Para Tarsia Gonzalez, 20 anos de carreira em gestão de pessoas, palestrante e consultora na área, para direcionar pessoas e levar uma empresa ao sucesso, é preciso disciplina: não é possível ser um bom líder sem praticar a autogestão.
Fonte: Tarsia Gonzalez
A máxima “faça o que eu digo, não faça o que eu faço” precisa ser eliminada de uma vez por todas de qualquer cargo de gestão. “Não é possível orientar pessoas e leva-las ao sucesso se você vive um dia a dia confuso e atribulado, se não consegue dar conta de sua rotina ou mesmo organizá-la para que flua melhor e se não trabalhar para a empresa, não apenas nela”, explica Tarsia Gonzalez, Presidente do Conselho Administrativo da mineira Transpes, consultora e palestrante na área de gestão de pessoas, mais de 20 anos de experiência. “Eu posso dizer com propriedade: um líder só consegue gerenciar sua companhia devidamente quando pratica antes a autogestão”, enfatiza a especialista.
Quando o caminho é trilhado sozinho, fica mais fácil, pela necessidade da organização pessoal, se auto gerenciar: “o problema acontece quando estamos em uma grande empresa, com cargos, setores, tarefas e orientações muito diversas, do operacional ao burocrático. É preciso que o líder passeie por essas diferenças, mas sempre com um denominador em comum: os valores que deseja para sua companhia e os que fazem parte dela”, explica Tarsia. É muito comum ver empresas onde não se prega o que é dito: “é algo muito simples: se você cobra pontualidade e não cumpre, as pessoas que convivem com você começam ou a ficar ressentidas com sua postura, ou passam a não respeitar mais a regra, ou seja, o resultado é sempre ruim”.
“Assim como criar filhos”, explica a consultora, “gerencia parte do exemplo: a sua conduta será o norte para seus subordinados”. Tarsia lembra que a autogestão é uma questão de autoconhecimento, observação e disciplina: “Ninguém consegue determinar seus objetivos, prazos, metas, controlar e equilibrar o dia a dia se não conhecer a si mesmo. Depois, a procrastinação e a volta aos velhos hábitos é sempre uma sombra, pois mudanças levam tempo até que os novos hábitos, saudáveis, substituam os antigos”. Tarsia cita como hábitos ruins a reclamação constante, em detrimento da mudança, a procrastinação, o não seguimento das regras e dos valores determinados para a companhia.
Ela lembra que autogestão também diz respeito às equipes: “o líder precisa ter em mente as potencialidades e os anseios daqueles que fazem parte do seu time: assim, cada área consegue se auto gerenciar e melhorar desempenho”. Muitas vezes, o primeiro passo é o mais difícil: detectar o que precisa ser modificado: “se você observou, avaliou e ainda não conseguiu detectar onde estão os erros, pode precisar de ajuda externa”. Para Tarsia, até mesmo buscar ajuda fora faz parte da autogestão: “é preciso humildade para entender quando é necessário terceirizar a solução”, finaliza.
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