao descobrir algo ou alguém que não aprovamos ou não gostamos, devemos parar e fazer uma autoavaliação, refletindo sobre o que realmente está nos incomodando fora de nós com relação aquela pessoa ou situação. “O que em mim está me trazendo desconforto? A partir dessa reflexão sincera, é possível ter uma visão mais abrangente da situação e muitos preconceitos podem ser evitados”, complementa ela.
Regina Tavares desenvolve seu trabalho de atendimento psicoterapêutico junto com uma orientação espiritual, unindo vários tipos de terapias para ajudar seus clientes a eliminarem crenças, memórias, sentimentos e comportamentos limitantes e, com isso, promoverem as mudanças necessárias em sua vida. Segundo ela, uma das técnicas mais poderosas nessa missão, e que vale também para eliminar as causas das questões que envolvem preconceitos, é o Ho’oponopono. “Nem tudo se resume à psicologia. Quando se deixa de olhar para o ser humano como um todo, incluindo o lado espiritual, a nossa avaliação fica limitada. Sempre há mais coisas para se observar”, acrescenta. Na sua avaliação, do ponto de vista espiritual, “amar ao próximo como a ti mesmo” é um preceito fundamental para tudo fluir bem na vida. “Amar ao próximo não pode ser entendido como amar aquele que te agrada, mas sim amar tudo que está próximo de você: a natureza, os animais e as demais pessoas”.
Atitudes racistas também podem representar um claro sinal de falta de autoamor. Uma pessoa que experimenta a desconexão com o amor interno pode exteriorizar a destruição que há dentro dela em outras pessoas, coisas, animais e na natureza. De acordo com Regina, no caso do racismo, há uma tendência negacionista por parte da sociedade e do próprio Estado. “Essa característica de negar o racismo é bem peculiar do processo histórico do Brasil, que sempre adotou posturas de não reconhecer que há uma questão racial que é também social”, afirma.
O Ho’oponopono é uma terapia integrativa eficaz para resolver conflitos e problemas emocionais que costumam ser os verdadeiros responsáveis por atitudes de preconceito de qualquer tipo. “Por meio da prática regular do Ho’oponopono, a pessoa consegue limpar memórias, crenças e sentimentos negativos sobre si mesmo, impedindo-a de projetar sobre outras pessoas isso tudo, num momento de conflito emocional, gerando não só racismo, mas outros tipos de desrespeitos”, sugere Regina.
SOBRE O HO’OPONOPONO
O Ho’oponopono atual, trazido à modernidade pela kahuna (sacerdote) havaiana, Morrnah Nalamaku Simeona, é uma terapia integrativa que começou a ser difundida globalmente em meados da década de 1970. Sua prática simplificada consiste em repetir as quatro frases “Sinto muito”, “Me perdoe”, “Te amo” e “Sou grato” todas as vezes que sentir algum tipo de desconforto e, assim, realizar a limpeza mental e emocional de padrões tóxicos dentro de si mesmo, limpando memórias negativas e atingindo a paz mental.
SOBRE REGINA TAVARES
Com mais de 20 anos de experiência, Regina Tavares é psicóloga clínica e organizacional, master coach, pós-graduada em psicologia positiva e coaching, tem especialização em hipnose Ericksoniana e Dinâmicas Sistêmicas de Constelação. É, também, facilitadora de grupos de crescimento pessoal, practitioner em PNL, terapeuta homeopata com foco na abordagem psicossomática e tem especialização prática no processo de cura havaiano Ho’oponopono. Regina Tavares foi uma das principais responsáveis pela introdução e difusão do Ho’oponopono no Brasil nos últimos 12 anos, e conta com um extenso registro de resultados surpreendentes em clientes do Brasil e do Exterior. Atualmente, em sua rotina de trabalho, Regina realiza cursos, palestras, seminários, atendimentos de coaching e psicoterapêuticos e produção de conteúdos relacionados ao seu trabalho – só no YouTube, ela soma quase meio milhão de seguidores.
SOBRE O INSTITUTO AUM
O Instituto Aum – Centro de Desenvolvimento da Psique (www.institutoaum.com), criado cerca de 20 anos atrás, tem como objetivo oferecer treinamentos e formações que proporcionem aos participantes possibilidades de crescimento e enriquecimento pessoal e corporativo, de ordem emocional e espiritual (não religiosa). A instituição desenvolve um trabalho que permite eliminar crenças e comportamentos limitantes e maximizar resultados de forma extraordinária para todo aquele que tenha o verdadeiro desejo de promover mudanças em si e em sua vida, que esteja realmente disposto a fazer o caminho entre o estado atual e o estado desejado, que deseje se tornar a melhor versão de si mesmo e viver a melhor versão da sua história.
Fábián László – Cientista Aromatólogo e CEO da Laszlo Aromatologia
Comemora-se no dia 17 de julho o Dia da Proteção às Florestas. Num tempo em que todos estão preocupados com uma pandemia que avassala o planeta, torna-se necessário de alguma maneira refletir e associar esse nosso momento à forma como a raça humana tem tratado as florestas mundo à fora.
O que o coronavírus tem a ver com isso? Talvez mais do que se imagina. Doenças advindas de animais podem estar relacionadas a um desequilíbrio ambiental, à maneira inadequada como as pessoas têm ocupado espaços que talvez não sejam delas. As florestas guardam tantos mistérios, tantas riquezas. O Brasil possui um dos mais importantes biomas de plantas aromáticas e medicinais do mundo. Por aqui existem espécies únicas, com benefícios para a saúde comprovados cientificamente, como a Copaíba, Guabiroba, Sucupira, Preciosa, entre outras. Estudiosos do mundo inteiro se interessam, há décadas, pelas riquezas medicinais do solo brasileiro. Mas ainda há muito o que se descobrir. No entanto, o alto índice de desmatamento se traduz como uma grande ameaça à vida de plantas, animais e a milhares de povos indígenas e sua cultura tão rica de cores, curas e sabores. Há inúmeras plantas que ainda sequer foram catalogadas e que, talvez, nem cheguem ao conhecimento do homem.
Segundo dados do Greenpeace, só no ano passado, a cada minuto, uma área maior do que dois campos de futebol foi desmatada ilegalmente na Floresta Amazônica. Mais de mil árvores derrubadas a cada minuto. Destruir a vegetação, mais do que simplesmente derrubar árvores, é reduzir ou acabar com o habitat de diferentes espécies, desproteger o solo e também gerar alterações drásticas nos cursos das águas.
A Floresta Amazônica está longe de ser o único alvo dos exploradores ilegais. Conforme estudo da Fundação SOS Mata Atlântica, Minas Gerais é o estado que apresenta as maiores taxas de desmatamento no país. Ao todo, entre 2017 e 2018, Minas perdeu 3.379 hectares do bioma. A Mata Atlântica é uma das florestas mais ricas em diversidade de espécies do planeta. O bioma abrange uma área de cerca de 15% do total do território brasileiro, que inclui 17 estados, dos quais 14 são costeiros. Nesses locais vivem aproximadamente 145 milhões de pessoas, que dependem das múltiplas funções ambientais da Mata Atlântica.
Mas as notícias não são de todo ruins. Há um movimento, ainda incipiente, de parcerias entre empresas e pequenos produtores em várias partes do país, que estão recebendo apoio e incentivo para cultivo de espécies de plantas nativas brasileiras. Algumas áreas destinadas ao plantio de tabaco, por exemplo, estão dando lugar ao plantio dessas plantas. Parcerias com pequenos agricultores de plantio em sistema de agroflorestas, sistema que une uma agricultura sustentável com o reflorestamento e proteção de matas, tem possibilitado a produção de óleos essenciais de ervas e árvores em um mesmo ecossistema saudável. Na base dessa cadeia produtiva também está a agricultura familiar, o que torna esses projetos ainda mais necessários, pois gera emprego e renda para a região onde estão estabelecidos. Uma dessas iniciativas possibilitaram o recente plantio de espécies, como a Jurema Branca, uma árvore nativa da Chapada Diamantina (BA), e que foi pela primeira vez na história, transformada em óleo essencial. A resina é retirada das folhas da árvore, envasadas e colocadas à venda no mercado, num processo totalmente sustentável. Seus benefícios para a saúde já são conhecidos da ciência com poderosa ação antioxidante, imunoestimulante e anti-inflamatória. Um exemplo de que parceria entre empresas, natureza e as pessoas envolvidas no processo podem ser benéficas para todos. Recebe-se da natureza, sem prejudicá-la.
Conheça as propriedades de alguns óleos essenciais provenientes destas parcerias:
Guabiroba – O óleo essencial obtido das folhas possui aroma herbal e quando envelhece adquirie aroma de rum. De ricas propriedades anti-inflamatórias, é benéfico no tratamento de doenças de pele, possui ação ansiolítica e como estimulante da memória. Também encontra uso culinário.
Araçá-rosa – O araçá possui quimiotipos (raças químicas) que dão óleos bem diferentes. Um dos de maior destaque é rico em cineol, sendo expectorante e benéfico para as vias respiratórias.
Jurema-branca – Cultuada em religiões de matrizes ameríndias, o óleo de jurema se destaca pelas suas qualidades sagradas e espirituais que reconectam o ser humano a sua essência original. Possui propriedades antioxidantes, relaxantes, imunoestimulantes e condroprotetoras (previne a degradação das cartilagens na artrose).
Pariparoba – Planta conehcida por suas qualidades benéficas para os rins e fíagado. Seu óleo essencial carrega tais qualidades, sendo também um excelente produto para drenagem linfática e detoxificação.
Capim-são-josé – De aroma rústico, este campim que cresce nos cerrados, chapadas e planaltos possui qualidades ansiolíticas, calmantes da pele, sendo especilamente apreciado na perfumaria.
Erva-da-graça – Muito empregado em meditação e relaxamento por suas qualidades profundamente tranquilizadoras.
Capiçoba – Esta erva que também é empregada na cozinha mineira da roça, possui um aroma herbal muito intenso que pode ser aproveitado em perfumes inusitados e destaque.
Enxota – Um matinho que encanta pelo seu aroma tão perfeito que o torna um perfume pronto. De qualidades diuréticas e anti-inflamatórias.
Sucupira – Óleo rico em poderosos compostos de ação anti-inflamatória e que vem sendo pesquisados no combate a variados tipos de câncer.
Toda empresa, que deseja alcançar bons resultados e crescer de forma sustentável, precisa contar com o auxílio do marketing digital. Afinal, essa é uma ferramenta que visa conquistar o público-alvo, gerar visibilidade a marca e, ainda, apresenta um ótimo custo-benefício.
Dessa forma, é importante destacar que o marketing digital é uma estratégia essencial para manter o posicionamento de mercado e conquistar diferenciais competitivos, além de ser indispensável para empresas que desejam traçar ações no âmbito digital.
Mas, engana-se quem pensa que o marketing digital contribui apenas com os aspectos de visibilidade e crescimento. Na verdade, ele também atua com o aumento das vendas. Mas, afinal, como utilizá-lo para aumentar a lucratividade de um negócio?
Pensando em responder a essas e outras perguntas, preparamos este post. Nele, você verá 4 maneiras simples de usar o marketing digital para aumentar as vendas e, por consequência, a lucratividade do seu negócio. Continue lendo!
1. Esteja presente nas redes sociais
As redes sociais são canais valiosos para interagir, engajar e motivar o público-alvo. Aliás, elas estão cada vez mais presentes na vida do consumidor. Por isso, usá-las como um meio de construir uma boa relação com os clientes é fundamental.
Um bom exemplo disso é o Ponto Frio, que depois de uma ação realizada nas redes sociais em 2012, conseguiu lucrar mais de 20 milhões de reais. O segredo é muito simples: a comunicação direta e objetiva com o público.
Por isso, responda as principais dúvidas dos consumidores, questionamentos e contribua com uma boa experiência de compra e navegação. O ideal é promover uma boa relação e, por consequência, aumentar as vendas de produtos de avcb bombeiros, por exemplo.
2. Técnicas de SEO
Em resumo, as técnicas de SEO auxiliam na otimização de páginas, sites e blogs. Inclusive, elas atendem as novas alterações do Google que, por sua vez, exigem que as páginas sejam responsivas e que se adaptem a diversos formatos de tela.
Nesse sentido, use as estratégias de SEO para a otimização de suas páginas. Busque as principais palavras-chave do seu negócio, coloque-as em evidência e produza conteúdos ricos e relevantes, como descrições de silestone.
3. Criação de conteúdo relevante
Esta etapa está diretamente relacionada a anterior. Assim, criar materiais ricos e conteúdos relevantes pode ser uma ótima alternativa de atrair, engajar e motivar o seu público-alvo, a fim de construir um relacionamento duradouro com ele.
Em outras palavras, quanto mais conteúdo você fornecer para o seu público, mais ‘’simpatia’’ e credibilidade você acaba despertando entre eles, além das manifestações positivas da marca e do produto de calhas e rufos no mercado.
4. Anúncios pagos
Por fim, é indispensável falar sobre marketing digital e não mencionar a relevância dos anúncios pagos. Em geral, eles encontram o consumidor que já se informou o suficiente – com os conteúdos produzidos pela empresa – e se encontram em um momento de decisão.
Portanto, essa é uma opção muito eficiente para pegar consumidores no momento de decisão de compra e convertê-los em potenciais clientes. Com isso, aumentando o número de clientes e, por consequência, as vendas.
Segundo informações do Gran Cursos Online, empresa especializada na capacitação de candidatos para concursos públicos no Brasil, o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) abre 25 vagas para a classe inicial da carreira, com remuneração de R$ 19.199,06.
De acordo com os realizadores do concurso, Instituto Rio Branco (IRBr) e o Instituto Americano de Desenvolvimento (IADES), o ingresso é para o cargo de Terceiro Secretário da Carreira de Diplomata. Os aprovados no certame irão participar do curso de Formação de Diplomatas do Instituto Rio Branco, da qual a aprovação é condição essencial à confirmação do candidato no cargo.
Das 25 vagas, 18 são para ampla concorrência, cinco para negros e duas para pessoas com deficiência física (PCD). O concurso é dividido em três partes, sendo a primeira uma prova objetiva e a segunda e terceira provas escritas. Além disso, para participar do concurso o candidato deve ter alguns requisitos, veja abaixo:
Concurso – CACD
Ser brasileiro nato;
Gozar dos direitos políticos;
Em dia com as obrigações do Serviço Militar;
Estar em dia com as obrigações eleitorais;
Diploma de graduação de nível superior, emitido por instituição de ensino credenciada pelo Ministério da Educação (MEC);
Idade mínima de 18 anos;
Ter aptidão física e psicológica para o exercício das atribuições do cargo, verificada por meio de exames pré-admissionais.
*Vale lembrar, o último concurso foi realizado ano passado e contou com 20 vagas. A prova objetiva e escrita tiveram as seguintes matérias em comum: Português, Inglês, História do Brasil, Política Internacional, Economia e Direito e Direito Internacional Público.
Sobre o Gran Cursos Online
O Gran Cursos Online oferece comodidade, economia e ganho de tempo aos concurseiros que não podem frequentar aulas presenciais e/ou não têm acesso a escolas preparatórias nas localidades onde residem. A equipe pedagógica possui décadas de experiência em concursos e é formada por professores renomados, que trabalham nos principais órgãos públicos, autarquias, empresas estatais e instituições públicas do Brasil. A proposta da empresa é oferecer educação transformadora e de qualidade ao maior número de alunos do Brasil, formando profissionais qualificados para servir à sociedade.
O momento é triste para todos. O medo do vírus, da morte de entes queridos, de nós mesmos, a crise econômica, o medo de perder o emprego… Este último, em muito mais quantidade do que o primeiro.
A crise fez nosso setor perder muitos clientes. As equipes resistiram trabalhando remotamente até julho, quando vieram os ajustes. Enquanto acompanhava as discussões sobre a necessidade dos ajustes (sem saber quanto, quem, onde), sabia que viriam cortes em minha equipe e me sentia arrasada, revoltada, constrangida em atribuir tarefas ou interagir.
Pedi ao meu diretor que me incluísse na lista de demitidos, mas ele recusou, pois tinha lutado para que eu permanecesse. Não tive coragem de pedir demissão sem algo concreto em vista, pois perderia os 40% de FGTS, teria problemas financeiros com o que viesse de rescisão e, de certo modo, queria retribuir o esforço de meu diretor em me manter. E o mercado de trabalho está péssimo, ao contrário do que se falam nas “lives” sobre recolocação na pandemia.
Soube de minha lista e da data fatal 2 dias antes, quando recebi um convite para um “treinamento” com outros colegas convidados. Quem participou recebeu um guia com orientações para demissões e um certificado de capacitação, o qual nunca colocarei no currículo.
Entre o treinamento e o desligamento, os membros de minha equipe me procuravam para assuntos específicos, ou apenas conversar, imagino que para “sentir” o clima. O clima era péssimo, e acho que devo ter transparecido isso.
No dia anterior ao Dia D, tivemos uma reunião de “alinhamento” (odeio essa palavra) entre os líderes que fariam o desligamento, na diretoria da qual faço parte. Enquanto nosso líder não entrava na reunião, fazíamos piada com nossa situação para anuviar um pouco a tensão. Ato inútil, as risadas eram forçadas e as expressões muito tensas, todos sabendo que um dia faríamos parte de alguma lista.
Um colega passou o “script” de desligamentos que ele tinha feito e aproveitei para montar um texto que me ajudasse na hora da conversa. Eu teria 4 pessoas de minha equipe para desligar, sobraria apenas eu e mais um. Na reunião soubemos que os desligamentos teriam que ser feitos todos pela manhã.
Havia uma equipe inteira que o gerente seria desligado primeiro, e alguém teria que fazer os desligamentos dos demais. Iria recair para um colega que já tinha uma lista de 16 pessoas. Um pouco para ajudar os colegas que estavam igualmente desesperados e em pior situação que eu, um pouco para amenizar a pessoalidade do desligamento de minha equipe, e um pouco para aumentar minha dor e intensificar a revolta, me ofereci para ajudar. Recebi mais 11 desligamentos, totalizando 15 para fazer em 4 horas. Me ofereceram uma pessoa do departamento de recursos humanos para acompanhar (nem todos tiveram esse “privilégio”, por conta do volume de desligamentos e cortes no próprio RH).
Recebi minha lista por volta das 21h e comecei a cadastrar os números de contato no celular e gerar os links da ferramenta de videoconferência. Ao ver nomes familiares entre os 11, embora eu não tivesse convivência direta, comecei a chorar. Bebi 1 cerveja para me acalmar (odeio cerveja), me recompus e concluí por volta das 23h.
Fui para o banho e chorei copiosamente com a água (tem coisa mais relaxante do que chorar no banho?). Fui dormir, mas o sono não vinha. Foi uma das piores noites de minha vida. Dormia superficialmente, sonhava com os desligamentos e acordava quando estava começando a cair em sono profundo com o choro de minha filha, que costuma ficar mais sensível quando estou abalada. Eram 4h51 da manhã quando decidi levá-la para minha cama, e, a partir de então, não dormi mais.
Me levantei às 7h, tomei um banho longo, me arrumei, tomei meu café da manhã rapidamente e me sentei em frente ao computador pouco antes das 8h. Por acaso, com roupa preta. Esqueci de dar café da manhã para minha filha, depois a encontrei com a boca suja de suco de uva e imaginei o pai ou a babá tinham providenciado algo para ela comer.
Iniciei os contatos em massa, com os 11. O primeiro a entrar na “reunião” foi super compreensivo e isso deveria facilitar o processo. Realmente ajudou, fui ficando anestesiada e falando o texto do meu script de forma mais automática. Mas o ar compreensivo dos demitidos só piorava minha sensação. Em determinados momentos eu fraquejava, gaguejava, marejava os olhos, embargava a voz. Sentia pelos desligados, sentia pela destruição do trabalho que havíamos construído coletivamente na empresa, temia pelo futuro.
Só podia oferecer a eles uma recomendação no Linkedin, meus contatos para recomendações caso concorressem a vagas e o desejo de que os recontratássemos no próximo ano. Eu mesma estava recebendo currículos de pessoas desligadas de outra empresa, tendo sido meu contato indicado por um colega.
Decidi então chamar a primeira pessoa de minha equipe, que tinha entrado mais recentemente, mas que eu não esperava que fosse desligada. Não foi fácil, mas fiz. Continuei com os 11 e logo chamei outro membro de minha equipe. As duas últimas, com as quais eu tinha vínculo emocional, sabiam do que se tratava e pediram um momento para se arrumar. “Essa conversa é aquela que agradece o trabalho realizado e diz tchau.”, afirmou uma delas. “Sim, infelizmente.”
Quando entraram na conferência, me segurei o quanto pude, mas em determinados momentos demonstrei o quanto estava abalada. Eu mais do que elas. Só não desabei porque estava acompanhada pelo funcionário do RH. Soube de um colega que chorou tanto, que pediu para o desligado que fizessem a gravação novamente. O desligado aceitou, estava em choque, não sentia a dor.
Depois do momento formal, perguntei por Whatsapp de cada uma se eu poderia ligar por um momento. Aceitaram. Antes que eu pudesse falar alguma coisa, me pediram para ficar tranquila, sabiam que isso aconteceria e não dependia de mim. Pior para mim, chorei mais. Elas estavam serenamente resignadas, ainda em choque.
Eu tinha virado um zumbi. Quando saía do escritório para pegar água ou ir ao banheiro e via minha filha brincando com a babá, não conseguia estabelecer vínculo entre meu mundo, duro e trágico, e o mundo delas, puro e mágico. Torcia para minha filha não se aproximar pedindo colo e eu desabar.
Em determinado momento eu a vi com o “cheirinho” de estimação, que ganhou de uma das desligadas de minha equipe. Corri para o banheiro e chorei muito. A babá me perguntou se eu estava bem: “Acabei de demitir 12 das 15 pessoas que tenho em minha lista.” Ela me olhou chocada e balbuciou automaticamente “Nossa… Mas acontece!”, como fala para minha filha quando ela derruba algo por acidente, ou leva um tombo.
Dei continuidade aos demais desligamentos durante a manhã, sendo que os três últimos do grupo dos 11 foram difíceis: dois deles expressaram o que aquele momento impactaria no mercado, especialmente para os clientes. Embora de pleno acordo, só podia ouvir e agradecer o comentário, prometendo levar aos meus superiores (eles também sabem, mas a decisão não veio deles). Com a última, desabei. Simpática, empática, solidária e serena. Sorriu o tempo todo e, em determinado momento, me disse que deveria estar sendo mais difícil para mim do que para ela. Não sei como estava sendo para ela, mas esperava, realmente, que menos pior do que para mim. Respirei fundo, limpei as lágrimas e finalizei.
Me lembrei do integrante da equipe que ficaria comigo, imaginando como deveria estar se sentindo. Mandei uma mensagem dizendo que depois conversávamos, que não se preocupasse porque nós íamos ficar, por enquanto. Ele já sabia, uma das desligadas tinha conversado com ele.
O período da tarde foi dedicado aos encaminhamentos pós desligamentos, com e-mails individuais a cada um dos desligados, organização dos relatórios de informações e envio dos links das gravações das “reuniões”.
Por nervosismo, acabei usando o mesmo link para todas as reuniões e tive que identificar cada um dos vídeos com o nome do desligado. Para isso, tinha que abrir o vídeo, ver a carinha do desligado e procurar informações de quem era, pois não tinha familiaridade com os rostos dos 11. Revivia o momento do desligamento e desabava, especialmente quando abri os de minha equipe. Me recompunha e voltava ao trabalho, concentrada em finalizar logo.
Soube, em determinado momento, que 2 colegas que deveriam desligar equipes não aguentaram e pediram demissão junto. Minha vontade era ter essa atitude honrada, mas a crise, o mercado de trabalho, meus 40% de FGTS, minha filha, meus cachorros… Comecei a ver algumas despedidas nas redes sociais e ter uma ideia das pessoas que foram desligadas em outros departamentos. Chorei mais. Me sentia em um campo de batalha, vendo corpos caídos e sobreviventes feridos tentando seguir em frente.
Fomos orientados por nosso diretor a dar espaço para os desligados a desabafar o quanto quisessem, ouvir os colegas que viessem se despedir e quisessem conversar, deixando-os desabafar sem justificar o momento, a situação, o ato. Sem explicar, discutir ou amenizar. Procurei alguns de outros setores para mostrar solidariedade e os vi muito mais abalados e revoltados do que na “reunião gravada”.
Me questionei por que, realmente, estava fazendo tudo aquilo, e a única resposta que encontrei foi “por causa dos que ficaram”. É o momento de nos solidarizar, e só podemos desabafar entre nós mesmos. Os que saíram podem mostrar sua revolta e dor, estão aptos a receber solidariedade do resto do mundo. Os que ficaram, calam sua dor, escondem sua revolta, e lidam com a certeza de que em breve serão chamados, logo de manhã, para uma reunião virtual gravada.
* a autora não quer se identificar para não sofrer represálias da instituição.